sexta-feira, 31 de agosto de 2007

O QUE FALTA?

No "post" datado de 14/08, nossa "blogueira-mãe" Ana Cláudia desabafa num texto veemente que começa com a pergunta:
QUANDO VAMOS REAGIR?
E termina com outra pergunta: O QUE FALTA?
Entre uma pergunta e outra ela discorre sobre os desmandos de nossos governantes, homens públicos etc e sobre nossa passividade (ou impassividade) diante de tudo.
Eu não tenho a pretensão de dar uma resposta definitiva às indagações, mas, tão somente, a MINHA resposta.
FALTA muito!

Com muita frequência ultimamente, tenho me deparado com textos, alguns assinados por nomes conhecidos da mídia, outros por anônimos ou "blogueiros" como nós, falando sobre um mesmo tema: A (BAIXA) QUALIDADE DA NOSSA CIDADANIA.

Talvez esteja aí a resposta. Somos um povo que se orgulha de sua jovialidade, alegria, pacifismo, hospitalidade etc etc etc. No entanto, ainda não fomos capazes de nos envergonhar de nossa alienação social, nosso baixíssimo espírito comunitário, nosso elevadíssimo grau de corrupção refletido em nossas ações do dia-a-dia.

Não estou falando daquilo que nós convencionamos chamar de corrupção e que atribuímos tão somente aos nossos homens públicos - os desvios, as propinas, o nepotismo etc. Falo da "pequena" corrupção que nós preferimos chamar de "jeitinho" ou "esperteza", e que praticamos desabridamente, sem vergonha e sem culpa.

Falo também da alienação que nos faz olhar-sem-ver toda a degradação social que se descortina diante de nossos olhos, na sujeira, na depredação dos bens coletivos, no crescimento sem controle da "cidade paralela" - das favelas, dos camelôs, dos flanelinhas...

Falo da falta de reação e de indignação diante de coisas obviamente canalhas como, por exemplo, um Programa de Despoluição da Baía de Guanabara que já consumiu "uma baía e meia" de recursos em mais de uma década sem apresentar NENHUM resultado prático.

Falo da nossa indiferença a qualquer coisa que não seja circunscrita a nosso nucleozinho familiar, como, por exemplo, a sistemática não-participação em reuniões de condomínio, associações de moradores etc.

Falo do nosso discurso-chavão sobre a honestidade (falta de) dos políticos que NÓS, reiteradamente "colocamos lá".

Falo de nossa "cegueira sócio-política" que faz com que candidamente acreditemos que grandes eventos como passeata das diretas-já; derrocada do Collor; eleição do Lula etc, foram DE FATO protagonizados pelo POVO!

Falo de nossa ojeriza a discutir sobre ESSAS COISAS, preferindo, ao invés, discorrer sobre a crise do Flamengo, a vitória "fajuta" da Beija-Flor ou a "puta" da novela das oito.

Falo de nossa (previsível e óbvia) "explosão de indignação" diante do próximo HORROR ou ESCÂNDALO que, seguramente está a caminho.

Enfim, falo de nossa CULPA, por tudo o que estamos sofrendo e que ainda vamos sofrer.
O que falta? Sinceramente, não sei. Talvez uma máquina do tempo para que algum de nós volte lá ao comecinho de 1500 e espalhe ao longo das praias uma série de placas escrito:
Caminho Marítimo para as Índias, apontando para a Argentina!



Leia o post "Quando vamos reagir?"

__________________________________________________________________________________ Texto de Ivo Fontan

Participe do nosso debate!

Fique por dentro do nosso debate sobre o uso de sacolas plásticas, está bombando!

Sacolas no Rio, só bio!
http://ofuturodopresente.blogspot.com/2007/08/sacolas-no-rio-s-bio.html

O uso de sacolas plásticas no Estados unidos
http://ofuturodopresente.blogspot.com/2007/05/sacolas-plsticas-nos-estados-unidos.html

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Direitos de Escolha? Parte 2

Continuando nossas reflexões...
E a amamentação, será saudável para o bebê mesmo quando a mulher não deseja e amamenta sem vontade, sem prazer e sem condições emocionais de fazê-lo?

Hoje é sabido que nosso emocional está diretamente ligado a todos os aspectos de nossas vidas, não podemos simplesmente ignorá-lo como se fosse possível agir 100% do tempo racionalmente.
Parto normal e amamentação são indiscutivelmente o melhor caminho e não sei precisar até onde vão os direitos da mulher em determinadas escolhas. Afinal, é uma tristeza ver bebês tão novinhos tomando mamadeiras. Isso deveria ser uma excessão e das grandes. Nunca uma regra ou uma possibilidade rapidamente aceitável.

Mas o que espero de todas nós é não desistamos deles por vaidade, conveniência ou medo.

Todas as escolhas importantes de nossas vidas são difíceis e nos fazem abrir mão de outra coisa também importante. Isso é uma regra, sem excessão. Não há atalhos.

O que eu gostaria de ver é mais e mais mulheres fazendo escolhas que vencem seus medos, seus preconceitos e suas dificuldades.
Informação é fundamental e hoje , ela está aí, dentro da casa da gente pela internet.
Basta querer, basta buscar.

O que eu gostaria de ver é mulheres que desistiram depois que tentaram, depois que procuraram ajuda, depois que esgotaram todas as possibilidades. Não cedendo ao primeiro apelo da facilidade de se comprar uma latinha de leite/fórmula na prateleira do supermercado ou então ao conselho da maioria que é o de desistir da amamentação como se a criança estivesse sendo torturada de fome.

Porque acredito que somente seremos respeitadas depois que deixarmos de lado as escolhas vazias e exclusivamente emocionais.

Vivemos numa sociedade machista onde as regras foram criadas pelos homens.
E recentemente li numa reportagem sobre uma executiva de sucesso que para mudar essa visão social devemos jogar como homens e vencer como mulheres.

Tá mais do que na hora de resgatar isso, somos mulheres!

Somos mamíferas!

__________________________________________________________________________________ Texto de Ana Cláudia Bessa

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Direitos de Escolha? Parte 1

Outro dia li um texto da Fernanda Young falando sobre sua preferência em não amamentar. Não só falando como estimulando e incentivando a que as mães não se sintam culpadas por isso. Como formadora de opinião que toda pessoa que tem alguma visibilidade é, achei totalmente inapropriado, mas ainda assim, defendo o direito que ela têm de falar o que quiser. Fazer o quê?

Sou defensora ferrenha do direito da mulher em ser respeitada em suas escolhas, como no caso da escolha do parto, por exemplo. Por que eu não seria no caso da amamentação?
Assim como no caso do parto, não dá para comparar os benefícios de um parto normal para a saúde do bebê e da mãe com um parto cesariano. E amamentação é a mesma coisa: os benefícios do leite materno são incontáveis com relação a mamadeira.
Mas assim como no caso do parto, ninguém tem mais direito as suas escolhas do que a mulher. Afinal, trata-se do seu corpo. No caso da amamentação também, trata-se do seu corpo.

Mas se perante os homens, os médicos e a sociedade, a escolha da mulher deve ser soberana porque se trata de escolhas que envolvem seu próprio corpo, o que dizermos das escolhas que envolvem a saúde e o corpo do bebê?
Temos realmente direito a escolher um parto cesariano por conveniência ou vaidade quando temos plenas condições a um parto normal?
Temos o direito de não amamentar porque simplesmente não queremos que nosso peito caia ou porque estamos cansadas demais para levantar várias vezes durante a noite abrindo mão do direito que o bebê tem de receber o melhor e mais saudável alimento que a ele pode ser oferecido e que somente nós temos a oferecer?

Por outro lado, onde fica a questão psicológica a mulher? Poderá ela ter um parto normal ou amamentação saudável e plenos para ela e seu bebê quando não o deseja?

Vamos pensar nisso?

Continua amanhã.


__________________________________________________________________________________ Texto de Ana Cláudia Bessa

ALGUÉM TINHA DÚVIDA?

Um bebê morre a cada 30 segundos por causa de uma alimentação artificial não segura

A foto ilustra uma das fatalidades que ocorrem por causa de uma alimentação com mamadeira mal dada. Os bebês são gêmeos: o bebê com a mamadeira é menina - ela morreu um dia depois de ter tirado esta foto - mas o irmão dela foi amamentado e sobreviveu. Disseram para a mãe que ela não teria leite suficiente para amamentar os dois filhos. Mas é provável que ela conseguisse amamentar os dois, visto que quanto mais o bebê mama, mais leite a mãe produz.

[fonte: IBFAN / Matrice]


segunda-feira, 27 de agosto de 2007

PRODUTOS ORGÂNICOS X MERCADO

Porque os produtos considerados orgânicos (em especial os hortifrutigranjeiros) são tão pouco difundidos, caros e, até mesmo, rejeitados por uma grande parcela da população?

Bem, o fato de serem caros já traz uma parte da explicação. Mas por que são caros? Ah, por uma questão de “escala”, diremos. Sim, é verdade. Mas porque então não são produzidos em maior escala para permitir a redução de preços?

Complicado, né? Parece aquela história do “ovo e da galinha”: Quem nasceu primeiro?

Bem, o tema é complexo e a explicação também, mas, certamente, a explicação passa pelo “aspecto” dos produtos orgânicos.

A ciência agropecuária tradicional vem, ao longo do tempo, desenvolvendo tecnologias visando a “melhoria” de processos de produção. Isso implica em maior produtividade por área de cultivo; resistência a pragas; resistência a transporte; aspecto etc.

Bem, aí está um fator-chave: aspecto.

Ninguém ignora (e ninguém está livre disso) que o aspecto de um produto (no caso dos bens de consumo nós usamos uma palavrinha besta: design) é um dos principais argumentos de venda. Qualquer um de nós, no mercado, “escolhe” os legumes, verduras e frutas pelo aspecto. E não descartamos simplesmente os “podres” ou “danificados”. Nós escolhemos os mais “bonitos”. E o que é “bonito”, no caso de um produto agrícola?

Aí é que está. A INDÚSTRIA agropecuária, ao longo do tempo, foi estabelecendo um PADRÃO. Cor, brilho, tamanho, formas perfeitas...

Considerando que as populações urbanas há muito superaram as rurais em número, é compreensível que hoje a grande maioria das pessoas não tenha nenhuma “intimidade” com a agricultura, o que facilita enormemente a assimilação destes padrões.

Acontece que para obter produtos dentro desses tais padrões é necessária muita “tecnologia”, e isto inclui defensivos, fertilizantes químicos, hormônios, para não falarmos em transgenia e outras técnicas mais recentes.

Os produtos cultivados sem a utilização destes “melhoradores” tendem a ser menos “atrativos” visualmente: folhas, tubérculos, frutos, em geral menores, com mais “defeitos” etc.

Aí fica muito difícil convencer um “ser urbano” de que a quela alface “mirradinha”, com pouco brilho, é mais saudável do que aquela outra enorme, brilhosa e verdinha!

Na minha opinião este discernimento, em larga escala, jamais será alcançado. Não no tipo de sociedade hoje vigente!

Ah, e antes que eu me esqueça: Orgânicos e Hidropônicos não são a mesma coisa!

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Texto de Ivo Fontan

sábado, 25 de agosto de 2007

Preciso de atenção!

Estava pesquisando na Internet sobre contos infantis, já que aproximava um dia de contação de histórias nas oficinas que ofereço em meu projeto.

Uma das histórias me chamou a atenção, que tinha como título “O menino que quase virou cachorro”, escrita por uma excelente profissional da literatura infantil, Ruth Rocha.

Esta história ultrapassa o conto e aborda aspectos da relação entre pais e filhos. Retrata o sentimento que muitas crianças sentem diante da indiferença dos pais. Ela começa falando sobre o protagonista da história chamado Miguel. Um menino como a maioria das crianças: brincalhão, inteligente, fiel aos amigos...

Nas conversas com seu amigo Tanaka, Miguel fez um desabafo dizendo que era invisível. Mas Tanaka achou aquilo engraçado, pois enxergava muito bem o amigo. Foi aí que veio a explicação: “sou invisível só para os meus pais, eles olham para mim, mas acho que eles não me enxergam”.

O grande amigo Tanaka não acreditou no que ouviu e quis conferir de perto. Então os amigos marcaram um almoço na casa de Miguel.

Chegou o dia do almoço. Eles se sentaram à mesa e avisaram que já estavam prontos para almoçar. A mãe de Miguel cumprimentou Tanaka, perguntou pela mãe dele e fez mil elogios à sua irmã, sem se quer notar a presença do próprio filho à mesa.

Sem a atenção da mãe, Miguel foi fazer uma pergunta para o pai que estava assistindo televisão. Miguel recebeu como resposta um Shhhhh!!!!! do pai, pedindo para fazer silêncio, para não atrapalhar a televisão falar, quer dizer, para não atrapalhá-lo de ver televisão.

O amigo Tanaka, espantado com a situação, confirmava a suspeita de Miguel: ele era realmente invisível para os pais. Miguel ainda completou que seu pai era pior quando passeavam na rua, que ele o puxava pelo braço e falava como se estivesse falando com um cachorro: “anda logo!”, “espera!”, “anda”. Isso também se repetia quando ia vestir roupas, além de seu pai escolher as peças sem consultá-lo.

Até que um dia o pai de Miguel o obrigou a colocar uma coleira em formato de gravata para ir a um casamento. O Miguel, se sentindo realmente um cachorro, com aquele nó apertado no pescoço, lascou uma baita de uma mordida na mão de seu pai, que ficou furioso.

Então, nesse momento, Miguel disse aos seus pais que se não queriam que ele comportasse como um cachorro, era só não tratá-lo como tal. Os pais ficaram olhando um para o outro.

Miguel completou:

_ Não me ponham coleira! Não me chamem “Vem”. Eu tenho nome.

No mesmo dia, os pais de Miguel já mudaram as suas atitudes. Tiraram a gravata do filho e a partir desse momento foram mais atenciosos.

Você vai precisar levar uma mordida para dar mais atenção ao seu filho?


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Renata Gonçalves

Pensamentos que nos fazem pensar...

"Se você não mudar a direção, terminará exatamente onde partiu"

(antigo provérbio chinês)

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Já avisei para o meu marido e meus familiares, quando eu morrer vejam se alguma parte do meu corpo pode ser reaproveitada. Usem tudo, inclusive ossos e pele.

Maluca? não. Fúnebre? não.

Sempre pensei assim, inclusive na minha carteira de motorista está escrito meu tipo sanguíneo e que sou doadora de órgãos. Imagine se todo mundo pensasse assim, quantas vidas não seriam salvas.

Estou escrevendo este post pois em um programa da Ana Maria Braga foi apresentada uma matéria sobre doação de órgãos. A transplantada Ana Carolina Zarpello falou coisas que eu nem imaginava que as pessoas pensavam.

Ela disse que algumas pessoas falam que não querem deixar uma ordem para doação das córneas por exemplo, porque podem chegar cegas na próxima encarnação, ou vão chegar amputados no céu.

Ai meu Deus!

Entendi então que falta não são órgãos, mas a famosa informação.

Aliás, o que comentaram também é que as doações acontecem mais quando se tem campanhas, então vamos aproveitar e falar do site que é feito para quem quer mais informações sobre o tema, que é o http://www.doacaodeorgaos.com.br/, tudo o que você precisa saber está lá, bem explicadinho.

Não vamos deixar este assunto ser esquecido. Vamos ter em mente que nós, talvez, um dia precisemos de um órgão, ou quem sabe alguém que está perto de nós. E a doação não precisa ser só de órgãos de pessoas mortas não, pode ser de doadores vivos, ou pode ser somente de sangue para salvar alguém em uma cirurgia.

Transcrevo aqui uma mensagem de um doador anônimo que está no site da ABTO, Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, depois disto, não precisamos dizer mais nada.

Colaboração enviada pelo Dr. Abraão G.MendesCoordenador do Banco de Olhos de Vitória/ES

==Não chamem o meu falecimento de leito da morte, mas de leito da vida.
==Dêem minha visão ao homem que jamais viu o raiar do sol, o rosto de uma criança ou o amor nos olhos de uma mulher.
==Dêem meu coração a uma pessoa cujo coração apenas experimentou dias infindáveis de dor.
==Dêem meu sangue ao jovem que foi retirado dos destroços de seu carro, para que ele possa viver para ver os seus netos brincarem.
==Dêem os meus rins às pessoas que precisam de uma máquina para viver de semana em semana.
==Retirem meus ossos, cada músculo, cada fibra e nervo do meu corpo e encontrem um meio para fazer uma criança inválida caminhar.
==Explorem cada canto do meu cérebro. Retirem minhas células, se necessário, e deixem-nas crescerem para que, um dia, um menino mudo possa ouvir o gritar em um momento de felicidade ou uma menina surda possa ouvir o barulho da chuva de encontro à sua janela.
==Queimem o que restar de mim e espalhem as cinzas ao vento, para ajudarem as flores brotarem. Se tiverem que enterrar algo, que sejam meus erros, minhas fraquezas e todo o mal que fiz aos meus semelhantes.
==Dêem meus pecados ao diabo. Dêem minha alma a Deus.
==Se, por acaso, desejarem lembrar-se de mim, façam-no com ação ou palavra amiga a alguém que precise de vocês.
==Se fizerem tudo o que pedi, estarei vivo para sempre.

Robert N. Test - 1978



Clique no link abaixo para ver o filme da última campanha realizado por Rogério Flaustino do J.Quest
http://www.doacaodeorgaos.com.br/populacao/servicos/pop_video.asp



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Texto de Cristiane A. Fetter
Material retirado do site da ABTO

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Pensamentos que nos fazem pensar...

"O homem sensato se adapta ao mundo;
o insensato persiste em tentar adaptar o mundo a si mesmo;
portanto, todo o progresso depende do homem insensato.”

(George Bernard Shaw)

domingo, 19 de agosto de 2007

Recado da Mercedes

Recebi este recado de nossa amiga e grande incentivadora Mercedes Lorenzo do blog Folha Verde, e não pude deixar de transcrever aqui.

Obrigada Mercedes, beijos em dobro!

Oi Ana Claudia!

Estou divulgando os programas de TV, rádio e também o site do André Trigueiro - todos focalizados no meio ambiente e de ótima qualidade.

A linguagem é simples, direta, muito informativa. Recomendo enfaticamente!

Não precisa nem acompanhar no dia certo, porque todos estão disponíveis na internet, inclusive os mais antigos.

É uma verdadeira aula de atualidades ambientais, e uma luz de esperança para quem quer ver soluções sustentáveis acontecendo pelo Brasil e pelo mundo.

Educadores e estudantes em geral não podem perder!


Bjos.

MUNDO SUSTENTÁVEL (programa da rádio CBN) http://cbn.globoradio.globo.com/cbn/colunas/mundo.asp

CIDADES E SOLUÇÕES (programa nas TVs GNT e Futura)
http://globonews.globo.com/Jornalismo/Gnews/0,,7493-p-A-1550241,00.html

MUNDO SUSTENTÁVEL (site oficial de André Trigueiro) http://www.mundosustentavel.com.br/index.asp

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Ainda sobre Brinquedos...

O texto da Renata sobre "Brinquedos de Sucata" me remeteu a uma época já bem longínqua de minha vida, minha infância.

De repente me vi lá com uns seis ou sete anos, sentado no chão, cercado por caixas de papelão de diversos formatos e tamanhos (meu pai tinha uma fabriquinha de fundo de quintal que produzia caixas), dentro, em cima e embaixo das quais eu amontoava "bonequinhos" (miniaturas de personagens disney, distribuídos como prêmios nas tampinhas da coca-cola e soldados e índios de plástico comprados nas lojas de brinquedo para formar o cobiçado "forte apache").

Eu disse "amontoados"?! Mentira. Cada caixinha era um carro, ou barco, ou trem, ou caminhão, ou casa, ou castelo... E nelas os meus bonequinhos eram PERSONAGENS! O índio de plástico azul com um rifle na mão ao lado da Branca de Neve na caixinha amarela faziam o maior sentido, como não? eram "marido e mulher" na sua "casa"!

Isso se chama IMAGINAÇÃO. Isso criança tem de sobra. Esse é o meio mais lúdico, eficaz e gostoso de uma criança estabelecer suas próprias relações com o mundo real e ir "se construindo" como ser social e gregário.

Ainda é assim hoje e será assim sempre. Dê a uma criança um brinquedo eletrônico que se movimente por controle remoto e que se assemelhe em forma e escala a elementos do mundo real e você estará privando esta criança de usar sua própria imaginação. Usar prá que? você já lhe deu pronto!

Quase todo pai ou mãe já experimentou a sensação de frustração de ver seu filhotinho(a) "desprezando" depois de alguns minutos o brinquedo caríssimo e sofisticado, trocando-o por aquela "porcaria velha" que você só não jogou fora ainda porque esqueceu. Já aconteceu com você?

Pois é, aquela "porcaria velha" propicia ao seu filhotinho(a) aquilo que ele mais curte: Usar a imaginação, fantasiar, criar...

Não pensem que aqui vai um libelo contra os brinquedos caros e sofisticados. Adquiri-los para nossos filhos é, também, um exercício de satisfação para nós mesmos. Saber que podemos proporcionar pequenos luxos a nossos filhos traz uma sensação gostosa de sucesso que, em nenhum momento é condenável (a não ser que o façamos por necessidade de ostentação ou afronta a quem não possa). No entanto, é importante termos em mente que o brinquedo simples, aquele que permite à criança dar asas à sua imaginação, é mais do que um brinquedo, uma ferramenta para sua própria "construção" como ser humano.

Da próxima vez que você encontrar aquela "porcaria velha" largada no meio da sala, não pegue e guarde simplesmente, chame seu filhote e, com todo o respeito e cerimônia diga para ele:

- Querido, guarde seu carro na garagem, pois aqui alguém vai acabar batendo nele!

Texto de Ivo Fontan

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Cansei

Eu cansei há muito tempo. Mas confesso que a idéia do minuto de silêncio não me agrada e acho que não pega. Mas mesmo assim, coloquei o video no blog porque acho que a mensagem é muito apropriada. Afinal, quando vamos cansar e fazer alguma coisa ao invés de ficar deixando o barco navegar à deriva? Claro que um movimento encabeçado por tantas personalidades ia gerar muita controvérsia. Eu penso que é uma pena que tenham demorado tanto a se cansar. Acho que o convite vale, pelo menos pela reflexão. Mas a verdade é que eu cansei, não para ficar em silêncio: acho que devemos fazer, pelo menos, um minuto de barulho! (Ana Cláudia Bessa)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Quando vamos reagir?

Eu gosto de falar de alguns assuntos depois de passado algum tempo porque falar quando todo mundo está falando, você fica sendo apenas mais uma voz, repetitva e enfadonha daquilo que todo mundo está dizendo.

O acidente com o avião da TAM foi uma tragédia que todo mundo sabia que um dia ia acontecer mas pagamos para ver.
Porque PAGAMOS?

Porque estamos cansados de saber que o governo não usa o nosso dinheiro para fazer o que deve e como se deve.
Porque estamos cansados de saber que o dinheiro é desviado, que as obras são superfaturadas e sub-executadas e que não há justiça.

Um parente de uma das vítimas perguntou:

-Até quando o povo brasileiro vai ser submisso?
-Até quando vamos agüentar isso tudo sem reagir?

Mas sabem porque ele perguntou: porque agora a corda arrebentou do lado dele.

E assim é com todos nós: só reagimos e questionamos quando a corda arrebenta do nosso lado.

Eu pergunto diferente:

-Quando é que vamos parar de reagir só quando a corda arrebenta do lado do nosso vizinho?
-Quando é que vamos reagir para que a corda não arrebente mais do lado de ninguém?
-Quando vamos reagir para que a corda arrebente do lado de quem é responsável?
-Até quando vamos ficar vendo essa bandalheira de braços cruzados?

O que está faltando acontecer para pararmos o país e acabarmos com a farra dos Delúbios, Renans, Paloccis, Genuínos, Rorizes e seus suplentes safados, empresários, empreteiros, grileiros, fazendeiros, posseiros e todos os outros nomes que não colocamos aqui por falta de espaço para tanta gente?

Um menino já foi arrastado vivo.
Uma família foi queimada viva dentro de um carro.
Pais são assassinados na frente dos filhos por nada.
Pessoas morrem sendo vítimas de balas perdidas todos os dias.
Centenas de pessoas morrem num acidente que poderia ter sido pior ainda imaginando um avião atravessando uma avenida movimentadíssima...num local altamente habitado.
Até quando vamos continuar a chamar ladrões de Vossa Excelência?

O que falta?
O que falta?
O que falta?

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Texto de Ana Cláudia Bessa

Pensamentos que nos fazem pensar...

"Permance atento para com as obrigações da sementeira, todavia, não se inquieta pela colheita, porque sabe que o campo e a planta, o sol e a chuva, a água e o vento, pertencem ao eterno Doador" (Chico Xavier)

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

"Ser" maduro não é doença.

Lendo a matéria que segue abaixo me lembrei de como eu era preconceituosa com algumas atitudes que via poucas vezes no Brasil e muito por aqui.

Moro em uma cidade ao norte de New Jersey onde o poder aquisitivo é muito alto e existem muitas casas de idosos. Aqui chamadas de comunidades seniors.

Achava um absurdo ver aquele monte de velhinhos ali somente em companhia uns dos outros. E a família só visitando nos finais de semana. E no Brasil então, a maioria destas casas tratam mal seus morades. Nem vou comentar sobre isso.

Mas observando melhor cheguei a conclusão de que é melhor viver em uma comunidade onde se tenha respeito, carinho, atenção, cuidados médicos, passeios e uma vida quase independente, tendo em vista que eles compram o que querem, vão ao supermercado, tem vida cultural e namoram. Aqui a vida útil de um americano é muito longa. A quantidade de pessoas idosas trabalhando ou realizando outras atividades é enorme. A minha vizinha de frente tem 91 anos, vive sozinha, dirige e outras coisas.

É bem melhor do que ficar em casa sozinho (pois na maioria dos casos os filhos sprecisam trabalhar e ficam fora o dia todo), ou nas mãos de uma pessoas que pode até maltratar este idoso (vide casos escandalosos no Brasil), sem contar a falta do que fazer.

O mais importante é cultivarmos, tanto em nós quanto em nossos filhos, o respeito aos idosos, já que a tendência é que todos cheguemos até a idade madura. Não só isso, aprender com eles, rir, partilhar, valorizar e entender esta fase da vida.

Vamos ao texto que saiu no National um jornal brasileiro voltado para comunidade brasuca que vive em New Jersey


Texto de Cristiane A. Fetter

Envelhecer sem perder a identidade.

Todos nós estamos envelhecendo, e isto é um fato incontestável. Algumas pessoas envelhecem melhor que outras, sentem-se à vontade com sua idade. Por que isso acontece? Talvez porque envelhecer bem é aceitar a velhice como ela é.

Envelhece bem melhor quem soube, durante as fases anteriores da vida, gostar de estar vivo(a), curtir cada etapa como um presente divino.

Quando bebês, temos trocas afetivas com os que nos cercam, sobretudo com a mãe... e são essas trocas que vão construindo nossa identidade. A linguagem que aprendemos em pequenos, por exemplo, é um dos fatores culturais formadores de nossa identidade, na medida em que é usada para nos fornecer um código que regule nossa comunicação com as outras pessoas.

Não importa a idade que tenhamos, nem nossa personalidade: do primeiro choro até a morte estamos incorporando aspectos externos e internos à nossa experiência vital. Há pessoas que envelhecem melhor porque foram ensinadas por seu meio social, desde pequena, a enfrentar obstáculos. Já para aquele a quem era muito importante, em seus grupos, a estética e a juventude, vai haver muito constrangimento e dificuldade de aceitar a idade.

Infelizmente, nosso mundo ocidental moderno traz uma contradição bastante angustiante: ao mesmo tempo em que cresce o número de pessoas idosas, há, cada vez mais, demonstração de nossa sociedade que as pessoas podem se tornar vulneráveis quando envelhecem, uma vez que se sentem “deslocados” num mundo que parece ser só de jovens, onde apenas jovens podem usar roupas bonitas, viajar, ir a festas, amar e ser amado, enfim, tudo é elaborado numa perspectiva de uma eterna juventude, que não existe.

Pessoas idosas, muitas vezes, têm implicância por coisas que antes lhes eram agradáveis, sentem depressão ou tristeza, são apáticos, como se “não desse mais tempo de fazer nada”.

Esses sentimentos, sem dúvida, comprometem a qualidade de vida e privam a pessoa idosa de compartilhar a responsabilidade de uma velhice aberta porque as alegrias de descobrir as coisas e o mundo, bem como a capacidade de amar, não tem idade.

É muito bom ver pessoas da terceira idade embarcando, cheios de sorrisos e alegrias, em ônibus ou outra condução qualquer, para festas, bailes, trocando experiências, rindo.
A alegria de um(a) idoso(a) bem resolvido é contagiante. Sou fascinada por uma frase que li em um livro sobre a terceira idade.

“Idosos não são velhos, são pessoas bem vividas e seus corações não tem rugas”.

“Para ter opinião você precisa de boa informação”.



Texto de Ester Chagas
Fonte: Agência BR NEWS12/06/2007
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sábado, 11 de agosto de 2007

Sacolas no Rio, só bio!

É!

Tramita no município do Rio, um projeto de lei que prevê que somente serão permitidas as sacolas plásticas de material oxi-biodegradável (OBP). Ou seja, são degradadas pelos meio-ambiente sem poluí-lo.

Tudo explicado no Projeto de Lei no. 1064/2007.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis, não acredita que movimentos como este virem lei.

Por que será?

Eu fui presenteada pela nossa amiga Cristiane pela bolsa reutilizável que é vendida nos Estados Unidos dentro dos supermercados para que as não usem as sacolas plásticas.
E já estou usando!

No site do Gabeira, constam maiores explicações sobre o projeto de lei e as necessidades de se adotar medidas urgentes para mudar o quadro poluente criado por essas aparentemente inocentes sacolinhas.

Contudo, me chama atenção que em nenhum artigo eu tenha lido o nome da vereadora que publicou o projeto de lei. Só vi nomes já conhecidos, como Gabeira, Minc, Cabral.
Ponto para o meio ambiente e porque não dizer, caso o projeto de lei VIRE LEI, ponto para a vereadora Nereide Pedregal que realmente fez algo importante para a qualidade de vida dos moradores de sua cidade.

Tal qual como esperamos, quando elegemos uma pessoa para um cargo público.

Esperamos ouvir muito ainda falar seu nome em projetos de lei tal como esse!

E esperamos que, contrariamente à vontade óbvia do presidente da associação de materiais plásticos, esse projeto vire lei.
Logo!


Saiba mais:


obs.: a foto foi obtida no site da funverde

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Texto de Ana Cláudia Bessa

Pessoas que fazem diferença no Mundo

Em 1988, Chico Mendes, seringueiro e líder sindical, cada vez mais ameaçado e perseguido, continua sua luta com o objetivo de denunciar a ação predatória contra a Floresta Amazônica e as ações violentas dos fazendeiros da região contra os trabalhadores.

E participa da realização de um grande sonho: a implantação das primeiras reservas extrativistas criadas no Estado do Acre e a desapropriação de um seringal.

A partir daí, agravam-se as ameaças de morte, como o próprio Chico chegou a denunciar várias vezes, chegando inclusive a apontar os nomes de seus prováveis assassinos.

“Não quero flores no meu enterro, pois sei que vão arrancá-las da floresta”.

No 3º Congresso Nacional da CUT, ele é eleito suplente da direção nacional da CUT, e volta a denunciar esta situação, que é a mesma: a violência criminosa contra os Povos da Floresta.

Em 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes é assassinado na porta de sua casa.

Além de 18 perfurações no braço, ele fora atingido no peito direito por 42 grãos de chumbo de uma espingarda de caça. O autor confesso do disparo, Darci, era filho de Darli Alves da Silva, o fazendeiro mandante do crime.

Para saber mais sobre Chico Mendes:

www.chicomendes.org/

http://www.chicomendes.com.br/

http://portalliteral.terra.com.br/zuenir_ventura/por_ele_mesmo/artigos/02chico_mendes.shtml?porelemesmo


quinta-feira, 9 de agosto de 2007

QUAL É A DA COCA-COLA?

Esta informação me foi passada pelo meu filho mais velho: As latas de coca (e fanta e sprite) não são mais de alumínio!
Quando ele me disse isso eu não acreditei. Achei que era alguma espécie de "pegadinha" ou que era algum boato destes, sem fundamento, que circulam pela internet. Porém, Sendo ele Engenheiro de Alimentos, por força da profissão, tem o hábito de ler embalagens, observando essas coisas todas que nós leigos não costumamos ver.

Peguei a primeira lata de coca que me chegou às mãos e, para minha surpresa, estava escrito lá embaixo "AÇO"!!!!

Fiquei perplexo. Primeiro porque não vi nem ouvi nenhuma comunicação da empresa de que esta troca havia sido feita. Segundo porque não consigo entender as razões desta troca num momento em que o país bate todos os recordes mundiais de reciclagem de ALUMÍNIO.

E sabem por que chegamos a estes números? Não é por causa de conscientização, nem de campanhas nem nada. É pura e simplesmente por razões econômicas. Devemos isso ao binômio miséria-mercado. Sim, o Brasil é um dos países que mais tem CATADORES, e isso se deve à falta de empregos! e porque as latinhas? Simplesmente por causa do alto preço do alumínio.

Vale a pena, para quem não tem outra fonte de renda, revirar os lixos pelo país a fora catando latinhas de alumínio. Mas não vale a pena catar latinhas de aço! Não que este não seja reciclável, mas é que simplesmente com o mesmo peso se consegue ganhar três a quatro vezes mais com o alumínio. Conclusão dessa história incrível: Os catadores estão desprezando as latinhas da coca, fanta e sprite, que estão começando a entupir os lixões. Pode reparar!

O que levou a coca a esta troca? Certamente razões econômicas. O que, até que me provem o contrário, só demonstra que a tal de "responsabilidade social" e "preocupações ambientais", tão apregoada pelas grandes empresas, não passa de balela (ao menos para a coca cola).
Se eu estiver errado, por favor, me digam. Eu quero entender este raio desta troca!


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Texto de Ivo Fontan

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Amamentar não é fácil?!

Estamos no último dia da Semana Mundial de Amamentação e claaaaaro, não poderia deixar de postar alguma coisa desse assunto que tanto me encanta. Vide a foto do meu perfil...

Participei, recentemente, de um debate a respeito num grupo de mães e isso rendeu mais de 8 textos, tamanha minha defesa em prol do aleitamento materno.

Outro bom motivo é o convite feito pela Denise Arcoverde do Blog Síndrome de Estocolmo a todos os blogs para participarem de um blogagem coletiva a respeito do tema. Não tenho muito a dizer além de minha experiência pessoal e peço licença à Denise, grande conhecedora e pessoa engajadíssima nesta linda causa, para falar amadoramente sobre o assunto.

Apesar de algumas dificuldades que existem e que são possíveis de serem superadas com ajuda e informação, além de todas as vantagens que o leite materno é como alimento, amamentar ainda por cima é prático.

Porque depois que a amamentação engrena (e falo isso porque nem sempre o começo é tranquilo) o alimento está ali, grátis, pronto, quentinho, limpo, rico e na medida que o bebê precisa e deseja.
Não entendo acharem fazer mamadeira, lavar, esterilizar, esquentar, jogar a sobra no ralo, levar 3 a 4 para um passeio em bolsa térmica, carregar peso e ainda achar que só botar peito prá fora, cansa mais a mãe.

Eu não vejo sentido nisso...mas...
Cada um com o seu cada um...

E quando a criança começa a comer papinha?

Aí é um tal de preparar comida, levar sacola térmica, colherzinha, comida extra, comida para o caso de querer mais, para o caso do passeio demorar mais...

E lugar para esquentar? Outro caos. Nem sempre a gente encontra almas caridosas que nos disponibilizem um microondas. Muitas vezes, nem encontramos o microondas e nos oferecem o banho-maria, com aquela água esquisita, que a gente não sabe quanto tempo está ali, podendo penetrar cheia de micróbios na nossa papinha tão gostosa e feita com tanto carinho. Imagine que nunca aceitei o banho-maria e ainda tinha que buscar um modo de aquecer a papinha...

Claro que há a opção das papinhas prontas. Eu pouco usei porque, inclusive, meus filhos não gostavam. Mas frias, conseguem ser piores.

Ai, ai, ai, como eu senti saudades do tempo em que era só leite do meu peito...

Leia mais:
Amamentar é ecológico. Leia sobre o impacto ambiental causado pelo uso de mamadeiras.
Quem AMA, AMAmenta!

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Texto de Ana Cláudia Bessa

domingo, 5 de agosto de 2007

As capivaras e as hortas

Como já devem ter percebido aqueles que costumam acompanhar meus textos, sou extremamente crítico em relação a idéias e atitudes "supostamente" preservacionistas mas que, na verdade, contribuem para difundir conceitos errôneos, afastando a população da causa ambiental ao invés de atraí-la.

Educação ambiental, para mim, pressupõe CONSCIENTIZAÇÃO acima de tudo. Nenhuma Lei, por mais draconiana ou cerceadora, terá o mesmo efeito de uma "boa e honesta explicação" sobre o porque de se fazer ou deixar de se fazer qualquer coisa.

Vou relatar um exemplo real do que estou falando. Aconteceu não faz muito tempo, numa pequena e aprazível cidadezinha de menos de 30mil habitantes, em uma das regiões mais ricas em natureza nativa no Estado do Rio. Não direi o nome por razões que vocês entenderão no final.

Cortada por um curso d’água e diversas áreas de várzea, a cidade abriga diversas espécies típicas desse ecossistema, como CAPIVARAS. Convivendo por gerações com estes animais, a população sempre teve na caça um suprimento extra de carne (diga-se de passagem, deliciosa!). Registre-se que a caça sempre foi praticada em escala doméstica, sem comercialização.

Pois bem, veio a proibição, a fiscalização ostensiva (e bota ostensiva nisso, a ponto de fiscais acamparem por noites à espreita de um flagrante de abate de UMA CAPIVARA).
Instalou-se um "terror" de tal ordem na cidadezinha que ninguém mais "ousou" abater uma capivara.

Bom, não sei se vocês sabem, mas este "adorável" animal convive "numa boa" com o ser humano. Isto significa dizer que eles entram na sua casa, refestelam-se na sua horta, seus vasos de plantas ornamentais, suas latas de lixo etc etc etc.

Também não sei se vocês sabem, mas as capivaras são os animais mais "carrapateiros" que se conhece. Como tal, são os principais vetores da FEBRE MACULOSA, além de transmitirem os carrapatos para os cães e "empestearem" a casa toda.

Não é preciso dizer que, em pouco tempo, ninguém mais conseguia manter uma hortazinha no quintal; não se podia deixar uma porta aberta (nem janela) e o número de infecções por carrapato cresceu com ares de epidemia!

Nada disso sensibilizou as autoridades ambientais. Tentativas de regulamentar a caça foram rechaçadas. A Lei, a Lei!

Sabem o que aconteceu? Um pacto tácito (não documentado) foi feito entre a população e as autoridades locais (municipais) que passaram a fazer "vista grossa" e, "ao arrepio da lei", a caça voltou a ser praticada e todos passaram a ser felizes de novo. Inclusive as capivaras! que continuam serelepes mas ficaram menos "espaçosas", contentando-se com as várzeas e banhados de onde nunca deveriam ter saído!

Bom senso não teria evitado tudo isso?
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Texto de Ivo Fontan

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Metas Dia da Terra – acompanhamento II

Conforme combinamos dia 22 de Abril , Dia da Terra, estou dando acompanhamento das minhas ações para atingir as metas que estabeleci.
Dia 09 de Maio fiz meu primeiro acompanhamento e de lá pra cá, já fizemos mais alguns progressos.

Quanto a dar destino sustentável ao meu lixo, tive a grata surpresa de descobrir perto de minha casa, um ECO-POSTO. Agora, só preciso comprar as lixeiras para fazer a separação e começar a primeira etapa que é separar os recicláveis. Mas ainda temos um longo caminho pois o lixo não é feito sé disso.

Aliás, uma dica para quem quer começar como eu, é procurar a associação de moradores pois muitas delas disponibilizam coletores seletivos de lixo. Só teremos o trabalho de levar até lá. O que eu farei com prazer até que um dia tenha essa coleta na minha porta. E claro que essa é uma luta que está nos meus planos.

Comecei minha mini-horta CASEIRA em vasos que iriam para lixo. Depois mando fotos, deixa ficar pronta como vislumbrei.

Como bem disse nosso amigo Ivo em um de seus comentários a respeito do assunto, não basta plantar. Temos que acompanhar para ver se o plantio terá sucesso.

Plantamos 6 árvores e 166 mudas de plantas diversas (não é a horta).
Dessas, 4 mudas e 2 duas árvores tiveram que ser replantadas e uma teve que ser substituída pois foi comida por um cavalo (Ah...danado!).

Agora é aguardar para ver como vai ficar!

Clique aqui para ver metas Dia da Terra

Clique aqui para ver primeiro acompanhamento


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Texto de Ana Cláudia Bessa

Pensamentos que nos fazem pensar...

"Pequenos passos podem não fazer muita diferença
numa jornada curta,
mas para a longa jornada da vida
são capazes de colocar vocês
num lugar completamente diferente."

(James C. Hunter)

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

"Poucas e boas" sobre as florestas tropicais

Muita gente boa condena, se entristece ou luta contra a destruição das FLORESTAS, mas, de fato, pouca gente conhece a verdadeira importância destes biomas que um dia já dominaram o nosso planeta e que, ainda hoje, reduzidas a uma fração do que já foram, continuam a ser responsáveis pelas condições planetárias que garantem a nossa própria existência.

Vamos conhecê-las um pouquinho mais:

- As FLORESTAS TROPICAIS (as mais extensas ainda hoje existentes) espalham-se pelo planeta, situadas entre os trópicos de CÂNCER e CAPRICÓRNIO) e são de dois tipos:
==ÚMIDAS. Metade delas na América Latina e o restante na África e Sudeste Asiático
==SECAS. Maior parte na África e o restante na América Latina e Pacífico Asiático

- FLORESTA VIRGEM (ou Primária) é aquela que não sofreu significativamente a ação do homem

- FLORESTA SECUNDÁRIA é aquela já alterada pelo homem

==Ao contrário do que se pensa as FLORESTAS TROPICAIS ainda não são as mais devastadas pelo homem. Dos cerca de 1bilhão e meio de hectares originais o homem só destruiu um terço;
==A existência da floresta impede a EROSÃO do solo, pois as raízes mantém a aeração e porosidade, permitindo a infiltração da chuva e o dossel (copas) não permite que as chuvas cheguem com impacto ao solo;
==Por reterem as águas as florestas impedem ou diminuem as possibilidades de inundações e enchentes;
==A erosão causada pelos desflorestamentos causam deslizamentos catastróficos de LAMA e aumentam os sedimentos dos rios causando assoreamento de represas e reservatórios;
==As florestas são um importante regulador climático, já que metade das chuvas que caem sobre elas são originários da evaporação NA PRÓPRIA FLORESTA;
==As florestas "crescem" retirando GÁS CARBÔNICO da atmosfera, por isso sua destruição implica no aumento da concentração deste gás, responsável principal pelo efeito ESTUFA;
==Nas florestas tropicais estão cerca de 50% de todas as espécies vivas do planeta, e elas (só) ocupam pouco mais de 7% de sua superfície (no Peru, o pesquisador Edward Wilson, em 1987, encontrou em UMA ÁRVORE, 43 espécies de formiga. Este número é equivalente ao total de espécies na Grã-Bretanha!);
==Estima-se que conhecemos 10% ou menos do total de espécies que habitam as florestas (aí incluídos insetos, microorganismos e organismos aquáticos);
==Dos alimentos utilizados em caráter universal pelo homem, muitos vieram das florestas, como: ABACAXI; BANANA; quase todas as FRUTAS CÍTRICAS; CACAU; CAFÉ e praticamente TODOS os CONDIMENTOS;
==A MEDICINA utiliza regularmente CENTENAS de substâncias químicas puras que derivam de espécies florestais. Este número cresce a cada dia (Sobem para milhares aquelas ainda em testes);
==A INDÚSTRIA depende das florestas para fornecer: MADEIRA; BORRACHA; ÓLEOS ESSENCIAIS; ÓLEOS COMESTÍVEIS; GOMAS; RESINAS; TANINOS; ESTERÓIDES; CERAS; FIBRAS TÊXTEIS; CORANTES. Estas matérias primas entram na fabricação de QUASE TUDO!

E agora atenção para isto:

Os POVOS das florestas vivem em condições equivalentes ao período PALEOLÍTICO, portanto, pré-histórico (SEM ESCRITA), e são eles os DETENTORES do CONHECIMENTO sobre as espécies, sua utilidade e propriedades. A extinção da FLORESTA significa a extinção destes POVOS e, portanto, com ELES se vai também TODO ESTE ACERVO DE CONHECIMENTOS!

De agora em diante, toda vez que você se engajar na luta pela preservação das florestas, não o faça por ROMANTISMO ou SAUDOSISMO. Faça-o por PRAGMATISMO e instinto de SOBREVIVÊNCIA!



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Texto de Ivo Fontan