Através de pesquisas, fiz um apanhado dos requisitos relativos à estrutura física das escolas para ter uma idéia do que seria importante observar.
A área para trabalho administrativo e técnico, que corresponde a aproximadamente 10% do total da área construída, deve abranger os seguintes espaços: recepção de público; trabalho administrativo; trabalho técnico individual ou de grupos específicos de funcionários; atendimento individual e de saúde (procedimentos de primeiros-socorros); guarda de materiais; sanitários (verifique a freqüência de limpeza, se as crianças são acompanhadas ou supervisionadas, e até que idade isso ocorre).
A área para serviço de apoio deve ser de aproximadamente 20% do total da área construída e incluir: cozinha; espaço para lavar e guardar utensílios e mantimentos; espaço para lavar, passar e secar roupa.A área de convívio e estar das crianças de ter aproximadamente 70% do total da área construída. Sendo a maior área, obviamente engloba mais espaços: repouso; alimentação; higiene parcial e completa; atividades infantis na área interna e externa; artes plásticas; jogos; teatro; brincadeiras; música, leitura, escrita; brincadeiras com água, areia e barro; brincadeiras com brinquedos de playground; brincadeira com objetos de entrar dentro, empurrar; brincadeiras com veículos, triciclos, bicicletas.
Quanto ao refeitório, à cozinha e à despensa, peça para ver como funcionam, como são feitos a higienização e preparo dos alimentos, bem como a higienização da louça.
É isso. Muita coisa para se ver e pensar. Mas, acima de tudo, depois de feita a escolha final, é importante observar como a criança se comporta naquele ambiente. Se ela está feliz, é bom sinal! Se não estiver gostando de ir para a escola, talvez seja um sinal de alerta. Não significa necessariamente que a criança esteja sendo maltratada, mas pode significar que a forma como as atividades são realizadas não seja adequada para seu filho. Ou que aquela criança precisa de algum tipo de atenção especial. De qualquer forma, a própria coordenação da escola deve estar à disposição dos pais para esclarecer dúvidas e trabalhar junto com a família e a criança para resolver qualquer problema. Participar das reuniões de pais também é uma boa forma de acompanhar se o trabalho está sendo realizado como você esperava. Você pode até ter agradáveis surpresas, e ver que a escola está indo muito além do que você esperava. E, embora a gente prefira acertar logo de primeira, é bom ter em mente que, se as coisas não estiverem evoluindo conforme esperado, é sempre possível mudar de escola.
9 comentários:
Ótimo final, com chave de ouro.
Grande texto Silvia.
Beijocas
Obrigada, Cris! Espero que ajude os pais com dicas práticas sobre o processo, porque essa busca pela escola sempre nos deixa com muitos pontos de interrogação na cabeça.
E que inspire outras pessoas a escreverem sobre a questão da educação formal e gere muitas discussões, porque é um assunto inesgotável!
Oi Silvia,
Meu filho começou ontem na escola pública e hoje irei com ele, pois eles foram separados em grupos e quero ir conhecer a professora. Minha mãe foi ontem à reunião de pais e saiu com uma boa impressão da escola. Justamente ontem postei sobre esse assunto no meu blog e onde falava de minhas angústias em relação à escola. Eu sempre fui e pretendo ser bem participativa em relação às escolas de meus filhos.
Um grande beijo,
Carla
Realmente, os textos da Silvia foram sensacionais. Ainda vamos falar muito sobre isso, com certeza. Eu já vi coisas boas e coisas ruins na escola, mas ~como não existe escola perfeita....
Temos é que fazer a nossa parte e participar, criticar e se auto-criticar, porque também nós temos nossa parcela de responsabilidade sobre a escola.
E como a Silvia, falou, sempre se pode mudar.
Carla, eu vi o teu post e deixei um comentário. Mas, olha, tenho certeza de que vai dar certo. E, como te contei, tem a experiência da Vera Falcão, do Fora do Manual, que entrou como voluntária na escola pública da filha para ajudar. A educação dos filhos é, sem dúvida, uma parceria. E uma escola que não abre as portas e o coração para os pais, bem... Não vejo muito sentido em práticas assim.
Ana, vamos manter ativa essa discussão sobre escolas. Você tá devendo um texto sobre o assunto! E, pelo jeito, a Cris também tem muito a dizer. E, quem sabe, a Carla não compartilha aqui com a gente a experiência dela com a escola pública?
Eu ainda não consegui ler o post da Carla, mas vou lá acompanhar suas experiências.
e estou devendo posts sobre o assunto, sim, Silvia...
Vou rezar para a N. Sra. das Mães Sem Tempo...risos
Muito boa esta série de textos. Parabéns, Silvia. A escolha da escola é realmente uma tarefa árdua e, muitas vezes, somos obrigadas a fazer inúmeras concessões por pura falta de opção. Uma pena. É muito duro saber que nossos filhos poderiam ter muuuuuuuuito mais do que têm em termos educacionais e não conseguir proporcionar-lhes. Angustia. Resta o apoio em casa e tentar encarar com praticidade e bom humor. Criança percebe nossas incertezas e as transfere para a sala de aula. Assim fica ainda mais difícil.
Preciso de uma opiniÃo. Na escola que matriculei minha filha, durante a adaptação eu ficava lÁ¡ junto com a avó de outra criança. Essa avó pegou o neto no banheiro sozinho e ninguém da escola sabia que ele estava lá. Fez um escândalo! No mesmo dia, uma criança ficou sem almoçar e ninguém parece ter notado. Eu fiquei preocupada mas não achei que era motivo para tirar minha filha da escola porque me pareceu ser realmente uma infeliz coincidência de deslizes atípicos.
Encontrei a mãe na rua e ela falou que tirou o filho da escola. Achei estranho porque ela levou o filho para uma escola muito maior, que provavelmente, poderá negligenciar mais ainda uma criança. Ou não, como saber...?
Será que eu fiz bem em relevar este deslize da escola?
Taís, não é mole mesmo esse lance de fazer concessões por falta de opção. Principalmente depois de já termos sentido o gostinho de encontrar uma escola maravilhosa.
Mãe anônima, eu acho que você deve seguir seu coração. Acho que intuição de mãe é muito aguçada. Se você acha que não justifica tirar a sua filha da escola, não tire. Mas fique de olho e faça perguntas para a sua filha, procure saber como foi o dia e tal. E, sempre que tiver dúvidas, questione a escola.
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