segunda-feira, 8 de outubro de 2007

MÃE MÁ

Como muitos eu recebi este texto através de e-mail e fui verificar a veracidade, mas mesmo que não fosse real ele vale pelo conteúdo.

Me trouxe muitas lembranças da minha "mãe má", todas as coisas que ela me proibiu ou me obrigou e que na época eu achava o fim da picada e que hoje estou fazendo o mesmo com o meu filho.

É bom para pensar.

Abaixo segue o texto, conforme recebido.

O texto abaixo foi entregue pelo professor de Ética e Cidadania da escola Objetivo/Americana, Sr. Roberto Candelori, a todos os alunos da sala de aula, para que entregassem a seus pais.
O texto, a seguir transcrito, foi publicado recentemente por ocasião da morte estúpida de
Tarcila Gusmão e Maria Eduarda Dourado, ambas de 16 anos, em Maracaípe – Porto de Galinhas. Depois de 13 dias desaparecidas, as mães revelaram desconhecer os proprietários da casa onde as filhas tinham ido curtir o fim de semana. A tragédia abalou a opinião pública e o crime permanece sem resposta.

MÃES MÁS

"Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar”.
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci...Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
“Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...As outras crianças comiam doces no café e nós só tinhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tinhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles".
Insistia que lhe disséssemos com quem iamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata.
Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.

Enquanto todos podiam voltar tarde tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
FOI TUDO POR CAUSA DELA!”

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o melhor para sermos “PAIS MAUS”, como minha mãe foi.

EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS!"


O que vocês acham?

__________________________________________________________________________________ Cristiane A. Fetter
Material recebido por e-mail

8 comentários:

Ana Cláudia disse...

Minha mãe foi "má" comigo...
Desse jeitinho que está aí: hora para sair, hora para voltar, permisssão dependendo do julgamento dela, onde vai ficar, com quem vai, onde vai, castigo, bronca e muita, mas muita palmada...
e olha que eu nunca fui arteira...gostava muito de estudar, responsável, ajudava em casa, nunca fui de beber, nunca fumei, roubar carro (embora tivesse sonhos com isso, adoro dirigir desde que entrei num carro..rs).
Mas precisava que ela me desse limite porque se eu fosse fazer o que queria, na hora que queria, com certeza, teria dado tudo errado.

E estou aí, sem trauma nenhum. Minha mãe nunca foi minha amiga, sempre foi minha mãe...

Eu até quero ser mais amiiga dos meus filhos...rs...mas mãe em primeiro lugar, sem medo de errar.

Adorei o texto, Cris...
A últimas gerações antes da nossa esta aí, em muitos casos, colhendo o fruto deste excesso de permissividade com seus filhos, hoje adolescentes, incontroláveis.
Vamos ver se a nossa geração consegue evitar esta perigosa armadilha.

Bjs!

Evellyn disse...

Tive uma mãe muito má, como diz o texto. E aprendi, pois também sou assim com meu filho.
Beijos e bom dia

samegui disse...

Cristiane
em 2005, no meu primeiro blog, eu tb postei este texto, tinha esquecido dele. Valeu a lembrança. Estou citando no meu blog, com link para cá.
Abraços.

Cristiane A. Fetter disse...

Samantha,
Que bom a gente poder relembrar assuntos tão importantes né?
Obriga por sua visita viu?

Rita de Cassia disse...

Minha mãe foi má um tempo, até passou do ponto (isso outro dia conto) e eu também sou má. E como não esquecí o que pensava como filha, entendo ou tento entender o que as minhas passam e pensam comigo. Sou má e não tenho o menos medo que elas deixem de me amar por isso.
Beijos

Rosinha Lima disse...

Oi! Adorei esse texto, também postei algo sobre o assunto e vou colocar um link para cá, certo?
Com certeza, o que falta no mundo hoje são as mães de ontem...

bjs!

Anônimo disse...

Eu tive uma mãe má.
Minha irmã mais nova tem uma mãe boazinha...
Vocês já podem calcular a diferença...

Anônimo disse...

sou uma adolescente,
e a tres anmos atrâs nao sabia pq mjinha mae era tam mâ e agora euj sei e concordo plenamente com ela e prefiro que ela seja mâ pela eternidade(ou pelo menos atê ela viver) assim serei uma tbm e isso passara em geracao por geracao