Mais uma vez fica difícil não ressaltar os benefícios da amamentação:
Mas...quando chega a hora de introduzir novos alimentos, a coisa desanda. Aqui em casa foi MUITO difícil. Meu filho cospia a comida, travava a boca, se debatia, foi muito estressante vê-lo recusar a comida (que além de tudo, era tão gostosinha!).
Então, como sempre, apelei para a internet!
E achei um trabalho sobre o assunto que dá dicas muito legais. Não perguntem a fonte pois isso ainda é do tempo em que eu não me dava conta de que devia somente imprimir o necessário e, ao contrário disso, me recusava a ler qualquer coisa no monitor. Pobre do meu mundo se eu continuasse assim!
Vamos às dicas:
.Sempre comece com produtos menos propensos a causar alergia e como seu bebê está acostumado com o gosto adocicado do leite materno, comece com alimentos doces como banana amassada. O arroz é um grão muito tolerado pelo intestino pois é livre de glúten, baixo teor de proteína e rico em carboidratos. Portanto tem um perfil nutricional mais parecido com uma fruta do que com cereal. Por isso, misturado à banana ou feito como mingau bem ralinho no começo, é uma boa opção.
.Use seu dedo como a primeira colher do bebê: macia, numa boa temperatura e familiar ao bebê. Deixe-o sugá-la.
.Contente-se com uma colher, duas. Lembre-se que sua intenção é apenas introduzir novos alimentos, sabores e texturas e não encher o bebê.
.Aumente gradualmente saiba quando for bastante, seu bebê saberá pois fechará a boca, mexerá negativamente a cabeça ou afastará a colher.
.Para os bebês ainda em fase de amamentação, o melhor é começar os sólidos lentamente, até para que ele não deixe de mamar . Sempre ofereça novos alimentos pela manhã pois qualquer mal-estar acontecerá durante o dia. Dar novos alimentos à noite pode significar um noite ruim. Além disso, há sempre mais fome pela manhã, facilitando a introdução de novos alimentos.
.Esteja atento à reação do bebê a esta nova experiência. Se o bebê aceitar o alimento e der um sorriso, é sinal de que está pronto e disposto. Se o alimento for devolvido, pode ser sinal de que não está pronto ou ainda demonstrar dificuldade em manter a boca fechada enquanto move o alimento. Caretas engraçadas são comuns pois é uma experiência nova para ele.
Se ele abrir a boca a uma nova tentativa, ofereça. Se não, aguarde e tente mais tarde. Não desista e não fique ansiosa, é assim mesmo.
________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa
5 comentários:
Zapeando esse fim de semana, caí no fim do "Mom Show", do canal FoxLife. O tema era exatamente esse. E o que eu ouvi me deixou, como direi, chocada? Ofendida? Horrorizada? A mãe estava preocupada porque seu filho tinha cinco meses e ela queria desmamar a criança. A pobre, obviamente, não queria comer nada. E a mãe muito angustiada. Aí veio uma penca de sugestões/relatos das outras três mães do grupo: "Não dê o peito; deixa chorar que quando ele estiver morto de fome vai comer"; "Meu filho foi tão chatinho pra comer! Aí descobrimos que ele só gostava de coisas de sal; então, desmamamos ele com comidas desse tipo; você não imagina a voracidade com que ele pegava as batatas fritas do prato!", e por aí vai.
Nessas horas me orgulho de morar num país dito "subdesenvolvido", onde a selvageria nos faz ir contra as normas civilizadas e lutar (inclusive no Congresso Nacional) pelo direito de amamentar nossos filhos.
Ana, um livro que me ajudou muito foi Mamãe eu quero, da Sonia Hirsch, que minha homeopata emprestou. Aliás foi essa homeopata a pessoa que mais me ajudou nessa luta. Porque os pediatras em geral, receitam logo sustagem, farinhas e outras coisas do gênero, sem se preocupar em despertar, de fato, o interesse da criança pelos alimentos. Aqui em casa a situação melhorou muito, mas não é ideal. A gente tb evoluiu muito depois que fui a uma nutricionista (a que me passou a receita do suco!) e apliquei muitas das coisas que ela recomendou à alimentação da Laurinha. Acho que é uma eterna luta, e a gente precisa saber quando apelar pra recursos paleativos ou quando insistir no despertar do interesse, no desenvolvimento d eum bom hábito alimentar etc.
Beijo
Renata
Nunca tive talento para papinhas. Como você fazia a papinha do seu neném?
Ana,
Acho que fui fazendo isso que você relata meio por instinto, mas o início foi fácil. O período mais difícil foi de 1 ano e meio aos 2 anos e meio... Agora, graças a Deus ela come direitinho, embora para mim ainda pareça pouca quantidade. Mas come a variedade que precisa, mesmo que algumas vezes eu tanha que contrariar os médicos e disfarçar na comida.
Por exemplo, ela adora o nhame em vários pratos, mas não come se ele estiver em pedaços grandes. Então eu ralo, ou corto bem pequeno. O mesmo acontece com brócolis. Arroz com brócolis ela adora. Mas se for em pedaços grandes, "não gosta". Vai entender... Mas pra mim, o importante é que ela coma.
beijos,
Gente, é cada coisa que a gente escuta. Eu tenho uma conhecida que flava exatamente isso: meu leite não era bom e depois que desmamei, meu filho cresceu e engordou, uma beleza. Não preciso dizer que é uma criança acima do peso.
Eu não li nenhum livro da Sonia Hirsch, mas com certeza, estou perdendo porque só ouço falar bem! Graças a Deus, consegui fugir das fórmulas, nunca comprei para eles.
Eu fazia papinha de forma bem simples: colocava tudo numa panela - arroz cru, legumes bem variados,cebola,alho porró e o que mais desse na telha. Deixava cozinhar bem, com águ suficiente para fazer um caldo grosso no final do cozimento. Aí eu colocava nos potinhos freezer/microondas e congelava. Ia tirando a medida que precisava. Em geral. Fazia suficiente para 2 dias e ia pegando potes variados para a criança não comer o mesmo gosto dois dias seguidos. Tinha sempre uma reserva de 2 ou 3 sabores. E o potinho congelado era ótimo para levar para a rua. Minhas crianças comeram muio pouca papinha Nestlé, só quando apertava na rua e mesmo assim, não aceitavam bem porque estavam habituadas com um sabor melhor, modéstia à parte...rs. Não tinha quem não gostasse, ficava bom mesmo.Teve gente até me sugerindo a vender. Não é uma má idéia...
E hoje a gente também vai variando legumes e sondendo quando sabe que vai ter resistência. e passo pela mesmoa coisa com os dois: a fase entre 1 ano e meio e três anos...é braba! Mas depois melhora bem!
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