sexta-feira, 30 de maio de 2008

Ah...as mudanças...

Recebi recentemente um e-mail de uma amiga com um texto da Martha Medeiros que fala do milagre que as mudanças fazem em nossa vida. Mudanças, nem sempre são fáceis mas seus resultados são sempre bons em nossas vidas.
No texto ela cita principalmente mulheres que resolveram dar guinadas em suas vidas e eu me lembrei da época em que resolvi me separar . Esse foi um momento de grandes transformações e revelações para mim.
Dar-me conta do fim do casamento foi arrasador. Tomei a iniciativa, tinha certeza das minhas decisões mas separar-se, é uma constatação de fracasso. Eu havia me casado para sempre. Me casei por amor, casei na igreja, tudo tão bonito...e o que eu ia fazer dali prá frente? Deu um vazio enorme sobre o que eu ia fazer da minha vida. E a vida foi seguindo e tudo na minha vida mudou: meu corpo (separação é SPA...risos...perdi 15 quilos), minha visão do mundo, os amigos, minha relação com minha família, tudo. E o interessante é que ninguém acreditava que o casamento havia acabado. Só eu...risos...
O fato é que depois que me separei, tive a sensação de que acordei para a vida (não que meu relacionamento fosse turbulento, era um relacionamento bastante calmo). Mas depois de tanto tempo num relacionamento em que comecei tão nova, acabei pulando muitas fases. Quando os amigos e amigas saíam para baladas, eu já estava casada, trabalhando para pagar contas, comprando móveis, aprendendo a cozinhar, envolvida com faxina, limpeza de casa, compras de supermercado...
E também por ter começado uma relação tão séria sendo tão nova, acabei descobrindo depois de 10 anos, que aquela pessoa não era a pessoa com quem eu queria dividir o resto da minha vida. Acredito ser muito difícil uma pessoa com 17 anos conseguir saber e identificar em outra pessoa que aquela é uma pessoa que realmente tem chances de ser um bom companheiro de uma vida. Tem gente que acerta de cara, mas continuo acreditando que são exceções.
E aí, comecei a descobrir coisas femininas que nunca havia feito: pintar o cabelo, reflexos, sombrancelha (gente, eu nunca tinha feito minha sombracelha até os 27 anos!), depilação com cera quente (bem...isso não exatamente uma coisa das melhores...risos) e outras coisas mais.
Aquele momento que parecia ser tão ruim, mesmo sendo pensando e decidido por mim, tão sofrido, foi maravilhoso. Se isso não tivesse acontecido naquele momento, acabaria acontecendo mais tarde. E mais tarde eu estaria mais velha, mais cansada, mais decepcionada, talvez com filhos...tudo seria pior. E não foi. Deu certo o tempo que tinha que dar e as outras coisas que eu tinha para viver seriam por minha conta e mais tarde com outro companheiro. Esse sim, escolhido com mais experiência de vida, com pé no chão, sem tantas ilusões (porque o tempo inevitavelmente faz a gente perder algumas – ou muitas – ilusões), sabendo mais o que eu queria e o que não queria para mim, sabendo mais o que eu poderia e não poderia esperar do outro, o que eu poderia oferecer de mim também para o outro e até ver esse companheiro como um futuro pai para os filhos que ainda não tinha gerado. Inclusive, curiosamente, meu ex-marido engravidou uma namorada 6 meses depois da separação e revelou-se um pai negligente e ausente.
Então amigos, não foi por acaso que me casei novamente com alguém que já tinha sido casado e ver o pai que ele era para seu filho do primeiro casamento me fez gostar ainda mais dele, não posso negar.
Mudar foi fundamental para dar outro rumo à minha vida com mais plenitude e segurança. Não foi um processo fácil, pelo contrário. Mas agradeço à Deus cada lágrima, cada obstáculo, cada dificuldade e até cada decepção. E agora com filhos, eu digo: só posso dar um bom exemplo de felicidade se eu for feliz. Segue abaixo o texto da Martha Medeiros para que você pense e mude o que precisa ser mudado, não será fácil, mas será recompensador.

________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

5 comentários:

Geovana disse...

Oi Ana. Gosto muito dos texto da Matha Medeiros.
Vc tem razão. Às vezes as coisas não estão tão boas, mas a gente teima em manter a inércia, até que, quando saímos dela, descobrimos um novo mundo. Seria bom se todo casamento fosse para sempre, mas se não dá pra ser feliz junto, o melhor é ser feliz separados.

Unknown disse...

Ana,

Gostei muito dos texto de Martha Medeiros, adorei sua história e achei muito parecida com a minha. Concordo que que é melhor separar quando os objetivos não estão alinhados, então uma música já diz: a melhor coisa a fazer é dividir "Um nós, por dois eus".

Renata disse...

Ai Ana, mudar é sempre dificil quando se trata de coisas sérias, profundas...e doloroso muitas vezes, mas é também necessário e essencial pra nossa evolução e nossa felicidade mesmo...
sua história é linda, obrigada por compartilhar!
beijos
Renata

Cristiane A. Fetter disse...

Ana, eu sei bem o que você está falando, até porque conheço bem voce e por tabela seu marido que é muito 10.
Também sou a segunda mulher de um homem separado e com filhos e isso também pesou bastante.
No caso quem sofreu a grande mudança foi ele, pois querer casar novamente e ter outros filhos é bem difícil.
Eu vejo que o "grande lance" que você conta da sua história e ver que acabou um relacionamento e ter coragem para isso.
Parabéns pela atitude e pelo belo texto que conta parte da sua vida.
Beijocas

Ana Cláudia disse...

O texto da Martha me lembrou muito aquela época. Gente..egar ao apra.foi punk! Muito difícil. Separar é uma meleca. Quando sei que alguém está passando por isso, morro de pena mas sei que o melhor ainda está por vir.
É literalmente passar pelo purgatório para chegar ao paraíso.

Mas a gente chega no "paraíso"..um dia chega...risos