FOLHA - O senhor é contra a vacinação coletiva?
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
SOBRE A FEBRE AMARELA
FOLHA - O senhor não vê esses casos como um alerta?
DRAUZIO - Não vejo mesmo. O problema dessas fases de pânico é que muita gente que não precisa vai tomar a vacina. O sujeito está em São Paulo e vai ao Guarujá e quer se vacinar. Aí cria-se um problema social, engrossam-se as filas (...)
FOLHA - Então há subnotificação...
DRAUZIO - Fui cuidado por médicos da melhor competência, todos professores da USP, gente com muita experiência. Nenhum deles tinha visto sequer um caso de febre amarela.
FOLHA - Qual a possibilidade real da urbanização da doença?
DRAUZIO - Sempre existe, porque persistem as condições. A doença não desapareceu.
FOLHA - Qual a dificuldade de achar a cura para febre amarela?
DRAUZIO - É uma doença de pobre, que atinge um número muito pequeno de pessoas.
FOLHA - Não foi descaso do senhor de não tomar a vacina sabendo que viajava a regiões endêmicas?
DRAUZIO - É a história de não ter mais a preocupação. Ninguém fala em febre amarela.
FOLHA - O senhor é maratonista, tem preparo físico, não fuma. Isso ajudou na recuperação da doença?
DRAUZIO - Sim. Se eu fosse despreparado, obeso, cardíaco, se tivesse um problema de base não teria sobrevivido.
FOLHA - O senhor foi atendido num dos melhores hospitais do Brasil. E ainda assim diz ter sofrido. E um doente numa região pobre?
DRAUZIO - Morre. Morre.
FOLHA - A vacina é um pouco controversa. Desde 1999 quatro pessoas morreram depois da imunização. O risco compensa?
DRAUZIO - Não existe vacina segura. É tudo uma questão de analisar o risco e o benefício. Por isso não tem sentido sair vacinando as pessoas na cidade.
FOLHA - O senhor é contra a vacinação coletiva?
DRAUZIO - Está errado. Não é a medida mais inteligente.
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5 comentários:
querida xará!
coloque o link da matéria da folha, acho q fica mais interessante pro leitor... palpite, né?!
bjkas,
a.
Oi, xará!!!
Obrigada pela dica!!!
Mas eu acho que só assinante da Folha ou do Uol conseguem ver.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1401200805.htm
Beijoooos!
Saiu no O Escriba:
http://escriba.org/novo/?p=1390
E os jornais dando manchetes e mais manchetes sobre os casos normais de febre amarela. Mais do que normais. Saca só:
2000: 85 casos (42 mortes)
2001: 41 casos (22 mortes)
2002: 15 casos (6 mortes)
2003: 64 casos (22 mortes)
2004: 5 casos (3 mortes)
2005: 3 casos (3 mortes)
2006: 2 casos (2 mortes)
2007: 6 casos (5 mortes)
2008 (até agora): 6 casos confirmados (3 mortes)
Todos os casos e mortes deste ano foram nas áreas em que a doença é endêmica. Onde está, pois, a epidemia? Onde está o motivo para tamanho alarde? Só na cabeça de jornalistas adeptos da cultura do medo.
Pura histeria!
Uma epidemia só se caracteriza quando ocorre um aumento maior que 2x o desvio padrão sobre a incidência média de uma doença nos últimos anos.
Ou seja: Incidência média + 2x desvio padrão.
Saiu no jornal, reflexo da desinformação e histeria.
Informações interessantes do Instituto Oswaldo Cruz. Por se tratar de vacina com vírus vivo modificado existe perigo em se promover a vacinação em áreas onde não há a circulação do vírus, ou seja, o vírus pode passar a circular nestas regiões em função da vacinação em massa.
Clique no link abaixo para ler a notícia:
Vacinação criteriosa
Caso não consiga abrir a reportagem, copie e cole o link abaixo no seu navegador:
http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=8361
Para visualizar o site da Agência de Notícias FAPESP acesse o endereço abaixo:
http://www.agencia.fapesp.br/
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