quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Quem ama, educa!

Quem ama, educa!
Ao contrário do que parece, não é propaganda do livro.
Mas se é propaganda, é do conceito.
E vou escrever sobre o tema “Quem, ama…” várias vezes porque acho o conceito fantástico.
Eu acho o título do livro e o conceito por trás das palavras, perfeito.
Porque pra mim, hoje, no mundo em que vivemos, amar é educar.
Não basta cuidar.
Alimentar e vestir é obrigação de pais e mães.
Mas, como já diz a música, “a gente não quer só comida”.
Lemos um artigo, certa vez, que falava que muitos dos problemas com os adolescentes de hoje são um reflexo do estímulo que os pais dessa geração tiveram para dialogar com as crianças. Contudo, a criança ainda não tem condições de “dialogar” e a autoridade (não estamos falando de poder) se perdeu por um diálogo que foi precocemente concebido e de forma errada, visto que, de fato, a criança não “dialogou”.
Então, na adolescência, teremos indivíduos que não sabem respeitar os pais, porque não conheceram a sua autoridade (de novo, não estou falando de poder). Ou seja, na idade que devemos mandar, estamos negociando ineficazmente, na idade de negociar, somos obrigados a mandar. E aí, a coisa fica mais difícil porque mandar num adolescente de 14-15-16 anos é mais difícil. O ideal, nessa idade, sim, é dialogar.
E essa, sim, que é a idade do diálogo, ele não existe. Porque agora, com a autoridade, os pais teriam condições de promover um diálogo reciprocamente respeitoso com os filhos. E chegar junto a conclusão do que é o melhor a fazer.
Não tenho condições de avaliar a verdade dessas palavras mas tenho o sentimento de que elas estão corretas porque estamos com um menino entrando na adolescência de forma tranqüila. E passamos por essas fases tenebrosas da primeira infância.
É claro que dialogar é bonito e politicamente correto. Mas é sempre eficaz? Dá para dialogar o tempo todo com uma criança de 2-3-4-5-6 anos de idade? O tempo todo é possível conversar? A criança sempre está disposta a ouvir? E quando ela não está, ficamos falando sozinhos e deixamos as crianças agirem da forma que entendem ser o correto? Ou existem momentos que o melhor é que as coisas serem assim ou assado porque são e acabou?
Eu confesso: eu não consigo. Não o tempo todo. E, às vezes, tem que obedecer e pronto.
Ai, gente , eu prefiro assim do que meu filho se jogando no chão, ou berrando na rua porque não não está ganhando aquele brinquedo ou aquele chocolate que ele tanto quer. E as crianças berram mesmo, testam a gente o tempo todo. E a gente fica com cara de pastel porque elas não tem vergonha de nada, enquanto nós estamos tolhidos pela educação e comportamento social que é esperado de nós. Pobres pais injustiçados…rs…
Elas não têm a noção de que isso ou aquilo é um comportamento inadequado ou que seus desejos não serão satisfeitos sempre que desejarem. Como o de ninguém é…e a gente tem que ensinar isso. Não é fácil.
Por isso, acho fundamental que nós, pais, tenhamos preocupação em educar nossos filhos desde cedo. E algumas vezes assumir, se preciso for, mesmo não gostando, o papel autoritário sem medo de errar (mesmo errando. Somos humanos, oras!). Uma criança tão pequena não tem condições de saber de fato ainda o que é melhor, o certo, o errado. Por mais inteligente que sejam, ainda estão absorvendo tudo (coisas boas e ruins) e estão aprendendo conosco.
Quando falo em papel autoritário, estou falando em falar firme, se fazer respeitar. Educar não é fácil, mas é papel dos pais. Esse papel não é da escola. Não é dos livros. Não é da sociedade. É nosso.
Ai…e que Deus nos ajude!
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Ana Cláudia Bessa

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