segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Reciclando idéias

Estamos muito engajados na onda ecológica, até porque é necessário. Até aí nenhuma novidade.


Mas ninguém fala da luta interna. Quando digo interna, quero falar sobre as pessoas que vivem dentro de nossa casa, conosco.

Para quem tem filhos pequenos é necessário educá-los. Fácil, fácil. Como já educamos, este item só entra na lista, o trabalho não aumenta, só modifica. Agora quem tem maridos, irmãos, pais e mães que não querem entender a necessidade de realizar uma alteração no modo de vida, sabe que tem um problemão. É necessário reciclar as idéias destas pessoas. Meus pais que não são tão jovens (meu pai tem 65 anos e minha mãe 61) já fazem muitas coisas para ajudar o planeta, são bem mais engajados que muitos outros que conheço.

Agora, também sei de casos que nem abrindo a cabeça com um machado a gente consegue colocar lá dentro estas informações. Tenho brigas oméricas com meu marido, já tentei explicar, argumentar, mostrar, mas não adianta. Usa muita água tratada para "tirar o grosso" da louça antes de ir para a lavadoura de louças. O plástico vai parar no lixo de material biodegadável, ou no de papel, enquanto que o biodegradável está sempre sendo colocado no lixo de vidro. E o isopor então?

Este, dependendo do dia (ou será da lua? já comecei a acreditar que lua interfere nas decisões dele, já que são aleatórias, risos) pode parar em qualquer lugar, até no lixo de folhas e grama.

Aliás este é um dos itens de nossos desntendimentos (e não me digam que as moçoilas casadas não se desentendem com seus maridos que eu não vou acreditar).

É como minha mãe diria: Isto é dar murros em ponta de faca.
Não desisto, insisto, persisto e reciclo. Ele que se cuide. Cada vez mais vai encontrar dentro de casa uma pessoa que quer ou tenta fazer as coisas da forma mais correta. Tenho certeza que alguém vai ler este post e entender o que estou dizendo.
E respondendo a minha mãe: Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
__________________________________________________________________________________ Texto de Cristiane A. Fetter

3 comentários:

Anônimo disse...

Cara Cristiane, é compreensível a sua angústia em tentar fazer com que outras pessoas enxerguem algo que você já enxergou. Porém, acredite, isto não é relevante!
Verdade, mudar hábitos de uma pessoa de trinta, quarenta anos é um "quase nada" em escala planetária. Importante, importante mesmo (e relevante!) são as CRIANÇAS.
Não se estresse com seu marido, irmão, pai, avô etc (quanto mais você "implica" mais eles te contrariam, porque é "muito chato" alguém tentar nos convencer de que NÓS estamos errados).
Preocupe-se com os filhos, sobrinhos, afilhados, alunos etc etc etc. ELES é que podem dar um jeito nas coisas!

Cristiane A. Fetter disse...

Concordo em parte com você Ivo. Concordo com a parte de nos preocuparmos com os que estão crescendo.
Mas e o exemplo que estes adultos dão para os pequenos? Como explicar que a gente está em um caminho mais correto se o pai,o avô, a tia estão fazendo tudo errado.
Não é coerente então.
Acredito que devamos sim nos preocupar com todos, e batalhar todos os dias para a conscientização destes "adultos" também. Se não, não valeria a pena educar os pequenos também.

Ana Cláudia disse...

Cris, eu entendo sua angústia.
Aqui em casa também sofro com isso com o marido, com a mãe, com a empregada.
Mas é como criança, repetindo, repetindo, repetindo....
Estou conformada...rs...