segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Vacina MMR x Autismo: mais fatos

Semana passada, assisti um novo programa da Oprah Winfrey. E tenho que admitir, gosto dela.
Quem foi lá ser entrevistada foi Jenny MacCarthy que escreveu um livro sobre seu filho diagnosticado com autismo após receber a vacina MMR (ou Tríplice Viral = caxumba, sarampo e rubéola), que no Brasil é encontrada na Rede Pública de Saúde e consta no calendário de vacinação em dose única aos 12 meses de idade e um reforço entre os quatro e seis anos de vida .

Eu vacinei o meu menino mais velho com a MMR e na época, eu estava começando a me informar mais sobre vacinas.
Comentei com a médica e ela agiu exatamente como os médicos citados no programa. Somos mães influenciáveis por qualquer coisa que vemos na internet. Não com essas palavras, é claro. Vacinei, e vou ser sincera, não vacinei segura de que estava fazendo o melhor.

Tem gente que acredita na relação MMR e autismo, tem gente que não acredita. Já ouvi falar de estudos que mostram que não há relação, outros que mostram que há. Médicos que recomendam invariavelmente a vacinação, médicos que não recomendam (principalmente homeopatas ou antroposóficos que se baseiam na ciência dos métodos naturais). Contudo, as instituições governamentais , até onde sei, não se manifestam, não se responsabilizam e os laboratórios idem. Ninguém prova de fato, nem que sim, nem que não.

Eu ainda não tinha me convencido que as crianças que desenvolviam autismo depois da vacina, não eram crianças já pré-dispostas. E meu filho não apresenta nenhuma pré-disposição, pensei.
E o filho da Jenny também não....e era tão normal quanto meu caçula (que ainda não foi vacinado) é: brinca, corre, sorri, tenta falar... e ela mostra pelas fotos a modificação na expressão de seu filho depois da vacina. "Parece que lhe tiraram a alma". Porque o autismo tem essa característica: o indivíduo se isola e e tende a não interagir com as outras pessoas, não demonstrar afeição, não se expressar, entre outros sintomas. A vida de seu filho mudou, seu casamento acabou.

Foi assistindo seu depoimento que entendi finalmente que não temos como saber se nosso filho tem ou não pré-disposição, principalmente se ele não apresenta sintomas claros. Infelizmente a vacina pode desencadear este processo e ninguém, ninguém vai lamentar depois, além de nós.
Seremos mais um número.
Seremos mais um caso. Porque simplesmente também não se tem informações definidas sobre a causa do autismo: é um distúrbio neurológico que acomete principalmente meninos na faixa etária aproximada dos 3 anos de idade.

Várias coisas importantes foram tratadas no programa:

  1. O laboratório respondeu a uma solicitação do programa informando que não sabem dizer se há relação entre o Timerosal usado nas vacinas e o autismo e que pesquisas estão sendo feitas neste sentido.

    Já é um ponto a favor não terem negado a existência de relação. De qualquer forma, não se pode esquecer que existe uma forte suspeita e muitos casos confirmados. Infelizmente, somos submetidos á vacina sem a informação do risco que nossos filhos correm.
  2. .
  3. Jenny, que escreveu um livro para contar sua história mencionou algo importante: vacinas são importantes mas quem disse que a mesma vacina serve para todos?

    E isso é fundamental, afinal, se seu filho tem pré-disposição a desenvolver autismo e o Timerosal pode desencadear este processo, então, nem todas as crianças podem ser vacinadas indiscriminadamente. Não sei como saber que temos pré-disposição mas pretendo ler mais a respeito antes de dar a MMR para meu caçula, que está prestes a completar 2 anos.
  4. Que as mães devem ser ouvidas pelos médicos de seus filhos! As duas mães que deram depoimentos no programa foram categóricas na maneira como foram tratadas: como estúpidas, burras e que não sabiam o que estava dizendo. É a velha mania ou formação acadêmica que faz médicos se sentirem deuses.

    E isso é tão forte que uma das maiores pragas arrogantes que existem, é estudante de medicina. E é claro que estou generalizando. Uma minoria absoluta não é, mas não é dessa minoria que estou falando. Ou estou errada?

E o mais importante: Jenny, não se entregou! Jenny foi à internet e pesquisou tudo sobre Autismo. E em seu livro ela conta exatamente sua experiência pois ela aprendeu várias coisas que a levaram a reverter o autismo em seu filho. Ela consegue provar pela própria experiência que é tratável. Simplesmente ela precisou correr atrás da informação. E isso tudo é tão incrível que uma de suas descobertas se baseou na mudança da dieta de seu filho. Vale á pena , para quem se interessar pesquisar na internet pois existem vários depoimentos dela, vídeos e entrevistas.

E nós batemos tanto aqui nesta tecla...que a internet é um vulcão de informações, acessíveis e cada dia mais democrática.

E para terminar, as estatísticas são ainda mais alarmantes quando revelam uma predisposição em meninos (contudo, quando na menina, é mais grave) e uma relação de 1 caso para 94 crianças, atualmente. Antes essa relação era de 1 para 1500 e já foi de 1 para 3000 (isso nos Estados Unidos, aqui não encontrei estatísticas oficiais). Isso em casos de autismo, apenas. Não são casos de autismos relacionados á vacinas. Apenas relacionam que o aumento de casos de autismo po ter relação com a vacinação.

Na Inglaterra a vacina já foi substituída por vacinas individuais para as três doenças. A minha pergunta que não quer calar e que preciso ainda pesquisar a respeito é porque a MMR é relacionada ao autismo quando o timerosal é usado como conservante em quase todas as outras vacinas. Será que na MMR é em maior quantidade? Se for isso, as outras vacinas múltiplas ocultam os mesmos riscos?

Não pensem que eu sou contra ou a favor de vacinas, quando escrevo a respeito é porque acredito que as pessoas precisam é questionar mais e se informar mais antes de encher nossos filhos de medicamentos. As super-bactérias já são uma realidade e num jornal desta semana saiu uma matéria sobre 4 mortes possivelmente causadas por elas no hospital de Bonsucesso, no Rio de Janeiro. O hospital nega.

E nós, vamos nos negar a nos informar? Até quando?

Para ler a reportagem em inglês:
Vídeo:
http://br.youtube.com/watch?v=d2lx3MHtI2o]
Escrita:
http://www.oprah.com/tows/slide/200709/20070918/slide_20070918_350_101.jhtml

Mais entrevistas em inglês:
http://br.youtube.com/watch?v=Gc8QETKbquc

Sobre autismo: http://www.autismo.com.br

Nossos posts comentando outros programas da Oprah Winfrey:

http://ofuturodopresente.blogspot.com/2007/06/pedofilia-e-escola.html

http://ofuturodopresente.blogspot.com/2007/06/crianas-e-computadores.html

Mais posts nossos sobre vacinas:

Gripe: http://ofuturodopresente.blogspot.com/2007/05/vacina-contra-gripe.html

O papel das doenças : http://ofuturodopresente.blogspot.com/2007/05/gripe.html

__________________________________________________________________________________ Texto de Ana Cláudia Bessa

21 comentários:

Anônimo disse...

Oi Ana! Muito legal vc abordar esse tema. Aqui em casa a gente conversa muito sobre isso. Com a nossa filha aprendemos muita coisa a respeito, ouvimos diversas posições e optamos por seguir a orientação do pediatra dela, alopata, que é tb infectologista (segundo a nossa homeopata ele é um dos melhores infectologistas por aqui). Conclusão: vacinamos pra caramba, inclusive varicela, que não está no calendário do MS. Rotavirus e gripe consegui evitar pois acho o fim vacinar contra esse tipo de doença uma criança que vive em excelentes condições de nutrição, higiene e emocionais. Meu marido tem certeza que fizemos o melhor, já eu tenho minhas dúvidas. Felizmente não tivemos problema com as vacinas, mas no proximo filho eu optaria por vacinar menos, me ater às vacinas do calendário oficial, se tanto. Essa é a recomendação de nossa homeopata, que considera que embora as vacinas causem um desequilíbrio no sistema imunológico, do ponto de vista de saúde pública são necessárias, evitam muitas mortes (especialmente em se tratando da maior parte das crianças brasileiras, pobres e sem condições de saúde, nutrição e higiene adequadas).
Eu não tenho coragem de assumir uma posura radical e não vacinar nada, pois tenho medo, embora acredite que as doenças estão totalmente relacionadas ao estado emocional da criança. Não acredito, por exemplo, que uma criança fique doente pelo contato com outra que está. Juro, já vi crianças tossindo e espirrando na cara da minha filha e ela não pegou nada. Mas já pegou em outras situações sem que eu tenha percebido contato com alguem doente. Enfim, eu tenho um pensamento bem antroposófico, mas ainda não consigo bancar uma postura totalmente anti-vacina. Conhecó gente que banca e tem os filhos super saudaveis! Vivemos a cultura do medo, os médicos arrogantes, a indústria farmacêutica menos poderosa e cruel somente que a indústria b;elica, enfim...fica difícil ignorar a pressão cultural que sofremos. Nosso pediatra, defensor das vacinas, diz que as crianças que não se vacinam estão protegidas por um cinturão formado pelas vacinadas.
Mas quem sabe um dia consigamos nos desvencilhar desse medo? Por enquanto vou tentando equilibrar com a homeopatia e uma postura de preocupação com o estado emocional da família toda, assim acredito que teremos mais saúde.
Os temas que vc aborda são fantásticos, e eu acabo escrevendo um testamento quando comento!
Beijos
PS: Não me esqueci do seu pedido não, viu? Meu irmão anda um pouco ocupado, mas acho que semana que vem conseguiremos trabalhar nele! Bjs

Anônimo disse...

Ana, só mais uma coisa: na pais e filhos de outubro saiu uma entrevista com uma psiquitara especialista em autismo, bem interessante. Ela não toca nessa questão das vacinas, mas afala sobre o "aumento" de casos, criticando essa ideia pois segundo ela o que ocorreu foi um aumento do que eles chama de espectro - antigamente consideravam autistas apenas os casos mais graves. Bem interessante. Eu já tinha ouvido falar sobre essa coisa das vacinas e o autismo, mas tb já ouvi muito sobre o autismo estar relacionado ao estado emocional e não a fatores externos.
Beijos

Vera Falcão disse...

Ana, muito bom teu texto!
É, por essas e outras, que não vacino mesmo... e não me arrependo, já tenho filho adulto nunca vacinado e muito saudável, provando (pelo menos para mim) que fiz uma escolha acertada.
Há muitas alternativas para a vacina, mas como isso impõe uma mudança radical no estilo de vida, é mais fácil recorrer à "imunização vacinal".
Enfim, lamento por todas as crianças prejudicadas e tenho certeza que em breve, a verdade vira à tona, é só uma questão de tempo (esse programa já é uma demonstração de que ela está chegando a passos largos...)
Abraço

samegui disse...

Ana
muito interessante você ter escrito. Eu tb gosto da Oprah e já tinha visto outro programa dela há alguns meses com familias de portadores de autismo. Ao ver este, conversei longamente com a Simone Zelner (http://simonezelner.blogspot.com), uma das colegas de Desabafo de Mãe, que além de mãe do Gábi, que tem autismo, é nutricionista. Ela não crê nos exageros do programa e até me contou algumas novidades da Europa. Converse com ela, creio que vale a pena.
Abraços e boa semana. :)

Geovana disse...

Só queria completar que crianças autistas são especiais e podem se relacionar e até criar laços de amizades. Conheço uma autista que fica felicísssima quando vê meu pai, incluise lembrava o aniversário dele (acho que perdeu contato). O que ela mais gosta é tocar piano e toca muito bem. Vou tentar passar esse seu texto para mãe, ela pesquisa muito sobre o autismo e pode ter outras informações.

Simone disse...

Olá querida!! eu assisti ao programa tbém, aliás assito e leio qqr coisa relacionada ao autismo, meu filho de 5 anos é autista, então esse é um assunto que me diz mais do que respeito!!!
Até vou escrever sobre vacinas na sexta no blog do desabafo de mãe.
Muitos pais, dizem que seu filho desenvolveu normalmente até determinada época, e então regrediram, (geralmente na época da vacina tríplice) eu mesma acreditei por muito tempo nisso, mas hoje, enxergando com calma e com muito mais informação, percebo que existiam vários sinais, bem sutis, mas que já demonstravam que Gabriel tinha alguma dificuldade.
particularmente, acredito que a Síndrome autistica seja produto de vários fatores, ambientais e genéticos (que aliás é a causa mais aceita) mas sou sincera com vc, se tivesse outro bebê agora, com certeza eu o vacinaria seguindo o calendário do MS. No caso do meu filho com certeza a MMR não teve influência, assim como vários outros agentes que dizem causar autismo como antibióticos, metais pesados e outros fatores teratogênicos que estão nessa lista. Não estou dizendo que estou 100% correta, (mesmo pq com autismo naão há 100% em nada!!)acho que vai da cabeça de cada pai, ler e se informar melhor, ou até mesmo vacinar com vacinas separadas, há clinicas particulares que têm vacinas para sarampo, caxumba e rubéola separadas (que não a MMR quero dizer) acho ótimo abordar temas como esses, mas também acho, que como tudo na vida, é necessátio cautela na hora de definir o que é ou não, melhor para nossos filhos, como vc falou, existe muita infornação hj, cheguei ao ponto de ler, semana passada, que um garoto seria autista devido a uma alergia a vitamina C, pasme !!! uma vitamina essencial à vida, e que com sua carência causa escorbuto.
beijos com carinho,
Simone

Ana Cláudia disse...

Nossa, quantas mensagens!
Amigas, eu acho este tema muito importante.
Como eu digo no texto, não sou contra as vacinas, até porque tenho seguido o calendário com meus meninos. A MMR é que estou protelando no mais novo, como protelei no mais velho.

Leio algumas coisas a respeito da não-vacinação que fazem muito sentido para mim, outras não fazem.
Uma que faz é quando falam que as doenças possivelmente não foram exterminadas pelas vacinas, mas por termos aprendido sobre higiene, alimentação, transmissão de doenças. Não temos os mesmos hábitos de 100 anos atrás. Hoje não se morre mais de tuberculose, por exemplo, só em casos extremos.

Contudo, como relacionar o autismo à MMR se o timerosal está presente em quase todas ás vacinas? Espero que alguem leia o nosso blog e possa nos ajudar a clarear melhor esta questão.
Faço mais o papel de advogada do diabo porque minha intenção, como de todas as mães é fazer o melhor por seus filhos.

Me identifico muito com a Renata quando ela fala que não deu todas as vacinas, como a do rotavírus. Já falei aqui da vacina da gripe, vou falar da catapora....

Contudo, conheço virtualmente apenas, muitos casos como o da Vera que á anti-vacinista e tem filhos absolutamente saudáveis porque baseia a saúde de seus filhos em outros fundamentos que fazem muito sentido quando nos dispomos a falar a respeito sem preconceitos.

Adoraria que a Simone nos falasse mais sobre autismo. Tenho certeza que sua experi~encia com o Gábi, poderá ajudar muitas mães e gostei muito do seu ponto de vista quando demosntra não acreditar que seu filho tenha desenvolvido autismo a partir da vacinação.

Acredito que todos nós, a favor ou contra a vacinação, só estamos em busca de uma coisa: a verdade.
E isso, só com muito debate, muita conversa e muita informação.

Suzana Elvas disse...

Oi, Ana;

Estou chegando atrasada... Na faculdade estudamos muito a questão das vacinas do ponto do combate doença x medicamentos. A questão da não-vacinação sempre era um ponto discutido em sala de aula. A conclusão a que se chegou é que ela é, na verdade, uma bomba-relógio, em que o indivíduo não vacinado está, sim, protegido por um cinturão de vacinados - mas apenas em seu ponto de origem. Isso quer dizer que um adulto não vacinado pode morrer de rubéola rapidamente ao viajar para outro lugar antes que qualquer coisa possa ser feita.
Vivêssemos nós num mundo completamente livre de bolsões de pobreza, a não-vacinação poderia ser uma opção. Eu mesma, bem-alimentada, culta e vacinada, fui diagnosticada paciente de tuberculose há seis meses. Eu e minhas filhas tivemos rubéola como uma gripe forte; as duas passaram incólumes por pelo menos seis epidemias de catapora - eu tive a doença aos 26 anos, de maneira branda. Todas nós somos vacinadas.
O efeito dessa ou daquela vacina numa criança com predisposição genética a essa ou aquela doença é um mal que o mundo, infelizmente, tem que conviver. Entre uma criança em um milhão com reação a uma vacina ou uma epidemia de sarampo que (ainda) mata crianças até cinco anos, obviamente a primeira opção prevalecerá.
Nos EUA, onde parte da minha família mora, há um consenso entre grupos de pais que as vacinas são, na verdade, apenas uma maneira de os laboratórios têm de ganhar dinheiro - ou seja, dispensáveis. Uma vizinha da minha irmã perdeu seus três filhos para o sarampo - idades variando entre 10 e 17 anos. Foram-se os três em menos de dois dias. Nem os médicos acreditaram na virulência da doença.
Abs

Suzana

Suzana Elvas disse...

Oi, amigos;

Notícia de hoje, 24/10 - chamo a atenção para o público-alvo da próxima campanha de vacinação: homens com idade entre 20 e 34 anos - hoje, o público mais suscetível à doença:

"A rubéola voltou a crescer de forma preocupante. De janeiro a outubro, foram confirmados 4.178 casos da doença, um número significativamente maior do que o registrado de janeiro a julho, quando 1.266 diagnósticos foram registrados. Além do expressivo aumento do número de casos em pouco mais de dois meses e meio (2.912 de agosto até o dia 19 outubro), há uma disseminação do vírus transmissor pelo País. Em julho, 6 Estados e o Distrito Federal tinham casos confirmados da doença. Em agosto, já eram 10 Estados mais o DF. No boletim mais recente, que acumula dados até o dia 19, há registros de infecções em 272 municípios espalhados em 16 Estados, mais o DF.

A expansão da rubéola é fruto das falhas na cobertura da vacina registradas no País. "Houve um aumento da população vulnerável à doença, provocado por uma cobertura vacinal abaixo do que seria considerado adequado", justificou a diretora substituta do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Carla Magda Domingues. Ela afirma que, embora a média nacional de vacinação seja boa, algumas regiões têm desempenho aquém do desejado.

A explosão do número de casos provocou uma mudança na estratégia do governo de combate à doença. Será feita em agosto do próximo ano uma campanha para vacinação em todo o Brasil de homens com idade entre 20 e 34 anos - hoje, o público mais suscetível à doença. A expectativa é imunizar 67 milhões de pessoas.

"O País havia optado por uma forma mais conservadora para evitar a doença, que era imunizar crianças e mulheres férteis", afirmou Carla. No entanto, com o flagrante aumento de número de casos, o governo decidiu adotar uma ação mais agressiva.

A espera de quase um ano entre o aumento do número de casos e a adoção da campanha é considerada normal pela diretora. "Essa é uma ação que envolve uma série de preparativos: licitação para compra de vacinas, campanhas", observou. Atualmente, a vacina na população suscetível é feita nas ações de bloqueio. Quando casos são confirmados, pessoas próximas são vacinadas para evitar o aumento da transmissão. Neste ano, foram aplicadas 6,54 mil doses de vacina em pessoas com mais de 12 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo"

Ana Cláudia disse...

Oi, Suzana!

Eu também tenho dúvidas

Infelizmente, não há esclarecimento oficial. Já escrevi para alguns sites do Ministério da Saúde que falam de vacinas e nunca me responderam.

Mas eu não deixo de vacinar, AINDA.
E talvez meus conhecimentos não cheguem a tempo de evitar a vacinação.
Mas já vacino com muito critério.

Não dou todas as vacinas, não.
Não vejo gravidade na catapora, na gripe, na caxumba.

Sarampo me preocupa, rubéola me preocupa por causa das mulheres grávidas.
Poliomielite...

Mas nem tuberculose me preocupa porque hoje tem tratamento e só morre quem não tem acesso a ele. O que não é o nosso caso, ou seja, não nos considero no grupo de risco, pois temos saúde, educação e saneamento acessíveis.

Eu não me vacinaria contra AIDS por exemplo. Não penso na possibilidade de injetar um virus desse, dentro de mim, assim, de graça...sem nenhum motivo relevante já que não uso drogas injetáveis, não mantenho relações com diversos parceiros, não sou profissional de saúde.

Me vacinaria se sofresse um acidente e mesmo assim ia pensar porque hoje as transfusões são muito seguras.

Tento me informar e usar meu bom senso.
Fico preocupada com esses excessos de medicação que só fazem fazer fortalecer as doenças.
Temo pelo futuro e não acredito que a isenção das doenças seja o caminho.

Anônimo disse...

Acho muito interessante qualquer decisão baseada em informação. E acho muito legal mães terem esse tipo de informação e procurarem o melhor pra seus filhos... mas pra colocar um pouquinho de lenha na fogueira eu diria que não devemos escolher as vacinas pelo calendário do ministério da saúde pois as escolhas deles são baseadas em custo e saúde pública. A vacina da polio da rede pública tem muito mais risco de complicação assim como a DPT que as que se pode fazer particular (salk e DPTa).
A catapora não é uma doenças assim tão boazinha não, vou colar um trecho sobre a doença aqui pra que vcs vejam.
As manifestações neurológicas (ataxia cerebelar e encefalite), embora não sejam comuns, podem estar associadas com seqüelas. A ataxia cerebelar é a apresentação mais freqüente nas crianças, ocorrendo em aproximadamente 1 em cada 4000 crianças infectadas com menos de 15 anos de idade. É caracterizada por perda de coordenação dos movimentos, vômitos, alteração da fala, tonteira e tremores. As manifestações surgem cerca de uma semana após o início das lesões cutâneas, mas podem aparecer até 21 dias depois. Em geral, tem resolução espontânea em 2 a 4 semanas. A encefalite, que é um acometimento mais difuso e grave, ocorre mais em adultos, em cerca de 4 a cada 10000 infectados, com letalidade de até 37%. É caracterizada por diminuição do nível de consciência, dor de cabeça, vômitos, febre e convulsão. Dos indivíduos que sobrevivem, cerca de 15% permanecem com algum grau de seqüela neurológica.

A tuberculose infelizmente está com níveis cada vez mais altos de prevalência e de resitência ao tratamento então não é tão simples como parece. Mas também por outro lado a eficácia da BCG é muito discutível.

Ana Cláudia disse...

Eu acho tão importante essa discussão que estamos endo aqui.
Meu próximo post será justamente sobre a catapora.
Mesmo com as informações dadas por nosso(a) amigo(a), ainda acho os números da catapora pouco alarmantes a ponto de vacinar meus filhos contra ela. Lembram dos números falados sobre o autismo? Pelos números antingos do autismo era mais possível desenvolver autismo do que ter uma catapora tão complicada.

E o que foi dito eu também já li a respeito: as vacinas dadas pelo governo são mais passíveis a reações que as particulares porque as particulares são acelulares, ou seja, com o vírus morto. O que não acontece com as da rede pública.
A da Pólio (gotinha) eu só dei particular (injetável), justamente por isso.

Quanto á tuberculose, até onde sei, os casos aumentaram nas camadas mais pobres por falta de tratamento e informação (quando vão tratar, já é tarde demais). E também já li sobre a questionável eficácia da BCG. Vou ver se encontro algum artigo para postar aqui no blog.

Anônimo disse...

Quanto à catapora, meu sobrinho teve quando era um bebê de dois meses incompletos. Me lembro do desespero dele porque ele não sabia fazer o que para nós é automático: se coçar. Segundo a pediatra, a sensação deveria ser de "ser picado por milhares de mosquitos sem poder espantá-los ou coçar a ferida".

Acredito que é fazer a criança passar por um sofrimento desnecessário. Eu tive catapora com 28 anos e me lembro como foi incômodo. Então por que fazer minhas filhas passarem por isso?
Bjs

Ana Cláudia disse...

Suzana, eu entendo o que vocês está dizendo e sou completamente a favor de poupar nossos filhos de determinados sofrimentos desnecessários, até por isso, não sou a favor de tudo o que é vacinação.

Mas até onde já aprendi, vacinar contra catapora não é garantia de imunização: muita gente fala de uma catapora mais branda depois de vacinar mas não sei se vejo muito sentido nisso. Quem garante que a catapora não seria branda mesmo sem a vacinação. Pode ser, pode não ser...nenhuma garantia.
De qualquer forma, catapora mais branda coça do mesmo jeito.

Como não acho a catapora grave, acho que mesmo passando pelo desconforto da coceira, os benefícios dessa imunização natural proporcionada pelo contágio da catapora mais benéfica do que a vacinação.

Claro que é ruim, mas o benefício compensa.

Inclusive, é preciso saber sovbre o tempo de "validade" dessa vacina. Não acredito que ela imunize até a vida adulta. Ou seja, evitar que a criança pegue , vaciando ou não, é o mesmo risco de desenvolver quando adulto, o que é pior.

Conheço um caso na família que a criança não pegou catapora dos 3 irmãos . Todos com catapora, menos ela. Ou seja, quando a criança está com o sistema imunológico forte, pode até nem pegar, mesmo num ambiente contaminado.

Dá prá pensar, né?

Vera Falcão disse...

Oi, Ana, vc disse: "Contudo, conheço virtualmente apenas, muitos casos como o da Vera que é anti-vacinista e tem filhos absolutamente saudáveis porque baseia a saúde de seus filhos em outros fundamentos que fazem muito sentido quando nos dispomos a falar a respeito sem preconceitos."
Gostaria de alterar sua colocação: não me considero uma anti-vacinista, mas a favor de fortalecer o sistema imunológico.
Para entender melhor esse ponto de vista, leiam o que postei a respeito no meu blog: www.foradomanual.blogspot.com

O MELHOR REMÉDIO É NENHUM REMÉDIO

Anônimo disse...

Oi, Ana;

Meus dois irmãos e meus pais tiveram catapora quando eu estava com dois anos. Fui ter catapora adulta.
Catapora é uma doença grave, sim, que pode até matar. Acredito que nessas horas a melhor saída é a confiança no profissional de saúde que atende nossos filhos.
O desconforto da coceira não é apenas desconforto - em crianças pequenas as pústulas podem inflamar e provocar cicatrizes que a acompanharão por toda a vida.
Desculpe, Ana, mas acredito que não vacinar as crianças não é a melhor saída. Acredito, sim, que não temos informações suficientes para negar às crianças um benefício.
Minhas filhas foram para a escola cedo, apesar de eu manter a amamentação de ambas até quase os dois anos de idade. Tiveram viroses, gripes, resfriados, alergias. Mas não acredito em expor as meninas a rubéola, catapora, caxumba e outras doenças para ver se elas pegam ou não em nome de uma imunização natural, expondo-as a um sofrimento desnecessário - cujas conseqüências (desconforto e coceira ou surdez, cicatrizes e até cegueira) são impossíveis de prever.
Muitos outros remédios contra vômitos, febre e alergias têm comprovados efeitos colaterais (inclusive a longo prazo) mas não hesitamos em administrá-los quando as crianças estão vomitando sem parar, se coçando desesperadamente ou com febre alta.
Creio que a melhor saída é nos informar sempre, consultar o pediatra que nos atende, cobrar transparência nas políticas de saúde do governo e acompanhar a modernização do sistema de vacinas disponível.
Bjs

Suzana

Ana Cláudia disse...

Vera,
adorei seu blog.
É tanta informação que não dá prá ler tudo de uma só vez.
Acho seu ponto de vista muito interessante e tento, de forma alternativa, empregá-lo na minha conduta aqui em casa.

Eu entendo seu ponto de vista, Suzana.
O que me incomoda é que essas vacinas não garantem a imunização e quando uma criança desenvolve reações fortes, sequelas ou ainda a própria doença, nunca atribuem á vacina. Só atribem deméritos quando não há a vacinação.
Não acredito em moedas de somente um lado.
Então, tento seguir meu bom senso: não encho meus filhos de medicamentos, cuido de sua alimentação, trato-os com uma médica que orienta sem, no entanto, desrespeitar minhas considerações (ou objeções) e que só receita medicamentos depois de observar bastante e aguardar a evolução dos sintomas.
Tem um post que falei inclusive sobre a vacina da gripe e de uma gripe que nos acometeu e foi embora sem nenhum remédio.
Sobre o papel das doenças no fortalecimento imunológico, tem um texto bastante interessante que já publicamos. Os dois textos estão indicados no final do post da MMR.

Não sou anti-vacinista.
Sou aspirante a natureba...rs...

Anônimo disse...

Concordo com algumas de vcs que talvez não seja necessário tanta vacina. Mas fico pensando no enorme sentimento de culpa que eu teria caso meu filho tivesse alguma das doenças contra as quais já existe vacina e eu, por opção, não vacinei!
Entrei aqui para ler sobre mmr X autismo, e, é claro, não resolvi nada ainda. Meu filho acabou de completar 1 aninho. O que me faz pensar que devo dar a vacina é o fato, já citado acima, do tiomersal ser componente de várias vacinas e só ligarem essa com o autismo, talvez pela coincidencia da idade. Outro ponto a favor da vacina foi o depoimento da Simone. Não sabemos o que as mães consideram "normal", talvez as crianças já tivessem uma alteração de comportamento que passou despercebida.
Uma última palavra em relação a gravidade da doença: dia 18.12.07, antes do Natal, perdemos a filha de um casal de amigos, com 2 aninhos, por catapora. E a quanto á tuberculose, devemos ser muito atentos ás notícias: o numero de pacientes com tuberculose multidorgas resistente está aumentando! Atualmente não tem sido mais tão fácil de se tratar...
De qualquer maneira, acho que todo debate vale á pena!
Valentina

Ana Cláudia disse...

Oi, Valentina!

eu entendo como se sente porque eu também me faço estes questionamentos.
Mas também me pergunto se nosso medo não gera mais problemas do que nossa coragem em enfrentá-los.
O que vem primeiro: a vacina que que gera doenças mais fortes ou as doenças mais fortes que geram vacinas ?

Eu acredito muito na saúde , organismos saudáveis reagem bem ás doenças. Prefiro acreditar nisso e investir nisso do que investir em qualquer vacina por medo de meus filhos morrerem de catapora, por exemplo. Acredito estar escolhendo, dos males o menor para o futuro da saúde deles e de meus netos.
Já pensou se a catapora fica cada vez mais resistente por medicamentos cada vez mais fortes?

ana b. disse...

ana (xará!), esse tipo de assunto SEMPRE será polêmico... mas nem por isso devemos evitá-lo, não?
o q EU acho mais importante é ponderar: riscos a gente SEMPRE corre! quais riscos cada família quer correr?
pq, pra mim, optar por não vacinar significa q eu não quero correr os riscos de uma vacinação q não é 100% segura (NUNCA é), significa q eu opto por uma vigilância com as questões de alimentação, equilíbrio, saúde, acesso a medicamentos qdo necessário, higiene, etc.
acho q muita gente confunde essa autonomia q deveria ser um direito de toda família, com o MEDO de fazer a escolha errada... daí, fica mais fácil ir na maioria, né?... mas será q se todos fossem devidamente informados sobre todos os riscos, será q todos vacinariam na mm proporção de hoje? duvido.
vacina NUNCA vai ser sinônimo incondicional de benefício!!!
a gente não sabe o efeito do mercúrio e demais "drogas" injetados no organismo a longo prazo, burlando todas as nossas barreiras naturais, provocando (e sobrecarregando) nosso sistema imunológico outrora saudável...
os dados são claros: temos diminuídos os índices de doenças “mais simples”, para as quais as vacinas existem, mas temos aumentado a quantidade de doenças auto-imunes, deixando os médicos meio sem respostas (ainda)… pra pensar, não?
vacina é (ou deveria ser) mais uma escolha, entre outras possíveis, sobre como queremos cuidar de nossos filhos.
qdo eu escolho não vacinar meu filho, eu escolho tb manter vigilância sobre sua alimentação, sua saúde, seu equilíbrio, seu lazer, seu psiquismo...
eu escolho não sucumbir a um histerismo generalizado (promovido pela indú$tria farmacêutica) q preconiza q ele VAI ADOECER, de q ele é fraco, de q a doença está no meu calcanhar, prestes a dar o bote...
essa escolha é pessoal, e deveria ser mais respeitada!
catapora, por exemplo, é considerada uma doença benigna, da infância. bom, era, pelo menos...
eu tive catapora qdo criança. nenhuma lembrança ruim daquela época. meus irmãos, unha-e-carne comigo, não tiveram. agora, adulta, tive herpes-zoster (provocado pelo mm virus da catapora, q fica permanentemente incubado na pessoa infectada).
a médica do convênio se mostrou alarmada e mandou imediatamente suspender a amamentação da minha caçula.
o pediatra dela deu risada na minha cara, mandou eu desacelerar meu ritmo, reavaliar meu nível de stress (foi isso q desencadeou o zoster), e apenas observar a minha filha...
dois médicos, duas posturas completamente opostas!
eu não quero q meus filhos peguem catapora! mas não acho q vaciná-los seja a solução!!
pra mim (e pra um monte de gente), doença é sinônimo de desequilíbrio! e equilíbrio não se obtem de fora pra dentro, simplesmente tomando remédios!
remédios nos ajudam a combater as doenças, seus sintomas, seus danos... mas saúde se garante com outras coisas!
é chato ter q ficar pesquisando cada doença, pra vc mm avaliar quantos e quais riscos se quer correr… o negócio é investir numa relação com algum médico q pense de maneira semelhante a vc. mas o q mais acontece é a pessoa ENTREGAR na mão do médico a responsabilidade por essa escolha. daí, vemos esse MEDO generalizado, e a [falsa] impressão de q se fez tudo ao alcance dos pais para a saúde do pequeno… será?

eu tenho 3 filhos extremamente saudáveis. vão de pouca (mais velho) a nenhuma (caçula) vacina. eles tomam pouquíssimos remédios. não têm nenhuma alergia (apesar dos primos extremamente alérgicos)… nunca tiveram nenhuma doença além das gripes comuns a quem mora numa cidade grande… e mm assim, sempre brandas.
PRA MIM, tem dado certo!
vou indo… desculpe pelo “tratado”… rs
bjs

Ana Cláudia disse...

Ana,

adorei seu breve...risos...comentário.
São poucas as pessoas que conseguem falar e mostrar seu ponto de vista de forma tão clara e objetiva.
obrigada por nos brindar com este relato tão bacana de uma pessoa que escolheu conscientemente ser responsável pela saúde de seus filhos mostrando que essas escolhas não são feitas de qualquer jeito, não!

Muitas vezes, leio textos e argumentos que insistem em querer incluir as pessoas que "desafiam" o sistema no rol de pessoas loucas e irresponsáveis.

Infelizmente, muitas dessas pessoas preferem se esconder e isso é uma coisa que eu lamento.

Obrigada por vir aqui nos dar sua opinião. Ela é sempre benvinda.