segunda-feira, 30 de julho de 2007

Mais e mais favelas – Parte 2

Respondendo nossa pergunta do último post que era:

A favela está crescendo prá onde? E a questão ambiental?

Aí chegamos no jornal de 3 de Julho:

FAVELAS DA ZONA SUL DOBRARAM EM 40 ANOS


Levantamento do Ministério Público em parceria com o Exército mostra (na foto acima), tal como uma doença, a favela crescendo e se expandindo, tendo praticamente dobrado de tamanho em 40 anos, avançando impiedosamente sobre a Mata Atlântica.
O consumo total foi de 548 mil metros quadrados de floresta ou 64 campos de futebol.

Não há fiscalização e o prefeito César Maia não parece nem um pouco preocupado com o crescimento das favelas quando afirma que a expansão da Rocinha está contida e só cresce na vertical (Jornal do dia 5 de maio de 2007 – “CRESCIMENTO VERTICAL” PARA OS LADOS). A foto abaixo mostra o contrário pois a favela já aparece do outro lado da Auto-estrada Lagoa Barra, área de preservação ambiental e atrás do centro de cidadania da Prefeitura (esse prédio com varandas que foi reformado depois de ter sido um hotel , cujo fechamento já podemos imaginar motivo).

É, Sr. prefeito, ilegal, e daí?

Precisamos meditar sempre sobre a quem interessa o crescimento das favelas.

E para denúncias, há uma CPI na Câmara denominada “Ilegal, e daí?” criada há 2 anos para apurar a desordem urbana no Rio – Disque-desordem: 3814-2901
Não sei se adianta, mas já é alguma coisa.

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Texto de Ana Cláudia Bessa

Pensamentos que nos fazem pensar...

"Pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos,
hábitos tornam-se caráter, e nosso caráter torna-se nosso destino"


(autor desconhecido)

sábado, 28 de julho de 2007

Mais e mais favelas – Parte 1


Grande parte da violência vem das favelas.
Não que as pessoas que lá vivem sejam todas violentas mas é lá que os bandidos nascem, se criam e morrem, depois de ter feito todo o tipo de mal para a nossa sociedade. É lá que o crime organizado se fortalece, se mantém, se esconde e se protege.

Depois das palavras do Ivo, comecei a colecionar algumas matérias de jornal sobre favelas e violência e tenho mais um item a acrescentar :

As maiores doenças de nossa sociedade são as favelas e a corrupção. Sendo que a corrupção vem em primeiro lugar, na minha opinião.

No dia 19 de maio de 2007, saiu a matéria que dizia:
ILEGALIDADE OFICIAL NA ROCINHA – Moradores denunciam que funcionários da prefeitura incentivam crescimento irregular.

Em resumo: Denúncias feitas por líderes comunitários contra o administrador regional da Rocinha e dois engenheiros da prefeitura. Eles além de apoiar e incentivar, ainda ameaçam e constrangem quem tenta impedir.
Segundo o prefeito, o administrador acusa os líderes de fazerem isso na expectativa de ganharem apartamentos no Projeto Rocinha que gera disputa de poder e influência sobre estes pretensos imóveis (especulação imobiliária).

Ou seja, ocupam áreas irregulares para serem retirados para apartamentos. E quem conseguir viabilizar isso, fica mais poderoso e influente na comunidade.
Eles ainda têm documentos mostrando que mesmo ciente das ocupações irregulares, a prefeitura nada fez.

Ou seja, hoje, o que apóia o crescimento da favela é a corrupção e o poder público.
Crescimento hoje que conta com um Empire States, como é chamado o prédio de onze andares contruído irregularmente (claro). Afinal, mesmo com conhecimento da prefeitura (não poderia ser diferente já que é impossível se erguer uma estrutura deste tamanho sem ninguém saber...) foi construído sem licença, sem seguir normas urbanísticas, sem impostos, não tem Habite-se e não foi embargada. Pelo contrário, a prefeitura apenas verificou se o prédio era seguro. Não importa se é ilegal!

Fora a questão ambiental que não foi citada na matéria. Essa favela está crescendo pra onde?



Continua na próxima postagem


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Texto de Ana Cláudia Bessa

Pensamentos que nos fazem pensar...

"No meu tempo de menina,
podíamos caminhar cem dias e cem noites
sem ver o fim da floresta.
Agora, quem caminha dois dias para qualquer lado que seja
dá com o fim da mata.
Os homens estragaram este país.
Impossível mudar-nos, porque não temos para onde ir.”
(Monteiro Lobato, Assembléia na Mata, Editora Brasiliense)

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Educação - Como é que é? - Parte 2

Continuando o tema do post anterior, abaixo segue o bate papo com o professor americano:

Seu nome é Brian Edward Sansanelli, e o que mais me chamou a atençao foi o fato de uma pessoa tão jovem se dedicar a ensinar uma matéria que normalmente ninguém gosta que é a matemática. Formado pela Dominican College em Nova Iorque ele ministra aulas desta matéria para alunos que no Brasil estariam no 2º grau. Foi contratado pela escola pública de uma forma que no Brasil não se faz. Ela anuncia nos classificados a vaga, o interessado envia o currículo com uma carta de apresentação, sendo aprovado faz-se uma entrevista com o diretor da escola e o professor responsável pelo programa da matéria escolhida e uma com o superintendente das escolas da cidade. Finalmente ela “dá” uma “pré-aula” de 45 minutos em uma sala de aula com a supervisão do diretor, professor responsável pela matéria, vice-diretor e o atual professor da classe a receber a aula.

Incentivado pela escola a estar sempre se reciclando ele consegue estar atualizado, tendo em vista que o apoio dela vem em forma de dinheiro, até porque o professor é obrigado a apresentar 100 horas de educação continuada a cada 5 anos e depois de 250 horas eles recebem um aumento de salário.

Fantástico!, não é emprego público, não tem garantia nenhuma, por isto é necessário que o professor goste do que faz e seja bom nisso, se não ele será demitido. Não poderia ser assim no Brasil? O ensino não seria melhor, devido a concorrência na disputa das vagas, como acontece com as empresas privadas?

Ele me disse que trabalha de 8:00 as 14:45 . Sendo 1 hora e meia de preparação de aula e ½ hora de lanche. Também pode ter extra ajuda (programas após a aula) e tutor (opcional) que pode ser indicados pelo professor ou solicitado pelo ano. Que durante o ano os funcionários tem 3 semanas de férias (1 em dezembro Holliday break, 1 em fevereiro – Winter break e uma em abril – Spring break), sem contas as famosas férias de verão que aqui começam em junho e vão até setembro. Estas últimas NÃO SÃO REMUNERADAS PELA ESCOLA.

Para a matéria que ele leciona geralmente os alunos são divididos em 2 classes chamadas
“honors”, “college prep” e “average” . Para ir para a classe avançada (honors) o aluno precisa obter uma carta de recomendação feita pelo professor alegando que ele será está capacitado para tal. Existe uma análise de notas obtidas, partipação em classe, etc, sem contar que as notas dos alunos são enviadas pelo correio aos pais.

Uma coisa que ele disse e que eu acho que enriquece muito a vida da criança é quantidade de estrangeiros ou filhos de, que frequentas a escola. Ele disse que desde que começou a lecionar a maioria de meus alunos são koreanos. Em 1980 a maioria dos estudantes eram italianos e poloneses, hoje a etinia é diversa 45% koreanos, e o restante poloneses, italianos, croatas, espanhois e alguns brasileiros.

Agora uma das melhores informações que tive foi da participação dos pais/comunidade junto a escola. O Brian comentou que a cada ano acontece uma eleição de pais para participar do “Board of education”, os pais eleitos influenciam em todas as decisões da escola, em contra partida a escola faz eventos esportivos, musicais, peças de teatro entre outros. Uma vez ao ano a escola em que ele trabalha faz um “mutirão de limpeza” onde os alunos ajudar a limpar a cidade. Pais brasileiros participem mais, encham o saco de quem administra o colégio de seu filho, seja público ou particular. Vai dar resultado.

Apesar de não conhecer muito sobre o ensino em outros países este professor sabe que em alguns países não há incentivo para os alunos cursarem faculdade diante da situação financeira que os obriga a trocar a escola pelo trabalho.

O que já aconteceu de mais engraçado até hoje em sua carreira de professor? Esta foi uma dentre as perguntas que fiz ao Brian, e a resposta foi: O ano passado no “halloween” me vesti de pato Donald e lecionei o dia todo com a minha fantasia. Também teve a vez em que dois alunos me pegaram no colo e saíram correndo me carregando pelo corredor quando o alarme de incêndio tocou avisando que todos deveriam sair da classe, só que era treinamento.

Acredito que infelizmente para a maioria dos professores do ensino público brasileiro, bem como para os alunos, se eles tivessem que escolher uma fantasia esta seria de palhaço, ou isto será realidade?

Leia mais:Educação - Como é que é? - Parte 1


Texto de Cristiane A. Fetter

terça-feira, 24 de julho de 2007

Educação - Como é que é? - Parte 1

Dia desses estava acompanhando no Programa do Jô uma entrevista com o Ministro da Educação do Brasil Fernando Haddad e achei bem interessante as propostas e trabalho que ele está realizando (ou querendo realizar), aí apareceu a dúvida, como isto funciona aqui nos Estados Unidos. Meu filho que hoje tem 3 anos e 4 meses ainda não está em idade para frequentar a escola daqui, mas fiquei muito curiosa, até porque estou sempre ouvindo dos brasileiros que aqui a educação é mais lenta, mais longa e mais fácil.

Sempre que ouço estas afirmações surge uma dúvida em minha cabeça. Por que então este país é considerado o maior do mundo? Porquê suas pesquisas são sempre mais avançadas? Talvez porque muitos estrangeiros é que fazem o país ser o que ele é? Talvez porque ele tem muito dinheiro? Ou talvez seja por ele investir mais na educação básica, de forma mais lenta, sempre repetindo as matérias básicas para que a fixação seja maior.


Não estou sou capacitada para comparar o sistema educacional americano com o brasileiro, mas é possível conhecê-lo um pouco mais e comentar sobre o que acho que seria ótimo para meu filho caso ainda morássemos no Brasil .

Cada Estado aqui tem o seu MEC, que criam as diretrizes que todas as cidades devem acatar, e
uma dessas que eu acho muito interessante é que as escolas atendem as áreas demarcadas por um perímetro e quem estiver dentro deste perímetro será atendido pela escola. Para os alunos que moram mais distantes existe o apoio do transporte escolar que é gratuito, isto não impede que os pais ou responsáveis levem seus filhos para a escola, agora, mesmo que você queira mudar de escola só poderá fazê-lo para outra que esteja dentro de sua área de atendimento, a não ser que você mude de endereço.

Existem algumas similaridades no formato do ensino daqui com o Brasileiro, pelo menos até o ensino fundamental que seria até a 5ª série (Elementary school), depois disto no ensino médio , que compreende da 6ª a 8ª séries (Middle school) começam as diferenças e uma grande é que o aluno pode escolher as matérias que ele quer estudar (com exceção das obrigatórias) se repetindo este formato no 2º grau (High school). Já para entrar na universidade você precisa fazer um exame chamado SAT – SCOLASTIC ACHIEVEMENT TEST como o provão que o MEC aplica no Brasil, dependo da pontuação do aluno ele procura a faculdade que ele quer. As melhores exigem pontuação alta, tanto faz se a universidade é pública ou privada.

O departamento de Educação do Estado fornece pela internet informações de como e com que
gastou o dinheiro destinado as escolas. São muitas informações que você pode obter no site, como por exemplo: que formação tem os funcionários das escolas, quantos alunos foram expulsos, média de notas e dependendo da escola, também salários e benefícios dos funcionários, não a nível detalhado, mas está lá.

Parte da verba que é destinada as escolas vem dos impostos que as empresas localizadas na cidade pagam. Quanto mais empresas, mais rica a escola é, até porque a sonegação de impostos aqui é bem baixa. Existe uma cidade perto da minha onde está localizada a Sony e nas escolas de lá todos os alunos possuem um lap top. Eles podem levá-lo para casa e assim não precisam carregar muito material e estão sempre atualizados. Bom né?

Eu me recordo bem de quando fazia o primeiro grau em uma escola municipal e terminei a 8ª série sem ter tido aulas de matemática por quase 6 meses, cheguei ao 2º grau totalmente despreparada e claro fiquei em dependência nesta matéria (a sorte é que fiz o curso em uma escola particular o que possibilitou que eu tivesse uma instrução mais reforçada e recuperasse o tempo perdido).

Mas o legal daqui é que tenha você uma boa ou não tão boa condição financeira o seu filho tem direito a educação pública. O interesse é que todos tenham o mesmo nível. O tempo que os alunos passam dentro da escola também é muito maior, chegando a uma média de 7 horas por dia. Isto eu acho muito bom pois assim a criança tem bastante tempo para estudar dentro de um ambiente propício (alguém lembrou do Brizolão?), além de atividades extra-curriculares. O filho de uma amiga brasileira que mora aqui tem aulas de violino!

Outra coisa muito legal é que toda a área externa das escolas é liberada para uso da comunidade. Os campos de jogos, os pátios, os brinquedos, tudo. Sem vandalismo e sem vigias. No começo eu até ficava desconfiada achando que se eu entrasse ali com certeza alguém viria brigar comigo. Como todo bom brasileiro achava que a esmola era muito grande. Mas se a gente se acostuma com as coisas ruins imagine com as boas.

Como eu já comentei antes os brasileiros acham que a educação aqui é mais lenta do que a do Brasil e que muitas matérias são exaustivamente repetidas durante anos. Por um lado eu até entendo esta reclamação mas eu penso de outra forma. Repetir alguns ensinos básicos durante alguns anos reforçam o aprendizado. Não tem um ditado que diz “o Hábito faz o monge” ? eu acho que é por aí. Quanto mais se treina, melhor o resultado.

Fez um ano que estou aqui e ainda tenho que aprender muita coisa, mas uma das que já aprendi é que muita coisa no Brasil poderia ser melhor. Ficamos sabendo todos os dias que faltam professores no Brasil, os formados não se interessam em dar aulas ou então não existem formados suficientes de uma determinada matéria.
Falta investimento? Falta incentivo? Falta a união dos cidadãos em solicitar seus direitos? (ver matéria do jornal nacional = pesquisa sobre ensino no Brasil).

Não sei, mas aqui conheci um americano casado com uma brasileira, e que tem ascendência italiana e que aos 25 anos já é professor de uma escola pública em New Jersey (Ridgiefield Memoral High School). Ele me contou um pouco como é seu trabalho, em um bate-papo que tivemos e que transcrevo no próximo post.

Leia mais: Educação - Como é que é? - Parte 2

Texto de Cristiane A. Fetter

domingo, 22 de julho de 2007

Divina!


Eu amo música.
E para fazer meus meninos amarem também, sempre coloco um DVD de show para eles escutarem.
Nós temos um teclado comprado há muitos anos e deixamos na sala para brincarmos, para eles se familiarizarem, ouvirem o som, tocarem; e claro, eles adoram.

E isso me deu uma grata surpresa quando coloquei o show do Ivan Lins.
Eles identificaram o "piano"na hora e começaram a imitar. Foi uma graça!
E uma das músicas me emociona muito e fala um pouco daquilo que sinto qundo participamos deste blog. Chama-se Bandeira do Divino!
Segue essa letra maravilhosa desse músico que é um dos talentos do nosso país e sugiro que a ouçam (clique aqui).
Que ela emocione e inspire a todos como a mim.
E
Os devotos do Divino
vão abrir sua morada
Pra bandeira do menino
ser bem-vinda,
ser louvada

Deus nos salve esse devoto
pela esmola em vosso nome
Dando água a quem tem sede,
dando pão a quem tem fome

A bandeira acredita
que a semente seja tanta
Que essa mesa seja farta,
que essa casa seja santa

Que o perdão seja sagrado,
que a fé seja infinita
Que o homem seja livre,
que a justiça sobreviva

Assim como os três reis magos
que seguiram a estrela guia
A bandeira segue em frente
atrás de melhores dias

No estandarte vai escrito
que ele voltará de novo
Que o rei será bendito
ele nascerá do povo

Para saber mais sobre a Festa do Divino que inspirou este lindo"hino humanista":
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Texto de Ana Cláudia Bessa
Música de Ivan Lins

ALGUÉM TINHA DÚVIDA?

Sopa caseira supera a industrial

A PRO TESTE avaliou 12 produtos em pacote, mas todas apresentaram excesso de sal e glutamatos. O ideal é não abandonar a receita caseira.

Foram avaliadas doze sopas em pacote para seis porções (as chamadas de “sopão” ou “canjão”). O sabor era de carne bovina ou galinha, com adição de legumes, arroz ou macarrão. No final, os resultados foram decepcionantes.

Todas as sopas têm excesso de sal e glutamato.
Uma marca ainda apresentou 22 fragmentos de insetos.

Quando a PRO TESTE comparou os resultados com sopas feitas em casa, chegou a seguinte conclusão: se você tiver tempo disponível para cozinhar, prepare a sua própria sopa.

Assim, você aproveita melhor os nutrientes dos alimentos, evita o consumo de aditivos, não fica sujeito a microrganismos e ainda pode moderar o sal.
Levará mais tempo, mas sua saúde agradece.

[FONTE: http://www.proteste.org.br/map/src/449311.htm ]

sexta-feira, 20 de julho de 2007

DESERTOS VERDES

Chamou-me a atenção uma notícia publicada nos jornais de (30/05): O Projeto Agro-florestal do Palmito Pupunha, que será implantado no município de Silva Jardim. São "florestas" de pupunheiras que serão plantadas com objetivo de gerar renda para pequenos agricultores e proteger áreas de risco ambiental. No projeto estão, além do Ministério do Desenvolvimento Agrário, instituições como UFRJ, Senac, Universidade Estácio de Sá e ESDI.

Grifei a parte da "proteção de áreas de risco ambiental" para chamar a atenção para o fato de que, finalmente o estado está superando uma falácia.

Por muitas e muitas décadas o estado do Rio viu suas florestas serem dizimadas, pela especulação imobiliária, extrativismo, pecuária ou mesmo puro vandalismo, sem falar nos ciclos do café e da cana, que iniciaram o processo. Enquanto a moto-serra, o machado e o fogo "comiam soltos", os "ecologistas de plantão" sonhavam com utopias de retorno à Mata Atlântica da época do descobrimento! Sem levar em conta que "progresso", "desenvolvimento" e "crescimento" tem um preço (e que a NATUREZA é parte indissociável deste preço), muito tempo foi perdido com essas utopias enquanto ações efetivas de minimização ou amortização deste preço deixaram de ser tomadas.

Um dos alvos preferenciais destes utópicos foi, durante muito tempo, a silvicultura. O termo DESERTO VERDE foi cunhado para "vender" a idéia de que projetos de silvicultura representavam O MESMO que a depredação pura e simples das florestas nativas. NÃO É. Estudos científicos, muitos levados a termo até mesmo por entidades de cunho ambientalista, já comprovaram que, mesmo em florestas homogêneas (silvicultura), ocorre o repovoamento de parte da fauna original.

A questão, que temos de encarar de frente, sem utopias, é que não é possível conciliar as necessidades do mundo de hoje com a exuberância da hiléia de um passado que não tem como voltar. Se queremos preservar o que ainda resta ( e, até mesmo, reconquistar um pouco do que foi perdido ), temos que ser realistas e, sobretudo, inteligentes. As floresta homogêneas, sob controle, com planejamento e integradas às demandas sociais e econômicas de cada região são parte desta solução. É muito mais fácil controlar, por exemplo, a obediência às leis que determinam percentuais de preservação e replantio de florestas nativas em uma área de silvicultura do que em centenas ou milhares de pequenas propriedades. Diminuem as possibilidades de fraudes e facilita a fiscalização.

Não vejo a hora de pegar meu carro e viajar para a região noroeste (a mais degradada do estado) e contemplar florestas de eucalipto, pupunhas, aroeiras, mamonas, pinheiros etc, áreas de fruticultura e olericultura, (e pastos também, por que não?), intercaladas com mata atlântica, onde hoje só se vê capoeirais, capim-gordura, pedra, erosão, formigueiros...E jovens sem perspectiva!


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Texto de Ivo Fontan

DIA DO AMIGO

De todos os sentimentos, ela é, certamente, uma das mais cantadas e declamadas. Foi consagrada em músicas como, por exemplo, a Canção da América, na voz de Milton Nascimento. Sim, estamos falando da amizade.

Entre os especialistas em comportamento, o dom de cultivar boas relações pessoais é apontado como um antídoto eficiente contra doenças. Um motivo a mais para se investir em ser amigo e em ter amigos.

‘‘A sensação de bem-estar leva a uma melhora do organismo’’, afirma o psiquiatra Eduardo Sá de Oliveira, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB). Ele explica que o sistema límbico, responsável pelas emoções, está interligado ao sistema neuro-endócrino, que age na defesa do organismo. Essa combinação ajuda no bem-estar geral das pessoas.

Melhore sua qualidade de Vida: Seja Amigo e tenha amigos!

“Precisamos de alguém que nos ouça, e precisamos ouvir alguém...
Precisamos de alguém que com palavras e gestos nos faça sorrir, e precisamos com palavras e gestos fazer alguém sorrir...
Precisamos de alguém que olhe em nossos olhos e saiba o que estamos sentindo, e precisamos olhar nos olhos de alguém e saber o que está sentindo...
Precisamos de alguém que seja morada de sinceridade e carinho, e precisamos ser morada de sinceridade e carinho para alguém...
Precisamos de alguém que sem medo possamos chamar de amigo, e precisamos ser alguém que sem medo possam chamar de amigo...
Resumidamente precisamos de Amigos e precisamos ser Amigos!!!"

(Autor Desconhecido)


Feliz Dia da Amizade!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

PARTO: acompanhante não paga!

Na época que eu estava grávida, ouvi muita gente dizer que os hospitais cobram pela presença de um acompanhante para a parturiente na Sala de Parto ou no Centro Cirúrgico. Muitas vezes, essa cobrança vinha (e ainda vem) disfarçada como custo da roupa descartável a ser usada. Mas essa roupa descartável é tão baratinha e falava-se em taxas de até 100 reais!

Eu não passei por isso. Tive meus dois filhos acompanhada do meu marido e sem que houvesse nenhuma objeção nem da equipe médica nem do hospital.

Contudo, é importante que saibam que depósito em hospitais ....É PROIBIDO POR LEI.

Foi publicado no D.O. em 09/01/02 a Lei numero 3.359 de 07/01/02 que define:

"Art.1o - Fica proibida a exigência de depósito de qualquer natureza, para possibilitar internamento de doentes em situação de urgência e emergência, em hospitais da rede privada."

"Art 2o - Comprovada a exigência do depósito, o hospital será obrigado a devolver em dobro o valor depositado ao responsável pelo internamento."

"Art 3o - Ficam os hospitais da rede privada obrigados a fixarem em local visível e dar possibilidade de acesso aos usuários, a presente Lei."

"Art 4o - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação."

Divulgue para que as pessoas não tenham dúvidas e possam reinvindicar seus direitos em caso de necessidade.

E principalmente para que as mulheres tenham direito a estarem acompanhadas por quem desejarem. E que os pais também tenham direito a estarem com suas esposas e assistirem o nascimento de seus filhos sem que ninguém venha fazer disso mais um modo de mercantilismo.

80% dos partos são cesareanas, quando o recomendado é apenas 15% pela OMS.

Isso indica que, provavelmente, 65% deve ser uma cirurgia desnecessária feita por opção do médico ou da paciente e/ou desinformação da paciente.

Ser submetida a uma cirurgia sem necessidade correndo o risco maior (ou sem ser informada do mesmo) do que no Parto Normal é anti-ético e desumano.

Privar a mãe de partilhar este momento e receber apoio de seu companheiro também.

Divulgue esta informação e contribua para que o parto passe a ser menos médico e mais humano no Brasil.


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Texto de Ana Cláudia Bessa

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Conhecendo o Rio: O ENCONTRO DOS TRÊS RIOS

Três Rios é uma das cidades mais importantes do Vale do Paraíba. Fica ali logo depois de Petrópolis (pela BR-040), a meio caminho de Juiz de Fora.

Esta cidade, que já se chamou Entrerrios, recebeu este nome porque em suas terras ocorre o encontro de três importantes rios: O Paraíba do Sul, vindo de S. Paulo, o Piabanha, vindo do Rio de Janeiro, e o Paraibuna, vindo de Minas. Ali eles se juntam e seguem com o nome de Paraíba do Sul, fazendo a divisa Rio-Minas até o noroeste fluminense.

Formação rara, este tipo de confluência possui uma beleza natural muito grande. Por isso, bem ali no Pontal foi construído um restaurante bem campestre onde você pode almoçar comida de fogão de lenha, num enorme varandão à beira do rio e da mata, apreciando uma natureza exuberante. "Celestial", para quem gosta de peixe, é o SURUBIM NA TELHA. É comum a visita de animais silvestres.

Este mesmo restaurante é o ponto de encontro dos praticantes de "rafting", aqueles passeios em enormes botes infláveis através das corredeiras do Paraibuna.

Atenção: Não aconselho o "rafting", pois a poluição do Paraibuna não é pequena!

Mas o visual, a paz, a comida, valem a pena.
O preço é bem razoável, as crianças se esbaldam.

Indo pela BR-040, sentido Juiz de Fora, ao chegar no acesso a Três Rios, você encontra um Posto de Polícia Rodoviária. Entre como se fosse para o Posto e siga por uma estradinha que vai beirando a 040. Entre na primeira estrada de terra à direita (Tem placas indicando o Pontal - Hotel e Restaurante). É pertinho, e a estrada é ótima.

Este passeio pode ser coordenado com o da Estrada Real, se você planejar direitinho. Não dá meia-hora entre a estação de Paraíba do Sul e o Pontal.

Quem quiser curtir mais do que um almoço pode se informar sobre hospedagem e outras opções de lazer (cavalgadas, Treckking, pesca etc), no site http://www.aventur.com.br/.

Foto do encontro dos 3 Rios

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Texto de Ivo Fontan

sábado, 14 de julho de 2007

Será que adianta? ( Cap.2)

Depois do acontecido no shopping, me lembrei do motivo pelo qual este blog foi criado. Ele começou a se formar quando o menino João Hélio foi arrastado vivo por bandidos no Rio de Janeiro. Fiquei muito chocada e me perguntando até onde vamos suportar viver sob tanta violência.


Talvez isso tenha me tocado tanto porque nunca tinha sentido esse tipo de violência tão forte depois de ter sido mãe e principalmente, porque eu sempre me preocupei com o que faria no caso de ser abordada por bandidos estando com meus filhos presos aos cintos de segurança no banco de trás.

Aí, recebi um texto de autoria do Paulo Coelho (que já postamos aqui) falando do quanto temos também nossa parcela de culpa nestas tragédias e em todas que acontecem todos os dias.
O que eu faço? Que mundo vou deixar para meus filhos?
Que nível de violência eles vão ter que enfrentar?

Eu não sabia, como ainda não sei , exatamente o que fazer. Tentei debater isso com um grupo de mães de várias partes do Brasil com bom nível cultural e social, que poderiam se organizar para tentarmos reagir diante deste quadro. Contudo, não quiseram debater o assunto e diante da minha insistência “inconveniente” fui convidada gentilmente a me desligar do grupo e fazer algo por conta própria em outro lugar depois que comentei uma mensagem que postava o editorial do Alexandre Garcia.
Nossa...como eu fiquei triste, na época...
É uma decepção enorme ver tanto desperdício potencial.
Mas na hora de usar nível diferenciado, para tentarmos mudar alguma coisa deste mundo caótico em que estamos vivendo, a maioria se cala .

Para mim foi muito difícil entender: eu dou boa educação ao meu filho, comida mais natural possível, controlo seus programas de TV, etc...

Mas...
Só me cabe rezar para que ele chegue à faculdade vivo.
Porque eu não posso fazer nada para mudar o mundo onde estou.
Estou trabalhando para dar á ele tudo que ele precisa e que se dane este país porque meu filho não precisa dele.
O resto...bem...o resto é o resto.

É como nosso governo: quem manda não quer saber de mudar nada.
E talvez muitas das pessoas que se calam façam a mesma coisa se um dia estiverem no mesmo lugar que eles. "Desfrutando" do mesmo poder.

E, aí, lamento dizer (e digo com tristeza,mesmo), desperdiça-se dinheiro na com educação lúdica, comida orgânica (que algum louco começou a plantar pensando em mudar o mundo...), gasta-se dinheiro á toa na livraria...
No mundo que a maioria não quer mudar,
Tudo isso é perfumaria.

Mas é uma maioria que pensa assim. E isso é o que me desanima.
E da mesma forma que na fila do shopping, somos tão poucos aqui frente a multidão calada que eu muitas vezes me pergunto:
Será que adianta?
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Texto de Ana Cláudia Bessa

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Pessoas que fazem diferença no Mundo

Dorothy Mae Stang ,

conhecida como Irmã Dórote, foi uma freira norte-americana naturalizada brasileira.

Ela estava presente na Amazônia junto aos trabalhadores rurais da Região do Xingu. Sua atividade pastoral e missionária buscava a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento em áreas degradadas, junto aos trabalhadores rurais da área da rodovia Transamazônica. Trabalhava intensamente na tentativa de minimizar os conflitos fundiários, principalmente a grilagem de terras e a extração ilegal de madeira.

Irmã Dorothy recebeu diversas ameaças de morte sem deixar intimidar-se.
Pouco antes de ser assassinada com sete tiros à queima roupa, aos 73 anos de idade, no dia 12 de fevereiro de 2005, declarou:
«Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar.»

Saiba mais sobre a vida de Dorothy Stang:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dorothy_Stang
http://www.brasiloeste.com.br/noticia/1702/dorothy-stang
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u105580.shtml
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quinta-feira, 12 de julho de 2007

MENOR IDADE

É fato que, vez ou outra, a mídia nacional escolhe um tema, ou temas, que serão o foco das atenções da opinião pública. E uma das “bolas da vez” é a redução da maioridade penal, que tem ocupado um espaço cada vez maior em jornais, TV´s, internet etc.

Sempre que uma campanha destas aparece, nós, como cidadãos, devemos refletir que interesses estão envolvidos e se é justa a causa defendida pela imprensa.

Afinal, casos de delinqüência e participação de menores em crimes não é uma novidade.

Será que estes crimes têm realmente aumentado?
Será que a redução da maioridade, da forma como é proposta, vai resolver nossa situação?
Respostas para estas perguntas exigem calma e não podem ser resolvidas no calor da emoção.

Ao acabarmos de ver uma reportagem, como do caso João Hélio, somos levados a clamar por esta redução. Mas e depois de algum tempo, comparando os prós e os contras, será que nossa opinião será a mesma?

A questão abordada pela redução da maioridade penal é bastante complexa. Eu particularmente sou contra, por acreditar que o problema da criminalidade extravasa a simples noção da idade, envolve fatores sociais, educativos, políticos e econômicos, e até psíquicos. Mas também acredito que o tempo máximo estipulado para internação não é, muitas vezes, suficiente para recuperar ou avaliar este jovem. Portanto reduzir a maioridade penal, no calor de nossas emoções, é criar uma saída paliativa, temporária. É “empurrar” a solução para nossos próprios filhos, que no futuro terão pela frente a mesma discussão. È deixar para eles esta “batata quente”.

Devemos entender que muitos jovens são empurrados para a marginalidade por falta de opção, por falta de perspectivas e oportunidades. E que os pais destes jovens, muitas vezes, estão desempregados ou ocupados demais com a sobrevivência para poder responder às suas obrigações. Ou, de repente, também foram cooptados pelo crime.

Não se trata de esconder o problema ou passar a mão na cabeça destes jovens, mas de entender que existem outros caminhos para reinseri-los à sociedade. E que eles merecem sim, um sistema diferenciado que evite que entrem para a Escola e Universidade da bandidagem, como se transformaram as penitenciárias, os presídios brasileiros e mesmo a própria FEBEM. O maior criminoso é aquele que arregimenta um adolescente para o crime. Adolescente que um dia poderá ser uma criança, se continuarmos pensando que a redução resolverá o problema. Hoje clamamos pela redução para 16, depois para 14, depois para 12 e assim sucessivamente. No Oriente Médio, as facções de luta armada, como o Hezbollah, recrutam crianças para a guerra. Pelo menos é isso que nos passa a mídia. Quem garante que o tráfico, com a redução, não procurará esta alternativa (se já não está procurando). A pena para um sujeito que alicia jovens deveria ser bem maior e mais severa. Esta sim seria uma medida mais eficaz.

Temos que enfrentar este problema agora. E a via mais sensata não me parece a redução, matéria aliás, inconstitucional, pois a Lei Máxima de nosso país determina a maioridade em 18 anos. Não podemos deixar que a mídia, por mais bem intencionada que seja, pense por nós; que decrete a urgência desta decisão passando por cima de outras questões tão importantes quanto. Do Congresso talvez não possamos esperar muito, pois a maioria dos congressistas não desejará se indispor com a opinião pública e votará aquilo que lhes for mais conveniente politicamente. Mais uma vez os problemas não são discutidos em suas causas, mas em suas conseqüências. Sendo assim, empurramos para nossos filhos um problema no futuro, um problema maior e mais cruel.

Muitos casos recentes de crimes hediondos nos assustam pelos requintes de crueldade. Entretanto é salutar discutirmos que não importa apenas a lei ser severa, mas ser aplicada. E no Brasil o que acontece é isso: não está interessando se o marginal vai ficar preso três dias ou trinta anos. O que importa é que o marginal sabe que, na maioria das vezes, a mão pesada ou leve da lei não o alcançará; que sempre haverá um policial ou juiz para “molhar a mão”; que sempre haverá uma sociedade horrorizada com a violência, mas que só abre os olhos quando o problema está escancarado demais, arraigado demais... A realidade da violência tem sido forjada há anos, mas quase todos preferiram “fechar os vidros de seus carros”. É isso: a sociedade não se interessa até que o problema bata à sua porta ou apareça na tela de sua televisão. Enquanto o problema é “dos outros”, na verdade “está tudo bem”.

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Texto de Renata Gonçalves

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Conhecendo o Rio: O TREM DA ESTRADA REAL

Para você, 135 Km são uma viagem ou um passeio?

Se você respondeu passeio então não perca esta dica.

135 Km é a distância do Rio até a pacata Paraíba do Sul, seguindo pela BR-040 (Rio-Belo Horizonte). Entre no acesso a Três Rios e Paraíba do Sul fica ali "coladinha".

O que é que tem lá? Tem um passeio imperdível. O TREM DA ESTRADA REAL.

É um passeio de duas horas (quatro, ida-e-volta), em "maria-fumaça", por um trecho recuperado da antiga Estrada Real (aquela que vinha lá das Minas Gerais).

O passeio começa na Estação de Paraíba, e vai até o distrito de Cavaru, 14Km adiante, com parada na Estação de Werneck. Atravessa regiões de mata atlântica e antigas fazendas do tempo do café. Cruza também o rio Paraíba por um antigo pontilhão de ferro.

É lindo! Nas estações você pode comprar artesanato e comidas típicas e vai também vivenciar uma aula de história, inclusive da nossa (infelizmente destruída) história ferroviária, como por exemplo a "ponte rotatória", em Cavaru, onde o trem faz a "manobra" para retornar aos trilhos na direção contrária. Eles ainda fazem como há cem anos!

Os preços e horários são os seguintes:
Crianças de 5 à 12 anos: R$ 8,00
De 13 até 64 anos: R$ 15,00
Acima de 65 anos: R$ 12,00
Todo sábado às 14:30h
Todo domingo 10h e 14:30h

Atenção, para ter certeza, pois estes dados são do início do ano, você pode ligar para: Secretaria Municipal de TurismoTelefone: (24) 2263-2368 ou (24) 2263-6116 (guichê da estação).

Você sai de casa pela manhã (nem precisa ser muito cedo) e está de volta no finzinho da tarde ou no início da noite. As crianças ADORAM.

Curiosidade: Sabe a origem do nome CAVARU?

Era assim que os antigos escravos das fazendas da região pronunciavam CAVALO!

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Texto de Ivo Fontan

domingo, 8 de julho de 2007

Sugestões para políticos

Toda hora eu me deparo com alguma situação em que penso: Taí, isso podia ser lei.

Embora as leis não sejam cumpridas por não ter fiscalização e porque os cidadãos só funcionam na base do “chicote”, o primeiro passo, é a lei existir.
Fazer cumprir, é outra história, um segundo passo.

Então vão aí, algumas sugestões para nossos políticos terem o que fazer para melhorar a vida de seus eleitores:

-Acabar com o atendimento PREFERENCIAL. Todo comércio e prestador de serviço deve ter um serviço de atendimento EXCLUSIVO para idosos, gestantes e deficientes. Porque o que mais se vê é gente que não tem direito (na maior cara grande) a atendimento prioritário na fila porque a placa diz Preferencial.

-Todas as calçadas devem ser da mesma altura, sem sobressaltos ou desníveis para que deficientes, idosos e carrinhos de bebês possam passar livremente. Devem ter ainda rampa de acesso e uma largura mínima sinalizada para que os motoristas não estacionem em frente às mesmas.

-Todas as empresas devem ter um departamento preparado para dar destino ou orientar o consumidor a dar destino reciclável ao lixo produzidos pelos seus produtos. Isso já está acontecendo com empresas de pneus que já estão se organizando para dar destinos aos pneus que não são mais reutilizáveis. E mesmo assim, já estão começando tarde e com um déficit enorme para o meio ambiente.

-Todos as novas construções e condomínios são obrigados a ter estrutura para coleta seletiva de lixo. Seja em lixeiras disponíveis, seja em dutos separados, seja em norma de convenção. Os condomínios antigos teriam um prazo para se adequarem a nova lei.

-Criar um fundo ou leis de incentivo financeiro a pessoas físicas e jurídicas através de bancos privados e do BNDES para produção de projetos de construção ecologicamente corretos. Mais conhecidas como casas verdes, pois estudos já demonstraram que este tipo de construção ajuda mais a combater o efeito estufa que o próprio Protocolo de Kyoto. Inclusive, essa semana, já saiu a notícia de que receberemos o primeiro Selo Verde para um prédio construído no Brasil, ou seja, construído seguindo orientações que reduzem o impacto ambiental. Viva!

O que você acha?

Não se acanhe, dê a sua sugestão e ela constará no próximo post como continuação deste. É só deixar escrito nos Comentários.

Quem sabe alguém não se interessa em aceitar uma de nossas sugestões e criar novas leis, pequenas leis mas que fazem muito para melhora a vida de nós, cidadãos?

Um grande abraço a todos!



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Texto de Ana Cláudia Bessa

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Brinquedo de Sucata

Hoje em dia a reciclagem é assunto discutido por pessoas de todas as idades. Muitas crianças já têm consciência de que o lixo pode ser renovado ou transformado em algo útil. Em casa ou na escola elas aprendem a dar valor em materiais que aparentemente não serviriam para nada e transformam sucata em brinquedos.

O brinquedo feito com sucata, além de ajudar a preservar a natureza, é oportunidade dada à criança para desenvolver sua criatividade e seu pensamento crítico em relação ao desperdício (conseqüência do consumo desenfreado). É uma maneira simples, econômica e divertida de educar e ajudar na formação dos cidadãos mirins.

Resgatando a Infância

Não precisa voltar muito no tempo para lembrarmos das brincadeiras e dos jogos que inventávamos sem precisar sair de casa. Lembro-me de quando era criança e que a falta de recursos, muitas vezes, me “obrigava” a colocar a cabecinha para funcionar e a fazer meus próprios brinquedos. Como era divertido fazer tartaruga com caixa de ovos, bonecos de meia, barquinhos de papel... e brincar com as sobras de legumes.

No meio dessa era do descartável há uma infinidade de opções que podem fazer do seu lixo um brinquedo educativo e atraente para as crianças. Você já pensou em construir um vai-e-vem com garrafas pet, um bibelô com copo descartável, dobraduras com papel, um jogo da velha com tampinhas coloridas, um fantoche com caixinha longa vida, um chocalho com garrafinhas de leite fermentado ou fazer casinhas com caixas de fósforo?

Então não perca tempo! Chame seu filho, sobrinho e todas as crianças que estiverem por perto. Use a criatividade e a imaginação para construir brinquedos e jogos originais.

Infância Roubada?

Outro ponto que julgo ser interessante tocarmos é o apelo da mídia pelo consumo de brinquedos que usam tecnologias cada vez mais avançadas, sem contar a promoção de personagens e de “personalidades”, como é o caso daquele grupo os Rebelados.....os Rebeldes (sei lá!) e mais todas essas coisas que a mídia cospe no comércio e nos entopem de cd’s, dvd’s, bolsinhas, blusas, agendas...

Será que essa situação, muitas vezes incentivada pelos próprios pais, não mascara a verdadeira identidade da criança? É tão bom ser a gente mesmo, não é? Pensem nisso!

Sugestões de links que ensinam a construir brinquedos com sucata: http://www.ultragaz.com.br/comunidadeativa/alegria.htm http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=692 http://www.recicloteca.org.br/Default.asp?Editoria=7&SubEditoria=35
http://www.clicfilhos.com.br/site/display_materia.jsp?titulo=Lixo+que+vira+brinquedo

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Texto de Renata Gonçalves

terça-feira, 3 de julho de 2007

OS MORANGOS E AS FORMIGAS

Era a realização de um sonho de vida. Minha casa, de madeira, com quintal, varanda, jardim...
A floresta exuberante “lambendo” o quintal. Meus filhos soltos, andando de bicicleta na rua de terra.
A noite o aconchego da lareira, o coral dos sapos. De dia os pássaros, as cores, os cheiros.
E, naturalmente, a horta!

Claro, tudo isso sem uma horta para colher meus próprios alfaces, couves, tomates, não seria a realização completa de meus sonhos.

Tudo ia muito bem até o dia em que resolvi cultivar... morangos!

Nunca antes havia visto um pé de morango na vida. E daí?. Comprei as mudinhas, preparei o canteiro e iniciei a plantação já me sentindo o maior produtor do pedaço.

Tudo foi bem. Os moranguinhos surgiram. A primeira leva eu comi todinha antes mesmo que eles atingissem o tamanho e a doçura ideais. Veio a segunda e, com um pouquinho mais de paciência eu saboreei frutas mais gostosas. Assim foi até um dia em que me deparei com elas!

Estavam lá, formando uma fila serpenteante pelo canteiro. Cada uma com um pedacinho de folha engastalhado em cima da cabeça, carregando, de forma organizada, todo o meu morangal sei lá para onde!

Eu não acreditei no que via. As formigas estavam dizimando minha plantação de morangos.

Calma, disse para mim mesmo. Isso faz parte da vida no campo. Vamos enfrentar o problema. Sem fazer mal às pobrezinhas que só estavam fazendo o que a natureza lhes determinava, fiz de tudo para enganá-las e desviá-las para outras “comidas” menos nobres. Induzi a fila para a direção da amoreira, das ervas daninhas e, até mesmo das couves! No dia seguinte lá estavam elas de novo. Metade das folhinhas já tinham ido. Negociei com elas. Os alfaces! Tudo bem, um canteiro de alfaces inteirinhos, em troca dos morangos.

No dia seguinte adivinhem! Perdi as estribeiras. É guerra? então vamolá. Lancei mão de todo o arsenal de que dispunha: limão, vinagre, água de fumo, sabão de coco, inseticida. Parti prá porrada!

No dia seguinte... Perdi! Não tinha mais uma única folha. Meu morangal parecia uma plantação de alfinetes. Só tinha os talinhos. E as malditas, certamente morrendo de rir de mim, já não estavam mais lá. Fiquei desolado. Nem tive coragem de desfazer o canteiro. Deixei os alfinetes lá e passei a cuidar das couves e dos alfaces, desprezadas pelos monstrinhos. Algum tempo depois novas folhinhas começaram a surgir. Dali vieram as flores, os frutinhos e... acreditem, a safra de morangos que veio foi, de longe, a mais extraordinária. Frutos enormes, enjoados de tão doces, abundantes!

Dali em diante eu ficava torcendo para as pestinhas aparecerem!




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Texto de Ivo Fontan