Maluca? não. Fúnebre? não.
Sempre pensei assim, inclusive na minha carteira de motorista está escrito meu tipo sanguíneo e que sou doadora de órgãos. Imagine se todo mundo pensasse assim, quantas vidas não seriam salvas.
Estou escrevendo este post pois em um programa da Ana Maria Braga foi apresentada uma matéria sobre doação de órgãos. A transplantada Ana Carolina Zarpello falou coisas que eu nem imaginava que as pessoas pensavam.
Ela disse que algumas pessoas falam que não querem deixar uma ordem para doação das córneas por exemplo, porque podem chegar cegas na próxima encarnação, ou vão chegar amputados no céu.
Ai meu Deus!
Entendi então que falta não são órgãos, mas a famosa informação.
Aliás, o que comentaram também é que as doações acontecem mais quando se tem campanhas, então vamos aproveitar e falar do site que é feito para quem quer mais informações sobre o tema, que é o http://www.doacaodeorgaos.com.br/, tudo o que você precisa saber está lá, bem explicadinho.
Não vamos deixar este assunto ser esquecido. Vamos ter em mente que nós, talvez, um dia precisemos de um órgão, ou quem sabe alguém que está perto de nós. E a doação não precisa ser só de órgãos de pessoas mortas não, pode ser de doadores vivos, ou pode ser somente de sangue para salvar alguém em uma cirurgia.
Transcrevo aqui uma mensagem de um doador anônimo que está no site da ABTO, Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, depois disto, não precisamos dizer mais nada.
Colaboração enviada pelo Dr. Abraão G.MendesCoordenador do Banco de Olhos de Vitória/ES
==Não chamem o meu falecimento de leito da morte, mas de leito da vida.
==Dêem minha visão ao homem que jamais viu o raiar do sol, o rosto de uma criança ou o amor nos olhos de uma mulher.
==Dêem meu coração a uma pessoa cujo coração apenas experimentou dias infindáveis de dor.
==Dêem meu sangue ao jovem que foi retirado dos destroços de seu carro, para que ele possa viver para ver os seus netos brincarem.
==Dêem os meus rins às pessoas que precisam de uma máquina para viver de semana em semana.
==Retirem meus ossos, cada músculo, cada fibra e nervo do meu corpo e encontrem um meio para fazer uma criança inválida caminhar.
==Explorem cada canto do meu cérebro. Retirem minhas células, se necessário, e deixem-nas crescerem para que, um dia, um menino mudo possa ouvir o gritar em um momento de felicidade ou uma menina surda possa ouvir o barulho da chuva de encontro à sua janela.
==Queimem o que restar de mim e espalhem as cinzas ao vento, para ajudarem as flores brotarem. Se tiverem que enterrar algo, que sejam meus erros, minhas fraquezas e todo o mal que fiz aos meus semelhantes.
==Dêem meus pecados ao diabo. Dêem minha alma a Deus.
==Se, por acaso, desejarem lembrar-se de mim, façam-no com ação ou palavra amiga a alguém que precise de vocês.
==Se fizerem tudo o que pedi, estarei vivo para sempre.
Robert N. Test - 1978
Clique no link abaixo para ver o filme da última campanha realizado por Rogério Flaustino do J.Quest
http://www.doacaodeorgaos.com.br/populacao/servicos/pop_video.asp
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Texto de Cristiane A. Fetter
Material retirado do site da ABTO
3 comentários:
Cris, eu já falei o mesmo pro Fabio.
Estou com vc!
Ele já sabe que vai até o cabelo para fazer peruca!
O restinho que sobrar, coloca num barquinho cheio de flores (só para dar um frescor...) e crema!
Nem precisa enterrar porque acho cemitério muito anti-ecológico e improdutivo.
Não tenho nenhum apego aos meus órgãos e tecidos depois que eu morrer.
Quero mais é que mudem a vida de quem continua...
Porque a vida continua!
Com certeza, acho que esta roupa de carne tem que ser respeitada e tratada com carinho, mas depois que a gente a deixa, tem é que ser reaproveitada e não servir de alimento para os bichinhos.
Mas avisa para a familia também, pois nessa hora pode ser que o marido esteja tão aturdido que nem se lembre disso, tem que deixar documentado, tem que ser fato, para a decisão não demorar e se poder reaproveitar bastante coisa.
Claro que não quero que isto aconteça com ninguém, gostaria que todos morrêssemos de velhice, mas a vida não é assim e temos que encarar a realidade.
Todos de minha família sabem: É para doar TUDO! Depois de minha morte o que vai ficar é meu espírito e espírito não tem pedaço faltando. Alma é como fumaça... eu acho!
Mas além da falta de informação das pessoas sobre esse assunto e o egoísmo capaz de querer levar para onde for(após a morte) o que se tem vivo(corpo, dinheiro, jóias, e até pessoas queridas), há também a "incompetência", o descaso, o desrespeito do Estado da Federação sei lá... hospitais não equipados para transplantes, a falta de informação e falta de conhecimento de quem deveria ter, digo dos médicos.
Deviámos ser preparados, TODOS, médicos, secretários, ministros, pessoas comuns. As vezes existe o doador (morto) e a fampilia não sabe o que fazer ou quando sabe não encontra a "estrutura" para a doação.
Sei não!!!!
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