sábado, 11 de agosto de 2007

Sacolas no Rio, só bio!

É!

Tramita no município do Rio, um projeto de lei que prevê que somente serão permitidas as sacolas plásticas de material oxi-biodegradável (OBP). Ou seja, são degradadas pelos meio-ambiente sem poluí-lo.

Tudo explicado no Projeto de Lei no. 1064/2007.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis, não acredita que movimentos como este virem lei.

Por que será?

Eu fui presenteada pela nossa amiga Cristiane pela bolsa reutilizável que é vendida nos Estados Unidos dentro dos supermercados para que as não usem as sacolas plásticas.
E já estou usando!

No site do Gabeira, constam maiores explicações sobre o projeto de lei e as necessidades de se adotar medidas urgentes para mudar o quadro poluente criado por essas aparentemente inocentes sacolinhas.

Contudo, me chama atenção que em nenhum artigo eu tenha lido o nome da vereadora que publicou o projeto de lei. Só vi nomes já conhecidos, como Gabeira, Minc, Cabral.
Ponto para o meio ambiente e porque não dizer, caso o projeto de lei VIRE LEI, ponto para a vereadora Nereide Pedregal que realmente fez algo importante para a qualidade de vida dos moradores de sua cidade.

Tal qual como esperamos, quando elegemos uma pessoa para um cargo público.

Esperamos ouvir muito ainda falar seu nome em projetos de lei tal como esse!

E esperamos que, contrariamente à vontade óbvia do presidente da associação de materiais plásticos, esse projeto vire lei.
Logo!


Saiba mais:


obs.: a foto foi obtida no site da funverde

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Texto de Ana Cláudia Bessa

15 comentários:

Cristiane A. Fetter disse...

Pelo menos temos a esperança de que alguma coisa está começando a mudar no Brasil. No sul já temos casos de supermercados que já adotaram esta sacola. Fantástico.
Tomara que este exemplo se expalhe para o resto do Brasil, ou então que se utilizem sacolas feitas de material reciclável e durável, assim a gente não junta tanto material dentro de casa.
Vereadora esperta, merece ser elogiada".
Ótimo post, boa lembrança Ana.
Abraços

Anônimo disse...

Penso que estamos prestes a assistir a uma verdadeira "briga de cachorro grande", pois justamente agora estamos iniciando a implantação de um megaprojeto no Rio - O Polo petroquímico de Itaboraí.
Sabem o que produz um polo petroquímico? Matérias primas para PLÁSTICOS!
Dentre eles, e em grande escala, justamente aquele tipo de filme usado nas embalagens.
E agora?
São mais de trinta mil empregos de um lado e toneladas e mais toneladas de sacolas plásticas de outro!
Complexo, né?

Anônimo disse...

Sou mais afeita à idéia de substituir as sacolas plásticas porsacolas de tecido ou papel reciclado. Por duas razões: a primeira é que as sacolas oxi-biodegradáveis, contém polímeros da mesma forma que as sacolas plásticas comuns, embora em diferentes quantidades, a diferença está no prazo de degradação, que é mais rápido. A segunda razão é que a adoção pode mascarar as responsabilidades, assim, com o pretexto de que é melhor adotá-la prefeituras, empresários e consumidores não precisariam mais se preocupar "por já estarem fazendo sua parte". Sou a favor de mais debates antes da adoção, pois até agora não há muita informação circulando sobre a composição das sacolas oxi-biodegradáveis, encontrei poucos artigos científicos a respeito.

Ana Cláudia disse...

A questão é bastante delicada. Acho difícil as camandas mais humildes usarem sacolas retornáveis. É claro, que muita gente usa, mas a conscientização, vem da educação. E quando nosso povo não tem educação,não tem infra-estrutura, acaba poluindo porque joga o lixo em qualquer lugar.

Não acho que as sacolas bio sejam uma solução definitiva. Contudo, entendo que elas terão um papel redutor do impacto e disseminador do quanto poluente as sacolas são.
A extinção das sacolas na sociedades é um passo muito mais aditante, acredito.
E mesmo assim, se o poder público deixar, como bem disse o Ivo...

Silvia D. Schiros disse...

Li em algum canto que essas tais sacolas "biodegradáveis" não são tão biodegradáveis assim. Que, na verdade, só parte do material é de fato biodegradável, mas que o resto continua no ambiente, apesar de mais "pulverizado". Agora não lembro dos termos específicos nem de onde encontrei essa informação, mas me pareceu que estimular o uso de sacolas oxibiodegradáveis é meio como que tapar o sol com a peneira.

Tem mesmo é que estimular o uso de sacolas reutilizáveis. A lei que deveriam estar tentando aprovar é a cobrança obrigatória de um valor pelo uso de sacolas descartáveis, de certa forma obrigando as pessoas a levarem sacolas de casa. Se vai ter gente reclamando? Ô, se vai! Na primeira vez em que fui num desses hipermercados em que você não tem sacolas à disposição (só pagando), eu estranhei e, confesso, achei ruim. (Ainda não era lá muito consciente das pequenas coisas que podemos fazer pelo meio ambiente.) O povo reclamaria MUITO se fosse obrigado a levar as sacolas de casa. E depois todo mundo se acostumaria.

Ana Cláudia disse...

Eu acho que a idéia de cobrar pelas sacolas é ótima.
Acho que a idéia da Cris de seguir o que fazem nos EUa, em ter coleta dessas sacolas no mercado, também é ótima.
As sacolas bios, não são o ideal, mas são melhores que as sacolas existentes.

As sacolas retornáveis são perfeitas, mas acredito que demore demais a pegar. E o preço disso será milhões de centenas de sacolas poluindo.
Por isso os paliativos têm o seu papel.

Além disso, vou ser bastante sincera pela minha própria experiência: COMO É DIFÍCIL MUDAR UM HÁBITO!Eu ando com a sacola retornável no carro, mas e lembrar de levar para dentro do mercado?
Estou fazendo um grande esforço para isso e quando não lembro, tento deixar o carrinho com o fiscal e ir buscar a mesma no carro. nem sempre dá, nem sempre lembro a tempo hábil.

E a verdade é que a maioria das pessoas não gosta do que dá trabalho. Eu vou mudar meu mau hábito, ah...vou! mas e a maioria, está disposta?

Anônimo disse...

Mais um "pitaco" aqui no debate das sacolas...
Também sou adepta da sacola retornável, e como a Ana Claudia eu também acredito que as oxibiodegradáveis são uma transição até que a sociedade em geral fique antenada para o impacto poluente dos plásticos.
Felizmente essa discussão está ganhando a mídia e começa-se a falar num assunto que até pouco tempo nem passava pela cabeça das pessoas.
Tem algumas informações que precisamos refletir também: as sacolas ou sacos de papel se degradam rapidamente, mas é preciso cortar árvores para sua fabricação.
As sacolas biodegradáveis feitas de amido de milho e outros amidos, sua produção envolve o cultivo em terras férteis que podiam ser utilizadas para a alimentação (como já está acontecendo com o biodiesel).
E por último, a informação que tenho a respeito da contaminação do solo causada pelas sacolas oxibiodegradáveis é de que ocorre por causa dos metais pesados contidos nas tintas utilizadas, e não por causa da matéria prima em si. Faço aqui um adendo de que não sou especialista no assunto e também necessito de informações técnicas mais acuradas.
Beijos a todos.

Anônimo disse...

Mercedes
As árvores cortadas para fabricação de papel são 100% de silvicultura (eucaliptos e pinhos). Não se usa madeira nativa para este fim.
Quanto aos metais pesados das tintas, de onde vieram? Das rochas e solos! Portanto eles não são "poluição" ( a não ser quando em grandes concentrações em corpos d'água ). Eles fazem parte da natureza!

Anônimo disse...

Oi Ivo,

Mesmo não usando mata nativa para a fabricação do papel, a demanda imensa que adviria da substituição das sacolinhas plásticas para as de papel por uma população que só cresce, acarretaria o aumento da área silvícola e consequente desmatamento de áreas nativas. A gente não pode se iludir quanto a isso porque é a triste realidade brasileira.
Quanto aos metais pesados, realmente todos vêm da natureza (assim como o urânio das usinas nucleares)... o problema é justamente a concentração desses metais no solo dos lixões (pois no Brasil só temos aterros sanitários decentes em 30% das cidades aproximadamente), chegando até o lençol freático e contaminando as águas. O número de sacolinhas plásticas é imenso. É o mesmo que ocorre com o descarte das pilhas e baterias, por isso os fabricantes agora estão sendo obrigados a recolhe-las para uma destinação correta.
Abraço.

Anônimo disse...

Mercedes, permita-me mais uma pequena discordância.
Não se faz sacolas para compras de papel "de primeira". Só de papel RECICLADO. O aumento da demanda, portanto, teria como principal consequência o aumento da "catação" para reciclagem.
Quanto à quantidade de metais pesados contidos nos pigmentos das tintas, é pequena demais para que se constitua num problema real de contaminação. Outras coisas que vão normalmente para os lixões Como as pilhas) apresentam concentrações extremamente mais elevadas destes metais.
O urânio usado como "combustível" nas usinas é ENRIQUECIDO, isto é, não é como se encontra na natureza. Uma pastilhinha deste urânio equivale ao elemento contido em toneladas do minério.

Muito legal este ping-pong entre a gente!!!
Abração

Anônimo disse...

Ivo

É ótimo mesmo este ping-pong porque a gente vai trocando informações e complementando aquilo que ainda não havia visto ou lido... eu acho mesmo fundamental! Por isso este blog funciona tão bem a 16 mãos (risos)...
Sabe que isso às vezes me faz falta lá no meu blog!
Mas voltando às sacolinhas: não não, o uso do papel reciclado é minoria, Ivo. Preciso me informar das estatísticas, mas pode ter certeza que é minoria. Lembre-se que o papel-pardo ou não-branqueado não é a mesma coisa que papel reciclado. Haveria sim uma demanda maior por celulose e consequente desmatamento de áreas nativas.
Quanto aos metais pesados, a concentração em cada sacola é mesmo ínfima, só que o número de sacolas é algo absolutamente avassalador num lixão... e o grande problema detectado é que as sacolinhas, por serem gratuitas, acabam sendo largadas em qualquer lugar em vez dos lixões. Vão parar nos rios, nas matas de beira de estrada, nos fios elétricos, etc.
Um pesquisador descobriu que no fundo do Oceano Pacífico existe uma área (pasme) equivalente a duas vezes o território brasileiro, coberta com lixo plástico. É um lixão no fundo do oceano.
O problema das pilhas e baterias é mais evidente, mais divulgado, por causa da concentração dos metais em cada item, mas o seu número absoluto não chega nem perto das sacolas plásticas.
Outra coisa que precisa de mais divulgação para o descarte adequado são as lâmpadas fluorescentes, ou chamadas lâmpadas econômicas, que contêm mercúrio.

Ah, desculpa a gafe do urânio! (risos)

Abração.

Ana Cláudia disse...

Gente, estou quebrando a minha cabeça sempre pensando numa forma de reduzir nosso lixo. E mesmo tentando reduzir, acabo poluindo, como vou contar num texto que já está prontinho para ser publicado em breve. Então, descobri uma forma de reduzir o uso de sacolas: eu levo no carro uma caixa pl´stica desmontável que tenho há muitos anos e usamos para tudo, super prática e a sacola que a Cristiane me deu de presente. Aí, peço para colocarem no carrinho as compras sem sacola plástica. Quando chego no carro, vou colocando dentro da caixa e da sacola.
Está dando super certo.
Claro que o pessoal do mercado estranha e eu aproveito para plantar a sementinha: precisamos reduzir o lixo, senão nosso filhos vão viver num lixão...

Cristiane A. Fetter disse...

Ana você falou tudo. As pessoas (funcionários) reagem de forma estranha quando você leva sua própria bolsa. Da sacole que te enviei eu uso em tudo que é lugar. Eu ando com uma na bolsa e uma no carro, assim não corro o risco de esquecer, é só uma questão de hábito.
Quando eu saco a minha sacola nas lojas, tenho a sensação que acabei de cair de outro planeta, risos. E olhe que aqui este tipo de bolsa é super divulgado.
Mas não podemos desistir. No outro dia eu estava lá com a minha sacolinha no mercado e a mulher atrás de mim viu e acabou combrando uma e disse que assim também era mais prático que aquele monte de sacolas plásticas.
Minha atitude já rendeu pelo menos 1 adepta.
Vamos dizer que isto seja uma releitura do que nossos avós faziam, levar sua própria bolsa para as lojas.
Estou gostando do ping-pong a gente é que acaba ganhando com tanta informação boa.
Abraços para Ivo e Mercedes.

Anônimo disse...

Não queram saber que é realmente a Sra. Nereide Pedregal!
Vocês iriam querem enforcá-la em praça pública.

Anônimo disse...

Reciclagem
Nossos governantes deveria incentivar a reciclagem, ao invés de ficarem boicotando as embalagens plásticas.
Os empresários deveriam entrar com um abaixo assinado contra essa ridicula atitude do governo.
Isso acarretará mais desempregos.
Ao passo que a reciclagem favorecerá mais empregos.
Unam-se contra isso..
Não é assim que vão resolver o problema do meio ambiente.