Hoje passei por uma experiência inédita na minha iniciada carreira de mãe: passei o dia fora de casa, longe das crianças. Vejam, não que eu tenha ficado em casa este tempo todo...mas passar o dia todo, saindo de manhã e voltando á noite, foi a primeira vez. E não foi tão fácil, nem tão difícil como eu imaginei...rs...
Mas o que me marcou foi o abraço que recebi quando cheguei em casa.
Nunca, desde que eles nasceram, eu havia recebido um abraço assim, tão forte, tão intenso. O caçula correu, gritou mããããããããããããe e deu um abraço longo, apertado, feliz! Normal, afinal, ele nunca havia sentido TANTA saudade da mãe...
Primeiro porque nunca fiquei tanto tempo fora e segundo porque agora ele compreende melhor as coisas, está crescendo. O mais velho já estava dormindo e acordou choramingando e se sentiu tão feliz ao me ver que chorou um choro aliviado que eu também nunca havia sentido nele. Me abraçou, se acalmou e voltou a dormir.
E esses foram meus abraços inéditos.
E que abraços...
Aí, pude sentir o que sentem as mães que precisam trabalhar e ficam longe de seus filhos.
Será que todos os dias recebem este abraço?
Se recebem, entendi o que as faz enfrentar este dilema e seguir da maneira mais forte possível: Este abraço.
Isso é o que elas recebem, e nós, mães que ficamos em casa, não temos oportunidade de vivenciar. Vivenciamos outras coisas muito legais, mas não esse abraço. E um abraço desses no fim do dia, vamos combinar, faz TUDO valer á pena!
__________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa
segunda-feira, 10 de março de 2008
O melhor abraço do mundo
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8 comentários:
Que presente! Vou esperar as mães responderem isso porque se for assim, vou providenciar logo o meu filhote.
Beijos!
Geovana (http://www.meninorude.blogspot.com)
Oi, Ana Cláudia;
Sim, um "Eu te amo, mãe" com um beijo (quando deixo as meninas na escola, às 7h30m) e um abraço apertado temperado com um berro de "Mamãe!" quando pego as duas às 18h30m é o que me faz levar adiante um dia de trabalho.
E, sim, Geovana, tenha filhos. Ao dar à luz você vai ver que engraçado: sua vida passa a ser aF (antes dos Filhos) e dF (depois dos Filhos). E, impressionantemente, a segunda parte vai te mostrar que algumas coisas que antes eram questão de vida ou morte tornam-se sem a menor relevância. E você mesma parece que nasce de novo - a vida ganha brilho, luz e, melhor, uma importância jamais imaginada.
Bjs
A Suzana aqui de cima falou tudo. A vida fica diferente. Eu ouvia muito isso do marido (ele tem duas do primeiro casamento) mas eu nunca tinha dado muita atenção, mas foi a pura verdade.
Quando eu vou buscar o meu na creche, sempre na área de brincadeiras, ele é o única que larga tudo na hora e corre aos berros de mamãe, feliz, dando cambalhotas e depois que me abraça, avisa aos amigos, estou indo embora para casa com a MINHA mãe.
Ai ai, é muito bom.
Beijocas
Que delícia...não temnada melhor nessa vida!
Eu tb nunca deixei a minha tanto tempo...durante a unica semana em que trabalhei apos minha licença maternidade, ia amamntá-la no horário de almoço...rs
Mas acho que chega uma hora que é preciso experimentar um pouco de afastamento. Está nos meus planos para breve passar um fim de semana em itaipava com meu marido, e deixar minha filha com minha mãe. Como fica pertinho do Rio, e vai ser uma noite só, acho que vai ser um bom teste...
Beijos
Renata
Nossa, lendo seu texto eu fiquei lembrando de mim mesma. Já sou mãe há sete anos e só agora sei o que significa isso, esse mãaaae, seguido de um abraço bem apertado.
Me alegro por todas as mães que recebem esse abraço e me entristeço pelas mães que lutam tanto pelos seus filhos e que não sabem o que é isso.
Não que nossos filhos com deficiencia não nos abracem mas acaba sendo diferente quando se trata de uma deficiencia motora grave.
Belo texto.
Tem um presentinho pra vc lá no blog.
Bjs
Quando encontro alguém com dúvida em ter ou não um filho , digo: tenta, Deus só vai te mandar um filho se você puder tê-lo e merecê-lo. Claro que tem uma parte, que chamo de lado B, mas, quando chego em casa após um longo dia de trabalho e elas correm pra porta gritando e pulando: mainha, mainha, mainha ... ou quando recebo o mais delicioso beijo na buchecha, ou quando tô pra lá de estressada, querendo querer que escuto: Ô mãe? Ah! meninas filho é TUDO!!!!!!!
Beijo
Ana, eu tenho saído mais também agora para reuniões do Nossa Via e tem sido diferente ficar sem os meninos. Mas eles estão tão orgulhosos de mim que dá gosto de ver! Interessante como eles reagem de forma inesperada.
Abraços e parabéns pelo blog, está cada dia melhor.
Sam
a vida como a vida quer
É amigas...
ser mãe é uma eterna dúvida entre ter os abraços especiais e os abraços constantes...
eu vou temperar os dois...risos....
E Antônia, obrigada pelo Prêmio, adoramos! Obrigada, obrigada, obrigada!
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