segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Quem poupa o lobo sacrifica as ovelhas..... de novo

Como falamos num post de 6 de dezembro, copiando um post do blog da Gloria Perez é essa a frase que repetimos quando mais uma criança, vítima da violência que impera em nosso país tem sua morte marcada pela impunidade de seu algoz. Neste caso, um policial.

Revoltada é uma palavra que já até fica com sentido repetitivo se eu disser que é isso que sinto.

Não consigo entender, um juiz, um jurado, um ser humano, absolver um profissional da polícia que mata uma criança, porque diz cometeu um engano. Um engano?
É...
Engano é colocar mais um lobo nas ruas. Logo matará outra pessoa, infelizmente. Matar está se tornando banal. POR ISSO EU SAI DO RIO. Corro riscos estando em qualquer lugar, corro risco quando vou para lá mas ficando lá me sentia num lugar sem lei. Mas continuo sofrendo porque nossa família e amigos continuam no meio deste cidade sem estado de direito.

Não consigo imaginar o que se passa no sentimento dessa família, da mãe que viveu todo este terror.

Sinto revolta.

Se você deixa de pagar uma conta é punido, se deixa de pagar um financiamento, é punido, achincalhado, humilhado, perturbardo dia e noite. Mas se você mata uma criança e tem todo um corporativismo para te defender, você está livre para matar novamente.

Como bem disse nosso amigo João Carlos do blog Chi vó, non pó! , que sempre participa dos comentários do blog, essa impunidade e libertação de assassinos só vai parar o dia que os juízes começarem a ser presos por seus atos, por seus "enganos". E aí, o juiz que libertou o assassino da menina Raquel, estaria preso, afinal, foi ele que mandou um assassino condenado icapacitado do convívio com a sociedade de volta ás ruas. Homicídio doloso! Inclusive do advogado que o defendeu, como cúmplice! Vamos parar com esse negócio que todo mundo tem direitos iguais! como um assassino tem direitos iguais oas meus e aos seus que nunca matamos, roubamos, violentamos ninguém?

Sinceramente! Eu sou um ser humano muito melhor que uma pessoa que mata, esquarteja, taca fogo em crianças! A maioria da população é! E ser tratado de igual para igual em relação a estes psicopatas, é demais! Que justiça tacanha a nossa! Que justiça medíocre! Que justiça inoperante quando coloca estes assassinos numa prisão sem nenhuma ocupação e com celulares à vontade para ficar comandando o crime de dentro da cadeia!

E o Cansei? Lembram do movimento da classe artística e empresarial? Cadê o Cansei? Cansaram? Seriam tão importante que a disposição deles não acabasse tão rápido....

________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

11/12/2008 - 00h35
PM acusado pela morte do menino João Roberto é inocentado
Juliana CastroDo UOL NotíciasNo Rio de Janeiro (RJ)
Depois de mais de três horas reunidos na sala secreta do 2º Tribunal do Júri da capital fluminense, quatro dos sete jurados votaram pela absolvição do cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, William de Paula, acusado de homicídio duplamente qualificado pela morte de João Roberto Amorim Soares, de 3 anos.O menino teve morte cerebral após levar um tiro na cabeça durante uma perseguição policial na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, em julho deste ano. Ao receber a sentença de absolvição do juiz Paulo de Oliveira Lanzellotti Baldez, o PM começou a chorar. Apesar de ter sido inocentado do crime de homicídio, Paula recebeu uma pena de sete meses por lesão corporal leve contra a mãe de João Roberto, Alessandra Amorim Soares e o irmão Vinicius Amorim, na época com 9 meses.

6 comentários:

thais disse...

triste, né.....
eu estou tão desiludida com o brasil... não é só o rio, não, ana... o brasil todo.....
ai ai...

beijo

Anônimo disse...

Hello

Cristiane A. Fetter disse...

Ana Claudia, eu vi uma entrevista dos pais do Joao Roberto, na Ana Maria Braga.
Fiquei abismada quando eles disseram que no juri popular haviam pessoas que não estavam prestando atenção ao julgamento que eles deveriam jugal. Entendu?
Confuso.
Eles falaram que teve jurado que dormiu.
O apelo deles era que para o próximo policial a ser julgado, os jurados deveriam prestar, pelo menos atenção ao que está sendo apresentado.
Onde vamos parar?

Rosinha Lima disse...

Como a Cris falou, quem julgou o crime não foi o juiz, mas o júri, formado por pessoas comuns. E outra coisa, o policial foi errado sim, foi precipitado, irresponsável, e é culpado pelo assassinato sim. Só não concordo em comparar ele com o maníaco que matou a menina Raquel, que fazia tudo fria e premeditadamente. O policial, apesar dos pesares, estava no cumprimento do dever, perseguindo bandidos, que aliás, devem estar dando risadas de tudo até agora.

Ana Paula disse...

Realmente, fiquei sem palavras quando li sobre esse caso... e o mais revoltante é a opinião do juri...

Será que um homicídio, de uma criança, se tornou algo tão banal?

Qdo penso na dor que esta mãe sentiu, ao perder o filho de maneira tão estúpida... e pensar que todas nós estamos à merce desses acontecimentos...

Carla Beatriz disse...

Absurdo, totalmente absurdo!

É simplesmente inadmissível que estas coisas ocorram no Brasil! :-((((((