domingo, 11 de maio de 2008

Como é bom!

Sei que a gente não está aqui para filosofar.
Mas como é bom ser solteira, casada sem filhos e dormir à vontade, a noite TODA e só ter que se preocupar em SE arrumar para sair...
Ah...Eu esperei bastante para ter filhos, meu primeiro filho nasceu, eu tinha 32. Hoje com 34 e dois filhos eu posso dizer...como é bom!
Como é bom quando as coisas acontecem na hora certa na vida da gente. Como é bom ter filhos, como é bom vê-los sorrir, brincar, nos abraçar, mamar olhando dentro do olho da gente, sentir mexer na barriga...
Como é bom!
Ter dois, então...é delicioso.
Só imaginar como será quando os dois brincarem juntos, já é bom. E quando alguém pergunta se é possível dividir o amor, eu vejo que nunca dividi o amor: ele brotou de novo. É mais amor.
Como cheirinho e chorinho de bebê é bom! O Lucca é minha despedida desse sonzinho bom...
Como cocozinho de bebê é cheirosinho! (é...eu adoro!!! Fazer o quê???)
Como é bom arrumar os filhos para sair, ir à festa de criança, levar ao parque, ver correr no shopping, brincar na areia, mergulhar na água, fugir da onda. Acompanhar cada carinha feia e cada sorriso.
Como educar cansa!
É tanto trabalho...sem descanso e tão repetitivo, mas como é vital viver isso. E o pior é que as coisas erradas eles sempre aprendem mais rápido.
Como é sacrificante dividir atenção, não ter tempo prá nada e ficar mais de 4 meses sem fazer a unha. (é...isso acontece!). Fora os dias em que chegamos às 4 da tarde ainda de pijamas!
Como é bom ser mulher e viver isso com uma intensidade que um homem nunca será capaz de viver. Porque ninguém se preocupa como uma mulher.
Como é bom mostrar o mundo, fazer cosquinha na barriga, dançar na abertura da novela, dar banho nessa pelezinhas tão suaves.
São eles que preencherão nossas vidas quando adultos não tivermos mais essas preocupações. Assim como nós e nossas famílias enchemos de alegria e preenchemos a vida de nossos pais.
Eu nunca quis ser mãe antes do que fui e não poderia ter escolhido melhor momento.
Quando o primeiro nasceu, lembrei das minhas bonecas. Uma mãe acabava de nascer.
Quando o segundo nasceu, tive certeza: é...sou mãe. O segundo a gente já tira de letra.
Tenho a sensação que toda mulher, mesmo que ache que não, está pronta prá isso. Lamento, que hoje, algumas nem sejam capazes de assumir isso e se dar a chance de viver esse padecimento maravilhoso no paraíso.

Muitas, em função da vida profissional. Não é uma escolha fácil. Abrir mão disso é abrir mão de uma parte importante da vida da gente. Mas os primeiros 2 ou 3 anos dos filhos, são inesquecíveis e importantíssimos para o seu desenvolvimento. Pudera toda mãe se dedicar a esses momentos. Muitas mulheres se arrependem de não terem vivido este momento plenamente, mas o arrependimento vem tarde e o tempo não volta.

Me pergunto se muito do que vemos hoje não é uma perda da referência feminina dentro de casa. Porque a mulher é que agrega e une a família. E essa mulher adquiriu o importante papel de também prover. Contudo, o homem, pouco ainda assume o papel de agregar.

Hoje vemos crianças e adolescentes perdidos, mal criados porque pouco se esforçam para ajudar a mulher a cumprir todas as jornadas a que ela é cobrada a cumprir:
Ser boa profissional, boa mãe, boa esposa, boa dona-de-casa. Nessa ordem ou em qualquer ordem. Depende da necessidade. E ainda somos muito mais.

Meus avós já são todos falecidos, dois deles com quase cem anos (!!!). Não sou mais neta.
Mas sou enteada, nora, cunhada, tia, irmã, afilhada, filha, sou “madastra” e sou mãe.
E essa última, foi a jornada mais surpreendente da minha vida.
Horas mais fáceis, horas mais difíceis. Mas nunca previsíveis.
Porque ser mãe é algo que se aprende todos os dias.

E isso me lembrou um comercial (não vejam a propaganda, vejam a mensagem...) que fala muito bem sobre os dilemas das mães de hoje e que me inspirou a postar este texto que eu já havia escrito há algum tempo e me fez reviver um pouco dos meus sabores e dissabores saborosos ao embarcar nesta jornada!
Vejam o comercial, vale á pena.
Beijos a todas as Mães!



________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

12 comentários:

Anônimo disse...

Éh !
Eu não posso falar nada sobre este texto. Afinal, sou parte integrante desta história.
Fico muito feliz neste dia de hoje, pois apesar de considerá-lo mais um dia "comercial" (Dia das Mães é todo dia...) vejo que ainda existem muitas mães verdadeiras por aí.
Tô contigo Ana..., e com todas as mães como você que tenho certeza existirem por aí.

Cristiane A. Fetter disse...

Fantástico este post Ana. Nossas vidas são um dilema, apesar de termos sido criadas por mães que se casaram para serem mães, fomos criadas para serem independentes e isto cria um pouco de confusão em nossas expectativas. Mas o principal é que esta convivência nos ajuda a ver o mundo de uma forma diferente (que o diga o próprio blog!). Ficamos mais fortes e mais decididas, mas também ficamos mais sensíveis aos problemas alheios, as dores e as palavras. Acredito que também passemos a entender muito as nossas mães, até pq em certos aspectos repetimos o que elas fizaram conosco (calça o chinelo, tá na hora de dormir, bota o casaco, etc). Tenho certeza que se ligassem uma tomada em uma mãe esta geraria energia para abastecer uma pequena cidade. Somos força e somos raça. Somos mães. Parabéns Ana, foi muito oportuno o texto. E hoje o maior exemplo que eu tenho é o da mãe que mesmo sem saber nadar pulou na água para salvar um de seus filhos (ver o link).
http://globoreporter.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-17180-4-280828,00.html

Anônimo disse...

Um beijão para todas as mães, e, em especial, para minhas colegas blogueiras.

Unknown disse...

Oi, Ana. Tudo bem?
Belo post. Estou entre as que trabalham fora, e me coloquei um limite. Se perceber que o Leo está ficando fora de controle, ou sem limites, peço demissão. Não quero estragar o futuro dele :-)
Adorei que escolhei o video, quando o vi a 1a vez, além de chorar (toda vez que assisto), me surpreendi por ser do McDonalds, pois já não espero mais nada deles. MAs a msg é linda!!!! Parabéns por ser a mãe que é!! Parabéns por ser a mulher que é!
Bjoks
Paula

Ana Cláudia disse...

Beijos para a pessoa que me proporcionou ser mãe! Te amo!

Cris, acho que essa mãe que se joga na água sem saber nadar é o resumo perfeito do sentimento que nos move e apesar do fotógrafo ter sido amplamente criticado, fico feliz que ele tenha registrado esse momento para dar ao mundo este exemplo do qual tanto precisamos já que todo dia tem uma criança sendo abandonada, jogada no lixo, deixada dentro de saco plástico numa lagoa e ainda "esquecidas" dentro de carros.
Não é toda mãe que merece esse título.
Bjs!

Ana Cláudia disse...

Ivo, obrigada e um grande á mãe que voc~e tem aí contigo!

Paula, sei bem como se sente. Eu optei por dar esta parada e não me arrependo. Não é fácil em alguns momentos, mas vale à pena.
Obrigada por suas palavras e espero sempre suas visitas e sua opiniões!
Bjs!

Anônimo disse...

Maravilhoso!
Eu me sinto exatamente assim!
E choro quando vejo a propaganda também porque quero ter um tempo de qualidade com meus filhos.

Projeto Idéia Legal disse...

Ana, saber que esse texto emociona a gente não é novidade para você que sabe transformar o sentimento em palavras.
Também sou mãe e sei que não é tarefa fácil. Mas o gostoso disso tudo é ter o desafio de educar bem nossos filhos e de contribuir para um futuro melhor. Um futuro de opinião, equilíbrio e consciência. Parabéns pela iniciativa! Um grande abraço, Renata

Evellyn disse...

Lindo texto, impossível não se ver em cada palavra. Adorei a escolha do vídeo também, apesar de ser do Mc Donald`s.
Beijos e feliz dia das mães

Anônimo disse...

Lindo texto!
E nunca tinha visto este comercial!

Anônimo disse...

Ana,

Que texto comovente e lindo! Você conseguiu lindamente o que sentimos. E concordo com você: cada coisa vale a pena, mesmo que na hora a gente pareça excessivamente cansada e pense que não vai dar conta. Vale o brilho dos olhinhos, o sorriso, os primeiros passos, as frases que nos surpreendem, os beijos inesperados... E vale também educar, por mais difícil que seja. Também fiquei sem trabalhar e embora tenha sentido falta muitas vezes hoje tenho certeza de que Deus sabe todas as coisas: foi infinatemente melhor para a filhota ter a mãe por perto esse tempo todo. Não troco essa convivência por nada, nadinha nesse mundo. Feliz Dia das Mães super atrasada, mas desejos bons sempre valem a pena!

beijos,

Cleite
OBS.: Tem um convite pra vocês no Codiloco

Ana Cláudia disse...

Meninas, que bom que gostaram, obrigada pelas palavras e parabéns pelo dia das mães!