Eu adorei ter ido à Campus Party. Agradeço primeiramente ao Interney que me presenteou com o convite. Apesar de ter ficado apenas 2 dias, gostei muito do que vi apesar de ter algumas ressalvas com relação a organização do evento. Que ele foi bom, não tenham dúvidas. Eu adorei e se não tivesse outros compromissos no Rio, teria ficado lá do início ao fim. Sempre que vou aos encontros aprendo coisas e conheço pessoas interessantes no mais amplo aspecto que se possa imaginar.
Meu notebook deu pau no segundo dia e isso me levou a andar mais pelo evento do que andaria normalmente. Se por um lado fiquei triste e já penso no que pode ser o problema em termos práticos e financeiros; por outro lado, acabei saindo mais da bancada e fazendo coisas mais diversas. Assisti, por exemplo, debates sobre mídia social, relevância e autoridade de blogs, apresentação de projetos para investidores, e outros mais. Consegui até fazer uma pergunta ao Gilberto Gil! Depois eu conto em outro post! Em tudo se aprende e sempre aprendo muita coisa nova.
O que eu poderia ter feito de melhor durante minha estadia no Campus Party? Um monte de coisas, mas são tantas informações que prefiro digerí-las um pouco mais, organizar meus pensamentos e quem sabe um dia consigo colocar em palavras. Sempre saio desses eventos com mil minhocas e idéias na cabeça.
Mas tem alguns pontos que observei e que poderiam ser melhorados na próxima edição.
Uma coisa importantíssima que não entendi é porque o lixo reciclável não foi devidamente separado. Uma coisa simples e que a empresa responsável pela limpeza urbana, teria o maior prazer em contribuir com lixeiras indicativas e coletas periódicas para o evento. Me corrijam se estiver enganada. Aliás, lixeira foi artigo a ser constantemente procurado. Sempre nos cantos e distantes.
Senti muita dificuldade de ouvir e compreender os debates diante de tantos debates que aconteciam simultâneamente num ambiente aberto mas que a acústica não ajudava. Não tenho conhecimentos técnicos para dizer como resolver o problema da acústica mas pensei que numa próxima edição, diante de uma conexão de 10 gigas, talvez pudéssemos acompanhar de qualquer computador cada palestra que seja de nosso interesse e ouvindo pelo headfone. Loucura minha? Sei lá, acho que não, se pensarmos que estamos num evento de tecnologia e internet.
Poderia haver mais dicas no site sobre como exatamente encontrar o ônibus fretado. Simples para quem já aprendeu mas complicado localizar para quem está chegando no primeiro dia, justamente quem mais precisa de informação precisa. Andei um bom pedaço pelo meio da rua, onde não havia calçada, puxando minha mala porque saí no acesso errado do metrô. Bastavam placas.
No caso das barracas de camping, lembrar às pessoas que não acampam normalmente (como eu) que devem levar um cadeado para fechar a barraca. Ou fazer o pacote completo: barraca + cadeado. De qualquer forma, apesar da minha barraca ter sido arrombada por falta do cadeado, fiquei sabendo que aconteceram outros episódios contando inclusive com corte de barracas que estavam fechadas com cadeado. No meu caso, nada foi roubado, mas também, não tinha nada dentro da barraca além da minha bagagem pessoal. Ou seja, a segurança nas barracas ficou bastante a desejar. E no dia do arrombamento da minha, a pessoa que me atendeu falou que ele estava praticamente sozinho fazendo a ronda. Ele foi superatencioso, providenciou lacres para eu fechar a barraca mas apenas uma pessoa para tantas barracas é inaceitável.
Não entendi também porque a área de alimentação e de inclusão digital estavam fora da arena. O ideal era ter uma área total unificada: cada vez que precisávamos ir a praça de alimentação ou andar pelos expositores, tínhamos que mostrar mochila, notebook e credencial. Não sei se houve um motivo específico para ser feito dessa forma, mas foi bem chatinho. Numa das saídas tive que abrir bolsa e mostrar o computador 2 vezes. Sendo que era tanta gente para ser revistada e pouca gente para revistar, que ficava claro que o número das etiquetas não era conferido com exatidão. Teve inclusive gente falando que a etiqueta se soltava com facilidade. A minha ficou presa e quando saiu ficou danificada , ou seja, era inviolável. Não havia como arrancar a etiqueta sem que ela se danificasse e isso é uma segurança a mais. Mas de que adianta se a numeração não era conferida com exatidão?
Adorei todas as palestras que assisti e não fiquei fixa apenas na área dos blogs. Assistí várias apresentações de projetos no CPlabs, Inclusão Digital com o Gilberto Gil e pude até fazer uma pergunta à ele, como já contei. Mas em meio a tantas coisas legais tinham umas coelhinhas de maiô andando pela arena. Não entendi a necessidade delas neste tipo de evento. Não sou pudica, mas não tinha nada a ver. Para quem achar difícil compreender minha crítica, imagine dois rapazes de sunga e gravatinha, andando pelo evento. Nada a ver.
Da próxima vez, sugiro fazer um concurso do Campuseiro e Campuseira mais belos do Brasil. :0)
Vai ter mais a ver.
E eu vou levar uma plantinha também para neutralizar meu carbono…rs…
Porque apesar de tudo, quero estar ano que vem novamente!
Até porque não tive tempo de ver tudo, de falar com todo mundo que queria, de participar de tudo que me interessou.
Dessa vez fiquei na casa da titia que mora em Sampa mas quem sabe, ano quem, não animo e acampo…dizem que a graça é acampar.
E sabem que deve ser mesmo!
Olha um registro totalmente casual legal da minha chegada na Campus Party, feito pela @meninaquejoga com quem cruzei muito por lá, como vocês verão, desde a hora que chegamos. Eu cheguei sozinha, no primeiro dia, com cara de perdida, sem saber se estava o lugar certo, sem conexão e sem noção…rs…
________________________________________________________________________________Ana Cláudia Bessa
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A internet é feita de pessoas
Direto da Campus Party 2009
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Campus Party: poderia ser melhor?
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