Sei que a gente não está aqui para filosofar.
Mas como é bom ser solteira, casada sem filhos e dormir à vontade, a noite TODA e só ter que se preocupar em SE arrumar para sair...
Ah...Eu esperei bastante para ter filhos, meu primeiro filho nasceu, eu tinha 32. Hoje com 34 e dois filhos eu posso dizer...como é bom!
Como é bom quando as coisas acontecem na hora certa na vida da gente. Como é bom ter filhos, como é bom vê-los sorrir, brincar, nos abraçar, mamar olhando dentro do olho da gente, sentir mexer na barriga...
Como é bom!
Ter dois, então...é delicioso.
Só imaginar como será quando os dois brincarem juntos, já é bom. E quando alguém pergunta se é possível dividir o amor, eu vejo que nunca dividi o amor: ele brotou de novo. É mais amor.
Como cheirinho e chorinho de bebê é bom! O Lucca é minha despedida desse sonzinho bom...
Como cocozinho de bebê é cheirosinho! (é...eu adoro!!! Fazer o quê???)
Como é bom arrumar os filhos para sair, ir à festa de criança, levar ao parque, ver correr no shopping, brincar na areia, mergulhar na água, fugir da onda. Acompanhar cada carinha feia e cada sorriso.
Como educar cansa!
É tanto trabalho...sem descanso e tão repetitivo, mas como é vital viver isso. E o pior é que as coisas erradas eles sempre aprendem mais rápido.
Como é sacrificante dividir atenção, não ter tempo prá nada e ficar mais de 4 meses sem fazer a unha. (é...isso acontece!). Fora os dias em que chegamos às 4 da tarde ainda de pijamas!
Como é bom ser mulher e viver isso com uma intensidade que um homem nunca será capaz de viver. Porque ninguém se preocupa como uma mulher.
Como é bom mostrar o mundo, fazer cosquinha na barriga, dançar na abertura da novela, dar banho nessa pelezinhas tão suaves.
São eles que preencherão nossas vidas quando adultos não tivermos mais essas preocupações. Assim como nós e nossas famílias enchemos de alegria e preenchemos a vida de nossos pais.
Eu nunca quis ser mãe antes do que fui e não poderia ter escolhido melhor momento.
Quando o primeiro nasceu, lembrei das minhas bonecas. Uma mãe acabava de nascer.
Quando o segundo nasceu, tive certeza: é...sou mãe. O segundo a gente já tira de letra.
Tenho a sensação que toda mulher, mesmo que ache que não, está pronta prá isso. Lamento, que hoje, algumas nem sejam capazes de assumir isso e se dar a chance de viver esse padecimento maravilhoso no paraíso.
Muitas, em função da vida profissional. Não é uma escolha fácil. Abrir mão disso é abrir mão de uma parte importante da vida da gente. Mas os primeiros 2 ou 3 anos dos filhos, são inesquecíveis e importantíssimos para o seu desenvolvimento. Pudera toda mãe se dedicar a esses momentos. Muitas mulheres se arrependem de não terem vivido este momento plenamente, mas o arrependimento vem tarde e o tempo não volta.
Me pergunto se muito do que vemos hoje não é uma perda da referência feminina dentro de casa. Porque a mulher é que agrega e une a família. E essa mulher adquiriu o importante papel de também prover. Contudo, o homem, pouco ainda assume o papel de agregar.
Hoje vemos crianças e adolescentes perdidos, mal criados porque pouco se esforçam para ajudar a mulher a cumprir todas as jornadas a que ela é cobrada a cumprir:
Ser boa profissional, boa mãe, boa esposa, boa dona-de-casa. Nessa ordem ou em qualquer ordem. Depende da necessidade. E ainda somos muito mais.
Meus avós já são todos falecidos, dois deles com quase cem anos (!!!). Não sou mais neta.
Mas sou enteada, nora, cunhada, tia, irmã, afilhada, filha, sou “madastra” e sou mãe.
E essa última, foi a jornada mais surpreendente da minha vida.
Horas mais fáceis, horas mais difíceis. Mas nunca previsíveis.
Porque ser mãe é algo que se aprende todos os dias.
E isso me lembrou um comercial (não vejam a propaganda, vejam a mensagem...) que fala muito bem sobre os dilemas das mães de hoje e que me inspirou a postar este texto que eu já havia escrito há algum tempo e me fez reviver um pouco dos meus sabores e dissabores saborosos ao embarcar nesta jornada!
Vejam o comercial, vale á pena.
Beijos a todas as Mães!
________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa