sexta-feira, 30 de novembro de 2007

EU VI UM TIÊ!

Sou um crítico severo do "fundamentalismo" ecológico. Chamo assim a qualquer atitude "pretensamente" preservacionista porém mal ou erroneamente embasada.

Para mim, coisas assim mais atrapalham do que ajudam na formação de uma "consciência coletiva" voltada para a criação de hábitos ecologicamente corretos. Moro em um "pequeno paraíso". Um bairro cercado por verde (uma franja de mata atlântica). Amante de pequenos trabalhos caseiros, frequentemente estou no quintal - que confronta com esta tal franja - fazendo "alguma coisa".

Em consequência, avisto regularmente animais silvestres. Dos mais arredios, como teiús (lagartos), quatis, caxinguelês, aos mais exibidos, como pássaros os mais variados, sem falar naqueles que também fazem parte do esquema mas que a maioria prefere não ver, como cobras, insetos etc. Convivo com todos eles numa boa. Até mesmo com os tais dos "miquinhos" que a maioria das pessoas acha "umas gracinhas". Pois bem, esses primatazinhos tão bonitinhos não fazem parte da fauna original de nossa região. Trazidos para cá ao longo de décadas, principalmente através de viajantes que os compravam em beiras-de-estrada no nordeste (seu local de origem), esses miquinhos (ou sagüis) proliferaram por aqui e tornaram-se verdadeiras pragas em nossas matas.

Não haveria maiores problemas não fosse o fato de que esses primatazinhos são responsáveis pelo desaparecimento de várias espécies nativas, em especial pássaros. Vorazes, esses animais disputam fontes de alimento (já presenciei brigas memoráveis entre bandos de miquinhos e famílias de jacus por uma nespereira carregadinha!) e, pior, se alimentam de ovos. Sua "vítima" preferencial é o Tiê-Sangue. Um dos mais belos espécies da fauna alada de nossas matas.

De fato, desde que vim morar aqui, jamais havia avistado um tiê. Em compensação os miquinhos eram minha companhia mais frequente no quintal. De uns tempos para cá (já faz quase um ano), não sei explicar a razão, mas o fato é que os miquinhos parecem ter migrado. Sumiram. Coincidência ou não, ontem eu estava, como de praxe, fazendo uns trabalhinhos nos fundos do quintal quando um canto diferente me chamou a atenção. Olhei para cima e lá estava ele. Majestoso, elegante, consciente de sua beleza: O TIÊ!

Ele me olhava curioso e eu retribuía emocionado. Não sei se durou segundos ou minutos aquela mútua contemplação, mas tenho certeza de que, antes de alçar vôo ele entendeu plenamente quando eu lhe disse que era benvindo! Adoro os miquinhos, mas prefiro contemplá-los lá no agreste pernambucano, aqui sou mais o TIÊ! (e os jacus).
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Ivo Fontan

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Procura-se um advogado!

Este senhor aí da foto, conhecido como o bom velhinho, está começando novamente a freqüentar shoppings e lojas pelo mundo afora. Esse aí da foto, especificamente, é o da campanha de um shopping do Rio de Janeiro.

Me antecipando a experiência de natais anteriores neste mesmo shopping, estou a procura de um bom advogado que goste de trabalhar com direito do consumidor. Este shopping, nos últimos 3 anos, colocou um “projeto” de Papai Noel para atender as crianças. Era magrelo, baixinho, sem-graça. Afinal, um Papai Noel tão fajuto é como a estória dos 3 porquinhos contada por bezerrinhos...perde a graça. Me recusei a tirar foto das crianças com ele....rs...

Aí, vendo esse anúncio me perguntei se este Papai Noel aí da foto é o que vai estar no shopping ou essa foto é uma grandissíssima propaganda enganosa?

Acho que vou precisar de um advogado. A não ser que eles tenham aposentado o magrelo dos 3 anos anteriores ou então ele fez uma belíssima dieta de engorda.

Junto com esta causa, quero também processar as propagandas de shampoo, que notadamente nos enganam porque não há shampoo que deixe os cabelos daquele jeito sem uma boa escova!
Li numa matéria, certa vez, que não há praticamente nenhuma diferença entre as formulações de shampoos caros ou baratos. E, propaganda de shampoo é a maior enrolação, afinal os resultados prometidos não acontecem apenas lavando. As modelos fazem massagem, hidratação, escova e chapinha. Aí, sim , o cabelo fica daquele jeito que aparece no vídeo. Embora, eu esteja usando um shampoo um pouco mais caro que os do mercado, nada exorbitante mas de uma conceituada e famosa marca de cosméticos e os resultados são visivelmente diferentes do que os antigos shampoos que usei. Mas nada que pareça com os cabelos de propaganda de shampoo. E outra observação interessante é que usei outros produtos da mesma empresa e obtive o mesmo resultado. Ou seja, a sensação que dá é que a formulção pode ser melhor que as do mercado, mas não se distinguem entre os produtos da mesma marca.
Perdão: eles mudam a cor e o perfume! hehehe

Ainda teremos também as propagandas de pasta de dente que prometem dentes brancos igual azulejo de cozinha!

Ahhh! Me lembrei de um post da Denise Arcoverde fala dos cílios postiços usados nas propagandas de rímel feitas com a atriz Penélope Cruz. E aí, me pergunto: cadê o semancol da atriz que empresta sua imagem para tamanha enganação?

E para aumentar nossa busca por merecidas indenizações, ainda podemos acrescentar as lanchonetes e fast-foods com suas fotografias de sanduíches que compramos mas nunca levamos.

Enfim, estou a procura de um bom advogado.
Porque o dia que essas empresas começarem a ser processadas, passarão a respeitar mais a inteligência dos seus consumidores, seu direito a produtos de qualidade ou seu direito a propagandas mais honestas!

E ainda botar nomes como o da Penélope Cruz na lista negra da credibilidade!
Vamos fazer um blog: Celebridade sem Credibilidade?

Leia mais:
Semancol tem remédio? : http://ofuturodopresente.blogspot.com/2007/11/semancol-tem-remdio.html
__________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

Notícia

Procon: punição para empresas mais reclamadas

Só falta a sanção do governador do Rio, Sérgio Cabral, para que o projeto de lei 1.851/04, que prevê multas entre 10 mil e 100 mil Ufirs (17 a 170 mil reais) às empresas mais reclamadas no Procon-RJ, entre em vigor.

Da autoria do deputado Paulo Melo (PMDB) pretende evitar que as empresas fiquem enrolando os clientes em questões burocráticas e jurídicas levando-os a desistir de tentar obter indenizações.

Aprovado o projeto de lei, caberá ao Procon, emitir todo dia 30 de dezembro de cada ano, a listagem com as empresas com maior número de reclamações.
As empresas que não cumprirem as exigências e não pagarem as multas seriam inscritas na dívida ativa da Procuradoria Geral do Estado.

A nós, cabe reclamar quando não estivermos satisfeitos com alguma empresa, produto ou serviço!

Leia mais: http://www.alerj.rj.gov.br/escolha_legenda.asp?codigo=22939

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Assim ou Assado

Você já viveu em outro país? Sim, então vai saber do que estou falando, agora se não, preste atenção. Até rimou.

Viemos para cá pois fomos transferidos, tivemos sim a opção de não querer, mas achamos que seria uma oportunidade única de aprofundar o conhecimento de outra cultura (ou culturas) e proporcionar ao nosso filho esta visão de um mundo diferente. Mas é muito diferente! E algumas diferenças culturais eu não assimilo, não aceito, não concordo e luto para mudar, ou pelo menos manter as que eu aprendi e acho que são mais corretas. Em compensação tem tanta coisa boa e elas pesam muito nesta balança.

Já mencionei em outro post que os Estados Unidos é um grande país, um caldeirão de culturas e que tem muitos problemas como qualquer outro, mas existem algumas particularidades que são complicadas de entender.

Meu filho de 3 anos e meio frequenta uma creche/escola a mais de uma ano. Beleza. Está falando inglês melhor que eu, até me ensina quando eu falo errado. Está aprendendo "in loco" como se vive aqui, mas não deixamos de passar os valores brazucas para ele. Lá ele brinca, gasta energia, aprende, sociabiliza, volta feliz para casa. Fica durante 3 dias inteiros por semana. Assim a mãe dele tem tempo de estudar o inglês, cozinhar, lavar, passar, arrumar, faxinar, ir ao supermercado, ao médico, escrever para o blog, cuidar do cachorro, já que aqui não temos empregada. Ufa!

Até aí, vida que segue. Tudo normal. Ou quase. As grandes diferenças começaram a aparecer nesta relação com a creche. Vou listar aqui embaixo:

-Levo meu filho de banho tomado e roupa limpa. A maioria das outras crianças chegam lá da forma como sairam da cama.
A creche não dá banho, a maioria das creches por aqui dá banho.
-Junto com os materiais que eles solicitaram, eu coloquei a escova e a pasta de dentes, nada mais natural, já que eles comem na creche. Não é não.
As creches não tem o hábito de escovar os dentes após as refeições, salvo as exceções.
-Entre os materiais do meu filho estão várias mudas de roupas para serem trocadas caso as suje durante o almoço, já que não existe banho. Eles não tem o hábito de usar um protetor para roupa. Tive que reclamar várias vezes sobre isso. Inclusive que quando eu buscava meu filho no fim do dia ele estava com o rosto e as mãos sujas de comida do almoço.
Como não escovam os dentes, eles também não lavam as mãos e o rosto.
-A creche disponibiliza um serviço de câmeras e você pode acompanhar seu filho em suas atividades. Eles só esqueceram de uma coisa EU acompanho. Os outros pais não. Aliás a creche disse que estes pais nem querem ser perturbados com "pequenos detalhes", são pequenos para eles, mas que para nós sul-americanos são enormes.
-Não temos nenhum problema em que coloquem meu filho de castigo, já que toda criança faz das suas e não existe profissional no mundo que discorde dos castigos educativos. Normalmente 1 minuto para cada ano, sentado em um lugar e bem quietinho. Só que colocaram meu filho mais de 15 minutos de castigo, sem violência, sem gritos, mas eu tenho certeza que depois dos primeiros 5 ele nem lembrava mais porque estava ali.
Aqui se acha isto normal.
-Na visão da creche só assim ele aprende. Agora me pergunta se ele voltou a fazer a mesma coisa pela qual ele estava sendo punido? Voltou claro. Agora se tivesse colocado ele várias vezes de castigo durante 4 minutos isto com certeza “quebraria” o problema e toda vez que ele fosse fazer de novo iria lembrar que seria afastado das brincadeiras durante aquele tempo.

Resumindo, nós brasileiros somos passionais, protetores, cuidadosos, queremos nossas crias ali na rédea curta, participativos, acredito que mais que outros povos. Pensamos em ajudá-los de todas as formas. Muitas vezes exageramos, mas somos um povo querido em qualquer lugar. Onde tem brasileiro, tem alegria, tem gente inteligente, tem trabalhador, tem lutador, tem gente que não tem vergonha de dizer e sentir.

Viver em outra cultura, aprender sobre ela é ótimo, mas ter bom senso que nem tudo que é bom para um vai ser bom para outro deveria ser uma regra mundial.

Não é?

_______________________________________________________________________________ Cristiane A. Fetter

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Como assim?

Escrevendo o post sobre escola, me lembrei de uma conversa que tive há algum tempo com uma vizinha.

Ela perguntou se as crianças já estavam na escola.
Eu respondi que não pois achava que ainda era muito cedo e que eles podiam curtir um pouco mais a vida descompromissada e a convivência em família (os dois menores de 3 anos na época).

Ela respondeu concordando (por educação) e falou que os dela estavam na creche desde 1 ano e meio e que quando eu precisasse, que ela me indicaria a creche onde eles estão matriculados pois era uma excelente instituição. Inclusive, as crianças já voltavam para casa de banho tomado e “jantadas’!

E eu pensei: Como assim?
Nem lembro como esta conversa terminou porque somente fiquei pensando no que esta mãe estava perdendo.

Eu adoro fazer essas pequenas rotinas do dia-a-dia com meus filhos. Muitas vezes deixo que outros façam para que eles ao fiquem presos apenas a mim para estes momentos. Uma criança que chega cansada da creche ou escola de banho tomado e alimentado, tende apenas a chegar em casa para dormir, talvez.

Vejo tantos depoimentos de mães que se arrependem de não ter curtido mais essa fase pequenina de seus filhos!

Outra coisa é a refeição: fazemos todos juntos à mesa na maioria das vezes. Mesmo quando eles eram pequenos e ainda não comiam. Sempre na mesa com a gente. Nada de alguém sair com eles para passear enquanto comíamos ou de um de nós almoçar primeiro. Certa vez, um casal que perguntou, vendo a gente se sentando para almoçar, se era difícil e há quanto tempo não comíamos juntos. A gente sempre come junto e nem percebia se era difícil? ...rs.

Claro que não estou falando das mães que não podem porque precisam trabalhar. E não falo daquelas que precisam só por causa do dinheiro. Tem aquelas como as dentistas, por exemplo: que se não trabalhar não ganham e ainda perdem seus clientes. Cada caso é um caso. Falo genéricamente daquilo que deixamos de curtir sem nem mesmo nos darmos conta...
A Renata já nos falou sobre isso num post. Crianças precisam de atenção.

Eu estou tentando curtir ao máximo. Tento não ter pressa de adiantar nada na vida deles que não seja algo que eles manifestem naturalmente.
Foi assim com a alimentação (transição entre peito e novos alimentos);
Foi assim com os primeiros passos ;
Foi assim com as primeira palavras...

E agora está sendo assim com as letras, os números e as cores.

Cada criança tem sua velocidade, seu ritmo.
Eu tento, dentro da minha intuição, respeitar esse tempo. Ás vezes é difícil porque a gente sempre acha que as outras crianças estão mais adiantadas...rs...a grama do vizinho é sempre mais verde...normal..rs...a gente inevitávelmente compara.

Mas tento dar a eles a infância mais tranqüila que puderem. Não há pressa em ir para a escola.
Esses primeiros anos são únicos. Insubstituíveis. Irrecuperáveis.
Eles têm uma vida inteira de estudo pela frente.
Que quando começar, não terminará nunca mais!

Leia mais:
Preciso de atenção : http://ofuturodopresente.blogspot.com/2007/08/preciso-de-ateno.html
________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

COMO DESCARTAR pilhas e baterias 2

O Ivo deu uma dica de como descartar pilhas quando não temos nenhuma alternativa.

Também publicamos um texto que diz que as pilhas comuns podem ser descartadas no lixo comum e apenas baterias e pilhas importadas devem ter destinação específica.
Mas é aquela história: cada dia aparece um estudo diferente chegando a uma conclusão diferente. Mas ainda há a pergunta: não é melhor reciclar as pilhas do que lançá-las no meio-ambiente, mesmo sem causar "danos"?

Se as pilhas são recicladas de alguma forma, mesmo não causando impacto, é melhor que jogar no lixo, não é verdade?

Eu vou juntando as pilhas numa cestinha em cima da geladeira e quando enche a cestinha, levo para deixar no carro pois em algumas lojas existem coletores de pilhas e baterias.

Lojas em que já vi estes coletores:

-Alguns ecopontos
-Casa e Construção
-Leroy Merlin
-Banco Real (Projeto papa-pilhas)
Caso você tenha conhecimento de outros pontos de coleta, nos informe que publicamos aqui!
e-mails para ofuturodopresente@gmail.com

Leia mais:

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

A história na estória dos livros.

Já que estamos sempre falando aqui de livros para crianças, resolvi falar também de livros para adultos. Acabei de ler “ Inés del alma mía”, o ultimo romance da extraordinária escritora Chilena Isabel Allende . Ela pesquisou durante 4 anos para escrever um romance misturando fição e história com base na vida real de Inés Suárez, uma mulher de muita fibra que deixou a Espanha nos meados do século 16 e veio fazer a vida, fama e fortuna na recém conquistada América do Sul. Inés, partindo do Peru colonizado por Pizarro, torna-se amante de um grande homem e o segue para realizar a conquista do Chile e fundar sua capital, Santiago.

O livro é uma delícia. A autora possui um impressionante dom de prosa e conta a história real da conquista da América do Sul nos idos de 1540, através da experiência, visão e sentimento da personagem principal: uma mulher. Todo homem deveria ler ao menos um livro da Isabel Allende (ou ouvir uma musica do Chico Buarque) para tentar entender a alma feminina ao invés de simplesmente tentar possuí-la.

A Inés que Isabel constrói é aquela mulher perante a qual os homens se curvam e se contentam em admitir sua alegre submissão . E olhe que estamos falando dos grandes guerreiros conquistadores Espanhóis do século 16, os mais bravos e destemidos de então. Quem ler o livro vai entender o que estou falando. Eu poderia gastar horas falando sobre a autora Isabel Allende, mas não é esse o ponto principal de hoje. Isabel escreveu um livro que é um romance mas também é uma aula de história : fascinante, preciso, informativo, cativante para quem, como eu, sou vidrado em história.
Através do livro, não só me deliciei com uma grande estória, como tomei conhecimento da história da conquista do Peru e do Chile. Precisamos de mais livros assim no Brasil.
Eduardo Bueno , que hoje está no Fantástico (mas nunca o vi na TV) escreveu uma ótima série de livros sobre o descobrimento do Brasil e os primeiros anos de colonização. Quando os li, alguns anos atrás, senti imediatamente a diferença para os velhos livros de história da minha época, que pareciam ter sido escritos para editais de um Ato Constitucional a serem narrados pela Voz do Brasil...

Assim eram os livros escolares de antigamente e os autores pouco faziam para melhorar a coisa e tornar a leitura um pouco mais deglutível. Euclides da Cunha que me perdoe, mas o melhor livro que eu li sobre Canudos foi o romance La guerra del fin del mundo, do Peruano Vargas Llosa.

Precisamos estimular a leitura da história do nosso país. Temos um passado muito rico e ainda pouco explorado e desvendado. É verdade que temos tido uma certa “renascença” ao interesse da nossa história recente – e neste aspecto, Elio Gaspari tem contrubuído bastante - mas creio que ainda é pouco. Precisamos incentivar os jovens a se interessar por história e a literatura é um ótimo caminho (assim como artes pláticas, cinema, musica ou qualquer outro meio de comunicação de massa). Se os nossos talentosos escritores abordassem mais temas históricos, tal como a Isabel Allende, a nossa história seria melhor difundida entre a nossa população.
Quando era criança, gostava muito de ler livros de história e o gosto ficou para o resto da vida. Se os nossos livros de história para crianças e adolescentes fossem mais interessantes e melhor escritos, com certeza despertaria maior interesse em muitos jovens, ao invés de espantá-los.

PS : alguém sabia que a Venezuela (nosso país vizinho do "companheiro" Hugo Chavez .. ) tem este nome porque significa "pequena Veneza"?
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Milton Fetter

CAMPANHA: Gorrinhos de solidariedade


O INCA-RJ tem muitas crianças de 3 meses a 18 anos precisando de roupinhas e principalmente gorrinhos. Normalmente estão carequinhas por cair o cabelo devido a quimioterapia e sentem muito frio na cabeça (o ar condicionado lá é muito forte e gela mesmo).


Por favor, gostaria de pedir que se conhecerem pessoas que façam gorrinhos de crochê, tricô, malha ou pano, pedissem a elas que fizessem gorrinhos para as crianças que estão internadas no INCA.


P.S.: *Os gorrinhos* precisam ser novos, pois vão para o INCA (lembrem-se das bactérias*). Favor entregar no Hospital Inca - Assistente social Praça da Cruz Vermelha - Irmã Cris

domingo, 25 de novembro de 2007

Pessoas que fazem diferença no mundo...



Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido popularmente por Mahatma Gandhi ("Mahatma", do sânscrito "A Grande Alma") liderou mais de 250 milhões de hindus e foi um dos idealizadores e fundadores do moderno estado indiano e um influente defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de revolução.

O princípio do satyagraha, freqüentemente traduzido como "o caminho da verdade" ou "a busca da verdade", também inspirou gerações de ativistas democráticos e anti-racistas, incluindo Martin Luther King e Nelson Mandela. Frequentemente Gandhi afirmava a simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu: verdade (satya) e não-violência (ahimsa).

Cursou a faculdade de Direito em Londres. Gandhi nunca recebeu o prêmio Nobel da Paz, apesar de ter sido indicado cinco vezes entre 1937 e 1948. Décadas depois, no entanto, o erro foi reconhecido pelo comitê organizador do Nobel. Quando o Dalai Lama Tenzin Gyatso recebeu o prêmio em 1989, o presidente do comitê disse que o prêmio era "em parte um tributo à memória de Mahatma Gandhi".

Ao longo de sua vida, as atividades de Gandhi atraíram todo tipo de comentário e opinião. Winston Churchill chegou a chamá-lo de "faquir marrom". Sobre Gandhi, Albert Einstein disse que as gerações por vir terão dificuldade em acreditar que um homem como este realmente existiu e caminhou sobre a Terra.

Ele viveu de 2 de Outubro de 1869 - Nova Déli, a 30 de Janeiro de 1948) assassinado a tiros, em Nova Déli, por Nathuram Godse, um hindu radical que responsabilizava Gandhi pelo enfraquecimento do novo governo ao insistir no pagamento de certas dívidas ao Paquistão. Godse foi depois julgado, condenado e enforcado, a despeito de que o último pedido de Gandhi ter sido justamente a não-punição de seu assassino.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Pensamentos que nos fazem pensar...

Para conseguir a amizade de uma pessoa digna

é preciso desenvolvermos em nós mesmos

as qualidades que naquela admiramos.

(Sócrates - filósofo grego considerado o fundador da Filosofia)

Jornal me estressa... (I)

Ultimamente, ler jornal me deixa extremamente abalada.
De raiva.
É uma notícia vergonhosa atrás da outra.

Semanas atrás foi a questão do desconto sindical onde os sindicalistas ganharam no grito a batalha no congresso nacional em meio à ameaças a parlamentares, que, por motivos que nós todos suspeitamos, cederam e mudaram de opinião ali, na hora, na frente de todo mundo e votaram contra transformar o desconto sindical de obrigatório para opcional. E sou a favor da sociedade organizada e acredito que, na teoria, os sindicatos teriam este papel. Contudo, trabalho desde os 17 anos não vi nada que justifique a contribuição que fui obrigada a dar à minha classe sindical. Ainda mais quando sindicalistas se comportam como arruaceiros e bandidos que conseguem o que querem a base de gritos, violência e ameaças.

Depois, foi o episódio do Deputado Cunha Lima que renunciou ao mandato para fazer uma manobra jurídica após 12 anos de uma tentativa de homicídio cometida por ele. Como ele não pôde mais se valer do foro privilegiado, renunciou para que seu processo seja enviado á justiça comum, protelando ainda mais seu julgamento. Afinal, ele, assim como nós, conhece a lentidão da nossa justiça. Ora veja...
Este senhor deputado, pai do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, deu 3 tiros num adversário político quando era governador do mesmo estado e no meio de um restaurante! E está solto, legislando!

Aí, vem o Senador Arthur Virgílio-AM (líder do PSDB na Câmara!!!!) dizer que entende a grandiosidade do ato quando o deputado abre mão do foro privilegiado, que ele prefere chamar de especial (ou outro nome menos vexaminoso, que não lembro agora), para ser julgado pela justiça comum. Fala sério! Tá na cara que foi manobra e esse senhor senador defende a palhaçada permitida pela nossa medíocre legislação. O lado bom é que a gente já sabe que tipo de pessoa é este Arthur Virgílio! Aí, para meu espanto, outro que foi discurssar em defesa do deputado meliante foi o senador Eduardo Suplicy-SP alegando ter apreço pelo referido deputado mais alguns blá-blá-blás e por fim, e nada surpreendente veio também a defesa ao deputado vinda do senador Marcelo Crivella – RJ.

Aaaaaí, o ministro do supremo foi criticado pelo filho do tal deputado por ter chamado a manobra de “escárnio”. O filho advogado e governador do deputado achou que o ministro foi anti-ético. E dar 3 tiros em alguém, não é?(sem mencionar o ato crimininoso...). Não ter sido julgado por foro privilegiado, não é? Renunciar para fugir do julgamento e embromar mais um pouco na justiça, não é?

"O ato dele é um escárnio para com a Justiça em geral e para com o Supremo Tribunal Federal em particular e mostra como é perverso o foro privilegiado. Este homem manobrou e usou de chicanas por 14 anos para fugir do julgamento", continuou. Com a renúncia, todo o trabalho feito pelo STF neste caso será nulo. O processo agora descerá para a primeira instância, na Paraíba. Pelos cálculos de Barbosa, a ação demorará mais 10 ou 12 anos. E, como Cunha Lima já tem 70 anos de idade, o prazo para que o crime prescreva cai pela metade.” (ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF)
Taí a cara do deputado para ver se alguém lembra de não votar mais em gente que não presta!

Em outro jornal, vejo a manchete de primeira página que o STE quer proibir a candidatura de pessoas com processos criminais. Vem cá, só agora? Nunca deveria ter sido permitido! Por isso é que a nossa política está tão suja!

Carta de renúncia do Cunha Lima, mais conhecida como ME ENGANA QUE EU GOSTO.
________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

COMO DESCARTAR pilhas e baterias

As pilhas comuns e alcalinas, utilizadas em rádios, gravadores, walkman, brinquedos, lanternas etc, podem ser jogadas no lixo doméstico, sem qualquer risco ao meio ambiente, conforme determinação da Resolução CONAMA 257, publicada em 22 de julho de 1999.

Portanto, essas pilhas não precisam ser recolhidas e nem depositadas em aterros especiais. Isto porque os fabricantes nacionais e os importadores legalizados já comercializam no mercado brasileiro pilhas que atendem perfeitamente as determinações do CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente – no que diz respeito aos limites máximos de metais pesados em suas constituições.

Também podem ser dispostas no lixo doméstico as pilhas/baterias de:

Níquel-Metal-Hidreto (NiMH) - utilizadas por celulares, telefones sem fio, filmadoras e notebook;

Íon-de-Lítio - utilizadas em celulares e notebook;

Zinco-Ar - utilizadas em aparelhos auditivos;

Lítio - Equipamentos fotográficos, agendas eletrônicas, calculadoras, filmadoras, relógios, computadores, notebook, videocassete.

Além dessas, também podem ir para o lixo doméstico as pilhas/baterias especiais tipo botão e miniatura utilizadas equipamentos fotográficos, agendas eletrônicas, calculadoras, filmadoras, relógios e sistemas de segurança e alarmes.

Portanto, só devem ser encaminhadas aos fabricantes e importadores, desde 22 de julho de 2000, as pilhas/baterias de:

níquel-cádmio - utilizadas por alguns celulares, telefones sem fio e alguns aparelhos que usam sistemas recarregáveis.

chumbo-ácido - utilizadas em veículos (baterias de carro, por exemplo) e pelas indústrias (comercializadas diretamente entre os fabricantes e as indústrias) e, além de algumas filmadoras de modelo antigo.

Essas baterias já possuem um sistema de recolhimento e reciclagem, há muito tempo; óxido de mercúrio - utilizadas em instrumentos de navegação e aparelhos de instrumentação e controle (são pilhas especiais que não são encontradas no comércio).

Leia o artigo completo:http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/pilhas.html

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Rio de Janeiro

Sempre que vejo um filme como esse que foi feito em 1936, fico me perguntando em que momento o Rio se perdeu. Que falta de previsão nos deixou na mão, que providência deixou de ser tomada, que sórdida canalhice aconteceu que permitiu todas as outras? Quantas gerações de administradores se corromperam, indiferentes? Quantos cariocas toleraram os destratos e os deboches de prefeitos e governadores indignos dos seus cargos?Pobre cidade, que tão pouca gente amou (e ama) como devia...

Post reproduzido do blog da Cora Rónai

PARADOXOS IV

Muito "doido" esse "troço" né? O mundo da informática trouxe para nosso convívio próximo as expressões MEGA, GIGA, e já está chegando por aí o TERA. Alguns profissionais e homens de ciência já lidam com essas grandezas há algum tempo: Os matemáticos, físicos, químicos, astrônomos...Só que lidar é uma coisa, compreender é outra.

Vejam essa: A queima de um litro de gasolina gera uma quantidade de moléculas de CO2 (gás carbônico) que está situada na casa dos SEXTILHÕES. Você ENTENDE isso? Então responda: Quantos grãos de areia existem numa praia (assim do tamanho de Copacabana, por exemplo)? Será que chega perto do tal sextilhão? Pois saiba que se somarmos TODOS os grãos de areia de TODAS as praias do PLANETA não teremos um sextilhão de grãos!!!

Mas afinal, onde eu quero chegar com essa "doideira"? O ponto é o seguinte: A nossa limitação humana em compreender Grandes Números muitas vezes nos leva a avaliações equivocadas sobre a real dimensão dos IMPACTOS provocados por nossos hábitos e atitudes cotidianas. Na ânsia de fazer a "nossa parte" no processo de salvação do planeta, muitas vezes "enfiamos os pés pelas mãos", dando importância desmedida a coisas que nos parecem efetivamente graves, mas que não o são tanto quanto pensamos, e, deixando "passar batido" outras que, por não conseguirmos mensurar, não atentamos para seu verdadeiro impacto.

Eu exemplifico recorrendo a um tema que já foi objeto de discussão neste mesmo blog: O hábito de queimar folhas e galhos secos da varredura de quintais. No bojo do alerta sobre o processo de "aquecimento global" (que é, de fato, seriiiiiíssimo), disseminou-se uma verdadeira ojeriza a qualquer ação que implique eu "queimar qualquer coisa", incluindo aí as velhas e costumeiras "queimadas" para efeito de plantio. Foco errado. Lembra do "sextilhão" lá do início? Pois é, Um tanque de combustível (fóssil) de um automóvel joga no ar uma quantidade de CO2 absurdamente maior do que a queimada de "sei lá quantos hectares" de área agriculturável.

Sem falar nos chamados "incêndios espontâneos", que tanto "horrorizam" as pessoas, sobretudo quando ocorridos nas chamadas "Áreas de Preservação" e que não passam de fenômenos naturais, sazonais e necessários (isso mesmo, necessários: São inúmeras as espécies vegetais desses eco-sistemas cujas sementes dependem do FOGO para germinar!)

Bem, o recado que quero deixar ao fim desta série de textos é: CUIDADO COM OS PARADOXOS. Não se deixe levar por modismos, textos apócrifos ou de procedência duvidosa, sobretudo por informações colhidas através da imprensa (ou mídia, se preferirem). Tomem suas decisões, mudem hábitos e atitudes baseados em informações seguras e confiáveis. Lembrem-se, somos um planeta habitado por BILHÕES de pessoas. Nesta realidade não cabem mais soluções simplistas, açodadas ou equivocadas.

Não se DESINVENTA o progresso. Podemos, e devemos, corrigir-lhe o rumo, mas somente com inteligência e bom senso. Fora disso é GUERRA, e nesta, perdemos todos!

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Ivo Fontan

UM DIA SEM COMPRAS, você consegue!

Amanhã, 23 de Novembro, é o
DIA SEM COMPRAS

Vamos aderir a mais esta iniciativa de incentivar e conscientizar sobre a necessidade de se mudar nossos (maus) hábitos.

Dia sem Compras (Buy Nothing Day), é uma iniciativa criada há 14 anos por uma fundação canadense, a Adbusters, para questionar o consumo desenfreado. O objetivo é ficar pelo menos 24 horas sem gastar nem um centavo. O movimento bem-humorado tem adeptos em 64 países.

Fonte: Por que vamos ao Starbucks?

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Recado da Mercedes

UM AMIGO "DOTÔ"...

Algumas pessoas têm vocação para levar o fruto de seu talento e oferecer generosamente às outras. Dessa forma, temos os educadores, temos os artistas, temos aqueles que curam os corpos e as almas doentes...

Mas eu tenho um amigo que resolveu ir além: ele cura as feridas da terra seca. Ele inventou um curativo enorme, e quando a Mãe Terra fica adoecida, exaurida... ele espalha esse bálsamo em lugares apropriados e ela então vai se regenerando, volta a ter saúde, volta a sorrir e até chora de alegria... produz lágrimas em forma de nascentes de água.

É assim que a Mãe Terra agradece ao cuidado desse meu amigo. E nós, que apenas assistimos maravilhados, agradecemos também. Ele tem uma vida um tanto atribulada: ensina outras pessoas a fazerem o remédio, verifica se estão fazendo direitinho, presta contas àqueles que fornecem as condições para o seu trabalho...

Mas o que ele gosta mesmo é de chegar assim pertinho da sua "paciente" e sorver a vida em sua forma mais pura. Ele é médico da Terra. Ele faz barraginhas.

Não é muito fácil explicar com poucas palavras e sem imagens, porque o projeto, embora simples, pode ser confundido com várias coisas assim pela descrição.

Pra se ter uma idéia, as barraginhas podem ser definidas como silagem de água subterrânea (que define totalmente o que são), mas essa frase não diz nada pra a maioria das pessoas, então conheça o trabalho de Luciano Cordoval e o Projeto Barraginhas no blog:
http://barraginhas.multiply.com/

__________________________________________________________________________________ Mercedes Lorenzo

terça-feira, 20 de novembro de 2007

COMO DESCARTAR óleo de cozinha 2


Postos de coleta de óleo de cozinha usado para reciclagem em SP.


A iniciativa é do Núcleo Bandeirantes de Santos.

Vale lembrar que o material coletado segue para uma indústria de reciclagem de São Paulo, que retorna produtos de limpeza que serão distribuídos para entidades cadastradas pelo NúcleoPontos de entrega na BS:

Centro Comunitário da Igreja São Judas Tadeu Rua Napoleão Laureano, nº 89 - Marapé - Santos - 2ª a sábado, das 9h às 18h.

Colégio Senior - Av. Jovino de Melo, 358 - Zona Noroeste - Santos - 2ª a 6ª, das 9h às 17h

3º DP de Cubatão - Av. Nações Unidas, 311 - Vila Natal - Cubatão - 2ª a 6ª, das 9h às 19h

Federação de Bandeirantes do Brasil - Núcleo Santos - Rua jurubatuba, 157 - 5ª e sábado, das 15h às 17h

Há outros postos em Santos também:

- Centro Esportivo M. Nascimento: Rua João Fraccaroli, s/nº, BomRetiro.

- Ginásio Rebouças: Pça Engenheiro Rebouças, Ponta da Praia.

- Posto 2: Av. Presidente Wilson, s/nº, José Menino.

- Agências do Banco Real (Centro e Gonzaga).


Grande quantidadesA partir de 30 litros, a ONG Trevo recolhe o resíduo in loco, pagando cerca de R$ 0,20 por litro.

Agendamentos pelos telefones:(11) 3531-2116 ou (11) 6161-3867 .

Em Santos, o núcleo recebe doações às 5ª ou sábados, das 15 às 17h. O endereço é Rua Jurubatuba, 157, próximo ao Complexo Esportivo Rebouças. Para quem está em São Vicente, o posto de coleta fica em um estacionamento do Centro, na Rua Martim Afonso, 214. O horário para entrega é de 2ª a sábado, das 7 às 22h. Atualmente, o Núcleo Bandeirante está cadastrando entidades para receber os produtos de limpezas arrecadados a partir da troca.

Santos e São Vicente já têm postos de coleta de óleo de cozinha residencial. A iniciativa em Santos é do Núcleo Bandeirantes, da Ponta da Praia. Já em São Vicente, o posto de coleta fica em um estacionamento do Centro, que firmou parceria com a Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi) e, com o programa, vai gerar renda para a Cooperativa Cidade Alta (Coopercial), formada por 120 ex-catadores do antigo lixão de Sambaiatuba, conforme informação da prefeitura.

Em tempo:1 LITRO DE ÓLEO POLUI 1 MILHÃO DE LITROS DE ÁGUA.


segunda-feira, 19 de novembro de 2007

PARADOXOS III

Quem de vocês possui (e usa) um automóvel fabricado na década de 70 (ou 80)? Sabe porque não? Porque não é "admissível", nos dias de hoje, permanecer com o mesmo veículo por mais do que alguns poucos anos.

Você é "bombardeado" por pressões vindas de todos os lados, inclusive dentro de sua própria casa, para "atualizar-se". Porque não dizer ainda que VOCÊ mesmo/a se cobra e se "permite" essa "atualização"? Claro que você, por outro lado, tem a plena consciência de que a indústria automobilística é uma das grandes vilãs do planeta, esgotando recursos naturais por um lado, e, "emporcalhando" a ar, por outro.

Você tem a exata noção do número absurdo de veículos que são produzidos diariamente no mundo, não tem? Não! Estendamos o exemplo do automóvel para qualquer dos bens de consumo que fazem parte de nossa vida e que "movem" a engrenagem da economia. Você tem noção de quantas toneladas de bauxita são necessárias para produzir as latas de cerveja que o Brasil fabrica em um ano? Quantos barris de petróleo foram necessários para que você tivesse acesso a todos os produtos de base polimérica que estão espalhados aí pela sua casa? Quantos eucaliptos foram plantados e derrubados para produzir o papel que a sua cidade consumiu hoje?

A resposta a todas essas perguntas é NÃO. Se você é especialista ou bem informado a respeito de alguma dessas questões certamente sacará um NÚMERO que responderá. Será? Talvez você realmente "saiba" o número, mas dificilmente você COMPREENDERÁ este número. Esta é uma questão muito interessante e muito séria, e que representa uma grande dificuldade para o ser humano na compreensão das questões ligadas à sustentabilidade do planeta: A compreensão dos Grandes Números!

Nossa mente não "foi feita" para lidar com grandes números. Não precisamos! Por dez mil anos de "civilização" (forçando barra!) tudo o que precisamos compreender estava contido na "casa dos milhares", no máximo. Antes mesmo do advento dos sistemas numéricos. A percepção de que cem é mais do que dez, ou mil é mais do que cem, ou cem mil é mais do que mil, é "natural" e mensurável, mesmo que não "nominável". Quando falamos de milhão "prá cima", a coisa já muda. Embora nós já lidemos com certa desenvoltura com essa "ordem de grandeza", de fato, nosso cérebro não atingiu a mesma desenvoltura de nosso "discurso".

Por falar em números, este post já passou do tamanho ideal.


Continua.

_________________________________________________________________________________ Ivo Fontan

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

"Semancol" tem remédio?

Uma coisa que me deixa “passada” é propaganda de remédio.
Auto-medicação não é perigoso?

Então, propaganda de remédio, tem que ser feita para os médicos, nos consultórios.

Aí, fico “bege” de indignação quando vejo artista fazendo propaganda de remédio!

A classe artística, em geral, já tem excelentes salários e rendimentos com marketing e publicidade.

Aí, eu pergunto: PRECISA FAZER PROPAGANDA DE REMÉDIO?

Sabe o que isso me dá a sensação: de uma ambição sem remédio....

Puxa vida...
Será que o artista não tem noção do impacto que sua imagem confere a um produto?
Será que ele não sente o mínimo de responsabilidade quando associa seu nome a um produto químico cujo uso inadequado pode ser inclusive fatal?

Que propaganda tem limite?

Claro que não deve haver nenhuma regulamentação a respeito, mas eu sempre me pergunto se não existe autocrítica dessa “galera” na hora de fazer alguma coisa.
Precisa haver a proibição efetiva?
É como fumante em hospital, motorista que estaciona na calçada...
E artista que faz propaganda de remédio. Precisa de fato proibir???

Um laboratório farmacêutico, durante anos, manteve no mercado um produto para passar em machucados e que descobriram não servir para nada. Logo depois veio a denúncia de que o laboratório farmacêutico sempre soube da ineficácia do produto. Mas vendia horrores, ia mudar pra quê?

Aí, a verdade veio à tona, ele mudou a formulação para que agora, sim, fosse eficaz e colocou o José Wilker na propaganda. A Malu Mader e Susana Vieira fazem propaganda de remédio pra dor de cabeça, a Cláudia Rodrigues (a diarista) e a Regina Casé (ô decepção!) fazem propaganda pra antigripal, a Ingrid Guimarães e o Serginho Groissman de anti-ácido e muitos outros que à medida que for lembrando vou colocar aqui.

E agora fomos brindados com a Hebe Camargo fazendo propaganda em defesa do leite da Parmalat, não é remédio mas a fundamentação é a mesma: olha o impacto da imagem dela no auge da crise do leite!

Essas pessoas tem milhares de fontes(generosas) de renda, não precisam disso.

Papel higiênico que não faz mal a ninguém, eles não fazem propaganda.
Aí, sim, eles tem bom senso em não associar suas imagens a um produto dúbio.
Ou seja, quando interessa (a eles), eles sabem escolher.
Fala sério, né?

Leia mais:

Não parecia mas era propaganda - Revista Veja

As estratégias da indústria farmacêutica para multiplicar lucros espalhando o medo e transformando qualquer problema banal de saúde numa “síndrome” que exige tratamento.

Nossos post sobre as Vacinas : http://ofuturodopresente.blogspot.com/search/label/Vacinas

O papel das doenças : http://ofuturodopresente.blogspot.com/2007/05/gripe.html

GIGANTES FARMACÊUTICAS CONTRATAM AUTORES FANTASMAS PARA PRODUZIREM ARTIGOS CIENTÍFICOS

Jornal da Tarde - Defenda-se: Artista ou médico?

Eles vendem tudo e mais um pouco

Receita sem médico (excelente!)

__________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

COMO DESCARTAR óleo de cozinha

Quando despejado no ralo da pia, apenas 1 litro de óleo contamina 1 milhão de litros de água. O mais correto é doá-lo a empresas utilizem o óleo como matéria-prima para produtos de limpeza.


O material coletado será destinado a empresas que reciclam o óleo usado e o transformam em produtos de limpeza, como sabão em barra, detergente, e afins. A cada litro doado a empresa devolve 1 litro de produto de limpeza. O destino do óleo de cozinha usado preocupa ambientalistas do mundo todo.

Se sua cidade não possui postos de coleta, coloque o óleo em uma garrafa pet e descarte com o lixo orgânico. Evite despejar na pia ou direto no esgoto. Assista também ao Cidades & Soluções, com André Trigueiro, sobre o assunto.

Para doar, basta colocar o óleo em garrafa pet e levá-lo até o local.

Vamos divulgar gradativamente os postos de coleta que tomarmos conhecimento.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

XV DE NOVEMBRO!

Recebi uma “encomenda” curiosa de nossa blogueira-mãe (ou mãe-blogueira como ela prefere): Criar um post para o dia 15 de novembro.

A curiosidade fica por conta da data, aniversário da “Proclamação da República”, e, sendo eu um MONARQUISTA (cada vez mais) convicto!

Esta revelação deve chocar a maioria de vocês. Eu entendo.
E explico.
Tudo começou na longínqua década de 50, lá no subúrbio pacato (naquela época!) de Vila Kosmos, no Rio. Uma casa, na rua Alecrim, mexia com a imaginação de todos nós, moleques do bairro. Era a sede do “Movimento Monarquista Brasileiro”. Não conhecíamos seus moradores nem frequentadores, mas chamava-nos a atenção as paredes e o muro pintados em verde-e-amarelo e os desenhos de brasões em estandartes e galhardetes espalhados pelo jardim.

A casa verde-amarela povoou a minha imaginação de garoto mas também plantou
uma sementinha na minha alma. Semente de curiosidade. Já adulto, e sem
relacionar isso com a casa, passei a buscar leituras e informações sobre a
monarquia e, principalmente, sobre o imperador deposto.

Descobri um homem extraordinário. Um ESTADISTA, assim mesmo, com todas as
letras maiúsculas. Um homem sábio, justo, idôneo, como NENHUM de nossos homens públicos desde então. Um incentivador das artes, ciências, do progresso e da justiça social. Tão extraordinário era este monarca que, pasmem, ele próprio tinha planos REPUBLICANOS para o país. E o teria levado a efeito não fosse atropelado pela história.

Pedro II despertava o respeito e admiração de seus contemporâneos chefes de estado e governo. Para o argentino Bartolomeu Mitre era simplesmente o maior governante de seu tempo. Amante de todas as formas de liberdade Pedro II permitiu que fosse criada, no seu próprio “quintal”, a serpente que o picaria, não cerceando nem perseguindo a imprensa “republicana” que se multiplicava na Corte veiculando notícias tendenciosas sobre seu governo, sua família e sua pessoa. Sua integridade como ser humano não lhe permitia aquilatar o grau de letalidade daquela peçonha.

Diferente das monarquias parlamentaristas de hoje e ainda muito mais diferente das absolutistas de ontem, Pedro II exercia, de fato, o “quarto poder”, o Moderador. Não era figura decorativa nem déspota. Governava um país com instituições sólidas e independentes. Tão independentes que o descartaram. Sua integridade certamente atrapalhava muitos “planos”.
O Brasil trocou seu Imperador maiúsculo por um punhado de imperadorezinhos de m... que implantaram suas cortes pelos quatro cantos do país. Seus descendentes estão aí até hoje!

Tão grande era o receio de que o povo “percebesse” o que havia perdido que, por muitos anos, décadas mesmo, após a tal “proclamação”, a monarquia era ridicularizada em manifestações “artísticas”; satanizada na mídia e, tudo o que a “ela” pudesse ser ligado (ainda que apenas na imaginação doentia dos novos “imperadores”), era perseguido e, se (e quando) necessário,
massacrado. Antônio Conselheiro e seus miseráveis jagunços sentiram o peso dessa mão assassina no arraial de Canudos.

Não tenho como resumir aqui tudo o mais que já li e refleti sobre este
assunto, mas afirmo que é suficiente para que eu não comemore a data de
hoje.

Apenas, melancolicamente, tento imaginar o que poderia ser hoje esse
gigantesco país caso a história tivesse sido diferente...

Também melancolicamente tenho que reconhecer: Na verdade não sou
propriamente monarquista. Sou PEDRISTA.

De nada adiantaria o regime sem seu ícone!
E, sinceramente(?), não há mais Pedro II por aí nos dias de hoje. Não entre
políticos. Com certeza!

Leia mais:
Foto: wikipedia (D. Teresa Cristina, D. Antônio, D. Isabel, D. Pedro II, D. Pedro Augusto de Saxe-Coburgo, Conde d'Eu, e os príncipes Luís e Pedro de Alcântara na Casa da Princesa Isabel e do Conde D'Eu (1888).)
_________________________________________________________________________________ Ivo Fontan

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Bocódobra - Parte 2(final)

Mas vem cá? Depois de tudo isso, depois de me ignorarem, era isso?

Depois de todo esse trabalho e canseira de vir ao Procon, eles querem marcar de consertar uma coisa que eu praticamente implorei e eles não me atenderam?

Não mesmo.

Depois que eu tive todo este aborrecimento, sendo ignorada, desrespeitada, a segurança de uma criança negligenciada, o trabalhão todo de entrar no Procon, eu queria a devolução do meu dinheiro e que tirassem aquele berço da minha casa.

Eu que já sou macaca velha, já tinha passado na loja e pego o preço do berço num papel timbrado.
E não é que eles quiseram me ludibriar me ressarcindo um valor menor? Pois é...
Foi o comprovante que me deu garantias e eles ficaram lá, com a cara de tacho.
Depois de acertarmos o preço do berço falei: agora vamos ver as despesas que tive para vir aqui: gasolina, estacionamento, dois dias, ida e volta...

Ah...isso a gente não paga. - disse uma das advogadas.

Ah...mas vão ter que pagar, porque se tivessem me atendido eu não precisava vir aqui, e ainda estou sendo boazinha porque tem danos morais e outras cositas más que eu nem mencionei.

Mas isso eles não pagam...então recolhi meus papéis e falei que ia entrar no Juizado Especial com todos os outros direitos que não cabem ao Procon julgar e ainda ia ter prioridade no atendimento, portanto rapidinho eu ia ter o dinheiro deles para comprar um quarto inteirinho e novinho em outra loja.

Conclusão, devolveram o dinheiro e pagaram meus gastos.
Não adianta, eles tentam enrolar a gente até o fim. O consumidor tem que ser firme.

Eu poderia ter ganho mais com uma ação judicial, poderia.
Não sei se a Justiça seria tão rápida.
E eu estava com uma barriga enorme, final de gravidez, cheia de coisa prá fazer e resolver e vai que eu entro em trabalho de parto...

De qualquer forma, eu não entro mais tão cedo na Abocodobra.

Eu comprei (ou tive que comprar) um kit para cama de solteiro lá porque era o único lugar que tinham as combinações de cores que eu queria.

Olhem as fotos e vejam por si mesmos a qualidade do negócio..


Ainda não sei se costuro ...
ou se reclamo....
__________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa
Leia a primeira parte:

CPMF

SAIU UMA MATÉRIA NO JORNAL FALANDO QUE POR FALTA DE MATERIAL ESTÁ-SE USANDO FURADEIRA.

...depois ABRIRAM UM CÉREBRO A MARTELADAS, COMO ERA FEITO NO SÉCULO XIX.
COMO OS POLÍTICOS CONSEGUEM VIVER COM ISSO?

CPMF era para ser usada na saúde.
Agora, o governo quer mantê-la sob a desculpa que sua arrecadação
compromete a governabilidade diante dos gastos da máquina admnistrativa.
E a falta de destinação de verba da CPMF, não comprometeu a saúde pública?

ONERAR O GOVERNO NÃO PODE.
MAS ONERAR O POVO, SEMPRE PÔDE.

Leia mais:
Imposto, contribuição ou enrolação ?

terça-feira, 13 de novembro de 2007

PARADOXOS II (DESCARTÁVEIS)

Neste blog mesmo, os que acompanham sabem, alguns paradoxos já foram abordados como, por exemplo, a constatação de que uma pretensa atitude "ambientalmente correta" teve por consequência uma série de desdobramentos que terminam por colocar em xeque o acerto daquela atitude (já aconteceu com você?).


Pois é, Vamos tocar num destes paradoxos: Os DESCARTÁVEIS.

Responda honesta e sinceramente: Você entra numa loja dessas tipo delicatessem para degustar uma sobremesa.Num balcão estão vários tipos, cada um mais apetitoso que o outro, e todos acondicionados em embalagenzinhas individuais (descartáveis), "bonitinhas", "protegidinhas", "higiênicas".

No balcão ao lado, as mesmas sobremesas, só que acondicionadas em "tigelinhas" reutilizáveis de vidro.

Em qual você vai?(se quiser substitua a delicatessem por uma dessas lojas tentadoras de sorvete a peso. Considere que existam à sua disposição as embalagens descartáveis e outras não).F

alemos sério. Se você vai nas "tigelinhas" é porque, realmente, o seu nível de conscientização já está num nível bastante significativo. Parabéns.

A verdade é que a maioria esmagadora opta pelos descartáveis e são inúmeras as razões.

A embalagem descartável estabeleceu-se entre nós como ícone de praticidade; modernismo; higiene; garantia de qualidade etc etc etc.

Não é fácil se "despir" de todos esses conceitos de uma hora para outra. Assim como também não é fácil entender certas relações entre descartáveis x retornáveis, sobretudo no mundo industrial. Querem um exemplo?Muito se discute a respeito da "praga" do PET nas embalagens de bebidas. Pois bem, sabiam qua ainda não há consenso sobre o que mais "agride" o meio ambiente: O PET descartado ou a quantidade brutal de SODA CÁUSTICA usada na limpeza das garrafas de vidro retornável!!!?

Outro exemplozinho: Imagine que você tenha uma receita, daquelas de família, de uma "guloseima" qualquer e resolve "fabricar" para vender e aumentar seu orçamento familiar. Que tipo de embalagem você optará para acondicionar seu produto e viabilizar as vendas?

Fale a verdade. Não minta para si mesmo/a!

É paradoxo ou não? Tem mais. No próximo post.
__________________________________________________________________________________ Ivo Fontan

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Bocodóbra - parte 1

Contando mais das minhas aventuras como consumidora, vou contar para vocês a mágica de ser mal-atendido.

Eu comprei um berço numa conhecida loja de móveis infantis aqui do Rio. Contudo, depois de alguns meses, uma parte da sustentação da grade, quebrou. Tentei durante meses que a assistência fosse até minha casa avaliar o problema e consertar visto que depois de algum tempo eu até evitei deixar o bebê no berço com receio de que ele se apoiasse na grade e a mesma cedesse.

Marcavam e não apareciam, desmarcavam, remarcavam e vinham em horário diferente do combinado (e não me encontravam em casa) e ainda arrumaram todo tipo de desculpa para colocar a culpa em mim.

Cansada deste desgaste, grávida, com uma criança de 1 ano em casa, tendo mil coisas para resolver e um barrigão enorme para carregar (delícia!) dei um prazo de 15 dias para eles consertarem ou trocarem o berço, caso contrário, entraria no PROCON.

A Bocobóbra nem respondeu, me ignorou completamente.

Contudo, graças à Deus, grávida tem prioridade no atendimento e não pensei duas vezes. Procurei o Procon mais perto da minha casa e entrei com a queixa solicitando a devolução do dinheiro.

No dia da audiência, claro, eles vieram com a ladainha que não precisava de nada disso, que eles nunca se negaram a consertar (eu era louca...) e que eles consertariam o mesmo na data e hora que eu determinasse.

Mas vem cá? Depois de tudo isso, depois de me ignorarem, era isso?


continua
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Ana Cláudia Bessa
Leia mais:

NOTÍCIA URGENTE!

Novo recall atinge brinquedos que contêm droga perigosa
Publicada em 08/11/2007 às 10h34m
O Globo Online e Reuters
RIO - A Comissão de Segurança de Produtos para o Consumidor Americanodeterminou o recall de 4,2 milhões de brinquedos Bindeez, fabricadosna China, que conteriam uma substância perigosa, chamada GHB , que éusada na droga colocada em bebidas de vítimas do golpe "boa noite cinderela". Mattel também anunciou um novo recall nesta semana; Com o Bindeez, um brinquedo muito popular, as crianças montam desenhos colando minúsculas bolinhas coloridas com água.

Nos Estados Unidos, o elemento químico encontrado no brinquedo teria levado cinco crianças que ingeriram suas bolinhas a vomitar e perder a consciência. As autoridades australianas também anunciaram a proibição nacional da venda do produto, premiado brinquedo do ano no país, depois que três crianças foram hospitalizadas.

O Bindeez também é encontrado no Brasil, onde é distribuído pela empresa Long Jump, que faz até um concurso das "bolinhas mágicas quese juntam com água", para premiar as montagens mais criativas dascrianças. O produto custa entre R$ 17 e R$ 20, nas principais lojasespecializadas e de departamento. A distribuidora do brinquedo aqui ainda está avaliando as notícias para anunciar sua decisão.

Brinquedo prometia ser o best-seller deste Natal

Nos Estados Unidos, o brinquedo era vendido desde abril, com preçosque oscilavam entre US$ 17 e US$ 30 e prometia ser o best-seller devendas deste ano. Foi indicado recentemente pela rede Wal-Mart entre os 12 principais do Natal, mas, nesta quinta-feira, já tinha sido retirado da lista do site da rede de varejo e aparecia como "não disponível no estoque".

De acordo com os técnicos que realizaram os testes nestes brinquedos, a substância, uma vez metabolizada, transforma-se na droga GHB, diss eà CNN o porta-voz da Comissão de Proteção ao Consumidor Americano, Scott Wolfson.
- As crianças que ingerem as bolinhas podem entrar em coma, desenvolver problemas respiratórios ou ter convulsões - avisou.

- Quem tiver esses brinquedos em casa deve jogá-los fora - acrescentou Julie Vallese, outra porta-voz da comissão.
Pouco antes, a Comissão de Segurança de Produtos para o ConsumidorAmericano havia anunciado outro recall de 403 mil brinquedos fabricados na China, incluindo 380 mil carrinhos vendidos na rede de lojas Dollar General, devido aos altos níveis de chumbo encontrados napintura dos produtos. Nos últimos meses, esse tem sido o principal problema dos brinquedos que sofreram recall. O chumbo é tóxico e pode acarretar graves problemas de saúde às crianças.
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Dê livro no Natal!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

PARADOXOS I

Qual a atitude mais "correta"? Jogar o seu lixo pelo quintal, pelas ruas, calçadas e terrenos vazios...ou acondicioná-lo devidamente para a coleta feita pelos órgãos responsáveis?
Que pergunta! É Claaaaaro que a primeira opção é totalmente ABSURDA. Ou não?

Acontece que, do ponto de vista do IMPACTO AMBIENTAL, a coleta organizada e a destinação nos chamados LIXÕES, é, o que DE MAIS ERRADO PODEMOS FAZER COM NOSSO LIXO.

Quer dizer então que estou propondo jogarmos o lixo a esmo por aí? Claro que não, embora isso seja muito menos IMPACTANTE! Isso se chama paradoxo.

A concentração do lixo gerado por toda uma cidade em um único local é uma das coisas mais agressivas (ao ambiente) que nós inventamos, como "civilização". Por outro lado, esta mesma "civilização" é o que nos impede de "sair por aí espalhando lixo" como faziam os de nossa espécie antes de...se tornarem civilizados!

Querem ver outro? Há cerca de 200 anos, a Revolução Industrial mudou e moldou os rumos de nossa "civilização". A "maravilha" das máquinas a vapor, depois a eletricidade e depois o PETRÓLEO, determinaram nossos modelos de progresso, desenvolvimento e bem estar. Produção em larga escala; Acesso universal a bens de consumo; Tecnologia; Comunicação/Informação...

Consequência: Melhoria geral (média) das condições de vida; Aumento de expectativa de vida; Crescimento populacional...

Dilema: Cada vez mais "bocas" para alimentar, cada vez maior a necessidade do aumento das "fronteiras agrícolas", ou seja, cada vez mais "avanços" sobre os eco-sistemas nativos para transformá-los em áreas agriculturáveis. Paradoxo ou não?

Sem falar no subproduto mais nefasto deste tal "desenvolvimento": A POLUIÇÃO, o LIXO gerado! Esses grandes paradoxos determinam outros, menores, imperceptíveis, "entranhados" de tal forma na nossa vida cotidiana que, na maioria das vezes não nos damos conta de sua presença. A não ser...Quando resolvemos que vamos mudar de atitude. Assumir hábitos menos "predadores" e mais "sustentáveis". Aí então é que começa o sufoco. Aí então é que começamos a nos deparar com ELES (os paradoxos), nos espreitando e nos desafiando em cada ação, em cada tentativa...

Continua.
__________________________________________________________________________________ Texto de Ivo Fontan

PILHAS, BATERIAS: UMA ALTERNATIVA

Muita gente consciente sofre com o dilema do descarte de produtos nocivos ao meio ambiente em locais onde não existe uma boa (ou nenhuma) estrutura para isso.

Minha cidade, por exemplo, não possui, nem por parte do poder público nem da iniciativa privada, um esquema de recolhimento e destinação para esse tipo de lixo.

Dei meu jeito.

Como eu moro em casa, com bastante terreno e, ainda por cima vivo fazendo pequenas obras, resolvi meu problema da seguinte forma:

Sempre que faço uma massa de cimento (ou concreto) para alguma obra, incorporo as pilhas à esta massa, encapsulando-as e isolando-as do meio ambiente.

Não causam nenhum problema à massa e ficam inofensivas "para sempre".

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Recado da Mercedes

Ecologia Profunda

Meu recado desta quinzena é um pouquinho diferente dos anteriores...
Já conversamos aqui sobre nossas casas, nosso lixo de cada dia, os produtos de limpeza, etc.
Mas hoje eu quero deixar dois toques pra vocês, mais relacionados com nosso modo de ver as coisas, com nossos valores fundamentais e nossa relação com o planeta.
Talvez muitos já conheçam o que vou recomendar, mas nunca é demais rever ou re-visitar essas idéias.

Os dois estão relacionados entre si e também com a visão sistêmica da ecologia, ou seja, com a visão de que tudo está inter-relacionado, conectado. Não há soluções sustentáveis olhando apenas um pedacinho ou um só aspecto da sociedade, do mundo, do meio ambiente.

Citando Fritjof Capra: "...(essa visão) não separa seres humanos - ou qualquer outra coisa do meio ambiente natural. Ela não vê o mundo não como uma coleção de objetos isolados, mas como uma rede de fenômenos que estão fundamentalmente interconectados e são interdependentes. A ecologia profunda reconhece o valor intrínseco de seres vivos e concebe os seres humanos apenas como um fio particular na teia da vida. Em última análise, a percepção da ecologia profunda é uma percepção espiritual..."

Precisamos transformar nossa percepção a fim de poder encontrar soluções para esta crise planetária onde ainda não são visíveis ou possíveis... algumas pessoas já têm essa visão holística, embora nossos líderes ainda careçam dela.
Pode-se chamar isso de ecologia profunda, ou qualquer outro termo que lhe seja mais apropriado, isso realmente não é o mais importante.

O mais importante é refletir sobre o assunto, no mais íntimo de nossas consciências. E uma ajuda importante pode vir dessas duas obras que recomendo:
- uma é o livro de Fritjof Capra, "A Teia da Vida" (Cultrix-Amana),
- e a outra é o filme "Mindwalk" (Ponto de Mutação, em português), baseado na obra de Capra do mesmo nome. O filme é difícil de encontrar, mas pode ser visto na íntegra e legendado no GoogleVideo, com razoável qualidade de imagem. Os atores são de primeira, o cenário maravilhoso, e roteiro de babar...

Bom, então agora é com vocês!

Abraços fraternos

__________________________________________________________________________________
Texto de Mercedes Lorenzo

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Ações tornam-se hábitos

"Pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos, hábitos tornam-se caráter, e nosso caráter torna-se nosso destino"(autor desconhecido)

Essa frase me deu vontade de escrever sobre um hábito adquirido há muito tempo: não usar óleo de soja.
Eu não uso há anos. Mesmo pagando mais caro por outros tipos de óleo, foi um hábito que adquiri que não tenho mais essa crítica quanto ao preço.
Acredito que essa seria uma dica para nós quando pensamos nos alimentos orgânicos: se começarmos a comprar um tipo de cada vez, incorporando isso aos nossos hábitos, não faremos mais a distinção por causa do preço.
A mesma coisa com o sal, só uso sal refinado iodado quando não tenho opção, pois muitos mercados ainda não têm um estoque regular de sal marinho. Inclusive, nossa comida cotidiana é com bem pouco sal, o que me fez gostar cada dia mais e me acostumar com a ausência deste tempero.
Pretendo começar agora com o café, passarei a consumir o orgânico. Outro produto também que nem sempre encontro. Mas com a boa notícia que já encontrei uma marca famosa investindo neste mercado.
Concorrência é sempre um benefício para nós, consumidores.

Fazemos muito suco de laranja e maracujá naturais. Ou então, compramos suco de caju em garrafa de uma marca alternativa que sabemos ser de excelente qualidade. Assim não ficamos reféns das grandes marcas (e olha que quem vos fala é ex-funcionária da empresa que fabrica, entre outros produtos, a famosa marca de sucos em garrafa).
Refrigerante, praticamente abolido do nosso dia-a-dia. Só consumimos em dias de festa e as crianças não têm hábito de tomar. Embora não seja proibido.

Copo descartável na rua, praticamente não usamos. Em geral pedimos copos de vidro (claro que em lugares adequados) e o copo das crianças está sempre na bolsa.

Lixo, trazemos conosco no carro porque sei que o nosso lixo será destinado à reciclagem. Então por exemplo, sacos de papel, latas e tudo o que for possível manter comigo depois no nosso cnsumo, nós mantemos e jogamos no lixo da nossa casa.

Claro que tudo isso feito com higiene e critério. Afinal, temos bom senso...

Aliás, essa é uma arma que sempre usamos quando alguém quer discutir algo conosco, do qual não dominamos: não somos especialistas, mas temos bom senso.

É como diz os ditados: "é o hábito que faz o monge" e "bom senso e caldo de galinha, não fazem mal á niguém"....


__________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

COMO DESCARTAR lixo em condomínio

Este vídeo é uma parte de um dos programas do Alternativa Saúde, do Canal GNT que foi dedicado inteiramente ao lixo.

Neste vídeo, um condomínio mostra uma forma criativa, alternativa e barata de fazer coleta seletiva sem onerar o bolso e o espaço dentro dos apartamentos.


Caso, você não consiga visualizar o vídeo em nosso blog, clique aqui:
http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/v/0,,GIM744340-7822-COLETA+SELETIVA+DE+LIXO+EM+CONDOMINIOS,00.html

terça-feira, 6 de novembro de 2007

CUSTO BRASIL

Quem já não ouviu falar do tal “Custo Brasil”? O termo é normalmente associado à falta de competitividade dos produtos Brasileiros exportados e também à perda de investimentos estrangeiros no Brasil. Mas o que realmente é o Custo Brasil?

Vamos começar fazendo uma simples comparação. A empresa em que eu trabalho vende o mesmo produto aqui nos EUA e no Brasil, onde é fabricado.
Aqui, para cada US$ 1.00 faturado, o cliente paga o mesmo US$ 1.00 para a minha empresa e no final do ano ambas pagam Imposto de Renda sobre o lucro obtido, se houver.
No Brasil, cada R$1.00 faturado e recebido passa por uma maratona contábil mensal que deixa para a empresa, líquido, apenas R$ 0.60, o restante é pago ao governo. Sabem o que mais? O cliente que pagou os R$1.00 vai ter que pagar ainda mais um bocadinho para o governo.

Segundo o site Portal Tributário existe hoje no Brasil um total de 81 tributos diferentes em vigor. Isto é de um absurdo inacreditável quando comparamos com outros países onde os impostos existem em muito menor quantidade e são bem mais fáceis de serem administrados, mesmo onde os impostos são pesados como na Escandinávia.

Administrar todos os tributos é uma tarefa árdua, e cara, para qualquer empresa no Brasil. As bases de cálculo são diversas, impostos são calculados sobre outros impostos (o que vai contra a constituição) e as regras mudam a cada dia. Nos EUA, existe sim taxas adicionais sobre um artigo faturado (chamado VAT), mas é muito mais simples e descomplicado.
Outro exemplo: nos EUA, eu posso enviar o meu produto para qualquer lugar bastando apenas relacionar os produtos numa folha de papel e indicar o endereço de entrega. Só depois envio a fatura, que nada mais é do que uma folha de papel comum relacionando o preço a pagar.

No Brasil, qualquer produto precisa de uma Nota Fiscal para transitar. Esta nota tem que ser emitida de um talonário formalmente autorizado e impresso especialmente para a empresa. Leva-se tempo e dinheiro para se conseguir um talão de notas fiscais.
O motivo disto está no nome : Nota Fiscal. Na prática, trata-se de um débito para com o governo, pois ali estão todos os cálculos dos diversos tributos que serão recolhidos e pagos ao governo que, por sua vez, faz um esforço desesperado para controlar a movimentação de produtos para garantir a arrecadação de impostos (lembra das campanhas na televisão??).

A piada diz que no Brasil só se vai para a cadeia por 2 motivos : deixar de pagar pensão alimentícia e contrabando (o resto, os advogados livram…). Pois bem, você sabia que se você comprar um produto numa loja e levá-lo no seu carro sem a Nota Fiscal, técnicamente a polícia pode lhe prender por contrabando?

O ponto central aqui é que o nosso horroroso sistema tributário cria a “Burocracia da Nota Fiscal”, que, por sua vez, requer um exército de contadores e auditores, aumentando o custo das empresas. Consequentemente, cada vez mais empresas não resistem e acabam sonegando impostos ou fechando, o que leva o governo a criar ainda mais tributos para manter a arrecadação estável mas com um numero relativamente cada vez menor de empresas pagando impostos. Paralelamente, tem-se o aumento gradual da economia informal, onde empresas e trabalhadores não registrados compram e vendem produtos e serviços sem contribuir um centavo para o Estado. Isto se torna um ciclo vicioso : menos pagando mais, ao passo que mais e mais não pagam nada.

Este é o verdadeiro Custo Brasil : a inequalidade da nossa sociedade onde a restrita e maltratada classe média acaba sendo a unica fonte de renda do país e precisa arcar com a despesa total da sociedade. A população mais probre do Brasil está excluída da sociedade também no que diz respeito as suas obrigações. Para consertar isso, um excelente começo seria o de descomplicar e democratizar os impostos. É sabido que se a carga tributária fosse menor e mais simples muitas empresas sonegadoras ou que operam ilegalmente passariam a funcionar normalmente, aumentando a arrecadação e regularizando a vida de milhões de pessoas.

Fica aqui lançado o meu apelo e meu slogan: VAMOS ACABAR COM A NOTA FISCAL!
_________________________________________________________________________________ Texto de Milton Fetter
imagem retirado do http://blogdomarson.zip.net/