segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Envelhecer sem perder a identidade.

Todos nós estamos envelhecendo, e isto é um fato incontestável. Algumas pessoas envelhecem melhor que outras, sentem-se à vontade com sua idade. Por que isso acontece? Talvez porque envelhecer bem é aceitar a velhice como ela é.

Envelhece bem melhor quem soube, durante as fases anteriores da vida, gostar de estar vivo(a), curtir cada etapa como um presente divino.

Quando bebês, temos trocas afetivas com os que nos cercam, sobretudo com a mãe... e são essas trocas que vão construindo nossa identidade. A linguagem que aprendemos em pequenos, por exemplo, é um dos fatores culturais formadores de nossa identidade, na medida em que é usada para nos fornecer um código que regule nossa comunicação com as outras pessoas.

Não importa a idade que tenhamos, nem nossa personalidade: do primeiro choro até a morte estamos incorporando aspectos externos e internos à nossa experiência vital. Há pessoas que envelhecem melhor porque foram ensinadas por seu meio social, desde pequena, a enfrentar obstáculos. Já para aquele a quem era muito importante, em seus grupos, a estética e a juventude, vai haver muito constrangimento e dificuldade de aceitar a idade.

Infelizmente, nosso mundo ocidental moderno traz uma contradição bastante angustiante: ao mesmo tempo em que cresce o número de pessoas idosas, há, cada vez mais, demonstração de nossa sociedade que as pessoas podem se tornar vulneráveis quando envelhecem, uma vez que se sentem “deslocados” num mundo que parece ser só de jovens, onde apenas jovens podem usar roupas bonitas, viajar, ir a festas, amar e ser amado, enfim, tudo é elaborado numa perspectiva de uma eterna juventude, que não existe.

Pessoas idosas, muitas vezes, têm implicância por coisas que antes lhes eram agradáveis, sentem depressão ou tristeza, são apáticos, como se “não desse mais tempo de fazer nada”.

Esses sentimentos, sem dúvida, comprometem a qualidade de vida e privam a pessoa idosa de compartilhar a responsabilidade de uma velhice aberta porque as alegrias de descobrir as coisas e o mundo, bem como a capacidade de amar, não tem idade.

É muito bom ver pessoas da terceira idade embarcando, cheios de sorrisos e alegrias, em ônibus ou outra condução qualquer, para festas, bailes, trocando experiências, rindo.
A alegria de um(a) idoso(a) bem resolvido é contagiante. Sou fascinada por uma frase que li em um livro sobre a terceira idade.

“Idosos não são velhos, são pessoas bem vividas e seus corações não tem rugas”.

“Para ter opinião você precisa de boa informação”.



Texto de Ester Chagas
Fonte: Agência BR NEWS12/06/2007
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2 comentários:

Ana Cláudia disse...

Claro que não sou ainda idosa para falar, ma nunca tive problemas com a minha idade. Conheço muitas mulheres que renegam a própria idade, não querem nem ouvir falar...rs..Tenho 35.
E äs vezes, meu coração ainda tem 10 aninhos...rs...

Cristiane A. Fetter disse...

É verdade, eu também me sinto assim, mas...
Mente sã, corpo são.