A TODO VAPOR!
Eu adoro quando em uma só atitude a gente consegue juntar coisas interessantes como: ecologia, saúde e prazer.
Aqui em casa cozinha-se com muito pouca água e quase nenhum óleo.
No entanto não somos uma família que segue uma dieta rígida, nada disso.
Tá certo que eu procuro balancear os alimentos e evito fast-food, dando sempre preferência a verduras e legumes orgânicos. Mas não podemos ser classificados em nenhuma das correntes alimentares mais restritas (vegetarianismo, lacto-ovo-vegetarianismo, crudivorismo, macrobiótica, etc, etc). Somos onívoros, tendendo a uma linha natural.
Mesmo assim, dá para fazer essas duas coisas citadas acima: cozinhar com pouca água e quase nenhum óleo. Hoje vou falar da pouca água no cozimento. Num próximo post explico o pouco óleo.
Quando você cozinha os alimentos mergulhados na água, além do desperdício da mesma (faça as contas para o período de um ano e veja que não é bobagem), boa parte dos nutrientes se perde no processo. Eles vão embora pelo ralo, a menos que você sempre use essa água para fazer uma sopa, por exemplo. Mas o mais interessante é que junto com eles vai embora também boa parte do sabor. Sim: se você experimentar um legume qualquer cozido no vapor em vez de diretamente imerso na água, verá que nunca antes tinha sentido o sabor real do dito cujo. Eu garanto.
Se somado a isso você ainda puder consumir orgânicos, aí a diferença de sabor é gritante. E a saúde agradece. Mais vitaminas, menos agrotóxicos, mais sabor, menos poluição ambiental ... tudo de bom!
Para cozinhar no vapor, é simples. Se você puder adquirir uma panela própria para isso, ótimo. Se não puder ou não quiser investir enquanto experimenta, existem ótimas alternativas e todas elas funcionam bem. Eu cozinho no vapor há uns 15 anos mais ou menos, e só há um mês é que finalmente comprei a panela "certa", que pode ser vista nas primeiras fotos. Ela é composta de 3 partes: a panela propriamente dita (onde você vai colocar uns dois ou três centímetros de água), a cesta perfurada (onde vão os alimentos), e a tampa. Encaixando as três partes, leva-se o conjunto ao fogo, e quando aquele pouquinho de água começa a ferver, abaixa-se o fogo e deixa-se de 10 a 30 minutos, dependendo do alimento e do tamanho dos pedaços que você colocou.
Eu já fiz de tudo: milho verde, batata, abobrinha, cenoura, beterraba, brócolis, couve-flor... o milho fica uma cooooooisa!!! E o brócolis, com azeite de oliva e sal... hummmmm!
Mas como eu estava dizendo: não precisa ter exatamente essa panela aí. Você pode improvisar com excelentes resultados, usando um escorredor de macarrão dentro de uma panela grande com tampa, por exemplo (como esse da última foto). Os alimentos ficam dentro do escorredor e a água no fundo da panela. Pode também usar o que eu usava antes: uma rede daquelas metálicas feitas para escorrer batata frita, que fica pendurada nas laterais da panela, e os alimentos dentro dela, sem encostar na água do fundo. Enfim, o que estou dizendo é que você pode experimentar hoje mesmo com o que já tem em casa. E mudar mais um pouquinho a sua qualidade de vida. E também economizar mais um pouquinho de água... além de fechar a torneira enquanto escova os dentes, não lavar a calçada e o carro com mangueira, etc, etc...
Vale a pena tentar! O post fica aberto pra você me contar suas peripécias culinárias depois...
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Texto de Mercedes Lorenzo
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Recado da Mercedes
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9 comentários:
Mercedes, querida, outro dia estava lendo uma lista de sugestões para tornar o dia-a-dia em casa mais ecológico, e uma delas era cozinhar mais com panela de pressão.
Aí você falou do milho cozido no vapor: não leva séculos pra ficar pronto, gastando muito gás, que também é um recurso natural?
Beijos,
Silvia
Mercedes,
muito legais suas dicas.
Eu nunca tinha pensando em adaptar o escorredor numa panela.
Realmente, cozinhar no vapor é muito melhor. Mas concordo com a Silvia. Para alimentos mais duros, o melhor é ainda usar a panela de pressão. Cozinha mais rápido e a´te com menos água do que convencionalmente.
Olá meninas,
surpreendentemente o milho não leva esse tempão todo para ficar pronto no vapor, pelo menos se a panela for bem vedada, bem encaixada. Quando eu fazia a adaptação, aí sim demorava mais tempo e aconselho realmente a usar a panela de pressão. Com feijão se dá a mesma coisa: panela de pressão é melhor. Agora, para os legumes, é questão de 10 minutos no vapor, e o sabor fica melhor do que na panela de pressão, além de poder controlar melhor a textura.
Beijos às duas.
Uma pequena contribuição:
A água fervente está, NO MÁXIMO, a 100 graus. O vapor está, NO MÍNIMO, a 100 graus.
Oi. Tenho duas cadelas e fico num dilema: Se eu cato o cocô e coloco num saco, ele vai ficar um tempão preso lá, deteriorando em vez de ser aproveitado pela terra. Se eu deixo na área comum do condomínio, causa constrangimento aos vizinhos e, se coloco num jornal (solução que encontrei), tenho que jogar o mal cheiroso no coletor de lixo e nem sei se fica ruim pra coleta.
Tem alguma solução ecológica e de boa vizinhança? Se tiver, por favor escreva sobre isso. Beijo.
Recolher num jornal ao invés de saco plástico é o primeiro passo. O segundo é enterrar (com jornal e tudo) em qualquer canteiro ou terreno disponível. Se tiver tempo, melhor ainda é enterrar só o cocô e descartar o jornal no lixo comum ou coletor de papel p/ reciclagem.
Os gatos nos ensinam isso!
Em casa, eu recolho e jogo no vaso sanitário. na rua, recolho e trago prá casa e dou o mesmo fim.
Quanto à questão de enterrar, me pergunto se isso não pode chamar ratos e outros animais...
Ana, o único animal que eu conheço que come cocô é jabuti!
E mesmo assim, só o dele próprio!!!
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