sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Poluição eco-consciente?

Até procurando ter atos sustentáveis no nosso dia-a-dia a gente polui.

Fui plantar árvores e mudas e foi um festival de caixotes de madeira, sacos plásticos pequenos (das mudas), recipientes grandes de plásticos (das mudas de árvore), barbantes, sacos de terra, sacos de adubo...enfim...
Uma gama de materiais que, em parte poderiam ser devolvidos ao fornecedor para serem reutilizados em outras mudas e plantas e que vão diretamente para o lixo.

Descobri que o mercado entrega minhas compras em casa e por isso, não usa sacolas plásticas. Ótimo.
Mas ele vai de carro até minha casa e eu, que fui ao mercado e voltei para casa sem as compras, poderia ter economizado uma viagem de emissão de gases no ar. Porém, com sacolas.

Já em casa, no lugar das sacolas, recebi caixas de papelão que não tenho como usar e eles não recebem de volta porque usam dos produtos que compram e sobra caixa por lá.

Para levar meu lixo até o eco-posto perto de minha casa, emito gases.

Para economizar água ligando e desligando o chuveiro, gasto energia (seja elétrica ou gás).

E para trocar tudo por equipamentos mais modernos e econômicos, jogamos no lixo, ou lançamos no mercado, ou consumimos a mais, uma série de chuveiros, aquecedores a gás, freezeres, geladeiras, televisores.
Até sem querer, a gente polui. A velha matemática que não fecha.

Eu descobri uma forma de minimizar o uso de sacolas plásticas deixando muma sacola retornável no carro e uma caixa plástica multiuso desmontável que eu tinha em casa.

Daí peço ao embalador do supermercado que não embale (exceto carnes) os produtos, que coloque no carrinho e eu coloco no carro.

Tem dado muito certo.


E você, já poluiu hoje?

__________________________________________________________________________________ Texto de Ana Cláudia Bessa

Novo de novo!

Sabe que armário é este?

De cozinha? Hoje é!


Mas era o armário de roupas das crianças!


Sim!



Coloquei quatro prateleiras onde eram os cabideiros e os mesmos puxadores dos armários da cozinha! Não ficou legal? ________________________________________________________________________________ Texto de Ana Cláudia Bessa

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Comer ou não comer? Eis a questão!

Eu tenho um problema.

E o problema é não conseguir fazer com que meu filho coma alimentos saudáveis. Eu não consigo relaxar sabendo que o que ele gosta é de comer as porcarias que TODA criança gosta. E não é porque eu moro nos Estados Unidos não, pois minha sobrinha que mora no Rio de Janeiro também está assim. Eu digo está porque todo mundo me diz que isto é uma fase.

Tá difícil acreditar!.

Todo santo dia eu quebro minha cabeça procurando uma forma de fazer e apresentar alimentos que chamem a atençao visual e do paladar de meu filho. Já fiz bonequinhos, já cantei, dancei, contei histórias, já comprei pratinhos, garfinhos e copinhos dos mais variados. Também já ameacei (ninguém é de ferro), já fiz chantagens, já tentei negociar, mas não adianta, já briguei até com o marido, que diz que eu sou mole e o menino está ficando mimado.

Então fiz uma proposta a ele, - Querido! vamos trocar por um dia nossas tarefas. Você fica no meu lugar e faz comida saudável para o Dudu e ele tem que comer tudo (além é claro de dar conta de todo o serviço da casa) enquanto eu vou para o seu escritório acompanhar a equipe de vendas que está fornecendo material para os países do Oriente Médio. Eu garanto que o meu dia será muito mais fácil do que o seu, o povo de lá é mais fácil de dobrar.

Adivinhem? Ele não aceita esta troca. Porque será? risos

Fico triste pois sempre procuro fazer tudo fresco, com produtos orgânicos (que onde moro não tem uma diferença tão grande de preço para o produto "normal"), e sentia que era um tempo jogado fora. Ou não, pois eu não desisto. Mesmo sabendo que ele não vai aceitar eu coloco em seu prato a vagem, a cenoura, a couve-flor, a couve de bruxelas, a beterraba, a beringela, etc, etc. Sopa também não tem vez, ele faz cara de nojo e nem com reza brava ele come.

Mas ultimamente eu estou usando da seguinte tática. Como ele adora feijão, eu passei a cozinhar junto os legumes e verduras. Assim pelo menos ele consome as vitaminas necessárias para seu crescimento. Diminiu um pouco a minha preocupação.

Fico pensando no futuro, que ele tenha sido bem alimentado para ter ossos fortes, músculos mais ainda, que todos os seus orgãos tenham crescido direito, blá, blá. Quem é mãe sabe o que eu estou passando e como isto pesa no nosso dia-a-dia.

Mas eu sei que tenho que relaxar, viver um dia de cada vez. Mas eu não vou desistir.

Ah não vou não!


__________________________________________________________________________________
Texto de Cristiane A. Fetter

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

RECADO DA MERCEDES

CONSUMO DE ÁGUA NAS MÁQUINAS DE LAVAR ROUPAS

O que me motivou a escrever o ‘recado’ desta quinzena foi a notícia de que uma famosa marca de máquinas de lavar roupas lançou um modelo no qual a água do último enxágue pode ser reaproveitada, utilizando-a posteriormente para fins como lavagem do carro, rega do jardim, etc... É uma atitude louvável e ambientalmente correta, porém há algumas considerações a fazer, especialmente observando o consumo de água dos modelos de máquina existentes.

Ao final de 2005 fui trocar minha velha máquina de lavar roupas, que já estava fazendo aniversário de mais ou menos 18 anos. Não que ela não estivesse mais dando conta do recado, coitada, mas porque iria doá-la para uma outra pessoa e me permiti o gostinho de comprar uma nova.

Foi aí que começou minha jornada de loja em loja lendo manuais de todas as marcas e modelos... eu estava acostumada com a minha velha máquina Enxuta de carregamento frontal (que saiu de linha, não fabricam mais) e que gastava pouquíssima água.

Fiquei perplexa em ver que mesmo o modelo mais econômico disponível no mercado gasta aproximadamente três vezes mais do que a minha fiel idosa... Minha máquina atual, pesquisada exaustivamente e sem as frescuras (frágeis) dos comandos digitais, gasta pouco mais de 100 litros de água em cada ciclo completo de lavagem. Ela também é de carregamento frontal, ou seja, com a tampa na frente da máquina em vez de estar em cima. Seu sistema de lavagem é por ‘tombamento’, ou seja, sem o uso das pás tradicionais. Diga-se de passagem que o sistema de tombamento lava tão bem quanto o de pás e estraga menos as roupas a médio e longo prazo, pela minha experiência.

Comparativamente, as máquinas de carregamento superior (tampa em cima e pás batedoras) ficaram numa faixa de consumo de água que chegava a absurdos 320 litros por ciclo de lavagem, o que equivale a uma caixa d’água residencial de pequeno porte. As mais modestas dessa categoria ficaram numa faixa superior aos 200 litros de água por ciclo de lavagem (dados confirmados posteriormente na Revista Pró-Teste). A capacidade em quilos de roupa é a mesma da minha máquina atual.

Portanto conclui-se que, mesmo com o reaproveitamento da água do último enxágue, ainda é mais econômico (em termos de consumo de água) comprar uma máquina de carregamento frontal ao invés das de carregamento superior.

Lembre-se sempre que a água é um recurso natural precioso e não podemos mais nos dar ao luxo de desperdiçá-la.

__________________________________________________________________________________ Mercedes Lorenzo

Pensamentos que nos fazem pensar...

"A única revolução possível é dentro de nós.”
(Mahatma Ghandi)

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Vamos comer as cascas?

Numa das minhas metas de dar fim sustentável ao lixo da minha casa, venho buscando receitas para aproveitar ao máximo cada alimento.

Como fazemos muito suco de laranja, descobri um doce delicioso para se fazer com a casca.
Busquei a receita na net e coloquei mãos a obra.

A receita é facílima de fazer mas demorada visto que precisa deixar as cascas de molho durante 2 ou 3 dias.

A questão nutricional também é interessante: Fonte de fibras, as camadas externas de várias frutas são ricas em carboidratos, que fornecem energia às células, fortalecem a parede celular e servem de reserva energética. Em 100 g de casca de laranja, 0,7 g de lipídios, 107 mg de fósforo, volume bem superior ao verificado na polpa da fruta (18 mg). Esse elemento químico potencializa os efeitos de algumas vitaminas, especialmente as do complexo B, que ajudam a transformar os carboidratos, lipídios e proteínas em energia, fortalecendo os sistemas neurológico, dermatológico e gastrintestinal. Na casca da laranja, também foi detectado cálcio na concentração de 362 mg, que faz parte da constituição dos ossos, dentes e músculos e controla a atividade hormonal, evita contraturas musculares e cãibras, além de auxiliar a transmissão de impulsos nervosos. [FONTE: Portal Unesp]

Fora isso, mais uma vez, constatei que ser ecológico não é simples.

Para pouparmos o mundo das cascas que seriam jogadas no lixo, gastei mais de 10 litros de água gelada, muito gás, joguei um saco plástico no lixo, um pedaço de papel manteiga e restos de açúcar.

Já recebi a dica da sogra do nosso amigo Ivo (um beijo para ela!) de ferver as cascas ao invés de deixar de molho para tirar o amargo.

Leva menos tempo pro doce ficar pronto com a vantagem de se gastar menos água e a desvantagem, gastar mais gás.

O sabor é sucesso garantido e eu vou continuar a fazer porque a turma toda da casa adorou.
Mas não sei se vale a pena fazer esse doce para preservar o meio ambiente .

Casca de laranja cristalizada
Ingredientes:
laranjas

açúcar cristal

Modo de Preparo:
Lave bem as laranjas, seque-as, descasque sem eliminar a parte branca, e corte a casca em tiras não muito finas. Deixe as cascas de laranja de molho em água por cerca de 2 dias, trocando a água de 2-3 vezes por dia. Escorra, pese as cascas de laranja e transfira-as para uma panela com a mesma quantidade de açúcar cristal. Cozinhe em fogo baixo, mexendo de vez em quando, até que o açúcar seja totalmente absorvido. Preste atenção durante o cozimento (que será cerca de 2 horas) para que o açúcar não grude na panela e não queime. Retire as cascas de laranja do fogo, distribua-as sobre o papel-manteiga e, quando estiverem mornas, passe-as no açúcar cristal. Conserve as cascas de laranja cristalizadas em uma lata.

__________________________________________________________________________________ Texto de Ana Cláudia Bessa

Alguém tinha dúvida?

Mães que fumam, filhos que não dormem


Em recente pesquisa publicada na revista Pediatrics, foi constatado que bebês cujas mães fumam dormem menos horas, têm o sono interrompido várias vezes e demoram mais a dormir. Muitas mães param de fumar durante a gravidez, mas logo após o parto retomam o vício, o que traz conseqüências para o bebê, já que a nicotina passa para o leite. Esta pesquisa demonstra um problema de curto prazo, mas acredita-se que possa causar muitos outros a longo prazo, principalmente relacionado a doenças respiratórias. É certo que filhos de mães que fumam têm maior incidência de asma brônquica, rinite alérgica, sinusite, amigdalites de repetição. Por isso e por outros motivos, muitas mães e pais param de fumar. Pense nisso.

E mais: Fumar aumenta a probabilidade de tornar-se demente

Estudo publicado em 4 de setembro de 2007 na revista Neurology demonstra que a incidência da Doença de Alzheimer é maior em quem fuma em relação a quem nunca fumou ou já fumou e parou. Este aumento na incidência é conseqüência do maior risco de acidentes vasculares cerebrais, do acúmulo de radicais livres em todo o corpo, e da diminuição de substâncias anti-oxidantes.

sábado, 22 de setembro de 2007

AVIAO X PONTE

Muitos souberam da tragédia que aconteceu com a ponte sobre o rio Mississipi (ela desabou junto com inúmeros carros que lá se encontravam), entre as cidades de Minneapolis e Saint Paul, nos Estados Unidos, e mais ainda souberam sobre a tragédia da Tam.

Qual é a principal diferença neste caso? Alguns irão dizer que foi a quantidade de pessoas envolvidas, outros vão dizer que não dá nem para comparar países tão diferentes.

Eu penso assim: a grande diferença foi a atitude tomada pelo governo, principal responsável pelas pontes nos Estados Unidos, que foi o de inspecionair mais de 700 pontes que estão em condições iguais ou piores que a que desabou (e eu posso dizer uma coisa, aqui tudo sempre tem manutenção, não existe um dia em que eu saia de casa e não encontre alguma equipe cuidando, ou consertando algo);
Em Washington já foi fechada uma ponte que seria derrubada em 2 meses para a construção de outra, eliminando assim o risco de outra tragédia;
O Governo/Presidente assumiu toda a culpa.

Porque o poder público se preocupa tanto em resolver logo os problemas desta forma? Porque aqui eles são eleitos por quem se predispõe a votar. Ninguém é obrigado a sair de sua casa e votar com pena de pagar multa ou perder alguns direitos caso não realize esta obrigação. Então quem está no poder tem que mostrar serviço, ou não será reeleito, ponto final.

E o que aconteceu com o acidente da TAM? vou mais longe, o que aconteceu com o acidente da GOL?
Ninguém quis assumir nada;
O cáos aéreo foi instalado (ou finalmente assumido) no Brasil;
Muitas famílias ainda não tem um laudo conclusivo sobre o acidente (talvez nunca tenham), ou terão por interesse das empresas aéreas em mostrar que seus aviões não foram os causadores;
O Governo/Presidente disse não saber que o problema era tão grande, cortou algumas cabeças e agora estão segurando uma batata quente. De novo!

O problema com a ponte nos Estados Unidos não vai deixar de trazer turistas para o país, nem vai diminuir as viagens de automóveis entre outras coisas. Mas o acidente com o avião da TAM e os problemas nos aeroportos o que irá trazer para o Brasil?
Turistas irão desistir de viajar para lá (vamos falar a verdade, o Brasil não é o único lugar do mundo que tem praias paradisíacas, e também não é o única que tem um povo simpático e receptivo, além do que ele é bem distante de quem vem da Europa e America do Norte)
Brasileiros irão desistir de viajar;
Brasileiros trocarão o avião pelos ônibus e carros (aliás é o que já está acontecendo), fazendo com isto que o número de acidentes de trânsito aumente bem como de óbitos, um assunto que ninguém toca, são mais de 30 mil mortes por ano em todo o Brasil (vamos falar de malha rodoviária em outro post).

Os Brasileiros só perdem. Claro ainda existe a esperança de que estas mortes não tenham sido em vão. Quem sabe replanejamento da malha áerea (algumas atitudes já foram tomadas), a melhor distribuição de vôos e conexões pelos outros aeroportos do Brasil realmente saia do papel e consiga ajudar em alguma coisa.
Nosso país pode viver de turismo, e viver muito bem. Temos todas as ferramentas para que isto traga muita riqueza para terras brazucas, mas problemas assim só vem a atrapalhar este segmento.

Vou ser sincera, estou com medo de voltar ao Brasil.
E o mais engraçado é que muito antes destes acidentes eu só viajava entrando no Brasil pelo Rio de Janeiro (que é o meu destino final), nunca gostei muito de fazer conexão em Guarulhos. Eu faço conexão dentro dos Estados Unidos mesmo.
Estão vendo, se eu que sou brasileira estou com receio imagine os outros então?.

Vamos acompanhar o desenrolar deste problema aeroviário.

Vamos ter experanças que alguma coisa vai mudar, e para melhor.

__________________________________________________________________________________ Texto de Cristiane A. Fetter

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

HOJE É DIA DA ÁRVORE !

Leve suas crianças até uma árvore e converse sobre o papel delas na natureza, faça uma brincadeira, fale com a árvore. dê parabéns a ela, cante! Não deixe este dia passar em branco!

E os talentos brasileiros?

Na minha humilde opinião, cabe à nós educar nossos filhos e não à Xuxa ou ao Barney.

Não que meus filhos não vejam as gororobas americanas.

Eles vêem e adoram os Backyardigans e Lazytown, por ex..

Mas a impressão que me dá é que parecer ser politicamente correto não gostando daquilo que a maioria gosta, parece ser mais importante do que dar méritos justos e ensinar isso a nossos filhos. E classificar todo o trabalho de uma pessoa como lixo por coisas feitas há 20 anos atrás não me parece justo (volto a lembrar que não consumo seus produtos patenteados).

E dar preferência a programas americanos, ainda me parece mais incoerente, visto que a base é a mesma. Até porque a versão em português que ela faz é infinitamente melhor que aquelas dublagens musicais mal traduzidas do Barney cantando com aquela dicção horrorosa.

Outra coisa que é importante falar é que existem programas nacionais ótimos, como o Cocoricó e o Castelo Rá-tim-Bum (esse eu raramente consigo encontrar o horário que passa mas vi agora pesquisando o site :seg a sex às 19h - um horário ruim, eu acho).

Tem um grupo nacional chamado Palavra Cantada que é muito elogiado, mas eu tentei ir a um show deles e o preço era de 70 reais por cabeça, inclusive crianças...aqui em casa seria 280 reais.
A proposta pode ser boa, mas muito elitizada para meu bolso...
Ou eu é que estou errada?

E é por isso que a Xuxa faz tanto sucesso, é acessível. Eu queria que Palavra Cantada, Bia Bedram (que está fazendo um show no Rio e vamos tentar ir), Sítio do Picapau Amarelo (que estava dentro do programa diário da Xuxa e esse eu não gosto por causa dos desenhos violentos que acho cedo para que eles assistam...logo, não sei se a atual versão é boa como na minha época), Cocoricó e Castelo Rá-Tim-Bum estivessem mais acessíveis, sejam em preço, sejam nos canais que passam, sejam em DVD's. E infelizmente, nossa TV pública (TV Cultura) , não é uma BBC (Londres), logo os excelentes programas dela, não são tão assistidos quanto o Discovery Kids.
Porque será que esses talentos não têm o mesmo marketing?
Porque não passam nos canais pagos dedicados às crianças?
Porque ainda não criaram um canal nacional dedicado ao público infantil?

__________________________________________________________________________________ Texto de Ana Cláudia Bessa

Campanha contra comerciais para as Crianças





O site é em inglês a iniciativa não é nossa mas a idéia é universal:


Acabar com as propagandas destinadas ao público infantil.


A campanha uma coligação profissionais da área médica, educadores, advocacia e pais preocupados com os malefícios e as consequências de marketing para crianças.


Em apoio aos direitos de crianças crescerem – e aos direitos de pais em educar-lhes – sem serem influenciados pelo consumismo desenfreado.


Mas nós não estamos atrás! Ollem o excelente portal nacional que trata do assunto: Criança e Consumo . E um de seus artigos fala da ilicitude do marketing infantil e coloca a legislação brasileira como uma das mais avançadas do mundo neste quesito.


Vamos deixar nossos filhos menos tempo na frente da TV?

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Xuxa e outros demônios

A Xuxa é um assunto que recorrentemente vem em minha cabeça para escrever.

Fazendo uma busca no Orkut, é possível encontrar de tudo: eu amo, eu odeio, é uma fraude, morra, pedófila, endemoniada, maravilhosa, sensacional, satânica , etc.

Devo confessar que eu gosto do último trabalho dela que é a série Xuxa só para baixinhos. E Não estou defendendo a Xuxa, de jeito algum. Nem sequer fui sua “baixinha” (que ninguém nos ouça mas eu já tinha passado da idade...rs). Mas sobre este trabalho especificamente, acho as músicas ótimas, o figurino dela adequado, a linguagem pertinente, a produção caprichada. Enfim, nada que lembre o finado Xou da Xuxa ou que contenha nenhuma insinuação pedófila.

Tentei começar um debate a respeito depois que alguém disse que não deixava o filho assistir esse LIXO.
Lixo, caramba, pensei, será que sou uma mãe tão displicente a ponto de deixar meus filhos verem “lixo”?

Em resumo, ela é lixo porque posou nua, fez um filme nada politicamente correto, porque usava roupas curtas em programa infantil, porque estimula o consumismo, porque estimula o criança a aprender errado (Xou da Xuxa, ao invés de Show) e tudo isso, referente há, pelo menos, 10 anos passados. Das pessoas com quem conversei, nenhuma havia assistido o Xuxa Só para Baixinhos. E era desse trabalho que eu tentava falar. Mas como debater com quem nem sabia do que eu estava falando e se negava a saber porque nem queria assistir?

Um detalhe interessante é que as mesmas mães dão a Barbie para suas filhas e Hot Wheels para seus filhos. Ou ainda deixam seus filhos horas assistindo o Little People, Barney e seus amigos, Hi-five no canal (PAGO) Discovery kids e um montão de gororobas americanas que têm milhares de produtos patenteados fabricados na China à venda com vasta publicidade incentivando o consumo de seus produtos . Prá mim, a questão do consumo, empatou.

Não estou defendo a Xuxa, estimulando o consumo da marca Xuxa. Meu questionamento não é esse. Até porque eu NÃO consumo Xuxa, além do DVD.

Pelo contrário, tenho muita procupação em consumir qualquer marca com parcimônia e critério.

Talvez nem saibam que o Barney e o Hi-5 cantam com seus amigos as mesmas músicas que a Xuxa canta pois o trabalho dela é quase que totalmente inspirado em músicas americanas , de programas e conjuntos americanos para crianças (basta ver os créditos no fim do DVD).

Inclusive todo o Layout do XSPB é uma cópia declarada do trabalho de um grupo americano chamado The Wiggles. A questão da imitação, empatou.

Xuxa não é só mais uma nesse universo?

Estamos de fato separando o joio do trigo?


Continua amanhã

__________________________________________________________________________________
Texto de Ana Cláudia Bessa

terça-feira, 18 de setembro de 2007

MODERNIDADE X SUSTENTABILIDADE

Uma famosa “chef” de cozinha me disse uma vez que estava às voltas com um dilema e não sabia como resolver. A situação era a seguinte:

Em seu restaurante (um dos top ten) do Rio, ela disponibilizava muitos condimentos finos, em grande parte importados, para os clientes. Estes condimentos eram acondicionados em potes, frascos etc, condizentes com o “nível” do restaurante. Acontece que os fiscais da Vigilância Sanitária a haviam INTIMADO a disponibilizar estas iguarias em...SACHÊS individuais! obedecendo à legislação vigente.

O dilema era que, além destes produtos não serem comercializados neste tipo de embalagem, ainda havia a questão de aceitabilidade por parte dos clientes, em sua maioria apreciadores da boa mesa e da boa gastronomia (onde a palavra SACHÊ é quase heresia).

Não sei como ela resolveu o problema, mas o fato é que o seu “dilemazinho metido a besta” me fez pensar mais profundamente sobre o assunto. Fiquei pensando nas razões que levaram os órgãos normatizadores a fazerem tal exigência. Segurança Alimentar, claro! O “sachê” é muito mais higiênico, certo?

É, mas e o lixo? Que lixo? O lixo que isso gera? Para onde vai cada “sachezinho” que você usa numa refeição? Esses “sachezinhos” são recicláveis? Você já viu “catadores de sachezinhos” pelas ruas?

Gente, em tempos como os que estamos vivendo, vocês realmente acham que é “ambientalmente correto” criar normas que tenham como consequência a maior geração de LIXO?

Fala sério?

Porque não deixar os restaurantes disponibilizarem seus temperos e condimentos em embalagens tradicionais e fiscalizar as condições higiênicas DESTAS embalagens?

São pequenas coisas como essas que revelam o quanto nossos hábitos supostamente modernos e evoluídos são, na verdade, PERDULÁRIOS. O quanto somos contraditórios e o quanto estamos realmente longe da tão decantada e propalada SUSTENTABILIDADE!__________________________________________________________________________________ Texto de Ivo Fontan

domingo, 16 de setembro de 2007

Posse responsável - Você sabe o que é isso?

É muito simples.
Posse responsável é o termo que se usa para pessoas que possuem cães e que são os responsáveis por eles E POR SEUS ATOS.
Afinal, um cachorro não pode ser responsável por si mesmo.

Posse responsável é assumir que quando escolhemos ter um cão, assim como quando temos filhos, não podemos voltar atrás em nossa decisão: ele será nosso até a morte.
Muita gente acha cachorro descartável, compra sem se informar, vê que não é bem assim e depois doa ou, pior, abandona nas ruas.

Quem viu o filme AI-Inteligência Artificial poderá ter uma idéia do que sente um cachorro quando é abandonado por seus donos.

O cachorro se apega a nós como uma família. E é uma eterna criança que não cresce, não sai de casa e não fica independente.

É uma maldade, além da responsabilidade que negligenciamos. E um desserviço pra nossa sociedade deixar mais um cachorro abandonado aumentando essa imensa população que já temos de cachorros de rua.

Tem gente que abandona na porta de abrigos para se eximir de culpa.
Esses abrigos e centros de zoonoses são, na maioria dos casos, lugares horríveis e que muitas vezes exterminam esses cães como um campo de concentração nazista.

Alguns deles, como a Suipa no Rio, estão super-lotados e como vivem de doações, fazem o que podem.
Mas podem pouco frente ä demanda.
Portanto, se você é dono de cachorro, ajude um sociedade protetora, visite, contribua.

São cães de todas as raças e tamanhos. Em apartamento e após a maternidade, é muito comum descobrir que o cachorro não se “encaixa” mais na vida das pessoas e se desfazer dele é o caminho mais fácil, mesmo escondido atrás da cara de “sofrimento” destes seres nada humanos.

Logo, antes de comprar um cachorro, leia, se informe, converse com pessoas da área.
Você vai encontrar ajuda para escolher a melhor raça para você e até para saber se você tem perfil para ter um cachorro.
Lembre-se, nós somos responsáveis por quem cativamos.
E nós é que fomos procurar pelo cachorro, não o contrário.

Para saber mais:
http://www.felizpracachorro.com.br/
http://www.vira-lata.org/

__________________________________________________________________________________ Texto de Ana Cláudia Bessa

Senso de noção

Esse é um texto publicado no Blog do Planeta. Eu até que tentei escrever algo mas não achei nada que em tão poucas e educadas palavras exprimisse meus sentimentos a respeito de quem deixa seu cachorro fazer cocô na rua e acha isso a coisa mais normal de mundo.

Dá pra Catar

De todas as formas de poluição urbana, talvez a mais vergonhosa sejam as fezes de cachorro no meio das calçadas. Porque simbolizam a falta de educação dos donos desses animais. E a falta completa de noção que a rua é um espaço partilhado por todos. As fezes, além de feias e fedorentas, podem atrair insetos e transmitir doenças. Também contaminam a rede pluvial. Sem falar que restringem o espaço de circulação dos pedestres. Apesar disso, o cocô de cachorro (para usar a expressão mais direta) é bem disseminado em todas a classes sociais. Tanto em bairros pobres quanto ricos das cidades brasileiras, há donos que deixam seu cão sujar o chão e não limpam depois. Leva a gente a pensar o que esse pessoal tem na cabeça.

(Alexandre Mansur)

http://www.blogdoplaneta.globolog.com.br/archive_2007_05_08_10.html#289900

Banner da nossa Campanha : DÊ LIVROS no dia das crianças !

Agora temos banners para divulgar nossa campanha. Ajude-nos a divulgá-la, coloque no seu blog , no seu site, na sua assintaura de e-mail. Qualquer ajuda vale!


Nossos agradecimentos à Renata Matteoni e ao Romulo Matteoni do blog Acontece Aqui, que foram os criadores da arte para a nossa campanha.

Escolha qual deles você gosta mais, copie e cole o código no seu blog.



















Para ver a campanha, clique aqui.



sexta-feira, 14 de setembro de 2007

RECURSOS NATURAIS III

Façamos um exercício simples porém revelador do grau a que chegamos como consumidores de recursos.

Vamos tentar contabilizar a variedade de "recursos" que o planeta precisou disponibilizar para que você vivesse um dia da sua vida? Prepare-se para uma grande surpresa!

- Você acorda e faz sua higiene matinal. Considerando um procedimento bem simplificado, você utiliza ÁGUA e dentifrício. Já se deu ao trabalho de ver a composição deste produto? Não? pois saiba que, em média, dezesseis matérias primas entram na composição de uma simples pasta de dentes. E nem falamos da escova e/ou do fio dental! Claro que você não fez isso bucolicamente na margem do riacho! Você usou um banheiro, uma pia...(tudo isso foi construído usando os mais variados materiais de construção!)

- Se você não é um daqueles malucos que sai de casa só com um golezinho de café, certamente irá proceder a um desjejum básico: pão, queijo e/ou presunto (assemelhado); suco e/ou leite e/ou café; fruta e/ou um docinho...
Bem, neste café-da-manhã frugal você simplesmente fez uso dos principais produtos da agropecuária, que por sua vez, para serem produzidos utilizaram aqueles tais minerais de uso industrial (fertilizantes) lembra? além de água, muita água!

- Você sai para trabalhar, estudar ou para realizar qualquer atividade. Vai como? de carro? de transporte coletivo? de bicicleta? Como tudo isso é produzido?

Bem, vou parar por aqui porque você já deve ter percebido onde isso vai dar, não é?
Só para dar uma idéia, uma vez fiz um exercício destes em sala de aula. Um aluno voluntário se ofereceu para que identificássemos nele (considerando tudo o que ele portava, como vestimenta, material escolar, produtos que utilizou - no banho, almoço etc) as matérias primas necessárias para que ele estivesse ali naquele momento.
Acreditem, nós paramos quando já nos aproximávamos de 200 (duzentas)!!!

Onde quero chegar com isso? Será que estou querendo incutir sentimento de culpa por sermos consumistas e perdulários? Estou querendo pregar algum tipo de negação ao mundo moderno?
Em absoluto. Todas estas coisas de que dispomos hoje fazem parte indissociável de nosso mundo e de nossa forma de viver e de sermos felizes.

A questão que quero levantar é a seguinte: Até que ponto consumimos por necessidade e, até mesmo por prazer, e até que ponto consumimos por INDUÇÃO, por PRESSÃO SOCIAL ou por SUGESTIONAMENTO SUBLIMINAR da indústria?
É muito difícil perceber a diferença entre uma coisa e outra, sobretudo quando nos escamoteiam o principal, a informação.

Vou dar um exemplo simples: Quantas escovas de dente você consome por ano? Você troca sua escova quando as cerdas já estão sem condições de uma boa escovação? ou antes disso, porque "alguém" lhe ensinou que as escovas tem que ser trocadas frequentemente porque "acumulam bactérias" que podem ser perigosas para sua saúde? Cá entre nós, isso é MENTIRA! Para que sua escova se tornasse um meio de cultura para bactérias nocivas a você mesmo, você teria que ter hábitos altamente promíscuos (partilhar a escova) e minimamente higiênicos!

Este foi, como eu disse, um exemplo simples e pequenino, mas relevante se considerarmos que, assim como você, mais alguns milhões de pessoas trocam suas escovas antes do tempo que poderiam (o que representa a fabricação de outros tantos milhões de escovas. Sabe quais as matérias primas necessárias?)

Quero aqui encerrar esta série com uma proposta. Que tal encontrarmos no nosso dia-a-dia outros exemplos de desperdício mais sutis e menos óbvios, que, se detectados e corrigidos, podem levar a uma diminuição do nível de consumo supérfluo, com a consequente "poupança" de matérias primas, ou seja, RECURSOS NATURAIS, ou seja ainda: Que tal encararmos seriamente esse negócio de SUSTENTABILIDADE?

__________________________________________________________________________________ Texto de Ivo Fontan

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Santa Teresa é uma delícia!

Fomos passar um domingo e Santa Teresa e adoramos! Deixamos o carro parado perto do Largo dos Guimarães de onde saímos de bonde, percorrendo 3 trajetos (subindo do largo em diante - depois descendo pelos arcos da Lapa até o centro e subindo de volta até o largo). Tem outro trajeto que disseram não ser tão bom quanto o que fizemos. Cada trajeto custa R$0,60/pessoa.

Almoçamos lá e as opções são variadas. Tem vários museus mas escolhemos o Museu do Bonde que infelizmente estava fechado para dedetização. Depois fomos ao Parque das Ruínas que é um belíssimo mirante e a casa chama atenção também por sua arquitetura e estilo - tijolos aparentes combinados harmoniosamente com estruturas metálicas e de vidro.



O passeio de bonde é o melhor - mas prepare-se porque é bem simples, nada de conforto. Uma volta ao Rio antigo com casas lindas, ladeiras de pedra, muitas lojas de arte e artesanato.

O Condutor do bonde é uma figura, e ajudou em tudo com as crianças. O meu pequenininho de 1 ano é que não curtiu. Muito barulho e balanço pra ele. O de 2anos e meio adorou e os de 5a de duas amigas, AMARAM! Até ajudaram a conduzir o bonde!

Paisagens incríveis

Não posso deixar de contar sobre as paisagens incríveis das famosas curvas no trajeto do bondinho! Dá para se ver grande parte do Rio, Baía da Guanabara (tão poluída, tadinha...), Ponte Rio-Niterói, até o Dedo de Deus em Teresópolis! Um espetáculo!

Eu diria que é passeio para fazer umas três vezes e sempre terá coisa diferente para ver. Vamos voltar, inclusive para fazer o outro trajeto do bonde...risos

Vá de tênis, nada de salto nas ladeiras de pedra...(eu cometi esta insanidade...rs) E dinheiro no bolso trocadinho para pagar os trajetos do bonde. Além disso, tudo é caro, preço pra turista MESMO. Dos restaurantes até as lembranças de artesanato.

Para quem quer subir de bonde no Centro a estação fica localizada na Rua Lélio Gama ao lado do Aqueduto da Carioca ou atrás da Catedral e do prédio da Petrobrás. Seg a Dom de 6 às 23h - saídas a cada meia-hora.

Aliás, o ideal é deixar seu carro no centro e subir de bonde porque vagas em Santa Teresa são escassas. Nós demos sorte de achar uma, numa pequena praça mas, com certeza, esse volume de carros de turistas, levando em consideração que muitos moradores não têm garagem e têm que deixar seus carros na rua, só tumultua o bairro e parar carro em cima da calçada, NUNCA. Por favor, vamos respeitar SEMPRE o direito (e necessidade) do pedestre de uso a calçada. A dica de nossa amiga Suzana nos comentários é fundamental: vá de bonde!

Dica: procure e imprima um mapa na internet pois Santa Teresa tem tantas ruas que ficará mais fácil se localizar, escolher para onde ir, planejar o passeio e até mudar de direção...rs...

Mais informações:
http://www.rio.rj.gov.br/riotur/pt/atracao/?CodAtr=1410
http://www.santateresa.tur.br/


__________________________________________________________________________________ Texto de Ana Cláudia Bessa

Turismo Sustentável

Regras básicas para boa prática do turismo sustentável:

1. Procure os serviços turísticos que valorizem as populações locais, sua cultura, economia. E que tenham procedimentos de conduta para a sustentabilidade local.

2. Nas comunidades que estiver visitando, aprenda antes sobre sua história natural e cultural e respeite os costumes locais. Procure conversar com moradores, ouvir suas histórias e contos.

3. Evite viajar para áreas populares durante a alta temporada e feriados. A baixa temporada além de ter pouca gente é mais barato. Desta forma você estará produzindo menos impacto aos atrativos.

4. Sempre se familiarize com os regulamento e costumes das áreas turísticas que estiver visitando.

5. Procure consumir produtos e artesanatos do local que estiver visitando.

6. Dê preferência a empresas de serviço (hotéis, receptivos, operadoras, etc) que tiverem certificação ou que atuem sob a ótica do turismo sustentável.

7. Não remova pedaços de ruínas ou objetos históricos para levar como lembrança. Tire uma foto, compre um postal.

8. Economize água e energia nos locais que estiver visitando. É bom para o meio ambiente, é bom para todos.
9. Pesquise em revistas, livros ou pela Internet o local que for visitar antes de sua viagem. Isso lhe ajudará a conhecer os costumes e a história das diversas regiões do Brasil e melhorará o aspecto cultural de sua viagem.

10. Sempre que puder instrua com educação algum visitante que esteja com comportamento impróprio, produzindo impacto aos atrativos turísticos.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

RECURSOS NATURAIS II

Me desculpem se este post parecer um pouco professoral. É que não posso fugir das origens!

TUDO o que o ser humano utiliza para viver provêm, direta ou indiretamente do planeta. Mais especificamente, de uma parte bem pequenininha em relação ao todo, que é a CROSTA (somente sua "casquinha" superior"), incluído aí a HIDROSFERA e a ATMOSFERA.

Absolutamente todos os "produtos" que utilizamos em nossa vida diária são fabricados a partir de matérias-primas que são extraídas da crosta ou cultivadas (vegetais), ou criadas (animais). São os RECURSOS NATURAIS.

Dividimos estes recursos em:
- Renováveis (animais e vegetais)
- Não Renováveis (minerais e fósseis)

Os Não Renováveis podem ainda ser classificados em:
-Reutilizáveis (caso da água), ou
-Não Reutilizáveis (a maioria)

Os Não Renováveis, de acordo com a disponibilidade, podem ainda ser classificados em:

Abundantes - Hoje "ainda" consideramos assim os minérios de alguns metais como Ferro, Alumínio, Cromo, Manganês, Titânio e Magnésio

Escassos - Nesta classificação "já" figuram hoje, os minérios de Cobre, Chumbo, Zinco, Níquel, Molibdênio, Prata, dentre outros

Chamamos de MINERAIS DE USO INDUSTRIAL aos minerais que constituem as matérias primas para as diversas "famílias" de indústrias, como Química; de Fertilizantes etc

Outro grupo constitui as ROCHAS INDUSTRIAIS, que são aquelas utilizadas direta ou indiretamente como MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO.

Como principal recurso REUTILIZÁVEL temos a ÁGUA. No entanto sua reutilização depende consideravelmente de demanda e conservação da qualidade dos mananciais, sem o que sua reutilização pode ser inviabilizada. É bom lembrar também que a água faz parte de um CICLO planetário (Ciclo Hidrológico) que é, ao mesmo tempo causa e consequência de fenômenos CLIMÁTICOS, portanto, alterando-se o clima (como já estamos fazendo), alteramos também este ciclo, com consequências imprevisíveis sobre a disponibilidade deste recurso.

Finalmente, na lista dos suprimentos vitais temos os Fósseis (Petróleo, gás e carvões). Bem, estes, vocês sabem, ocorrem em depósitos FINITOS, e, por estarem entre os (ainda) principais geradores de ENERGIA, são o aspecto mais preocupante neste momento da história humana.

Bem, gente, de forma super simplificada, nestes grupos estão todos os suprimentos que, transformados, misturados, processados, deram origem a tudo o que você está vendo à sua volta. Do seu sapato, chinelo ou esmalte da unha, até o shampoo que você usou para lavar os cabelos, incluindo o computador onde você está lendo este texto.

Vamos falar então de SUSTENTABILIDADE?

Vamos, no próximo post!

__________________________________________________________________________________
Texto de Ivo Fontan

sábado, 8 de setembro de 2007

O indefeso consumidor e a desculpa hilária

Sempre que puder vou contar aqui minhas aventuras como consumidora.
Seria cômico, se não fosse trágico a maneira com as empresas menosprezam a inteligência do consumidor.

Certa vez, eu comprei um conjunto de cadeiras "Boztke" para a minha varanda e apesar do mesmo ficar numa área coberta, sem pegar muito sol, uma das cadeiras rachou. Como se trata de um produto para ficar exposto ao tempo, claro, que isso não era de se esperar. Como se tratava de uma empresa que trabalha com produtos para jardim, com madeira certificada e um produto diferenciado, eu entrei em contato com a empresa para saber como eu poderia fazer para não perder o conjunto. Mandei um e-mail com a foto da cadeira e do dano para que fosse avaliada a possibilidade de comprarmos apenas a peça da cadeira que estava rachada.

Bem, a empresa me mandou comprar outra cadeira.

Comprar outra cadeira não me dava confiança de que o problema aconteceria novamente,
Se não comprasse outra cadeira, eu ficaria com uma mesa e três cadeiras,
Mandar para um marceneiro consertar não era o mais fácil em virtude do modelo e da madeira certificada fazendo com que, dificilmente, eu conseguisse reproduzir a peça danificada.

Mas a empresa não fazia este tipo de serviço, ou seja, o conserto.

Contudo, eu insisti em tentar entender como uma cadeira de uma empresa aparentemente tão qualificada poderia apresentar um dano condenatório tão grave, sem possibilidade de reparo em tão pouco tempo de uso, mesmo sem estar exposta ao tempo (o que não seria problema já que o conjunto é feito para isso).

A resposta da empresa foi tão surpreendente que darei a vocês o direito de rir :

A culpa da rachadura na cadeira de madeira era a almofada.
Isso mesmo, a almofada.

A foto mostrava que eu tinha comprado 4 finas almofadas para o assento e por mais que o gerente que estava a me atender, tentasse explicar, até hoje não consegui entender como uma almofada poderia rachar uma cadeira.

Foi uma resposta tão absurda que me recusei aceitar e informei que eu mandaria as almofadas juntamente com o jogo de cadeiras para serem exaustivamente analisadas visto que eu não poderia investir em uma nova cadeira que fosse tão frágil a ponto de ser rachada por uma fina almofada e também porque não me interessava ficar com um conjunto de 3 cadeiras quando comprei um de quatro levando ainda em consideração que não havia qualquer informação que proibisse o uso de almofadas sob risco de causar rachaduras (hehehe – desculpe, mas ainda acho isso engraçado...).

Diante da minha total incapacidade de compreensão (dããã!), a empresa acabou por trocar a peça gratuitamente, embora eu estivesse disposta a pagar pela peça trocada. Afinal, já estava fora da garantia. Se é que tinha...

Por que eles fizeram isso? O que essa mudança repentina de atendimento quer dizer?

Não sei.

Talvez nem eles saibam...



Obs.: "Boztke" é um nome fictício. Mas a história é real.

Seguem as fotos do produto pedidas por nossos visitantes:


__________________________________________________________________________________
Texto de Ana Cláudia Bessa

Pensamentos que nos fazem pensar...

"Aprendemos a ser filhos depois que somos pais.
Só aprendemos a ser pais depois que somos avós."

(Affonso Romano de Sant'Anna)

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

RECURSOS NATURAIS I

É da Terra que todos os seres vivos retiram sua subsistência. Só o homem,
porém, desenvolveu-se a tal ponto que foi capaz de prover suas necessidades(básicas ou não) em um nível muito acima da capacidade natural de reposição de recursos.

A consequência disso foi a proliferação e a ocupação de espaços, conquistados aos excessos climáticos e outras dificuldades naturais. Com isso subverteu leis naturais e gerou uma demanda por suprimentos muito acima da capacidade do planeta em fornecê-los de forma equilibrada e natural.

Hoje, a sobrevivência da espécie humana (na forma de sociedade civilizada) depende desta mesma sociedade encontrar um caminho que não leve à exaustão pura e simples dos RECURSOS que a mantém.

Os ambientalistas de hoje chamam a isso SUSTENTABILIDADE. Desde o seu surgimento até hoje (um átimo no “tempo geológico”), o homem evoluiu de um ser caçador-coletor (portanto em equilíbrio com as disponibilidades de recursos), para um ser CONSUMISTA, explorador de recursos em um grau enormemente superior à sua necessidade pura e simples desubsistência.

A complexidade de nossa civilização faz com que seja muito difícil para um“homem comum” ter a exata noção dos recursos que explora e utiliza para a sua simples manutenção como ser social.

A industrialização; as especializações de atividades, afastaram o homem comum do conhecimento sobre as fontes primárias de recursos. “Alguém” coleta, extrai e transforma para que nós utilizemos! Isso faz com que a maioria de nós não tenha noção dos recursos (em variedadee quantidade) que utiliza apenas para “viver”, da forma como concebemos.

Na próxima postagem vamos falar um pouquinho sobre RECURSOS NATURAIS para que as pessoas que não são da área possam ter uma idéia mais aproximada do que representa nosso planeta como FONTE DE SUPRIMENTOS, e para que possamos compreender melhor o que é, afinal, essa tal de SUSTENTABILIDADE, tão falada e tão pouco compreendida.


__________________________________________________________________________________
Texto de Ivo Fontan

Notícia

O Movimento Gabriela Sou da Paz realizará no dia 16 de Setembro de 2007
(domingo) uma Motociata pela cidade do Rio de Janeiro
com objetivo de cobrar das autoridades a votação do projeto de Emenda Popular que foi encaminhado ao Congresso Nacional em 2006 com a adesão de 1 milhão e 300 mil pessoas.

Você é nosso convidado. Veja os detalhes no folheto através do seguinte
endereço: http://www.gabrielasoudapaz.org/folheto_motociata.jpg


Carlos Santiago e Cleyde Prado Maia - Pais Gabriela.
Gabriela Sou da Paz http://www.gabrielasoudapaz.org

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Recado da Mercedes

RECICLAR PARA PRÉ-CICLAR?
E eis que um belo dia você toma a decisão de fazer a sua parte por um planeta menos poluído e viável para as futuras gerações...
E por onde começar?

É tanta coisa que você já leu na internet, já viu na televisão, já ouviu dos amigos - um oceano de informações, às vezes até contraditórias.

Mas você quer fazer alguma coisa, você resolveu que não quer mais ficar simplesmente observando o caos se instalar...

E então você começa pelos básicos: aqueles conceitos que seu filho de 4 anos está aprendendo no jardim da infância (e fica inclusive te pedindo os materiais de sucata, que você precisa colocar na mochila dele para as atividades em sala de aula).

São os famosos 3Rs: reduzir, reutilizar, reciclar.

Mas hoje eu vim subverter ligeiramente essa ordem dos 3 Rs, a fim de que você tenha uma experiência pedagógica sem ter que voltar à escola.

É verdade. Não estou de gozação!

O que eu tenho observado é que muitas vezes as mudanças de hábitos arraigados de consumo são tão difíceis para as pessoas, que elas acabam por desistir sem mesmo ter começado.
Para aplicar a regrinha do Reduzir, você precisa ir às compras imbuído de uma consciência ambiental que só se adquire com alguma paciência e transformação interior.

Então minha sugestão é que você comece pelo R de Reciclar. Sim, comece pelo último R!!!
E vou explicar , mais ou menos o que acontece aí na sua casa quando você começa a separar o lixo em compartimentos diferentes para encaminhar à reciclagem.

Claro que vou ser generalista, cada família tem um nível diferente de interação e hábitos... mas é algo assim:
1- primeiro você vai juntar o pessoal da casa e explicar a nova medida doméstica.
2- vão decidir quantos e quais materiais vão ser separados e pra onde vão ser encaminhados (se para a coleta seletiva da cidade ou para uma cooperativa de catadores, ou ainda para um único catador conhecido na rua).
3- vão providenciar o espaço onde esses materiais serão acondicionados.
4- finalmente vão começar a fazer uso das lixeiras separadas... e aí começa a transformação! Do item 5 em diante estou apenas fazendo conjecturas baseadas em várias observações...
5- alguns membros da família demoram mais pra se acostumar, reclamam, e começa-se a falar sobre meio ambiente nas conversas domésticas.
6- vocês começam a reparar que o lixo orgânico é infinitamente menor que o restante dos recicláveis, e que os produtos vêm com embalagens em excesso, sem necessidade.
7- você começa a observar que o lixo orgânico é riquíssimo em nutrientes e fica pensando se não haveria um destino melhor do que o aterro sanitário, afinal pra quê adubar "plantação de lixo"?
8- em alguns dias você não sabe em qual dos recipientes colocar determinadas embalagens, já que o catador (por exemplo) não quer nem saber de levar isopor, porque não compensa pra ele.
9- você fica com vontade de boicotar os produtos que vêm com isopor... apesar de terem aquele símbolo de reciclável no fundo.
10- idem com os tetrapak.
11- as pilhas e baterias, meu Deus!
12- um dia você se descobre na gôndola do supermercado, olhando para a embalagem dos produtos que vai levar!!!

E aí você está "no ponto" para começar a pré-ciclar, para usar o R de Reduzir.
Parabéns: você chegou vivo até aqui!
E agora sofreu uma transformação interior e um aprendizado que não ficou só na teoria.

Má notícia: você nunca mais será o mesmo relax de antes.

Boa notícia: você é mais um verdadeiramente empenhado na sobrevivência da nossa espécie.

__________________________________________________________________________________ Mercedes Lorenzo

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A China e o futuro - Parte 2

Muitas das bandeiras da contra cultura dos anos 60 transformaram-se hoje em leis e normas sociais. O consumidor Americano pode sim começar a se sentir enganado: tudo pelo que a sociedade lutou para melhorar, como o meio abiente e a qualidade de vida pode estar sendo desrespeitado na fabricação estrangeira do produto que ele consome. Não me espantaria se surgir logo um novo Ralph Nader, campeão de causas sociais com forte apelo popular. Na esteira, virão os políticos engajados e de olho na opinião pública.

Não se iludam: o consumidor tem sim o poder de criar ou matar um produto. E não há nada que ninguém possa fazer contra isso: uma vez que caiu na boca do povo, já era!

Considere isso no maior mercado consumidor do mundo (e um mercado que sabe reagir a estes problemas) e o impacto será muito maior do que em qualquer outro lugar, com forte reflexo nos outros mercados. Os analistas dirão que tudo vai se ajeitar, pois a economia mundial precisa da produção barata da China. As empresas ocidentais com fábricas neste país vão introduzir os controles e as mudanças necessárias.

Talvez sim, tudo é possível.

Na minha ótica, o consumidor é soberano e vai, no final, impôr sua vontade. Os industriais e marketeiros, vão precisar compreender muito bem o que se passa para encontrar o Ponto de Equilibrio necessário. Vão ter que se desdobrar para salvar a imagem dos produtos.

De qualquer forma, voltando à premissa inicial, creio que este episódio ainda vai instigar uma série de questões futuras. Talvez o impacto ainda não seja sentido nos próximos anos; possivelmente leve uma década para que costumes arraigados venham a mudar.

Como este Blog tem como objetivo a qualidade da nossas vidas, vale a pena acompanhar o que pode acontecer daqui para frente.


__________________________________________________________________________________ Texto de Milton Fetter

domingo, 2 de setembro de 2007

A China e o Futuro - Parte 1

O recente escândalo do brinquedos fabricados na China com tinta contaminada vendidos no mercado Americano e em outro países levanta uma série de questões futuras.

Em vista da forte reação popular, o assunto se tornou um dos mais comentados aqui nos Estados Unidos, recebendo combustível adicional com a notícia de que uma popular marca de pasta de dente, líder de mercado, também contém contaminantes e, claro, fora fabricada na China. O chefão da gigantesca fabrica de brinquedos foi à televisão dar explicações, confirmar o “recall” de milhões de brinquedos no mundo inteiro e pedir desculpas. Ele disse às câmeras não entender o que houve, já que eles tem controle de qualidade, estão fazendo o possível, etc, etc.

Hoje em dia, é literalmente impossível comprar nos EUA qualquer brinquedo ou utensílio doméstico que não tenha sido fabricado na China, não importa sob qual marca. Da mesma forma, qualquer peça de roupa, mesmo das griffes mais conhecidas, são inevitavelmente produzidas fora daqui. O consumidor Americano já se acostumou com isso.

Semana passada eu estava conversando com um cliente Americano que me passou toda a sua preocupação com o assunto. Ele me disse que anos atrás, sempre que alguém dava ao seu filho um brinquedo da marca XX (vou omitir nomes e marcas) era sinônimo de artigo de qualidade, um presente de valor considerável, da mesma forma que quando comprava pasta de dente marca YY, sabia que estava comprando um bom produto. Hoje, ele me disse textualmente e com forte rancor que isso não é mais a realidade! Baixou a desconfiança no produto que entra na sua casa e isso causou uma revolta enorme!

O que acontecerá se o consumidor Americano passar a recusar o produto Chinês na sua casa? Tudo bem que a barra da suspensão do seu carro tenha sido fabricado na China (ele não sabe disso), mas e quanto ao cobertor térmico/elétrico que cobre o seu bebê? E que tal a aspirina que ele vai tomar contra dor de cabeça? Ou ainda o aparelhino de medição arterial ? No caso dos brinquedos e da pasta de dente, estamos falando de marcas ícones do consumismo doméstico Americano, visíveis, concretos, tangíveis para o usuário. A sua compra é o resultado da escolha pessoal do consumidor, fruto de imensos estudos de dados psicográficos e custosas campanhas de marketing. A imagem que o produto produz é diretamente relacionada ao perfil do consumidor. Imaginem se, no alto da crise da vaca louca na Inglaterra os consumidores Americanos descobrissem que (hipoteticamente, claro) a carne do hamburguer do Mac Donald’s era oriunda da Inglaterra? Afinal, não tivemos no Brasil leite em pó contaminado de Chernobyl nos anos 80?


Continua amanhã dia 03/09

__________________________________________________________________________________ Texto de Milton Fetter