terça-feira, 11 de março de 2008

TERRA: O GRANDE PARQUE DE DIVERSÕES!

Custei a acreditar quando vi. No Alasca, um grupo de "surfistas radicais" surfavam ondas geladas formadas pelo "desbarrancamento" da parte frontal de uma geleira que se derretia aceleradamente em consequência do aquecimento anormal do Ártico!Lembrei-me de outras situações em que grupos de homens e mulheres ditos "destemidos" desafiam situações-limite pelo planeta a fora:


- Surfistas de "ondas gigantes" em alto mar;
- Surfistas de pororocas;
- "Snowborders" de geleiras e encostas geladas "impossíveis" de serem esquiadas;
- "Basejumpers" (paraquedistas de pontos fixos) se lançando dos pontos mais remotos e perigosos, como cachoeiras gigantes, cavernas etc;
- Pilotos de rali atravessando as mais inóspitas regiões do globo;
- Participantes de "corridas de aventuras" enfrentando condições limite nos confins das selvas;
- Ultramaratonistas disputando corridas de centenas de quilômetros em regiões polares;

Chega?Tem muito mais.
Tem "aventura" para todos os gostos. Todas temperadas com muita ADRENALINA, que é a palavra mais constante no vocabulário desses modernos "aventureiros".

Não há obstáculo nem limites para essas pessoas, e também não falta grana, pois nada disso é barato.Confesso que eu tenho uma certa implicância com essas coisas. Não vou entrar no terreno da pieguice dizendo, por exemplo, que "há tanta gente sofrendo e passando fome enquanto esses privilegiados rodam o mundo em busca de prazer pessoal...

"Não, não vou entrar nessa. Minha implicância tem outros contornos. Me incomoda o fato de estarmos perdendo, de certa forma, o "respeito" para com o planeta, seus fenômenos, sua energia telúrica. É algo assim meio "Gaia" mesmo! Essa necessidade de desmistificar, de transpor o intransponível, de realizar o irrealizável, sem um propósito que não envolva algum tipo de "ganho" humanístico, me soa como uma espécie de violentação do planeta e da natureza.

Além do mais, esses caras que fazem tais coisas que me desculpem, mas não venham me dizer que "curtem" a natureza, pois para fazer essas "maluquices" eles não podem se dar ao luxo de admirar, de contemplar p. nenhuma. Eles estão lá é para vencer, para arrostar, para enfrentar. Tudo em nome de seus enormes EGOS!
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Ivo Fontan

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