sábado, 29 de novembro de 2008

AJUDE SANTA CATARINA


Esse cartaz foi criado por Rodrigo Muller, ajude a divulgar!
http://www.flickr.com/photos/rodrigomuller/3063287023/

Mais informações sobre doações de roupas, alimentos, calçados e etc:

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Então é Natal

Confesso que sinto um pouco de aflição ao ver decoração de Natal em Outubro. Entendo o lado dos lojistas mas a sensação de que o Natal já está chegando e ao mesmo tempo ainda falta, me dá aflição. Afinal, Natal é sinal de fim de ano...de que o tempo passou, de que os dias voaram e que 2009 está batendo à porta e a gente nem sentiu direito 2008 passar.


Eu tenho uma relação dúbia com o Natal. Não gosto deste mercantilismo excessivo, deste consumismo obrigatório e desarvorado como se o mundo ou o shopping fossem acabar amanhã. E outra: detesto comprar presente por obrigação. Se tem uma coisa que me dá prazer é comprar presente porque um determinado objeto me lembrou a pessoa numa data completamente improvável. Esse negócio de ter que comprar presente, me deixa meio chateada, nunca sei o que comprar. E amigo-oculto como aquelas listas que a gente sempre sabe o que vai ganhar por mais que tenha dado 3.458 opções de um presente que não é presente. Sou mais de escolher um valor baixo, tipo 10 reais e dá o que quiser e adoraria ganhar um vasinho com flores bem lindas para colocar na minha sala.

Mas...adoro decoração de Natal, árvore de Natal, as ruas cheias de luzes e lâmpadas (sei que não é ecológico, mas eu devo confessar que gosto muito) e Papai Noel, por causa das crianças. O brilho nos olhos deles ao acreditar que o bom velhinho veio deixar presentes é sensacional. Quem já viu, sabe do que estou falando. Todo ano eu venho comprando um gorro de Papail Noel, já temos uns 5 e tiramos fotos todos com os gorros, é uma festa. Certa vez, uma revista estava dando um cd com músicas natalinas, comprei a revista na hora e para minha surpresa, todas as músicas eram cantadas com sotaque de Portugal. Isso garante boas risadas na ceia, já que é muito diferente. Não rimos de deboche, rimos de diversão, como acharíamos engraçado ouvir Dingle Bell em japonês.

Natal para mim, é o encontro, é família reunida em volta da mesa (embora eu não tenha vivido muito isso porque sou filha de pais separados e perdi um pouco disso por conta da família muito espalhada) mas acho isso muito legal. O encontro em volta da comida, a celebração de estar junto. Nem precisava presente. Mas este ano vou tentar fazer o que nunca fiz: vou buscar presentes diferentes, preferencialmente ecológicos, nem que seja um pé de alface orgânico...rs...

________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Brinquedos de "sucata"

Eu adoro inventar alguns brinquedos com coisas que normalmente vão para o lixo. Brinquedos de sucata são ótimos porque são baratos - aliás, são de graça-, não vão para o lixo tão imediatamente e ainda ajudam a estimular a criatividade e a imaginação. Imagino eu, que ao fazermos brinqeudos a partir de materiais inusitados, junto com nossos filhos, estamos mostrando a eles que nossa imaginação não tem limite e que podemos agir, botar mãos a obra e criar. E agora que o Natal está chegando, e os panetones também, eu não poderia deixar de mostrar a nova sensação entre os brinquedos dos meninos: Uma "fantasia" de robô.



A idéia não foi exatamente minha mas deles, afinal, ao ver aquela caixinha quadrada, a primeira coisa que fizeram, foi colocar na cabeça. Como a caixa vinha abaixo dos olhos, tive a idéia de fazer dois furos na caixa para que eles pudessem enxergar e não demorou para o mais velho chamar o pai para ver a sua fantasia de robô.

E taí, uma idéia a ser aperfeiçoada pois podemos customizar junto com eles as caixinhas, pintar de prata, fazer desenhos, colagens, enfim...
Eu ainda não animei a fazer isso porque eles estão tão empolgados que prefiro deixar ssa carta na manga para a próxima caixinha. E virão muitas porque somos vidrados em panetone. Compro até fora de época, enquanto estão nas pratelerias dos mercados. Coisas de quem trabalhou durante muitos anos com panificação e comia panetone antes de todo mundo...rs...

E as idéias são muitas: Já fizemos carrinhos com caixas de mudança e papelão de produtos que compramos. Fizemos até um avião...rs.... ônibus...


Das garrafas de suco, fazemos boliche, e as crianças amam! Outra coisa que fazemos e ainda não tirei foto é usar as garrafas como raquetes de tênis! Gente, é diversão garantida para as crianças e para os pais. Mas com garrafas ainda dá para fazer muito mais: ainda dá prá fazer bilboquê e aquele vai-e-vem e eu sempre que fizer alguma vou postar aqui e você também, se já fez ou se vier a fazer, mande as fotos com suas invenções para a gente ver!
E não deixe de participar do nosso concurso cultural falando das brincadeiras com seus filhos, no final vamos sortear vários prêmios!
________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

Um grande compromisso!


Quanta honra receber este selo!

É tão bom quando a gente tem um retorno positivo daquilo que nos esforçamos para transparecer sobre nossos mesmos e nossos propósitos!
Muito obrigada ao Desabafo de Mãe, que aliás, só nos honra ao nos conceder este selo!



Repassamos este selo tão bacana para o blog Idéia Legal que dá dicas maravilhosas a respeito do assunto e ainda vende brinquedos educativos sensacionais que eu adoro!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O fumo e a gravidez

Esta semana ví uma grávida fumando. Não vejo sempre, mas já vi algumas. Como não se pode, nem se deve dar lição de moral em ninguém, vão algumas das péssimas consequências de se fumar perto de crianças, seja no ventre ou fora dele. E porque uma grávida fuma? Eu penso que pelo mesmo motivo que todos os fumantes: ele faz um mal que a gente não vê.


"Fumar durante a gravidez traz sérios riscos. Abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e episódios de hemorragia (sangramento) ocorrem mais freqüentemente quando a mulher grávida fuma. A gestante que fuma apresenta mais complicações durante o parto e têm o dobro de chances de ter um bebê de menor peso e menor comprimento, comparando-se com a grávida que não fuma.

Tais agravos são devidos, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno.Um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar, em poucos minutos, os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o seu aparelho cardiovascular. Assim, é fácil imaginar a extensão dos danos causados ao feto, com o uso regular de cigarros pela gestante.

Os riscos para a gravidez, o parto e a criança não decorrem somente do hábito de fumar da mãe. Quando a gestante é obrigada a viver em ambiente poluído pela fumaça do cigarro ela absorve as substâncias tóxicas da fumaça, que pelo sangue passa para o feto. Quando a mãe fuma durante a amamentação, a nicotina passa pelo leite e é absorvida pela criança.

Efeitos da Fumaça sobre a Saúde da Criança Se a mãe fuma depois que o bebê nasce, este sofre imediatamente os efeitos do cigarro. Durante o aleitamento, a criança recebe nicotina através do leite materno, havendo registro de intoxicações atribuíveis à nicotina (agitação, vômitos, diarréia e taquicardia) em filhos de mães fumantes de 20 ou mais cigarros por dia. Em recém-nascidos, filhos de mães fumantes de 40 a 60 cigarros por dia, observou-se acidentes mais graves como palidez, cianose, taquicardia e crises de parada respiratória, logo após a mamada. Estudos mostram que crianças com sete anos de idade, nascidas de mães que fumaram 10 ou mais cigarros por dia durante a gestação, apresentam atraso no aprendizado quando comparadas a outras crianças: observou-se atraso de três meses para a habilidade geral, de quatro meses para a leitura e cinco meses para a matemática.

Há também uma maior prevalência de problemas respiratórios (bronquite, pneumonia, bronquiolite) em crianças de zero a um ano de idade que vivem com fumantes, em relação àquelas cujos familiares não fumam. Observa-se que, quanto maior o número de fumantes no domicílio, maior o percentual de infecções respiratórias, chegando a 50% nas crianças que vivem com mais de dois fumantes em casa. É, portanto, fundamental que os adultos não fumem em locais onde haja crianças, para que não as transformem em fumantes passivos."


Para os fumantes...

...aquilo que sempre temos vontade mas nunca dizemos.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Mais sacolas reutilizáveis !

Todos os dias recebo e-mails falando dos malefícios do uso de sacos plásticos.
Nós mesmos sempre tocamos neste assunto por aqui.
Vários países já estão começando a cobrar a até a proibir o uso de sacos plásticos.
O saco plástico é poluente desde sua produção pois precisa de petróleo. Só nós, brasileiros consumimos diariamente 44 milhões de sacos plásticos. Será que temos dimensão deste número, deste consumo, do que ele significa?
O fato de reusarmos as sacolinhas para lixo ou para qualquer outra finalidade não justifica o uso continuado das mesmas pois esse saco continua sendo deixado na natureza após seu uso. E qual a maneira de diminuirmos nosso consumo de sacolas plásticas? Usando sacolas reutilizáveis.

Pensando nisso, incluimos em nossa linha de produtos do Futuro do Presente as sacolas reutilizáveis feitas de tecido 50% PET. Agora estamos com mais uma sacola Reutilizável só que feita de Juta que é uma fibra vegetal cujo cultivo não usa agrotóxicos e é responsável pelo sustento de mais de 50 mil famílias ribeirinhas. Outro diferencial é que elas são bordadas artesanalmente. Temos alguns modelos prontos e são aceitas encomendas também.

Sabemos da dificuldade que enfrentamos ao tentar mudar velhos hábitos mas precisamos começar de alguma maneira e usar sacolas reutilizáveis é uma maneira simples e que contagia a todos á nossa volta, pode acreditar!
Tente, mude, incentive e depois nos conte como foi.
________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O Sal da Terra

Bom dia!
Há muito tempo não posto uma música aqui e tem músicas que me emocionam demais.
Essa é uma delas.
Tenho certeza que a maioria conhece e não ouve há muito tempo.
Prestem atenção na letra.
Vejam a sensibilidade dos artistas para uma realidade que nem de longe era tão atual como agora, embora essa música tenha sido lançada num disco do autor da Canção em 1981.
Ou seja, 27 anos atrás.
Coloquei um vídeo de uma apresentação a música feita com o Jota Quest e o Beto Guedes, ou seja, ontem e hoje, na mesma música.
Que comecemos a semana com essas reflexões.
Meu marido ouviu a música e está lá na cozinha cantarolando, ela fica na gente.
Um grande abraço à todos e sintam a música, a letra, a melodia...
________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

O Sal da Terra

composição: Beto Guedes e Ronaldo Bastos
Anda, quero te dizer nehum segredo
Falo nesse chão da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar
Tempo, quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver
A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da Terra
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta, leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com teus frutos
Tu que és do homem a maçã
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Pra melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois
Deixa nascer o amor
Deixa fluir o amor
Deixa crescer o amor
Deixa viver o amor
(O sal da terra)

Beto Guedes - Contos da Lua Vaga-1981

Pessoas que fazem diferença no mundo

Um belo caso de inovação social



Howard Weinstein é um empreendedor social realmente inovador. Howard é canadense, criou uma empresa de aparelhos auditivos em Botsuana e está reproduzindo o negócio no Brasil. O aparelho criado por ele custa bem menos que os modelos disponíveis no mercado, tem baterias recarregáveis a energia solar e é fabricado, em algumas etapas, por deficientes auditivos. O modelo deu certo em Botsuana e ganhou notoriedade internacional. Já rendeu ao empreendedor um prêmio humanitário da Academia Americana de Audiologia, em maio deste ano.


(Fonte: http://www.empresaverde.globolog.com.br/)

Leia a reportagem da Revista Época aqui).

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Você faz a sua parte?


Só reclamar não adianta. Nós todos precisamos fazer um mundo melhor!
Por Ana Luiza Silveira • 22/10/2008


Colaborar para uma vida melhor no nosso planeta vai muito além de preservar a natureza. Respeito, solidariedade, educação, amizade, cidadania e criatividade também integram um conjunto de ações que fazem toda a diferença no convívio da humanidade. O Bolsa de Mulher conversou com algumas leitoras e descobriu o que elas fazem para deixar sua marca no mundo.


Andréa Henriques, 34 anos, jornalista, Rio de Janeiro
"Venho desenvolvendo a espiritualidade a favor das próximas gerações e redescobrindo a essência das positividades, como praticar a humildade, a tolerância e a perseverança. Tento reverter a má alimentação e os maus hábitos ecológicos, resgatar maneiras saudáveis em minha família e amigos. Com isso, costumo aproveitar restos alimentares, ter respeito à natureza, utilizar bolsas com tecidos reciclados, economizar energia e água, além de separar o lixo orgânico de outros materiais. Todas essas questões são abordadas com minha filha de 8 anos. Desde pequena, ela já mantém esse esclarecimento, pois ensino que a simplicidade, a compaixão e o amor se traduzem em pequenas atitudes consigo e com os seres em geral".

Daniela Maria Braga, 33 anos, editora de vídeo, Curitiba
"Procuro aplicar a regra da boa educação todos os dias. Não acho que este comportamento deveria ser pedido em campanhas de bom cidadão, porque cidadania deveria ser algo comum no nosso comportamento cotidiano, como escovar os dentes após as refeições. Em qualquer situação, filas ou transporte público, dou preferência para idosos, gestantes, pessoas com alguma deficiência ou com crianças pequenas no colo. Cidadania, para mim, está também no ato de votar e acompanho as ações de quem eu voto. Tento também orientar as pessoas em meu círculo a fazer o mesmo e cobrar mais ações dos seus representante públicos".


Ana Paula Roldão, 26 anos, produtora de moda, São Paulo
"Começo o dia sempre desejando um bom dia para todo mundo na rua. Para os porteiros do meu prédio, o menino que entrega folheto na rua, o funcionário do metrô e pessoas que estão passando. Nada como começar o dia com sorrisos, sempre que falo o ´bom dia´ as pessoas sorriem e retribuem o cumprimento. Outra preocupação que eu tenho é com o meio ambiente. Na minha casa, todos fazemos descarte consciente de lixo, temos lixeiras próprias para lixos recicláveis e orgânicos. Não jogo lixo no chão por nada neste mundo. Sempre que não tem lixeira, guardo na bolsa ou levo na mão até encontrar onde descartar".



Ceila Santos, 34 anos, jornalista, São Paulo
"Aprendi a economizar água, separar o lixo para reciclagem e não sujar as vias públicas, pequenos detalhes que fazem parte do meu cotidiano e tento passar para minha filha. O que considero mais importante para tornar um mundo melhor é o respeito. Não se trata apenas de respeitar as diferenças que ainda representam lutas culturais, como cor, opção sexual, raça e deficiências físicas. Mas, principalmente, a opinião e o jeito de ser de cada um. Quando há respeito ao ser humano, o ambiente muda completamente".


Ana Claudia Bessa, 36 anos, química, Rio de Janeiro
"Um dia comecei a me fazer perguntas sobre a realidade do nosso planeta e pensei: Por onde eu começo? Meio que instintivamente, fiz minha parte: mudei de casa, comecei a fazer coleta seletiva do meu lixo, plantei mais árvores, me dediquei a dar mais tempo e atenção descompromissada para meus filhos - tiro-os da frente da TV sempre que possível, compro menos coisas para eles, para nós e para a casa e ainda tento me ater àquilo de que realmente preciso. Criei um blog, chamado ´O Futuro do Presente´, onde trago informações sobre meio ambiente e compartilho minhas idéias sobre o mundo que vamos deixar para nossos filhos. Acho que esse é um bom primeiro passo: começar por nós mesmos".

Ana Paula Pavelski, 28 anos, advogada, Curitiba
"Valorizo muito minha família e as pessoas próximas. Também sou paciente com as pessoas e as situações, porque, nesta correria em que vivemos hoje, paciência é muito importante. Como ajudar ao próximo também faz o mundo melhor, sempre participo de campanhas de doação de alimentos, roupas e brinquedos. Respeito o trânsito, não jogo o lixo na rua e faço a separação dele para reciclagem. Por fim, tento ser dedicada e competente em tudo o que faço, porque tenho consciência de que meu trabalho interfere, de alguma forma, na vida das pessoas".


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Segundo filho: quanto tempo esperar?

Taí, uma pergunta que eu não sei responder com exatidão.
Antes de ter filhos, sempre pensei em 3 anos de diferença talvez, inspirada pela diferença entre mim e meu primeiro irmão. 3 anos. Taí, tenho 3 irmãos de idades bem distintas, deixa eu começar falando da minha experiência como irmã mais velha de 4. Um coisa é certa, adoro ter irmãos, muitos irmãos.

Posso dizer, por experiência, que uma diferença de 3 anos é legal. Embora eu fosse menina e meu irmão menino e de termos brigado muito, nós também brincamos muito. Tenho ótimas lembranças com ele e hoje é meu irmão mais chegado, digamos assim. Temos uma relação muito intensa.

Depois dele, tenho mais um irmão, 7 anos mais novo. E este foi sempre um relacionamento complicado por causa da diferença de idade. Não do sexo. Na minha lembrança a fase mais “chata” de uma criança é por volta dos seis anos. E se ele tinha 6, eu tinha 13. Gente, Nem precisa fazer conta para ver o quanto era difícil a sintonia entre esses momentos da vida de cada um. Fomos nos dar bem, depois de adultos, bem adultos...rs... E hoje nos damos muito bem. Mas enquanto crianças, foi atrito constante, afinal, para mim, ele era um pirralho...rs...

Depois dele, tenho uma irmã, 10 anos mais nova. Essa é minha bonequinha até hoje. E não tivemos uma relação próxima de convivência..sempre tinha essa diferença enorme de idade entre nós. Isso fomos conquistando com o tempo. Com ela me sinto um pouco mãe. É um amor mais maternal, como se ela nunca deixasse de ser aquela menina linda que eu adorava carregar no colo. Só que hoje ela é uma mulher de 26 anos, e tenho que me controlar...rs...Minha irmã é linda!

Hoje, com dois filhos de idades muito próximas (menos de 1 ano e meio de diferença), eu diria que foi muito legal. Eles brincam muito juntos. Brincam, discutem, mas no geral é uma relação muito legal. E se você ainda acredita no conto do vigário de que mulher que amamenta exclusivamente não engravida, reveja seus conceitos porque sou prova cabal desta inverdade...rs...

Para mim, como mãe, tem vantagens e desvantagens. Não tive, por exemplo, tempo de sentir falta de bebê em casa...emendei quase dois ao mesmo tempo. E por conta disso, economizei muito pois aproveitei 90% de tudo do primeiro filho (de roupas a berço). Por outro lado, amigas, preparem-se: é trabalho duro, pesado, inesgotável. Se você achava que trabalha muito na vida, esqueça. Agora é que o batente começa...rs...

No meu caso, com uma criança que nem andava, eu carregava outra dentro de uma barriga enorme. E se grávida não deve carregar peso, eu só faltei fazer halterofilismo...(é assim que se escreve?) rs... Depois que nasce, a coisa piora um pouco porque agora sim, são dois querendo colo, atenção, cuidados, banhos, comida...e fraldas...dois trocando fraldas!

Mas..................
Depois que passa o segundo ano do caçula, a coisa muda sensivelmente. Os dois andam, são mais independentes, já começam a se expressar e cada dia vão interagindo mais consigo, com os outros e com a família, e entre eles, claro! Neste momento, a gente sente que foi ótimo porque não tivemos que ficar pensando em quando vamos ter o segundo, qual a diferença, se o momento é melhor. Não tem o que pensar, o segundo está ali e você já é uma felizarda mãe de dois. Porque ser mãe de um é bom, mas de dois é ótimo! Parece que a gente sai do amadorismo e entramos na profissionalização...rs..

E aí, amigas, é só alegria? Não...rs...tem escola pra dois....
Aí minha santa protetora dos pais que não querem entrar no cheque especial....

Mas ainda assim, recomendo. Eu não poderia ter planejado melhor!
E não planejamos mesmo !
;0)
________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

Leite. Indispensável?

Peguei no http://blogvidaverde.com.br/?p=151

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ajuda para quem não precisa


O governo anunciou ajuda às montadoras de veículos.

Não sei...se estou falando de algo do qual não conheço mas eu não vejo crise neste setor a ponto de precisar de ajuda do governo. Carros estão vendendo "a rodo". Parece que o que vai acontecer é uma redução nas vendas mas mesmo assim, pelo que entendi o crescimento do setor será de 10% na pior das hipóteses. Ou seja, trocando em miudinhos, não vão ganhar tanto mas continuarão ganhando.

Isso me deixa revoltada.

Empresas (ricas) grandes e fortes como as montadoras obtendo ajuda do governo para não deixar de crescer enquanto micro e pequenos empresários que comprovadamente empregam muito mais que as grandes empresas no país, sofrem para conseguir um empréstimo para fazer capital de giro!

Fora a questão ambiental, afinal, como já comentamos várias vezes aqui, os carros são um dos maiores vilões do aquecimento global não só pela emissão de gases ou produção de combustíveis mas pelos estrutura viárias que é necessária para que eles circulem. Estrutura que aliás, já está devidamente estrangulada pelo excesso de carros.

Ainda tenho um sonho de encontrar alguém que algum dia fale: chega, vamos dar dinheiro a quem precisa, não a quem já tem. Vamos incentivar quem promove o crescimento do país, não a quem o destrói e suga nossa riqueza.

Mas isso é sonho porque são tantos interesses envolvidos que vai ser difícil ver montadoras e bancos deixando de serem salvos (de não lucrarem tanto) pelo governo enquanto o povo luta para conseguir realizar seus sonhos e trabalhar, gerar renda e dignidade para quem realmente precisa.

E nesta semana, que é a Semana Nacional do Empreendedorismo, bem que o governo poderia dar notícias diferentes a quem quer deixar de sonhar e quer algum incentivo inicial para colocar seu sonho para frente. Continuamos todos na corda bamba e na luta do dia-a-dia enquanto o nosso dinheiro vai sendo usado para troca de favores e interesses.

E não podemos deixar de citar Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz em 2006 e considerado o pai do micro-crédito ao criar um banco que empresta pequenas quantias a famílias que não podem dar garantias mas cujo dinheiro é fundamental para que possam comprar materiais para trabalhar.

"É impossível ter paz com pobreza". (Yunus)

Por isso o Brasil está onde está. Por isso o Rio de Janeiro está onde está. Fora o nordeste, o Acre...

________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

Pensamentos que nos fazem pensar

«Se você está preocupado pelo futuro dos seus filhos num mundo duro, a melhor preparação que pode dar-lhes é a saúde psicológica,que só se consegue se são tratados com amor, confiança e respeito. Os meninos que se sentem confiados, orgulhosos e fortes têm mais possibilidades de sobreviver e mesmo de chegar a transformar a nossa sociedade opressiva do que aqueles que têm sido feridos e humilhados mediante o uso de castigos.»
- Aletha Solter em "Mi niño lo entiende todo"

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Em que século estamos?

Tem coisas na vida que não envoluem.

Guarda-chuva, por exemplo, continua sendo aquele negócio chinfrin, difícil de carregar e que somente não molha o topo da nossa cabeça - dali pra baixo molha tudo. E que nunca está com a gente quando a gente precisa. E já comprei caros e baratos - não importa, são uma porcaria.

Ontem, quem mora na cidade do Rio e na região metropolitana foi "surpreendido" por uma tempestade de chuva e vento como há muito não se via.

Aqui na minha região, começou a chover umas 16:50h. Um pouco antes de eu ter que sair de casa. E quandoi saí, peguei o início da chuva e confiante que estava, mantive meus planos e em menos de 5 minutos, estava com água acima das rodas do carro, lutando para que ele não parasse de funcionar em plena enchente. Lutador que é, ele resistiu até o último segundo e morreu literalmente na praia, final de um bolsão de água que eu entrei sem nem perceber, devido á péssima visibilidade por causa do volume de chuva.

Ligo o alerta e sinto a água começando a bater no fundo do carro. Para meu desespero, como estava na pista auxiliar (e devo dar graças aos céus por isso, já que a via central está imprensada entre meio-fios e virou literalmente uma piscina de onde eu não sairia como toda certeza, a não ser, rebocada e com o carro cheio de água), começaram a passar os ônibus que seguiam sem pena e jogavam tanta água por cima e por baixo do carro, que eu pensava que ele ia sair dali flutuando...

Primeira coisa: ligar pro marido.
Segunda, ficar calma...exatamente nesta ordem...rs...

Eu confirmo com ele que não devo ficar tentando desesperadamente ligar o carro, ele ainda me dá outras dicas, um breve esporro...rs... e desligo o telefone deixando-o no centro do Rio, em pleno temporal, vendo ratos e baratas sairem dos bueiros, correndo para cima dos pedestres e correndo em direção às lojas que fechavam suas portas correndo, mais por medo dos ratos que das águas...


Depois de uns 10 minutos, 3 ou 4 ônibus passando e muita reza forte, consigo religar o carro e vou pro lugar mais perto e seguro que encontrei e lá permaneci por mais de 1 hora, esperando a chuva acalmar e a água baixar. Como era de se esperar, ao final, era um festival de carros enguiçados, lama, ruas alagadas, casas, empresas. Minha casa fica numa rua em aclive, portanto, temos uma proteção a mais mas temos um poste quase caindo para resolver.

As calhas dos telhados transbordavam de tanta água, bueiros viraram chafarizes e suas tampas flutuavam podendo ocasionar sérios acidentes. Uma família amiga ficou com o carro enguiçado um pouco antes do ponto onde fiquei e o carro deles não voltou a ligar, estava uma piscina literalmente por dentro. Tentei levá-los para casa mas só consegui ir até certo ponto, de onde eles seguiram a pé.

Foi realmente uma chuva e ventos que há muito não se via por aqui. E me lembro, que ouvi alguma previsão na TV que falava de tempestade. Mas a minha pergunta que não quer calar é:
Como uma chuva, ou mesmo tempestade, tão atípica como esta é avisada assim, como se fosse uma simples tempestade?
Ninguém detectou que essa seria mais forte?
Não merecia um alerta?
Nosso sistema de meteorologia já melhorou muito em relação à minha infância quando davam previsões completamente opostas aos acontecimentos mas gostaria de entender como, em pleno século XXI , somo surpreendidos por chuvas.

Nos Estados Unidos, e a Cris me corrija se eu estiver errada, a previsão do tempo é constantemente anunciada aos americanos para que eles se previnam quanto a neve, ventos, tempestades, etc. Claro que lá, existem fenômenos e alterações meteorológicas muito mais frequentes e intensas do que aqui mas será que não fazemos o mesmo por despreparo ou por descaso? E eu não estou mencionando a falta de estrutura e escoamento de água, porque isso é assunto para outra postagem.

Até quando pessoas morrerão, famílias perderão suas casas, empresas perderão suas sedes por causa de uma chuva que pode muito bem ser antecipada em grau, velocidade e momento em que vai acontecer?

Será que meteorologia no Brasil é como o guarda-chuva que não evolui?
________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa
(PS: tentei fazer uma breve revisão mas se tiver algum errro de português ou frase sem sentido, me perdoem, estou morta de cansaço e sono. ô, dia...)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Com novos produtos, país vive boom do PET reciclado

22/08/2008
por Dayane Cunha
Fonte: http://www.revistasustentabilidade.com.br/

Embora ainda sejam reutilizadas para confecção de porta-canetas, brinquedos de sucata ou vaso de plantas, as garrafas de PET começam também a virar matéria-prima para a confecção de tintas, adesivos industriais, roupas e acessórios, gerando uma corrida pela garrafa descartada, cujo valor de mercado já dobrou nos últimos 10 meses.

Tanto os setores que mais utilizam o PET - um plástico totalmente reciclável chamado politereftalato de etila - como fabricantes de refrigerantes, quanto as indústrias que utilizam o material reciclado, como a têxtil, e até o setor varejista, comemoram o aumento da reciclagem de PET, porque demonstram que suas atividades podem tornar-se menos danosas ao meio ambiente.

No entanto, são os catadores os verdadeiros responsáveis por grande parte do boom do pet.
As cerca de 300 mil pessoas que puxam os carrinhos nas ruas brasileiras ou que reviram o lixo nos lixões, tornaram-se um elo importante da cadeia por falta de políticas públicas estaduais e municipais que incentivem a reciclagem, e por falta de uma lei nacional que regule a produção de resíduos. Andando de porta em porta nas cidades brasileiras, estes trabalhadores recolhem o material e vendem para os ferros-velhos, tirando do PET parte de suas rendas, em média, de um salário mínimo.

O resultado desta atividade, a maioria informal, garantiu ao Brasil o segundo lugar do mundo na reciclagem de PET, perdendo apenas para o Japão. Em 2006, 51,3% do PET consumido no Brasil voltou ao mercado por meio de reciclagem, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), que estima que em 2007 este índice tenha chegado a 53% e que este ano deve continuar crescendo, podendo atingir futuramente os níveis de reciclagem de latas alumínio, que, com forte demanda industrial, chega acima de 90% de reciclagem pós-consumo .Mesmo com a falta da vontade politica para organizar o mercado, atrás da demanda por PET usado existe uma mistura de inovação tecnológica e regulamentação pontual do mercado que permitiu novos usos para o PET reciclado.Segundo o responsável pela comercialização dos materiais recicláveis da Rede CataSampa (rede de cooperativas de catadores do estado de São Paulo), Marcos Antonio de Lima, a procura pelo Pet aumentou para a confecção de novos produtos.

Além disso, a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em março deste ano, do uso de pet reciclado para produção de embalagens para alimentos também movimentou o mercado, embora as empresas ainda não tenham conseguido a aprovação para utilizá-lo em alimentos, segundo o responsável pela área de relações com o mercado da Abipet, Hermes Cortesini. A principal exigência para o uso do polímero é o registro do produto na Anvisa e rotulagem do produto reciclado.

Outros fatores importantes também contribuíram para a valorização do material, entre eles, a mobilização dos fabricantes de PET, que não querem ver seus negócios diminuírem com as campanhas contra os plásticos. No caso do PET, recentemente ocorreram várias manifestações, principalmente, no exterior contra as garrafas de água, e campanhas a favor da "água de torneira" foram feitas.Nesta conjuntura, a Coca-Cola anunciou em fevereiro a construção de uma usina de reciclagem de PET no Brasil, como já fez em diversos países. A unidade deve começar a operar até o final do ano. Enquanto a rede de hipermercados Wal-Mart lançou um cobertor feito de PET reciclado no início do ano.E é exatamente a reciclagem do material para a confecção de tecido que, no entanto, demonstra ser um dos principais fatores para o aumento do valor do PET e a indicação de que já falta material no mercado.

Em 2006, a indústria têxtil já consumia 40% do PET reciclado. E segundo estimativas da Abipet, divulgadas no Jornal do Comércio, este número alcançou metade do volume reciclado.Embora sejam mais caras que as roupas feitas somente de algodão, o setor está otimista. Segundo Ana Cláudia Bessa, da empresa de confecção de roupas Futuro do Presente, que entrou no mercado no final do ano passado, a demanda por roupas feitas com PET reciclado tem aumentado pela necessidade de mudança de hábitos."Precisamos mudar nossos hábitos de consumo e buscar produtos que tenham origem reciclada", disse, apontando que uma das motivações para entrar no setor foi a sua própria consciência ambiental. "Tudo neste projeto é voltado para o futuro dos nossos filhos. Precisamos mudar nossos hábitos e nos conscientizar de que somos responsáveis não só por eles mas pelo futuro que vamos deixar para eles".Ela conta que seu produto além de já agregar valor por ser feito com material reciclado, auxilia na educação ambiental, tanto dos pais, consumidores do presente, como das crianças, as consumidoras no futuro.

Para a fabricação do tecido, o PET é moído, lavado, e fica em estado de resina. A partir de então, são feitos os fios de poliéster, que serão misturados ao algodão para a produção dos novelos.Ainda que a consciência ambiental e a preservação dos recursos naturais sejam pontos primordiais na questão, a lucratividade do novo negócio ainda é importante. Segundo apuração da Revista Sustentabilidade, uma camiseta de 50% de PET reciclado custa entre R$25 e R$30.VOLTANDO AOs CATADORESDonizete Casemiro Marques, catador na Zona Leste da capital paulista, está vivendo o boom do PET, que segundo ele, começou no início de 2008."No começo do ano o PET valia R$ 0,30 [por quilo] e agora está valendo, em média, R$ 0,60", afirmou à Revista Sustentabilidade, enquanto fazia a separação dos materiais em um lixeira de um condomínio.Conseqüência do aumento da demanda, que também refletiu no preço pago aos catadores, é a separação do PET dos outros plásticos. Marques contou que até o ano passado, muitos ferros-velhos compravam PET com outros plásticos, em média a R$ 0,30. A medida que os ferros velhos começaram a pagar mais pelo PET separado, os catadores mesmos começaram a fazer um atriagem prévia do material.Para receber R$0,60, Marques tem que juntar cerca de 20 garrafas.Ele, no entanto, suspeita que os ferros-velhos já estão vendendo o quilo do PET a um preço que pode ser o dobro do recebe. "Talvez até mais que o dobro", especula, "pois os ferros-velhos podem acumular quantidades grandes a custos baixos e, revendem para indústrias que recolhem o material no local".

Uma das razões por esta discrepância entre o preço recebido das indústrias pelos ferros-velhos e o preço pago ao catadores é falta de escala, pois muitos catadores trabalham isoladamente.Para Hermes Cortesini, responsável pela área de relações com o mercado da Abipet, em entrevista à Revista Sustentabilidade, o cooperativismo pode dar mais poder de barganha para os catadores, o que indica que não é apenas uma exploração dos catadores, como alegam muitos trabalhadores de rua."Esta não é uma postura generalizada já que existem muitos sucateiros que não fazem esta exploração do catador", defendeu. "E também existe o catador que se recusa a trabalhar em cooperativas".

Cortesini explicou também que o preço recebido na venda do PET pelos ferros velhos às indústrias depende muito do tipo de ferro-velho. Algumas já trituram o material e outras o vendem inteiro para as grandes indústrias, assim, o preço varia entre R$ 0,80 e 1,30.Confirmando esta avaliação, segundo Lima, da Catasampa, nas cooperativas de catadores o preço é parecido com as empresas de sucata, cerca de R$ 1,25.Preço que a empresa Litoral Limpo, localizada no litoral paulista, consegue. Ela vende por R$ 1,25 o quilo quando tem que transportar o material até a indústria. Quando o material é retirado pelo comprador, o preço cai.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Drogarias Pacheco, nunca mais!


Durante muito tempo, comprei nas Drogarias Pacheco. Uma empresa consolidada com mais de 100 anos de existência. Infelzimente, mesmo contra minha vontade e com minha total resistência, preciso comprar remédios de vez em quando. E até que desfralde meu guri, compro as maledetas fraldas descartáveis.

Mas devido a uma gripe forte que nos assolou que terminou em sinusite e rinite alérgica, precisamos de um antibiótico. Pois mesmo pedindo com mais de 12 horas de antecedência a entrega não foi feita. Nenhuma satisfação foi dada e quando reclamei fui tratada como uma cliente chata.

Como pode uma empresa que vende medicamentos, levar mais de 12 horas para entregar um medicamento que precisa ser tomado em horários religiosamente cumpridos?

Claro que eu não esperei, comprei em outra farmácia e mandei o entregador da Pacheco embora com antibiótico e fraldas. Descobri, nesta brincadeira, que a *nova* logística da empresa, manda meu pedido de uma farmácia a mais de 30 km da minha casa, mesmo tendo uma quase ao lado? (ãh?)
Pois é...

Não entendo, porque para mim, por uma questão de conta de somar e dividir, o custo é maior. E para o meio-ambiente, cruz-credo...essa empresa,de fato, não está nem aí, para o meio-ambiente. Vou até procurar por alguma farmácia que faça entrega de bicicleta (nunca vi, só vejo aquele bando de motoqueiros parados na porta das farmácias).


Lá, eles atendem através de uma central de atendimento que é tudo de pior que pode-se querer: o cliente que reclama perturba;

as atendentes embora sejam pessoas, falam e agem como máquinas;

o sistema somente tem o histórico de venda para o cliente, mas não o histórico de atendimento (ou seja só o seu bolso interessa para eles);

você fica horas esperando um retorno, posicionamento ou resposta

e tentam, antiquadamente, vencer o cliente pelo cansaço.


Atualmente, não temos mais espaço para atendimento de péssimo padrão como esse. E eu, que trabalhei muitos anos com atendimento ao cliente (trabalhei em multinacionais da área de panificação e ajudei a implantar o atendimento ao cliente nas duas empresas) posso lhes garantir que tratar o cliente com o respeito que ele merece é uma premissa da empresa. Ou ela tem, ou ela não tem. Independente disso, profissionais que fazem este trabalho devem ser treinados para dar ao cliente o atendimento que ele precisa, sempre ir além de suas expectativas e levar qualquer reclamação ao maior responsável pelo setor porque, empresas sérias sabem:

cliente que reclama, é o melhor cliente de uma empresa porque é aquele que, no mínimo, deseja que a empresa melhore e que sinaliza para a empresa como ela é vista no mercado. Este é um feedback que não tem preço.


E nós consumidores, só melhoraremos o nível do atendimento que recebemos quando mostrarmos que merecemos respeito.


Por isso, Pacheco, bye, bye....
________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Tinha tudo para ser uma infeliz

Oprah Winfrey é uma mulher muito conhecida e admirada. É apresentadora de televisão norte-americana, vencedora de múltiplos Prêmios Emmy pelo seu programa The Oprah Winfrey Show, o talk show com maior audiência da história da televisão norte-americana. Ela é o exemplo perfeito de mulher da nossa época, multi-funcional, sendo também uma influente crítica de livros, uma atriz indicada para um Óscar pelo filme A Cor Púrpura, e editora da revista The Oprah Magazine.

Mas Oprah Gail Winfrey tinha tudo para ser uma infeliz. A mãe, de 18 anos, engravidara casualmente e tão logo se recuperou do parto, a jovem abandonou a bebê na porta da casa do amante e sumiu. Aos 3 anos, precoce, recitava versinhos na igreja e aprendeu a ler sozinha (em alguns lugares informa que foi com a ajuda da avó). Mas apesar de esperta e comunicativa, foi rejeitada por ser obesa e ter uma inteligência acima da média.

Excluída, sem mãe nem pai e sem brinquedos nem amigos, ela tinha tudo para ser uma traumatizada. Mas buscou alento nos livros e nos estudos da Bíblia. Farta do jardim de infância, escreveu uma carta pedindo à professora para pular aquela etapa porque "não se sentia à vontade com as colegas da sua idade"."Sou o que sou porque me agarrei aos estudos", diz. a dama da TV muito conhecida e admirada, só usou os primeiros sapatos aos 6 anos e com apenas 9 anos, a estrela foi estuprada pelo primo, que passou a molestá-la a partir dali.

Aos 14 anos, grávida mas cheia de esperança, resolveu mudar o rumo de sua vida. Abraçou os estudos e ganhou uma bolsa num colégio particular frequentado por jovens brancos e ricos. Tornou-se popular pelas notas, a simpatia e a determinação. Nessa época, venceu um concurso cujo prêmio era visitar uma rádio local. Lá, os directores encantaram-se com a voz dela e abriram-lhe o caminho da fama.

De acordo com a revista Forbes, Oprah foi eleita por três anos seguidos a mulher negra mais rica do século XX e a negra mais filantrópica de todos os tempos. The Oprah Winfrey Show é o talk show com maior audiência da história da televisão norte-americana. Oprah ganha cerca de 50 milhões de dolares por mês e sua fortuna é estimada em mais de mais de US$2.5 bilhão .

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Eu não sei se tudo isso aí é verdade. Recebi uma parte por e-mail, meu interesse foi despertado porque eu já falei dela algumas vezes aqui. Dei uma buscar em seu nome e tirando a Desciclopédia que disse que ela é filha de Taís Araujo com Lázaro Ramos (rs), não encontrei nada de comprometedor a seu respeito. Portanto, se uma parte disso tudo for verídica, ela já está de parabéns e serve como um grande exemplo para muitos. Sou fã dela desde que vi pela primeira vez, no filme A Cor Púrpura aos 17 anos de idade numa madrugada insone que se prolongou até o amanhecer já que o filme tem quase 3 horas de duração. Tomara que seja, porque seria muito bom ter uma pessoa tão rica que faça genuinamente o bem a outras pessoas.
Eu acredito que todos nós somos capazes de fazer qualquer coisa e conseguir qualquer coisa. Mas existem situações particularmente mais difíceis e realizações tão "megas" que chego a acreditar que determinados destinos são pré-determinados por alguma missão que vai além da nossa vã compreensão. Nestes casos, realizar depende de outros fatores além da força de vontade. Mas é sempre bom ver e ter exemplos de superação e de pessoas que conseguem tudo a partir de nada, ou quase nada.

________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Meia-Amazônia, não!



Aos deputados e senadores:

Tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que, se aprovado, será um golpe mortal para todas as florestas brasileiras e, em especial, a amazônica. O PL 6424/2005, conhecido com Floresta Zero, reduz a reserva legal da região para 50% e ainda permite compensar, em outros locais, qualquer desmatamento que vá além desse limite.

O Brasil demorou 450 anos para botar no chão praticamente uma floresta inteira, a Mata Atlântica, que se espalhava em 1 milhão de quilômetros quadrados entre o Paraná e o Rio Grande do Norte. Infelizmente, parece que não aprendemos nada dessa lição. A velocidade de destruição da Amazônia é quase dez vezes maior. Em pouco menos de 40 anos, já perdemos para sempre mais de 700 mil quilômetros quadrados de Amazônia – o equivalente a quase três estados de São Paulo. Se o Floresta Zero passar no Congresso, a devastação assumirá um ritmo ainda mais avassalador.

O Floresta Zero incentiva a derrubada da floresta e inocenta milhares de crimes ambientais. A Amazônia ocupa 5% do solo do planeta e abriga a maior biodiversidade do mundo. Somos hoje o quarto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. Cerca de 70% de nossas emissões são decorrentes do desmatamento e das queimadas.

Destruir a Amazônia provoca um grande impacto econômico e social no país. A chuva que é produzida na Amazônia é importante não apenas para a região. Ela ajuda na geração de energia, na produção de alimentos e no abastecimento de água no centro, sul e sudeste brasileiro. Para os mais de 22 milhões de brasileiros que habitam a Amazônia, o desmatamento nunca trouxe desenvolvimento social. Cerca de 85% dos casos de trabalho escravo do país ocorrem nas áreas desmatadas da Amazônia.

Ao invés de aumentar a proteção do meio ambiente e estabelecer metas para a redução do desmatamento, o Congresso Nacional estará dando as costas para a Amazônia e abrindo as portas para mais destruição. A sociedade brasileira exige um ponto final no desmatamento de nossas florestas, em especial a Amazônia. Seja a favor da floresta. Diga não ao PL 6424/2005.




Para entender melhor:

Este projeto, de autoria do Senador Flexa Ribeiro (PSDB-BA) e modificado pela comissão de agricultura do congresso, autoriza a derrubada de até 50% da vegetação nativa em propriedades privadas na amazônia. De quebra, legaliza praticamente todos os desmatamentos que, nos últimos 40 anos, derrubaram cerca de 700 mil quilômetros quadrados de área original de floresta - o queivalente a quese 3 estados de SP. O projeto também desobriga os responsáveis pelo desmatamento de recuperarem o que derrubaram, permitindo que um desmatamento realizado no Pará seja compensado com o plantio de árvores no Rio de Janeiro. Em resumo, o projeto condena vastas regiões do Brasil a serem livres de floresta, o que levou a ficar conhecido como "Projeto Floresta Zero"

Os ruralistas defendem sua proposta alegando que o projeto incentivará a desão de fazendeiros à elgislação ambiental e garantirá a sobrevivência de metade da biodivertsidade amazônica. A primeira promessa, levando-se em conta o passado da atividade rural na região, é uma dúvida. A segunda é ilusão. Na Amazônia, 50% é igual a zero.

Com base nas taxas anuais de destruição de floresta, estima-se que, em duas décadas, 31% dela estarão derrubados, outros 24% degradados e a Amazônia prevista para virar uma savana até o final deste século.



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Todo o texto foi retirado da campanha do Greenpeace e merece ser divulgada. É um absurdo o que já acontece na Amazônia, e não é difícil imaginar o que está por vir diante da filososfia política que existe no Brasil. Clique em http://www.meiamazonianao.org.br/ e assine contra este projeto de lei. Sua assinatura, inclui ainda uma carta que será enviada automáticamente a todos os senadores. Precisamos mostrar nossa indignação e fazer, o possível para preservar a Floresta Amazônica desses criminosos do colarinho branco.

________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Como pais e filhos brincam?


Brincar com os filhos é um eterno desafio.


Nem sempre temos tempo, nem sempre sabemos como fazer. Como tudo no que se refere aos filhos, somos eternos aprendizes. Tudo é sempre novo porque mesmo depois do primeiro filho, todos os filhos são diferentes entre si.


Pensando nisso, o Desabafo de Mãe e o Mulheres Na Rede promovem um concurso que vai ser uma brincadeira deliciosa: falar das brincadeiras com nossos filhos. Até o dia 11 de dezembro, sete blogueiras, Lu Ivanike, Graziela, Renata, Ana Laura, Simone Miletic, Luana Menezes e Ana Cláudia Bessa(é nóis) , abordarão um tema cada uma, sorteando prêmios entre aqueles que participarem do debate, contando como é brincar com seus filhos ou como eles gostam de brincar.


Nosso tema aqui é:


Descreva como você se prepara para brincar com seu filho


Prêmio: Kit Primeira Infância ( até 3 anos) Soft Shapes


Coleção Bloco de Animais – Gatinho + Patinho


Falatório no Jardim


Casas Divertidas


Aqui em casa, brincadeira, se deixar, é o tempo todo com duas crianças serelepes correndo, pulando e falando, literalmente, sem parar. Mas nem sempre a gente pode, não é mesmo?


Desta forma, eu procuro me dividir de forma a ter um tempinho para mim ou para as coisas que preciso fazer e ter um tempo para eles.


Uma regra que funciona sempre: hora de brinca com eles, é hora de brincar com eles. Não penso em mais nada, não faço mais nada. Tem horas que eles querem jogar bola, tem horas que querem que eu leia um (ou vários) livro de história ou então, querem apenas que eu sente com eles para ver um desenho ou filme na TV. Mas esse momento com eles, não penso em outra coisa, a não ser que seja algo urgente ou que não possa ser adiado, como o caminhão do gás...rs...


Fundamental, é estar bem para podermos brincar com eles. De nada adianta estarmos pensando nos problemas, nas contas para pagar, nas horas que estão voando. Nada disso vai mudar se ficarmos pesando nelas na hora de brincar com nossos filhos. Só diminuirá a qualidade da nossa atenção à eles e diminuirá sensivelmente nossa paciência.


Tem horas, em vários momentos, durante o dia que simplesmente paro o que estiver fazendo e dou alguns minutos de atenção à eles, conversamos, brincamos, rimos. Se estou no computador, deixo que sentem no meu colo e tento falar um pouco do que estou fazendo. Mostro fotos, filmes com eles. Essas paradinhas no meio da rotina sao ótimas porque acalmam os ânimos nossos e deles, quebram a rotina e eles se sentem parte do dia-a-dia da mamãe.


Na cozinha, quando é possível, peço ajuda com os ingredientes, mostro a comida conzinhando na panela ou o bolo batendo na batedeira e eles comem com mais satisfação porque sentem que ajudaram a fazer a comida.


Agora, não temos ido, mas sempre aos domingos de manhã, quado faz sol, vamos a um parquinho numa praça aqui perto. Lá nossa atenção é toda para eles: não tem mercado, não tem shopping. Somos nós, eles, outras crianças e seus pais num lugar amplo que dá para levar triciclo e bola para jogar.


Quando estou sem tempo ou paciência, tento explicar para eles que preciso de um tempo para resolver algumas coisas e procuro dar opções de brincadeiras para eles fazerem um com o outro. O importante é sempre lebrarmos que essa fase passa muito rápido e vamos sentir muita saudades do que não vivemos. Por isso, sempre que posso, eu brinco.


É claro, que ninguém consegue ser um pai ou mãe perfeito e estar sempre disponível e isso também tem seu lao do educativo, afinal, nem sempre temos o que queremos na vida e também é assim com as crianças. O importante é usar o bom senso, uma dedicação um pouquinho acima da média e dar o nosso melhor. Nossos filhos sentirão o carinho contido no nosso esforço.


________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa


Sorteio dos Vale-Ingressos de cinema

Nossos comentaristas participantes do post Mc Lanche (In)feliz que estão participando do sorteio são:





E o nosso comentarista sorteado foi....



Thais!!!!
Parabéns, Thais!

Me escreva: ofuturodopresente@gmail.com e me informe seu endereço para que eu possa enviar os Vale-ingressos! beijos e bom cinema!!!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Classe A vacina menos seus filhos


A reportagem é do jornal O Estado de S. Paulo, foi publicada sexta-feira, dia 03/10/2008 e participei dando um depoimento sobre o assunto.


No Sudeste, somente 68,9% dos bebês receberam todas as doses, diz estudo inédito; meta era atingir 95%
Fabiane Leite


Levantamento inédito realizado em todas as capitais revelou que na Região Sudeste do País menos de 70% das crianças com 18 meses de famílias da classe A receberam todas as doses de vacinas do calendário oficial, que combatem doenças como tuberculose, meningite, hepatite B, paralisia infantil e sarampo.


O índice de 68,9% de cobertura vacinal verificado no estrato mais rico e escolarizado da população dessa região ficou muito abaixo da meta de 95% de cobertura, segundo o Inquérito de Cobertura Vacinal, coordenado por pesquisadores do Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão, da Santa Casa de São Paulo, e financiado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana. O trabalho iniciado em 2007 foi apresentado na semana passada, durante o Congresso Brasileiro de Epidemiologia, em Porto Alegre (RS), e é resultado da avaliação das carteiras de vacinação de 17.749 crianças no País.


O estudo, obtido com exclusividade pelo Estado, é considerado por especialistas uma das iniciativas mais importantes para o Programa Nacional de Imunização, por trazer dados reais das carteirinhas, considerados menos sujeitos a erros do que as estatísticas sobre vacinas feitas pelos governos e por clínicas privadas.


No geral, a cobertura das vacinas do calendário básico da criança foi de 81% no País. O estudo revelou ainda que Curitiba (PR) teve a melhor cobertura vacinal para crianças de todas as classes, 98%, situação oposta à de Macapá (AP) e do Recife (PE), que registraram as piores coberturas, no patamar dos 60%.


São Paulo e Rio também registraram coberturas que não são satisfatórias, segundo os pesquisadores: 83% e 75%, respectivamente. A margem de erro da pesquisa é de 2 a 3 pontos porcentuais.


Outro dado de destaque foram os baixos índices de cobertura da vacina contra a hepatite B, que registrou os piores resultados no País.


Coberturas heterogêneas de vacinas prejudicam o controle de doenças infecciosas e trazem o risco de reintrodução de males erradicados, como a poliomielite. O estudo, no entanto, comprovou a importância do Programa Nacional de Imunização, pois a maioria das crianças vacinadas recebeu os imunizantes pela rede pública.


DADOS INTRIGANTES
A parte qualitativa da pesquisa, que está em andamento, servirá para a busca de explicações para dados que intrigam os pesquisadores, como as baixas taxas de cobertura nas classes mais abastadas do Sudeste, onde as diferenças em relação a outros estratos sociais são mais significativas. No conjunto do País, a cobertura dos mais ricos e escolarizados também foi a pior.
Entre as explicações, cogitam os pesquisadores, estariam o medo dos pais de que as crianças sofram as raras reações adversas às vacinas.


"Uma das lições que já tiramos disso é que não podemos ter um discurso homogêneo ao falar da necessidade das vacinas. A grande massa é atingida nas campanhas, só que há setores da população que não atingimos e necessitam de uma divulgação mais técnica. É preciso montar uma estratégia para isso", disse o epidemiologista José Cássio de Moraes, que coordenou o estudo.


Outra hipótese aventada pelos pesquisadores são as restrições à vacinação recomendadas por médicos que seguem especialidades médicas não hegemônicas, como a homeopatia. Representantes dos homeopatas negam.


Segundo Moraes, o estrato A do Sudeste corresponde às crianças de famílias cujos chefes possuem renda mensal de 20 salários mínimos ou mais, e 17 anos ou mais de escolaridade. Os pesquisadores chegaram até as crianças com base em dados do Censo 2000. Os setores censitários de cada capital foram estratificados segundo as condições socioeconômicas, e depois os pesquisadores foram às casas verificar as carteiras.


O problema da irregularidade das coberturas nas capitais já vinha sendo apontado nos dados colhidos pelo próprio ministério, mas novos números foram trazidos pela pesquisa.


Para o especialista, os resultados de capitais que tiveram coberturas ruins mostram a necessidade de os prefeitos, responsáveis pela execução de estratégias e programas de imunização, melhorarem seus serviços. "Mas é um momento complicado, de eleição, e os prefeitos talvez não estejam interessados nisso", diz o pesquisador.


O levantamento também destaca que a vacina contra a poliomielite (paralisia infantil) foi a que registrou as melhores coberturas, situação oposta à da vacina contra a hepatite B.


"A vacina contra a hepatite B registrou a menor cobertura e as maiores taxas de abandono, ou seja, a criança não recebeu a 3ª dose." Segundo Moraes, já há estudos em curso para que a vacina contra a hepatite B seja administrada junto com a tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche e meningite). "Seria uma vacina pentavalente." O ministério informou que não comentaria os resultados apresentados. Já a Prefeitura de São Paulo disse desconhecer a avaliação. Procurada, a prefeitura do Recife não se manifestou.



Ana Claudia e Nereide fazem parte do grupo de melhor escolaridade e renda que questiona a necessidade das vacinas do calendário infantil.
"Não acredito em um mundo sem doenças. Não me deixo levar pelo pânico", diz Ana Claudia Bessa, química de 34 anos que vive em Niterói e optou por não dar vacina contra o rotavírus aos filhos - incluída recentemente no calendário. "Já mandei e-mails aos órgãos de saúde perguntando sobre riscos e nunca obtive resposta. Não há esclarecimentos, a não ser os de praxe, feitos pelos próprios laboratórios. Eles, por interesses óbvios, recomendam a vacina."
A publicitária Nereide Aparecida Tavares, de 65 anos, também optou, há mais de 40 anos, por não dar parte das vacinas aos seus filhos, como a de sarampo, quando descobriu a homeopatia. O epidemiologista José Cássio de Moraes defende que haja mais informação sobre a segurança das vacinas.


Presidente da Sociedade Brasileira de Imunização, o infectologista Vicente Amato Neto destaca que os benefícios das vacinas do calendário infantil oficial - comprovados pela queda e eliminação de doenças infecciosas, como a paralisia infantil - são muito maiores do que possíveis riscos.
"O Brasil tem cada vez mais se preocupado também com com os efeitos adversos, há mais atenção, mas se considerarmos todas as estratégias de prevenção, em diferentes áreas, a vacinação é a de maior sucesso", disse. "O inquérito de cobertura é de extrema importância por levar em consideração os dados das carteiras, e não os administrativos."
O presidente da Associação Paulista de Homeopatia, Ariovaldo Ribeiro Filho, ressaltou que a especialidade médica recomenda a vacinação definida pelo calendário oficial e que não questiona as vacinas.
No entanto, lembra Ribeiro Filho, homeopatas e alopatas têm autonomia para - com o paciente, e avaliando riscos e benefícios - decidir sobre a administração ou não de determinadas vacinas segundo as condições clínicas do paciente.
O Ministério da Saúde decidiu revisar a cobertura de vacinas do calendário básico da criança por causa de possíveis falhas no Programa Nacional de Imunizações, que completou 35 anos neste ano, sob elogios da Organização Mundial da Saúde (OMS). O último relatório sobre coberturas vacinais, divulgado em maio do ano passado, antes do início da avaliação, dizia que, apesar de o País, em geral, ter índices satisfatórios de cobertura vacinal, havia déficits localizados que poderiam trazer riscos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Vilões da Terra


Dia 07/04/07, Zuenir Ventura escreveu em sua coluna, sob o mesmo título deste post, sobre uma pesquisa da BBC de Londres que conclui que o brasileiro é o povo mais preocupado com as questões ambientais e suas conseqüências.
Os americanos, são os mais poluentes e menos preocupados. A começar pelo seu presidente que não assinou o Protocolo de Kyoto reduzindo a emissão de gases causadores do efeito estufa.

Ora veja! Nós! O povo que merece ter a Amazônia internacionalizada porque um patrimônio desses não pode ficar nas nossas mãos!
Somos também, como apresentado na última edição da Folha do Meio Ambiente, o país que possui a maior cobertura florestal do planeta e a América Latina que detinha 18,2%, agora detém 41,4%. O contrário de todos os outros continentes que já fizeram desaparecer 75% das florestas do mundo.

Mas por outro lado, como disse o próprio Zuenir, se somos os mais preocupados, imaginem os outros!

Ainda temos muito a caminhar. Somos preocupados mas não somos ativos. Basta ler um dos posts da nossa amiga Cristiane Fetter. Ela mora nos Estados Unidos e já nos falou sobre a conduta da população no que se refere a coleta seletiva do lixo feita na cidade onde mora. Não importa aqui dizer se eles são bons ou ruins, precisamos pegar bons exemplos, de onde for, e colocar mãos à obra. Não é fácil, nem rápido, nem barato, mas precisamos começar.

Aqui, eu não consigo fazer isso no meu prédio que tem apenas 6 apartamentos e um síndico militar que não bota nenhuma ordem. Incrível, mas é assim.
Coleta seletiva é difícil, imagine coleta da água da chuva que ouço “ricamente” escoar pelos canos nos dias de temporal. Dá uma tristeza, ver toda essa água não ser aproveitada.
Um dos motivos que tenho vontade de morar em uma casa é poder fazer isso por minha conta. Contudo, como disse Oscar Niemeyer numa entrevista, atitudes ambientais residenciais (particulares e unitárias) não vão resolver o problema ambiental. As soluções precisam ser coletivas. E eu concordo. Embora ache que mesmo assim, cada um deve fazer a sua parte. Porque como diz o site da Fundação SOS Mata Atlântica, “a sensibilização de um indivíduo é a base da mobilização coletiva”.

No jornal de domingo (08/04), li em primeira página que a bancada ambientalista é a maior do Congresso.
Bem...
Não sou nada otimista a esta informação em relação ao meu estado.
São 9 políticos citados e mais 1 senador para o Rio de Janeiro, sendo eles: Rodrigo Maia - DEM , Miro Teixeira-PDT, Marina Magessi-PPS, Fernando Gabeira-PV, Chico Alencar-PSOL, Leonardo Picciani-PMDB, Jorge Bittar-PT, Luiz Sérgio-PT e o senador Francisco Dornelles-PP.
Dos citados acima, tentamos localizar 2 (Rodrigo Maia e Fernando Gabeira), via e-mail, para falar do Parque Marapendi e a poluição da Lagoa de mesmo nome e não tivemos NENHUMA resposta.

O ponto positivo é que agora temos mais nomes para solicitar. Até porque, na verdade essas bancadas não são organizadas e não exercem poder nas votações, por exemplo. O importante delas é a influência já que muitos deles são tratados como líderes de partidos a possibilidade real de se incluir a “pauta verde” nas discussões. Contudo, essa influência não pertence ao Rio de Janeiro que ocupa o quarto lugar (embora seja um estado de grande poder econômico, cultural e ambiental), pois a qualidade política do nosso estado caiu bastante. E como conclui o próprio jornal: É a omissão da sociedade em relação à política que dá margem á essa situação.

De novo, a mesma conclusão: por mais desanimados, descrentes e revoltados que estejamos, mudar tudo isso, só depende de nós.

Postei separadamente, um texto atribuído ao ex-governador do DF,ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE e enviado por nossa amiga Cristiane Fetter, com os seguintes dizeres:
Não sei se é verdade, mas que tá bonito, está.

E está mesmo.
E é verídico, graças à Deus!
Ainda há vida (política) inteligente no Brasil.
________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa
Este post foi publicado em 14/04/07 e me lembrei dele neste momento tão político que nós e o mundo inteiro vive. Mudou alguma coisa?

Mundo Internacional


vale a pena ler....

SHOW DO EX-MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO
NOS ESTADOS UNIDOS

Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um
esculacho educadíssimo nos americanos!
Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF,ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.
Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia,posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.
Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de
todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas
à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas
pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o
patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do
Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris,Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade,com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa! "

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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Barack Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos!


Eu admiro pessoas que desbravam territórios, que transpõem fronteiras.
Ser a primeira nadadora mulher como Maria Lenk, primeira atriz negra a protagonizar uma novela como Taís Araújo e muitos outros que não vou lembrar agora, são todos, um pouco heróis. Heróis por resistir às dificuldades, heróis por resistir aos muros aparentemente intransponíveis, heróis por vencerem o medo do ridículo e heróis por se arriscarem a não-conseguir para conseguir.

Barack Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos é um grande feito. Ninguém diria para um menino negro que um dia, ele seria o presidente dos Estados Unidos. E para o mundo, que é dominado por este rico país, só nos resta desejar que ele venha com toda essa força trazer as transformações que tanto alardeou.

Nos resta esperar, que diferentemente daqui, onde um operário assumiu a presidência da República, também mostrando ser um desbravador, mas que, infelizmente, deixa o país afundado na corrupção, na violência, na ausência de saúde, e educação básicas. Pode até ter feito alguma coisa de bom, mas mostrou-se mais um político profissional que um idealista que trazia consigo um sonho de transformar nosso país.

Que Obama, transforme o seu, que serve de referência para o mundo todo.
Que ele não esqueça de seus origens, dos países pobres de onde vem e ainda vive grande parte de sua família.
Que ele traga as mudanças que inspirem o restante do mundo para que todos, possam viver de forma mais justa, igualitária, digna, sem violência.

Parece sonho?
________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa




Nascido em 4 de agosto de 1961, em Honolulu, Havaí, Barack Obama é casado com Michelle, com quem tem duas filhas, Malia e Natasha. Filho de um queniano e uma norte-americana do Kansas, Obama tem parte da família ainda na África.
Na infância, viveu durante anos em Jacarta (Indonésia) após o divórcio dos pais e o novo casamento da mãe. Aluno de Harvard, Obama foi o primeiro negro a presidir a prestigiosa revista universitária "Harvard Law Review" e, em 2004, ingressou no Senado.


fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/especial/2008/eleicaoeua/perfil/vencedor.jhtm

EU TENHO UM SONHO


Discurso de Martin Luther King (28/08/1963)


"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação. Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça.


Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros. Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre. Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação. Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição. De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".


Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça. Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.


Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia. Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial. Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus. Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo.


Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino.


Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só. E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?" Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.


Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.


Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã.

Eu ainda tenho um sonho.

É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta. Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.


"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto. Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos, De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"


E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro. E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire. Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York. Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania. Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado. Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia. Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee. Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi. Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade. E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:


"Livre afinal, livre afinal. Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."