quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Posse Irresponsável

Mais uma criança foi atacada por um cachorro.

Recebemos essas notícias todos os dias...
Neste caso, que não é recente, o cachorro era da própria família e eu não tenho os detalhes sobre como aconteceu o acidente, visto que a menina não estava sozinha: a tia e o avô também foram atacados. Ou seja, provavelmente havia supervisão de adultos.

Contudo, na maioria dos casos de ataques de cachorros, principalmente a crianças, o cachorro é de um vizinho.
A raça todo mundo sabe mas não é isso o que importa. Apesar de saber que a maioria das pessoas acha que é a raça feroz, a grande vilã dessa história, mas não é.

E olha que eu estou falando de cadeira: na minha vizinhança os moradores têm o (mau) hábito de soltar seus cachorros lá pelas 17 horas para fazer cocô na porta dos outros (o que já é um absurdo). Mas o pior é que os cachorros ficam soltos mesmo, sozinhos, passeando pela rua. As raças: um rottweiller, um pitbull (parece cruzamento – que é pior ainda- com outra raça, é misturado mas dá pra ver que é dessa raça), um akita, um pastor alemão e alguns vira-latas.

Ou seja, prendam suas crianças que os cachorros estão soltos!

A culpa é dos cachorros?

Não...
São os donos que soltam seus cachorros sem supervisão.
São os donos que ficam acomodados no argumento de que o cachorro é “mansinho”.
São os donos que acham que os outros é que devem se defender.
Afinal, errados estamos nós de estar andando na rua, de passear com nossas crianças, de abrir o portão de nossas casas...

O cachorro é um ser irracional. Ele pode simplesmente nunca ter atacado ninguém antes e um dia, sem motivo aparente, a tragédia acontece.
Os donos precisam se conscientizar que existem raças ferozes, que cão de guarda tem um instinto maior de defesa, que determinadas raças precisam de cuidados especiais, que ter cachorro exige informação por parte do dono.
Não é qualquer pessoa que pode ter qualquer cachorro.
E se o cachorro é mestiço com uma raça feroz a coisa piora, afinal como determinar a característica de uma raça que não podemos definir?

E isso só vai acabar quando o dono for para a cadeia.

Quando ele for realmente responsável pelo animal que tem em sua casa, independente da raça, do porte, da idade, de temperamento, se foi adestrado ou não.

O dia que os donos se conscientizarem que esse tipo de tragédia não é acidente, que deixar um cachorro solto na rua, ou na coleira sendo conduzido por uma criança, é como dirigir bêbado e que ele será responsabilizado pelos atos do animal, aí sim, a gente vai começar a ver essas tragédias diminuírem.

Infelizmente, os pais não se responsabilizam nem por seus filhos e lhes dão carros e motos para dirigirem antes mesmo deles terem feito uma auto-escola ou de terem idade para serem responsáveis por seus atos.
Imaginem se responsabilizar pelos atos de seus cachorros.
E a criança que esse cachorro mata não é sua.
O rosto que ele desfigura não é seu.
E o trauma que esse ataque causa não é no dono do cachorro, é na vítima.

Mais casos com diversas raças mostrando que não é a raça que importa:
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,AA1412833-5605,00.html
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL88823-5605,00.html
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL88205-5598,00.html
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL70794-5598,00.html
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL18699-5605,00.html

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Texto de Ana Cláudia Bessa

10 comentários:

Anônimo disse...

Eu já fui atacada por um cachorro e é apavorante. Não desejo ao meu pior inimigo.E acho que o que falta meso é punição dos donos como foi escrito.

Anônimo disse...

Minha prima Nair, da cidade de Campinas-SP, foi atacada alguns anos atrás por um cão. Qual a pena que o dono recebeu? Fornecer cesta básica para uma entidade. Isto é pouco na "nossa lei". Abraços ...Eliana -Mogi Guaçu-SP

Rita de Cassia disse...

Moro num loteamento onde o número de casas não é muito grande. Então existem "brechas" nas ruas. Neste loteamento há mais cachorros que gente. Na grande maioria as raças são "as ferozes" e a desculpa para terem esses cães é a segurança. De quem? Quantas vezes ouvimos ou vimos que um cão desse pegou um ladrão? As notícias são: mordeu, matou mutilou, crianças, idosos... são vizinhos, transeuntes ou mesmo seus próprios donos. Na rua em que moro tem no máximo três casas sem cachorro. Pit... é o mais popular. E por ser pop andam praticamente soltos e se reclamarem, são mansos. Se cachorro pensasse era gente! Já pensei inclusive em, sempre que saísse uma dessas notícias eu enviar por e-mail para algum órgão, uma secretaria, prefeitura, sei lá...

Cristiane A. Fetter disse...

Eu continuo batendo na tecla que enquanto não existirem leis que realmente sejam cumpridas, nada vai adiantar.
A Eliana comentou que uma pessoa teve como pena fornecer cesta básica. Para mim isso não é punição é enrolação.
Se você tem um cão, não cuida, não toma conta, não põe na coleira e este animal fere alguém, deveria ter sim uma punição bem mais severa.
Aqui na cidade onde moro todos os animais devem ser cadastrados, os animais tem que andar com identificadores em suas coleiras e se o cachorro estiver solto e avançar em alguém (nem precisa morder), você pode ser processado e pagar uma pesada multa ou até mesmo ser preso. Imagine então em um caso destes?
Talvez também devêssemos dar aulas de português e ensinar o significado da palavra responsabilidade.

Aline Silva Dexheimer disse...

Olá,
Quando meus filhos eram menores, ainda no carrinho, quando passeávamos pelas praças, tive que deixar o local várias vezes por causa destes donos inconsequêntes e seus monstros-cães. Acho que deveria ter praças só para cães. Estes cães e crianças não deveriam se misturar. Onde já se viu ter que sair da praça por causa de gente que não pensa no bem comum.
Eu não acredito em cachorro bonzinho. Nunca me dei bem com eles. Todos os cachorros que me diziam, não morde..é bonzinho, trocava a cena, lá estava eu mordida! Claro, não eram pit buls e outros monstros do tipo, mas...por isso não confio.
Criança e cachorro não parecem combinar, embora os pobres coitados, muitas vezes nem tem toda a culpa.
Já me indispus com algumas pessoas em lugares públicos, mas estes donos,parecem ser mais ferozes e animais do que seus próprios cães. O que a gente faz? Pega a turma e corre para casa.
Beijos,Aline

Silvia D. Schiros disse...

Eu não suporto quem anda por aí com seus cachorros soltos. Eu sempre saí com os meus na coleira, e já passei poucas e boas por causa daqueles que acham que os cachorros deles são "mansinhos", andam soltos e de repente resolvem "bater boca" com os meus...

Uma vez, inclusive, 3 (2 labradores e um fox paulistinha) partiram pra cima dos meus pastores, que continuaram seguros e presos na coleira, mas se defenderam, como era de se esperar. Os dois maiores obedeceram o dono e voltaram quando ele chamou, o pequeno acabou jogado no chão (não mordido, graças a Deus, só imobilizado, porque meus cachorros não são "maus" - risos). E sabem o que aconteceu? O imbecil ficou me xingando! Os cachorros dele estavam soltos, os cachorros dele atacaram os meus e a culpa era minha!!! Só internando mesmo uma criatura dessas.

Mas, no Rio, tem muuuuito vizinho que acha que cachorro tem que ir, solto e sozinho, fazer as necessidades na rua. Além de poder atacar outros cachorros e pessoas, eles ainda deixam a caca por lá mesmo, afinal eles não sabem catar, né?

Fora a vizinha solteirona que anda com os cachorros dela soltos e não prende nem por um decreto. Ela se acha no direito dela, cheguei a conversar com ela sobre o assunto, opinando que eu amo cachorros, mas não acho que os outros tenham obrigação de amar, portanto eu tenho que respeitar o espaço comum, mas ela é daquele tipo que se acha dona do mundo e da verdade... Já vi muita gente com medo dos cachorros dela, que simplesmente responde que não fazem nada, não, são mansos... (suspiro) Não adianta explicar que, quando a pessoa tem medo, o cachorro sente o cheiro e pode atacar, mesmo que seja manso - é puro instinto de sobrevivência, de defesa.

Mas tem gente lesa das idéias mesmo. :-(

Sofrem as pessoas afetadas, sofrem os cachorros.

Anônimo disse...

OI, TUDO BOM, AMEI QUE FOI VISITAR O NOSSO BLOG SOCIAL,MAANUPINK.
ESTE ASSUNTOS DOS CACHORROS VIOLENTOS QUE ATACAM,NA MINHA OPINI�O OS DONOS S�O OS CULPADOS, PQ NA MAIORIAS DESTAE CACHORROS,T�M ESTAS ATITUDES POR ESTAREM COM FOME, SEM UMA ALIMENTA��O ADEQUADA TB SOFREM MAUS TRATOS,E MUITOS DELES OS DONOS S�O AGRESSIVOS.
OS C�EZINHOS ACABAM SOFRENDO NA PELE, SENDO MORTOS NOS CANIS.
ESTES SERES HUMANANOS S�O TOTALMENTE DESUMANOS.
BJOKAS!!!!!!
AMIGUXA!

Ana Cláudia disse...

É, gente...
a irresponsabilidade é generalizada.

Mas a culpa não é dos cachorros, é dos donos. como botar a culpa num ser irracional?

Aqui em casa tenho os mesmos problemas que vocês: cachorros soltos para fazer cocô na porta da casa dos outros.

Um dia, não pude sair do carro porque um pastor estava solto.

Numa outra oportunidade meu mais velho saiu correndo quando abri o portão e tinha um rottweiller no canto do muro!! Ele não fez nenhum sinal de violência mas , eu que estava perto, agarrei meu filho, puxei prá dentro e fechei o portão numa velocidade que nem eu acredito.
O dono ficou muito sem-graça e passou a sair com o cachorro só de madrugada e de coleira durante o dia. E passou a cuidar pro cachorro dele não fazer cocô na minha calçada. Por acaso, é gente boa.

Mas tenho mais uns 5, que são ignorantes e irresponsáveis.

Já pensei em ligar para o disque-denúncia e denunciar o dono, será que funcionaria?
Nem que fosse para assustar?
Denúnica anônima, ninguém vai ter certeza de quem denunciou...

Porque muita gente aceita isso e não reclama, com medo de uma retaliação por parte do vizinho mal-educado.

Cristiane A. Fetter disse...

Oi Manu, que bom que você gostou da nossa visita. Quem faz o bem sempre merece nosso respeito.
Com relação ao assunto posse irresponsável, a Ana Claudia não poderia ter escolhido um nome mais adequado do que este.
Se eu fosse contar todas as minhas aventuras com os donos de cães irresponsáveis, 100 dias não seriam o suficiente, mas tenho um história de uma conhecida, que eu acho ótima.
Eu morava em uma casa e um vizinho tinha um poodle que ele soltava todos os dias e que só fazia coco na jardineira da minha calçada, e o dono ficava olhando e rindo. Eu reclamava e não adiantava, um dia tive um chilique e fiz ele vir catar o coco da minha calçada. Ele catou e no outro dia lá estava o cãozinho usando o "seu banheiro" de novo.
Bem, me mudei de lá e os novos moradores eram meus conhecidos, um dia eu os encontrei e perguntei como estava o problema do cachorro-cagão-na-calçada-dos-outros, eles disserem que como reclamar não adiantava eles passaram a pegar o coco do cachorro e devolver para o dono, bem em frente a porta de entrada da casa do dono dele.
O que aconteceu? o dono do tal cãozinho ficou furioso e começou a reclamar dizendo que eles não poderiam fazer aquilo. ué?????????? responderem os moradores, mas o cão não é seu? então o coco dele também é seu, então viemos devolvê-lo.
Adivinha?, nunca mais ele deixou o cão-cagão usar a calçado dos outros de banheiro.
Temos um trabalho imenso de educar estes humanos, nem que seja a força bruta.

Ana Cláudia disse...

Cris, eu fiz isso com um vizinho...
um dia, pacientemente catei 8 cocôs na minha calçada.
Coloquei num saquinho e deixei dentro da lixeira do "meliante", ensacadinho, bonitinho....

Acho que ele entendeu o recado.

Ante-ontem o dono de um pit bull tava andando com ele solto na rua...
Esse eu ainda não sei o que fazer. Papo eu não acredito que adiante, será gastar meu latim...