Mas voltando ao livro, num determinado momento ele fala sobre casamentos. Sendo eu uma pessoa que está no segundo casamento, casada com um marido também reincidente....risos...sendo parceira na criação de um enteado, dois filhos e filha de pais separados e também re-casados com irmãos de ambos os lados (de pai, de mãe e de pai e mãe); me considero uma pessoa que tem alguma coisa a falar a respeito de casamentos.
E lá, no livro, há trecho que achei muito interessante porque dá uma receitinha para tentar salvar casamentos.
Como acredito que para casar não há receita. Quem sabe não há receita para continuar casado?
O que posso dizer é que cada dia mais os relacionamentos são descartáveis. As vidas, as amizades e até os filhos. Talvez pela facilidade em ser aceito na sociedade atual, talvez pela emancipação da mulher, que hoje não está mais dependente do marido e pode, sim, decidir-se por acabar com o relacionamento, talvez porque os homens estejam menos comprometidos com suas famílias.
Mas será que não devemos tentar mais antes de desistir?
Será que não desistimos rápido demais daquela pessoa que um dia nos despertou tanto amor?
Com quem decidimos ter filhos?
Com quem dividimos nossos sonhos e nossos projetos para toda uma vida?
Claro que eu não sou exemplo, afinal sou divorciada e estou no segundo casamento. No meu caso, sendo absolutamente sincera, acredito que o insucesso de minha primeira tentativa foi a imaturidade. Casei-me cedo demais achando que amava uma pessoa que eu achava que tinha tudo a ver comigo. E descobri depois de 10 anos que eu não sabia o que era amor, nem o que era um companheiro ideal para mim quando decidi me casar. E assim vai acontecer com 99% dos separados: todos terão seus motivos para justificar que não era a pessoa certa ou que era a pessoa certa na hora errada ou ainda a pessoa errada na hora errada.
Mas o que posso afirmar é que, hoje, tendo já vivido essas coisas, eu tentaria de tudo para manter meu casamento (atual), meu relacionamento e não desistiria dele porque simplesmente posso afirmar que ele é a pessoa que quero ter ao meu lado aos 80 anos, com quem quero passar o resto da minha vida conversando (porque no final , é isso que nos restará...). Meu grande companheiro.
E você, passaria o resto de sua vida conversando com seu companheiro(a)?
Então tente, não desista, porque como filha de pais separados e mesmo tendo convivido bem com meus “padastros”, não fazendo nenhuma diferenciação entre meus irmãos (mesmos os que não são de pai e mãe) e podendo afirmar que ter pais separados não é o fim do mundo e pelo contrário, me fizeram amadurecer mais cedo para muitas outras coisas...
Ainda assim, penso que quero que meus filhos vivam exatamente como vivem hoje: como o amor e a convivência de seus pais debaixo do mesmo teto.
Sendo assim, como acredito que nosso blog seja por um futuro melhor para nossos filhos, esse assunto é mais do que pertinente.
Não sei a receitinha será boba ou útil, mas vale uma reflexão.
Beijo à todos!
“Tony Campolo, muita vezes fala sobre o poder da práxis na cura dos casamentos. Ele afirma que a perda de sentimentos românticos que leva os casais a se divorciarem pode ser corrigida se o casal desejar. Para obter isso, cada um dos dois assume um compromisso durante 30 dias.
Mas é tão difícil começar. Forçar-se a dar consideração e respeito à alguém de quem não gosta, ou comportar-se de maneira amorosa com alguém nada amável pode parecer uma prisão.
De fato, é.
Acho que faz algum sentido, afinal, como diz em outro trecho do livro: “Amar não como você se sente em relação ao outro, mas sim , como você se comporta em relação ao outro”.
Bom final de semana!