quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Bocódobra - Parte 2(final)

Mas vem cá? Depois de tudo isso, depois de me ignorarem, era isso?

Depois de todo esse trabalho e canseira de vir ao Procon, eles querem marcar de consertar uma coisa que eu praticamente implorei e eles não me atenderam?

Não mesmo.

Depois que eu tive todo este aborrecimento, sendo ignorada, desrespeitada, a segurança de uma criança negligenciada, o trabalhão todo de entrar no Procon, eu queria a devolução do meu dinheiro e que tirassem aquele berço da minha casa.

Eu que já sou macaca velha, já tinha passado na loja e pego o preço do berço num papel timbrado.
E não é que eles quiseram me ludibriar me ressarcindo um valor menor? Pois é...
Foi o comprovante que me deu garantias e eles ficaram lá, com a cara de tacho.
Depois de acertarmos o preço do berço falei: agora vamos ver as despesas que tive para vir aqui: gasolina, estacionamento, dois dias, ida e volta...

Ah...isso a gente não paga. - disse uma das advogadas.

Ah...mas vão ter que pagar, porque se tivessem me atendido eu não precisava vir aqui, e ainda estou sendo boazinha porque tem danos morais e outras cositas más que eu nem mencionei.

Mas isso eles não pagam...então recolhi meus papéis e falei que ia entrar no Juizado Especial com todos os outros direitos que não cabem ao Procon julgar e ainda ia ter prioridade no atendimento, portanto rapidinho eu ia ter o dinheiro deles para comprar um quarto inteirinho e novinho em outra loja.

Conclusão, devolveram o dinheiro e pagaram meus gastos.
Não adianta, eles tentam enrolar a gente até o fim. O consumidor tem que ser firme.

Eu poderia ter ganho mais com uma ação judicial, poderia.
Não sei se a Justiça seria tão rápida.
E eu estava com uma barriga enorme, final de gravidez, cheia de coisa prá fazer e resolver e vai que eu entro em trabalho de parto...

De qualquer forma, eu não entro mais tão cedo na Abocodobra.

Eu comprei (ou tive que comprar) um kit para cama de solteiro lá porque era o único lugar que tinham as combinações de cores que eu queria.

Olhem as fotos e vejam por si mesmos a qualidade do negócio..


Ainda não sei se costuro ...
ou se reclamo....
__________________________________________________________________________________ Ana Cláudia Bessa
Leia a primeira parte:

4 comentários:

Cristiane A. Fetter disse...

Ana, acredito que se você não reclamou até o momento é pq não vai mais fazê-lo.
Normalmente este tipo de material (no Brasil) é sempre muito mal costurado, tudo na beirinha.
A melhor opção é você levar até uma costureira e pedir que ela reforce as costuras e nunca mais comprar nada na loja. Aliás acho que você já não deve estar mais fazendo isso.
Acredito que você já tenha demitido esta empresa.
Bj

Cristiane A. Fetter disse...

Aliás eu acredito que uma ótima opção é encontrar uma boa costureira e sempre que precisar pedir os trabalhos a ela.
Minha mãe sempre que pode costura para a gente. Eu sei que ela fez todos os forros das almofadas da casa da minha irmã, bem como do quartos das minhas sobrinhas.
Eu sinto falta disso aqui, uma boa costureira para realizar este trabalho.
Tenho certeza que aí em Niterói você acha com facilidade, e em muitos casos elas cobram a diária, não interessa o trabalho, elas trabalham por dia.
O que você acha?

Ana Cláudia disse...

é o que pretendo fazer, Cris. Minha mãe também costura.
Eu estou de saco cheio dessa loja e realmente já a demiti, mas também tem um lado que eu considero: ela compra este artigo de um fabricante, se ninguém reclama, como ela vai sabber que o produto não presta.
Reclamar é muito importante, calar e não comprar é pouco.
Bjs.

Cristiane A. Fetter disse...

Olha aí Ana, acho que o negócio ficou sem controle e finalmente o inmetro resolveu dar uma dura nas empresas que fazem os berços e claro nas que vendem estes mesmos berços. Vamos ver como vai ficar agora.

Berços são reprovados em teste do Inmetro
Instituto testou 11 marcas comercializadas no mercado.
Empresas disseram que vão modificar os produtos.
Do G1, com informações do Fantástico

No Brasil não existe estatística, mas nos Estados Unidos e na Inglaterra, a maioria dos acidentes com crianças de até um ano acontece no berço. Por isso, o Inmetro decidiu testar várias marcas de berços brasileiros.

Foram testadas 11 marcas das mais vendidas no Brasil: Atual, Bartira, Bonatto, Carolina, Chicco, D´Itália, Divicar, Inapram, Premiatta, Santos Andirá e Tok & Stok.

O Inmetro verificou as informações que deveriam estar nas embalagens e no manual de instruções: nome, marca, recomendações sobre o uso de colchão e desenho para facilitar a montagem da estrutura.

Nove marcas foram reprovadas nos testes de rotulagem e embalagem. A maioria nem tem manual de instruções. Também faltam informações sobre o fabricante, o que impede eventuais reclamações do consumidor. Apenas Chicco e Inapram foram aprovadas.

Na análise do material dos berços, nove foram reprovadas por causa de problemas na madeira ou nos parafusos. Apenas Atual e Tok & Stok passaram no teste.

Ao final de todos os testes realizados (veja vídeo acima), nenhuma das 11 marcas analisadas atendeu aos requisitos mínimos de segurança.

Os fabricantes receberam o relatório e responderam ao Inmetro:

Dez disseram que vão se adequar às normas: Atual, Bartira, Bonatto, Carolina, Chicco, D´itália, Divicar, Inapram, Premiatta e Santos Andirá. A Tok & Stok informou que não comercializa mais o berço, mas o Inmetro diz que a loja é responsável pelo produto já levado pelo consumidor

Veja o site do Fantástico http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL267190-5598,00-BERCOS+SAO+REPROVADOS+EM+TESTE+DO+INMETRO.html