quinta-feira, 3 de julho de 2008

A vacina e a Hepatite B

Essa vacina é uma das recomendadas logo ao nascer.
Contudo ao procurar informações a respeito dessa vacina passei a me perguntar se não é um exagero dar uma vacina dessas a um bebê visto que hepatite B somente se contrai em transfusão, relação sexual, troca de fluídos, etc...

Uma das explicações para essa administração precoce, cujo esquema é completo aos seis meses (a primeira ao nascer, a segunda com um mês de vida e a terceira aos seis meses de vida), é que é nessa fase da vida que estamos produzindo a maioria de nossos anti-corpos contra muitas doenças e alguns imunobiológicos agem com mais eficácia em determinada faixa etária, principalmente na infância. E essa produção de anticorpos, quando administrados na fase adulta, pode não possuir a mesma eficácia.

Deve-se também ao risco da transmissão da hepatite B de muitas mães para seus bebês durante a gestação ou durante o parto. Mas ainda assim fiquei com uma dúvida a respeito da transmissão mãe-bebê:
Se essa vacina é tomada depois do nascimento, ela cura depois da transmissão, caso aconteça durante o parto ou a gestação?
Se a mãe já tiver Hepatite b, adianta vacinar?
Ela previne essa transmissão, ou cura depois de transmitida durante a gestação ou parto?

Aí, recebi o texto abaixo extraído do livro "Vacinar - Sim ou Não?", de Ulrich Koch, ed. Paulus, (2004):"A hepatite B é uma infecção do fígado que pode ser transmitida pelo sangue ou outro líquido do organismo. Isto deveria reduzir sensivelmente o grupo de risco e é totalmente incompreensível que a vacina contra hepatite B tenha sido incorporada às vacinas universalmente recomendadas. Antes do ano de 1995, na Alemanha, apenas um grupo reduzido era vacinado (pessoal da saúde, doentes que freqüentemente recebem uma transfusão, dependentes de drogas e pessoas que viajam para região de alto risco) sem produzir algum efeito sobre a pequena quantidade de doentes. Talvez esse fosse o motivo para aconselhar uma vacinação ampla, que também não terá um efeito sobre a incidência da doença, frente ao risco reduzido de contágio para o indivíduo normal ou a criança. Quando essa infecção do fígado ocorre, existe o risco de que para uma pequena porcentagem de doentes a infecção evolua para uma hepatite crônica, que pode causar a destruição total do fígado e levar à morte. Quanto mais jovem o paciente, maior a probabilidade de uma destruição do fígado. Por isso temos um grupo que certamente deveria ser vacinado; os recém-nascidos de mães que sofrem dessa doença e ainda podem transmiti-la. Nesse caso, o risco de uma infecção crônica letal do fígado é de 90% e vacinação representa claramente o menor risco. Entretanto, a defesa imunológica dessa criança muitas vezes é tão fraca que não haverá uma reação suficiente à vacinação. Vacinar-se também faz sentido para as pessoas que recebem freqüentes transfusões, para hemofílicos ou pessoas dependentes de diálise (quando os rins não trabalham mais e o sangue precisa ser purificado artificialmente), para dependentes de drogas e pessoas com muitos parceiros sexuais. Diante desses fatos, não deverá ser difícil decidir se a criança ou adulto está enfrentando esse risco e precisa realmente proteger-se.
Desde 1990 os EUA começaram esse esquema de vacinação desde recém-nascido porque é uma forma praticamente certa de que quando crescerem, estarão imunizados (é mais fácil fazer uma criança pequena tomar 3 doses de vacina que um adulto). E adultos sim, estão em grupo de risco por causa da atividade sexual (nem sempre protegida), uso de drogas intra-venosas, etc.
No entanto, apesar de ser compreensível, não parece ser um argumento válido para justificar a vacinação dos recém-nascidos que estão fora do grupo de risco. A vacina poderia acontecer mais tarde, mesmo que ainda na infância.”

Bem...depois de ler isso podemos entender(não concluir) que a maioria das crianças não está no grupo de risco da hepatite B e segundo o texto do livro, crianças muito pequenas não tem resposta imunológica suficiente. O que transformaria a chance de imunização numa provável ilusão. Perigosa, inclusive, visto que estaríamos confiantes e tranquilos de sua eficácia ao ministra-las seguindo o calendário recomendado pelo Ministério da Saúde. Ou seja, se a vacina não teve resposta na infância...chega a ser criminoso fazer a população acreditar que está imunizada.

O que vai em desencontro a informação que recebi que é nesta fase de recém-nascido que estamos desenvolvendo a maioria dos imunobiológicos. E terminando com uma citação feita durante um debate no orkut: “Vacinar deve ser uma decisão informada, o problema é que as pessoas ou não tem acesso à informação ou tem preguiça de pensar e contestar ... e quem acaba pagando o pato nem sempre teve opção de escolha ...”

Não quero com isso que encarem meu post como uma apologia a não-vacinação. Meu texto é uma forma de questionar, de mostrar que as informações são contraditórias e necessitam de nossa avaliação. Até porque :
-pudemos ver que vacinar não é incondicionalmente sinônimo de imunização pois não conseguimos ter certeza de que o organismo vai responder adequadamente;

-e em segundo lugar, eu tentei receber informações via e-mail sobre vacina com os órgãos competentes e não obtive nenhuma resposta. Ou seja, não há esclarecimento quando nossos questionamentos são feitos.

A quem interessa essa falta de informação?
________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa

3 comentários:

Carla Beatriz disse...

É por isso que eu optei por não vacinar (cof! cof! cof!) minha filha. ;-)

Mariana disse...

Olá! Acabo de chegar no seu blog e li com muito interesse os posts... Não tenho filhos (ainda), mas me interessa tudo que possa ajudar a pensar e questionar, afinal, humanos somos todos iguais, falhos, ninguém é superior a outro que possa afirmar verdades incontestáveis por si.
Gostei muito do seu blog! Vou te linkar para poder voltar facilmente. Abração e fique com Deus!

Anônimo disse...

O texto está extremamente claro e vem provar mais uma vez o quanto as vacinas são cercdas de mistério e desinformação.

Eu repito a sua pergunta: a quem interessa essa falta de informação?