quarta-feira, 12 de março de 2008

A "terrível" CATAPORA

Acredito que a grande maioria de nós, aqui presentes, teve catapora. Eu tive.

Claro que eu era pequena para poder hoje relatar os detalhes, mas sei que passei por ela como a maioria: coceira, alguma febre, algumas pústulas inflamadas, e uma marquinha no rosto (no meu caso) de uma “unhada” mais desesperada. Minha “vacina” contra a catapora, foi a própria catapora.

E vim flar disso porque me chamou atenção uma fortíssima propaganda que vi na rua falando que o pior da catapora é ela se agravar...(qualquer doença é assim...)

Aí, fui pesquisar e descobri uma entrevista de um determinado médico, a informação de que a catapora embora seja comumente benigna, é impossível prever se realmente assim o será. E ainda dizia que uma boa nutrição, boa higiene e bons cuidados em geral não são garantia, chamando isso de mito e ledo engano.

Mas peraí? Mito? Ledo engano? Pode até ser que isso não seja garantia, mas daí a ser mito vai uma distância muito grande. Afinal, boa nutrição, boa alimentação, boa higiene são , sim, parte dos mais importantes passos para se ter boa saúde. Achei o maior terrorrismo para aqueles pais e mães mais apavorados. Já os vi, descabelados, correndo para dar a vacina contra a catapora numa clínica particular (já que essa vacina é paga e não é dada (gratuitamente) no posto de saúde).. E aí, veio mais uma estatística: 40 mortes por varicela (ou catapora) em 2 anos. Leiga como sou, acredito que a recente notícia de que o trânsito representa 4% das mortes no Brasil, já me dão o seguinte recado: mais fácil morrer de andar de carro do que de catapora.

Além disso: essas 40 mortes se deram em que circunstâncias? Onde viviam, como estavam nutridas e medicadas, estavam sob cuidados adequados e acesso a condições higiênicas básicas? Infelizmente, o artigo não entrou nestes méritos. Apenas citou o alarde e as complicações: hepáticas, neurológicas e respiratórias que “podem” estar associadas a essa doença. “Além disso, as feridinhas banais da catapora podem ser infectadas por bactérias agressivas e produzir uma infecção generalizada gravíssima conhecida por septicemia.”

Cruz credo!Que pai e mãe que quer isso?

É claro que eu não estou falando aqui que isso não pode ocorrer. Pode. Mas há que se ponderar que são casos específicos . Ainda é menos seguro andar de carro. E eu continuo andando com meus dois filhos.

Assim como algumas experiências fazem parte da formação do nosso caráter, acredito que algumas doenças fazem parte do nosso amadurecimento imunológico. E tudo na vida pode complicar. Não sou a favor e não acredito na “segurança” de um mundo inerte e livre de doenças.
Não quero e nem estou defendendo a não-vacinação. Eu defendo, e muito, a autocrítica, o questionamento. Porque devemos aceitar todas as informações que nos chegam sem questionar? Porque o nosso bom senso é posto de lado mesmo em detrimento de afirmações questionáveis? Estamos nós, sem condições básicas de higiene, educação e alimentação para nos submeter a essa vacinação indiscriminada?

Os médicos defendiam o raio x para gestantes, hoje sabe-se que não é indicado...
E agora se promove um festival de ultrassonografias durante a gravidez que talvez no futuro, serão trocadas por oputro procedimento porque sempre foram maléficas e ninguém “sabia”, ou falava...
Sei...sei...misturei os assuntos, mas é tudo ingrediente da mesma sopa!

Tudo, inclusive a tecnologia médica deve ser usada com critério e bom senso.

Leia mais:
"Existe, também, o perigo de que as vacinas mudem a forma de como as infecções afetam o corpo humano. A idade com que as crianças costumam contrair caxumba aumentou desde que a vacina contra caxumba foi introduzida. E a caxumba atípica (uma forma da doença muito perigosa e difícil de tratar) está se tornando mais comum. Que novas cepas de doenças estamos introduzindo ao usar vacinas de forma tão imprudente?"

Fonte: Vernon Coleman's Health Letter, vol. 5 nº 3, outubro 2000

http://www.taps.org.br/Paginas/vacinart09.html
Apesar de recomendadas, vacinas causam dúvidas
Catapora-sintomas e como cuidar

Ah...o texto abaixo foi publicado na Revista SuperInteressante. É longo mas é muito bom!

__________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

5 comentários:

samegui disse...

Eu vacinei os meninos contra catapora. Giorgio tinha apenas 9 meses e teve um surto na nossa cidade e foi pesado no condominio onde morávamos, com crianças passando muito mal. Não me arrependi.
Quanto às ecografias, achei muito pertinente você levantar o tema. Ficarei de olho para ver se publicará algo sobre o assunto. ;)

P.S. Neste tema, minha prima Leninha publicou em seu blog a tradução de um estudo alemão sobre uso de microondas. Veja .

Renata disse...

Oi Ana.
já comentei aqui como essa controvésia toda consome meus neurônios, né?
Com minha filha seguimos a orientação do pediatra (que tb é infectologista, um dos melhores segundo ouvi de outros médicos) e super vacinamos. Mas na medida que vou ouvindo coisas e tetando me posicionar, percebo que minha inclinação, no próximo filho, será de vacinar menos, embora meu marido tenha a posição de dar todas as vacinas. Menos no sentido de restringir a vacinação àquelas referentes à doenças que, como diz minha homeopata, espoliam mais a criança. Ela é contra vacinar contra as doenças da infância, como a catapora, sarampo, rubeoloa...também critica a da gripe. Roatvirus ela acha necessário dependendo das condições de higiene e saúde do bebê, no que eu concordo com ela. Aliás gripe e rotavirus foram justamente as vacinas que minha filha não tomou. Os médicos antroposóficos, acho, tem uma posição mais radical. Segundo uma médica que conheço, a vacinação desequilibra o sistema imunológico prejudica o estado geal da criança. Ela me falou que a criança vacinada contra as doenças da infância pode acabar desenvolvendo doenças mais graves, como meningite. Enfim, são tantas informações...é preciso formar um juízo, usar a intuição e ter fé na decisão que tomamos, qualquer que ela seja. O importante, como vc disse, é questionar, sempre!
Beijos
Renata

Geovana disse...

Ana. Estamos jogando fora ensinamentos e vivências culturais por experiências médicas. A cada dia nos dizem o que é bom ou ruim e a gente corre pra consumir, desperados por viver e não ter doenças. Não tive a catapora, mas meus irmãos tiveram e foram curados com higiene, boa alimentação, repouso, pasta dágua nas feridas e muito, muito carinho e cuidado. Isso vem de gerações e não há por que ser diferente.
Geovana (http://www.meninorude.blogspot.com)

Carla Beatriz disse...

Eu tive catapora aos 12 anos, bem como meu irmão e praticamente todos meus amigos mais próximos. Lembro de ficar de molho em casa por uma semana e depois voltar às aulas normalmente.
Vacinei meu filho contra catapora, quando ainda não havia lido nada sobre a questão das vacinas. Depois que fiquei por dentro do assunto, minha filha não soube o que era receber essas agulhadas.
Como teu post fala, a catapora será fatal, se esta for porta de entrada para bactérias e causar infecções graves, mas creio que isso é um acontecimento bastante raro e que não deve causar pânico na população.

Ana Cláudia disse...

Pois é, gente.

Acabei de ler no jornal que a Tuberculose já está apresentando um tipo MUTANTE.

No fim da matéria, o pesquisador (se contra) diz que o tratamento não deve mudar mas....
que a vacinação (que acontece logo ao nascer: BCG) pode fortalecer o vírus da tuberculose ou provovar uma tuberculose mais forte e difícil de tratar.

Como sempre, ninguém fala o que deve ser falado e a gente continua sendo tratado INDISCRIMINADAMENTE para uma doença que antes era cuasada pela falta de infraestrutura e se agravava por falta de tratamento.
Hoje qualquer um, com infra estrutura ou não é vacinado e os genes da doença , como acontece na natureza, ficam mais forte porque querem sobreviver.

Estou alucinada?