sábado, 5 de maio de 2007

ONGs, Estado Mínimo e outras pragas

Recentemente os jornais revelaram os números astronômicos envolvidos nos "repasses" de verbas governamentais para as chamadas ONGs. A ordem é de um "bi e meio" por ano, de grana "repassada" para instituições as mais variadas, desde associações voltadas para a defesa dos direitos das chamadas minorias (homossexuais, índios etc.) até outras voltadas para saúde, promoção social, inclusão digital, preservação ambiental...

Acho maravilhoso que tais organizações existam. Só não consigo entender uma coisa. A maioria das atribuições dessas organizações eram, em tempos idos, da alçada governamental. A "nova ordem mundial", ditada pelo capitalismo, impôs, dentre outras coisas, o enxugamento das atribuições dos estados (Estado Mínimo), "entregando" ao mercado e outras instâncias da sociedade a gestão de todas essas coisas "paternalistas" que atrapalham o funcionamento da "máquina governamental". Com o estado as atribuições "típicas de estado"!

Pois bem, o estado brasileiro fez direitinho o dever de casa. "rapou fora" (e continua celeremente "rapando", em pleno governo de esquerda!). Vieram as ONGs ocupar os espaços. Até aí tudo bem. Aí o governo vem e sustenta essas ONGs?! Qual a vantagem?
Eu, como sou muito burro, fico pensando se o governo não conseguiria fazer muito mais com o "bi e meio" do que as ONGs, já que essas tem que montar e sustentar uma estrutura técnico-burocrático-administrativa que o governo já tem!
Não sei não, mas eu penso que deve haver alguma coisa por trás disso que eu, como burro que sou, não consigo entender...
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IVO FONTAN

5 comentários:

Ana Cláudia disse...

Ivo,

infelizmente viemos num mundo apodrecido de coicentos básicos como ética, solidariedade, comprometimento. O jogo de interesses com finalidades exclusivamente financeiras não vêem limites. O GreenPeace, mundialmente conhecido, é contantemente questionado quanto à denúncias de suas atividades com intenções nada ecologicamente louváveis.
Vemos todos os dias denuncias de ONG's matidas e criadas (ou vice-versa) por parentes de políticos e que recebem quantias astronômicas, claramente, sem nenhuma justificativa para tal.
É a triste realidade de um país cujas leis beneficiam o crime e acobertam a corrupção.

Ana Cláudia disse...

Desculpem as letras trocadas...meu teclado tá com problema de junta...rs...

Anônimo disse...

E ainda tem mais, Ana Cláudia...
Eu não participo nem conheço totalmente de perto uma ONG, mas a aproximação que tive de uma e do projeto de outra (ambas relacionadas a Parto Natural que você conhece muito bem) me deixaram bastante decepcionada.
Embora se encontre gente de fato comprometida com a causa (e pessoas realmente admiráveis e fabulosas), infelizmente, a grande maioria mais influente é movida por pura vaidade.
Fiquei tão triste de ver isso que me afastei desses projetos e posso dizer que ainda não encontrei um grupo que fosse totalmente movido pelos ideais genuínos.
Quando não é dinheiro, é vaidade humana, luxúria, poder, status, notoriedade.
Uma pena.
Minha esperança é que as pessoas boas consigam reverter este quadro...mas acho difííícil...
Não nos falamos desde a sua gravidez do segundo, mas nunca esqueci de você.

Ana Cláudia disse...

Eu concordo 110% com o que disse, mas quem és?
Já é a segunda pessoa, se não me engano, que fala algo a respeito de parto natural que prefere ficar anônima.
Uma pena, dá à essas pessoas que você menciona a falsa sensação de um poder que elas não têm.
E enfraquece nosso desejo em mudar este quadro que merece pessoas muito melhores.
Bj!

Anônimo disse...

O pior é que as ONG's realmente sérias acabam desacreditadas.