sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Existe criança psicopata?

Segundo Ana Beatriz Silva a psicopatia começa a dar seus sinais lá pelos 6/7 anos de idade. Os dados abaixo que me inspiraram a escrever sobre o assunto, eu vi num excelente post do Roney do blog Meme de Carbono .

Ela fala coisas interessantíssimas e que eu já tinha observado: homens são mais suscetíveis a psicopatia do que as mulheres. E como sempre, as mulheres, quando apresentam esses sintomas, eles são mais graves do que no homem. E isso é interessante porque acontece o mesmo com o autismo, por exemplo. Os homens são mais propensos mas quando em mulheres, é mais grave. (Isso deve ter alguma explicação, talvez hormonal.)

Mas o fato é que, nós, pais e mães, precisamos estar muito atentos porque pensar que nossos filhos são anjinhos pelo simples fato de que são nossos filhos não ajuda em nada. Nem à eles, nem à nós, nem à sociedade.

Crianças excessivamente violentas, implicantes, egoístas, cruéis merecem nossa atenção especial e eu acredito sim, que, apesar da psicopatia ser uma característica inerente de determinadas pessoas, a educação familiar e escolar, pode sim agravar ou amenizar tais sintomas. E ainda vejo nossa sociedade consumista e excessivamente competitiva como um fator seriamente agravante deste sintoma.

E psicopata não é só aquele que mata, esse é o grave. Tem o que manda matar, tem o que burla as leis, tem o que passa por cima das outras pessoas para alcançar seus objetivos, aquele que engana e rouba. Todos, sem nenhum remorso e extremamente racionais.

E uma dica importante dada pela psiquiatra é que pessoas com este perfil devem ser chamadas á razão, justamente porque são extremamente racionais e não passionais. Mais até do que as pessoas “normais”. Segundo ela, isso e importantíssimo, porque efetivamente funciona. Contudo, imagino, que não deva ser fácil . Chama-se o psicopata á razão e pronto, resolvido. Não, não deve ser assim. Como tudo o que se refere a educar outro ser humano, deve ser um trabalho árduo, repetitivo e incansável.

Eu penso que, principalmente as mães, devem estar atentas pois somos nós que efetivamente nos dedicamos a educação diária de nossos filhos. Vejo, pela minha experiência que, embora meu marido seja um excelente pai e companheiro nesta tarefa, eu, como mulher, sou muito mais preocupada e atenta do que ele. No que se refere á violência, por exemplo, os mesmos desenhos são menos violentos para mim, do que para ele. O que eu efetivamente proibiria, ele permitiria. E isso se dá a uma simples diferente: homem e mulher. Então, somos nós, sim, um grande diferencial. Nós mães de meninos, então, somos muito responsáveis pelos homens e políticos que nosso país terá. Além da sociedade machista, temos o agravante de que os homens são hormonalmente mais agressivos do que nós, mais audaciosos e por isso, também, chegam lá mais rápido. Educar os meninos de hoje para serem cidadãos melhores e que se preocupam com algo além de si mesmos é fundamental para a construção de um futuro melhor. E para isso precisamos começar por nós mesmos: parar de achar o que o mais importante é o melhor para nossos filhos e depois para os outros. Nós e os outros, somos uma coisa só e que no futuro, sofrerão as mesmas conseqüências.

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Ana Cláudia Bessa

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