quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Cinto de Segurança

A campanha abaixo fala de forma inteligente sobre o uso do cinto de segurança. Fui fazer uma pesquisa no You Tube para ver pegar o código para disponibilizar o vídeo aqui no blog e acabei descobrindo um vídeo fortíssimo sobre um acidente onde a pessoa não usava cinto.

Pesado mesmo: mostrava o corpo mutilado, massa encefálica espalhada pelo interior do carro, o crânio esmagado. Preferi não colocar aqui e quem quiser ver, basta fazer a busca com a expressão CINTO DE SEGURANÇA no You Tube e vai encontrar.

Mas isso me lembrou que eu uso cinto de segunraça há muito tempo, mesmo antes da lei. É que eu trabalhava numa empresa cujo seguro somente cobria acidentes de carro onde os funcionários estivessem de cinto de segurança, ou melhor, não poderia haver evidência da ausência do cinto. Com isso, acabávamos todos pegando o hábito de usar, mesmo fora de serviço. Hoje, me sinto, como muitos, solta demais se fico sem eles, não me acostumo mais com o não-uso.

Existem pessoas que simplesmente se negam a usar. Sempre a mesma alegação que o uso dele também pode ser fatal. ealguns caso, é. Quem não se lembra daquele jogador de futebol que morreu num acidente na lagoa preso no cinto de segurança? Quem não pensou em parar de usar quando o menino João Hélio foi assasinado por ter ficado preso ao cinto? O pai de um amigo faleceu num acidente por estar de cinto enquanto seu contador, que se recusou a usar, foi atirado para fora e sobreviveu.

Mas os números são claros: a segurança proporcionada por ele é infinitamente maior e não podemos deixar de usar. Por isso, achei tão legal o vídeo abaixo.



________________________________________________________________________________
Ana Cláudia Bessa

20 comentários:

Ana Paula disse...

Ana,

Sou como vc, não consigo andar de carro sem cinto. É automático: entro no carro, coloco o cinto...

Baby não gostava da cadeirinha, agora já se acostumou e até ajuda a prender o cinto da cadeira.

Mas é uma coisa cultural, as pessoas (pelo menos as do meu convívio) não considerem o cinto um artigo de segurança essencial. E aí aparecem aquelas desculpas, do tipo "Ah, não precisa, eu dirijo bem" (você pode até dirigir, mas e as outras pessoas, dos outros carros), "ah, mas o cinto fica incomodando, aperta", ou então, a que eu considero a pior desculpa de todas: "ah, eu só vou até ali, são cinco minutinhos, nem precisa de cinto!".

Ana Paula disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Paula disse...

Em tempo:

"os acidentes de trânsito são a principal causa de morte na faixa etária de 01 a 14 anos no Brasil"

"Em contraste à essa realidade, o uso da cadeira infantil, quando instalada e usada corretamente, reduz os riscos de morte em 71% e a necessidade de hospitalização em 69%"

"78% dos acidentes envolvendo crianças com menos de 05 anos acontecem em percursos com duração de menos de quinze minutos"



Acidentes no Trânsito:

Mundo: 1,2 milhão mil mortes/ano com mais de 50 milhões de feridos (OMS).

Brasil: 45 mil mortes/ano (incluindo óbito após 24 hs do acidente, oficialmente gira em torno de 30.000 mortes/ano)
376.589 mil feridos/ano.

Mais de 1 milhão de acidentes/ano.

O Governo gasta em média R$ 14.321,25 com vítima não fatal de acidente de trânsito.

A cada 22 minutos, morre uma pessoa em acidente de trânsito.

A cada 07 minutos acontece um atropelamento.

A cada 57 segundos acontece um acidente de trânsito.

75% dos acidentes são causados pelo homem, 12% por problemas no veículo, 6% por deficiências nas vias e 7% por causas diversas. Se considerarmos HOMEM-VEÍCULO-VIA como causa o homem, são 93%.

75% dos acidentes ocorrem com tempo bom, 68% nas retas e 61% durante o dia.

João Carlos disse...

Ana Cláudia,

Vou tentar explicar minha posição contra a obrigatoriedade do uso de cinto de segurança (vai ser meio difícil e longo, por isso, tenha paciência...)

Em primeiro lugar, eu sempre usei o cinto, quando ainda não era nem equipamento obrigatório. Você mesma mata parte da "charada" quando diz: "É que eu trabalhava numa empresa cujo seguro somente cobria acidentes de carro onde os funcionários estivessem de cinto de segurança, ou melhor, não poderia haver evidência da ausência do cinto". Essa é a resposta correta!

As estatísticas comprovam que a maior parte dos acidentes graves com automóveis se dão nas proximidades da residência, do trabalho, do mercado habitual, em suma: de regiões que o motorista conhece bem, então "relaxa" na atenção. E quase todas em velocidades inferiores a 60 km/h (velocidade máxima para a eficácia do cinto - a partir daí, só air-bag...)

Se a preocupação real fosse com a segurança do motorista/passageiro, seria proibido que pessoas andassem em pé nos coletivos! O que existe é "lobby" das seguradoras que sabem que não é sempre possível obter indícios de que a pessoa não estava usando o cinto...

Eu fico particularente revoltado quando uma medida correta é tomada pelos motivos errados!... Me diga por que os air-bags ainda não são equipamentos obrigatórios?... Porque encarecem o preço dos veículos que já está bem alto de tanto imposto!...

Resumindo: eu sou favorável a que os cintos sejam equipamento obrigatório no carro; (eu faria o mesmo com os air-bags); e que as apólices de seguro deixassem claro que o mínimo indício de não-uso do cinto invalidasse a cobertura.

Mas, do jeito que está, a coisa cheira a hipocrisia e "indústria de multas". E eu não tenho a menor simpatia pelas seguradoras: me "vendem" de novo meu carro a cada três anos!... Isso é impingir um negócio onde a seguradora ganha sempre! (e o cliente "sifu"...)

As pessoas deveriam ser educadas a usar o cinto porque é bom para elas! Do jeito que está, é coação...

Ana Paula disse...

João Carlos,

Concordo com vc, mas pensando por esse lado, a lei seca no trânsito também não deveria existir... as pessoas deviam saber que beber e dirigir não é uma boa combinação...

Acho que essas leis (lei seca, cinto de segurança, cadeira de bebê no carro) são necessárias para que as pessoas menos conscientes adotem certas atitudes que salvam vidas - as suas e as de outros.

(P.S.: Sei que vc se dirigiu a outra "Ana", mas quis dar minha opinião...)

João Carlos disse...

(Ooops... Desculpe a mancada, Ana!... :P)

Enquanto eu postava meu comentário acima, você publicou seu "em tempo".

É... Também tem a questão dos gastos hospitalares... e do "custo social" envolvido. Mas onde está a contrapartida das "otoridades competentes (?)"?...

Onde estão a melhoria nas condições das vias de transporte?... Onde está a fiscalização?... (sobre essa, viu só como apareceu bafômetro que andava guardado no armário, depois da "Lei Seca"?... Por que eles não apareciam antes?)

"Chi vó, non pó. Chi pó, non vó... etc..."

Suzana Elvas disse...

Olá, Ana Cláudia;

O jogador de futebol em questão (Denner) estava deitado, com o encosto do banco quase na horizontal, na hora do acidente. Enforcou-se porque o cinto não estava na posição correta. No caso do menino João, ele poderia ter tomado um tiro ou ser lançado para fora do carro, em movimento, pelos bandidos. O cinto não pode ser culpado por uma ação de pessoas.

Discordo integralmente da opinião do João por um motivo: todos os dias, a caminho da escola das minhas filhas, vejo casais levando crianças de três, quatro anos para o colégio de moto. Sim, de moto. Vai o pai (de capacete) dirigindo, a mãe (de capacete) atrás e no meio, feito recheio de sanduíche, a criança. Bolas, como uma mãe que se diz isso permite uma coisa dessas? Então sim, ainda é preciso agir que nem com criança: explicar, obrigar, multar.

Minha mãe entrou nos comentários de "O Globo" quando a notícia da obrigatoriedade da cadeirinha foi publicada na versão online. Nunca li tal conjunto de sandices. Teve uma mãe que perguntava revoltada "E em viagens, o que fazer quando a minha bebê chora? Tenho que ficar com ela no colo sempre, então pra que a cadeirinha? Como eu vou dar mamadeira?" Parando o carro no acostamento, minha senhora. Sempre.

Independentemente de ser lobby de seguradora, fabricante de cadeira ou montadora de carros, cinto de segurança salva vidas - principalmente das crianças. Qual motivo impulsionou a sanção de tal lei, não interessa. Interessa é que salva vidas - e basta isso.

Em tempo: a quem acha que aqueles cintos adaptáveis (já vi da Mônica e da Xuxa) servem de alguma coisa: não, não servem. São originariamente cintos para transporte de animais, especialmente cachorros. Recomendo essa matéria da Quatro Rodas sobre o assunto.

Abs
Suzana

João Carlos disse...

Eu não disse que ia ser difícil explicar?...

O exemplo da Suzana mostra que o que há é falta de fiscalização! Exatamente como os bafômetros que estavam guardados nos armários e os bêbados saiam matando os inocentes. Mas, falou em arrecadar multas, os bafômetros, milagrosamente, apareceram.

Com o cinto de segurança, a coisa é diferente: você se solta do cinto para apanhar algo no chão do carro, o guardinha vê e tome uma multa! (Multaram uma amiga minha porque estava com "um passageiro sem cinto": a cachorrinha Yorkshire no banco de trás! Ora, vão para o diabo que os carregue!...)

E para tornar a coisa bem clara, vou citar Benjamin Franklin: "Quem abdica de suas liberdades individuais em favor de uma promessa de segurança, não merece nem uma, nem outra"!

Dixit!

Ana Paula disse...

Suzana,

A reportagem da Quatro Rodas que vc recomendou é excelente!

Moto e ônibus são dois problemas sérios... a lei proíbe o transporte de crianças em moto, com ou sem capacete. Falta fiscalização, multas maiores, pontos na carteira, até que as pessoas se conscientizem da necessidade de respeitar as normas de segurança.

Ônibus é um assunto a parte. Adultos não deveriam andar em pé no ônibus, muito menos crianças sem cinto de segurança ou cadeiras adequadas ao seu tamanho.

Em tempo: vindo para o trabalho hoje, vi uma van escolar com crianças de cinco e seis anos, sem cinto, em pé, pulando... Não deu tempo de anotar a placa, mas eu denunciaria com certeza!

Ana Paula disse...

João Carlos,

"você se solta do cinto para apanhar algo no chão do carro" com o carro em movimento???

João Carlos disse...

Sim, Ana!...

Uma porcaria de cigarro aceso, uma garrafa de líquido que virou e derramou, coisas desse tipo (não quando estou ao volante, é claro!... Eu estou falando dos passageiros!... Não sou tão burro assim!...)

Ana Paula disse...

E o que vc acha que acontece com esse passageiro se vc frear bruscamente? Se um carro ultrapassar o sinal vermelho e atingir o seu?

Geovana disse...

Também tenho essa mania boa de usar o sinto, me sinto solta sem ele. Meu entiado nunca usa, tenho que ficar lembrando, não tem o costume de casa. É importante usar o cinto até mesmo no banco de trás. Um corpo projetado do banco de trás pode quebrar a cervical de quem está na frente, além do prejuízo a quem estava sem o cinto.
Deixar de usar o cinto é pura ignorância.

Suzana Elvas disse...

João Carlos;

O transporte de animais domésticos é regulamentado; sua amiga mereceu a multa, porque animais NÃO PODEM ficar soltos dentro do carro. Para isso existem cintos de segurança e caixas desmontáveis (para cães pequenos e gatos).

Se existe uma regulamentação, sua amiga é multada e você acha errado, o que dirá dos outros que acham certíssimo andarem de moto com uma criança na garupa?

Ana Cláudia disse...

Eu fico no meio termo entre tudo o que foi dito até agora.

Tenho um caso na família que comprova a eficácia do uso do cinto mesmo em acidentes extremos: meu pai foi atingido por uma carreta anos atrás. O carro dele: uma UNO. Nada de barras de proteção, nada de air bags. Perda total do carro e ele sobreviveu apenas com hematomas enormes feito pelo cinto de segurança.

Por outro lado, concordo com o João que todo este estardalhaço que não obriga as montadoras a incluirem o airbag como item de série, é muito estranho.

Infelizmente , estamos numa sociedade onde o governo não visa os interesses do povo. E a multa é um indústria.

Por outro lado, também concordo que não temos como distinguir os centrados dos não-centrados, por isso o melhor é todo mundo ser obrigado a andar de cinto e não beber. Porque eu bebo muito pouco, só vinho e coqueteis em ocasiões sociais mas já bebi sim, mas de uma vez e dirigi. O diferencial é que eu sempre tive noção do quanto a bebida estava me afetando e nunca bebi de cair (era um drinque, ou um copo de vinho...nada demais), tanto é que nunca sofri nenhum acidente. Essa conversa de todo mundo ficar dando uma de exemplar motorista, não cola prá mim. Todo mundo sempre bebeu. Uma cevejinha que fosse. Raríssimas são as excessões.
Mas acho correto, agora não pode e isso sempre foi o certo. Hoje, quando eu sair, vamos decidir quem volta dirigindo e ponto final.

Mas que tem coisa meio hipócritas no mundo tem! Como a Cristiane Torloni e o marido passeando de bicicleta na coluna do jornal "por causa da lei seca". Quer dizer que beber e andar de bicicleta na rua pode?

Faz-me rir...

Anônimo disse...

Você falou uma coisa muito interessante: conheço muita gente que sempre bebeu e dirigiu e parece que se esqueceu disso!

E agora, mais terão motivos, para sermos extorquidos em blitz com bafômetros porque comemos um bombom com recheio de conhaque numa loja de chocolates...

Eu sou a favor de que não se beba mas não vou esquecer que muitas vezes, bebemos sim, mas de forma responsável, e aí?

Sobre o cinto, sou a favor mas também acho que tem muita coisa por trás dessa falsa sensação de segurança que nos passam e o que foi dito aqui é fundamental: FISCALIZAÇÃO SÉRIA!

Eu também vejo muitas crianças andando de moto na garupa dos pais.
Mas pergunto: se fosse de bicicleta estaria tudo bem? Mesmo em ruas de muito movimento e sem ciclovia?

É minha primeira vez no blog, parabéns!

Ana Paula disse...

João César,

Não concordo com vc, em especial quando vc se refere a "ser extorquido numa blitz". Acho que certas coisas tem que ser assim, preto no branco, sem concessões, excessões ou outros "ões".

Dirigir sem cinto de seguração NÃO PODE. "Ah, mas se eu soltar o cinto só p/ pegar uma coisa que rolou no chão?" NÃO PODE!

Beber e dirigir NÃO PODE. "Ah, mas e se eu beber só uma latinha de cerveja? Só um golinho de vinho?" NÃO PODE!

Dirigir e falar no celular NÃO PODE. "Ah, mas eu só vou dar um recado, não vai levar nem um minuto". NÃO PODE!

Algumas coisas tem que ser assim, NÃO PODE, E PRONTO!

Bicicleta, pra mim, é outro problema. Andar de bicicleta deveria ser em ciclovias, e pronto. Mas isso já é outra história...

Ana Cláudia disse...

Oi, Ana!
Oi, João César!

Eu entendo o ponto de vista dos dois e eu não me importo de não beber, não fará falta nenhuma mas me lembrei de outro dia que estava em casa à noite e sozinha pois o marido viajou.
Aí, me deu uma vontade de tomar uma taça de vinho!!!
Mas eu estava sozinha e eu precisasse sair para alguma coisa?
conclusão, não bebi. Na boa, sem estress.
Contudo, confesso, que antes da lei eu não pensaria nisso.
Eu tomaria minha taça de vinho e se algo acontecesse, eu sairia para dirigir. Porque nunca considerei que uma taça de vinho depois do jantar fosse dirigir alcoolizado.

E aí é que a lei é importante porque agora teremos os motoristas irresponsáveis cerceados (é assim que se escreve?) e as pesquisas já mostram o resultado positivo da lei.


No carro, uso caderinha com as crianças desde que nasceram e eles nunca estranharam, acho que justamente porque não tiveram a oportunidade de experimentar andar no colo. Ou seja, ninguém sente falta do que não conhece. Meu mais velho ficar fiscalizando para ver se todo mundo colocou o cinto e olha que estou certa que ele nem imagina o motivo do uso. Só sabe que tem que usar e pronto. Foi acostumado assim.

Sobre a ciclovia, eu concordo com a Ana. Inclusive passo por isso aqui: poderia muito bem levar meu filho de bicicleta para a escola mas não há ciclovia e o trajeto é perigosíssimo. Vou de carro e acho que os pais que dirigem com os filhos em motos, deveriam ser parados na hora e ter uma punição severa. Em caso de acidentes: homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar.

Ana Paula disse...

Ana Cláudia,

concordo com vc, quem anda de moto com criança deveria ser parado e multado na hora. Aliás, as multas deveriam ser bem mais altas, e no caso de reincidência, deveriam ser adotadas medidas mais drásticas (como suspensão da carteira, apreensão do veículo ou até prisão, para direção perigosa.)

Anônimo disse...

"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la." Parabéns, sou do seu time.