Falamos de filhos, de seu futuro, do nosso futuro, preocupações e outras coisas, mas nunca abordamos as crianças especiais e/ou excepcionais e seus pais.
Fiquei pensando como se sentem estes pais, em relação a seus filhos que precisam de constante atenção.
Não deve ser fácil.
Mas de todos os casos que tive conhecimento, estes pais são orgulhosos em dizer e mostrar o quão poderosos são estas criaturas que vem para este mundo com tantas debilidades e conseguem sobreviver e viver assim.
Vidas delicadas sim, mas não menos importantes.
Sempre que estamos gerando uma vida nova, descartamos a possibilidade de que este novo fruto tenha alguma imperfeição, e agradecemos quando o vemos e ele está, digamos assim "direitinho". Mas, e se ele nascesse com algum problema?
Ele é seu filho, ponto, e eu acredito que ele não veio para este mundo a toa. Veio para aprender e nos ensinar muitas coisas e mostrar também para os outros que o nosso mundo é feito de diferenças. Claro que é bonito de falar, mas difícil de vivenciar isto. Por tal razão resolvi abordar este tema. Acredito que também tenhamos que mostrar como é este mundo, que em muitos casos vive à margem de nossas vidas.
Temos que falar das escolas que aceitam pessoas com algum tipo de deficiência, das ruas e prédios planejados para os cadeirantes, dos ônibus e taxis também preparados para este fim, das ruas que deveriam ter acessos especiasi, ou quando os tem lá estão camelôs ou carros estacionados irregularmente, impedindo assim o livre trânsito destas pessoas.
E também não esquecer como se comportam suas famílias, como vivem, como passam, do que precisam, suas carências e principalmente de onde tiram forças para vencer cada dia.
Falando nisso, eu gostaria de comentar sobre uma pessoa, a Antonia Yamashita, que faz um trabalho muito incrível, direcionado para estas familias, e que tem um filho com paralisia cerebral. Uma mulher forte, e que mesmo com todas as dificuldades, encontrou energia para criar um projeto que pretende ajudar os pais e pessoas que sofrem com mesmas dificuldades, é o Projeto PAPE (Projeto de apoio aos Pais Especiais). Além de escrever um livro, ter este projeto junto com o marido ela escreve artigos para revistas e internet sobre o asunto, e um deles estará no nosso próximo post.
Vamos pensar mais sobre isso.
Vamos lutar mais sobre isso.
Vamos falar mais sobre isso.
Continua na segunda-feira
__________________________________________________________________________________ Cristiane A. Fetter
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Crianças Especiais e Excepcionais - P1
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7 comentários:
Cris, a escola das meninas faz inclusão social, e há vários alunos com deficiências, inclusive algumas raras, estudando lá.
É muito legal, porque desde pequenos nossos filhos aprendem a conviver com o "diferente", aceitá-lo e, mais, gostar dele.
Cris, este tema é fundamental. eu imagino que a teoria e prática no Brasil devem ser bem distantes.
na escola que estou muito inclinada a matricular meu pequeno futuro estudante...rs...tem mais e uma criança com sindrome de down. É uma escola nova e pequena, com poucas turmas e de poucas crianças por turma. Eles aceitam numa boa.
Acho sensacional, como a Silvia falou: crianças aprendem a viver e gostar das diferenças, a ver que o que importa é o que sentimos, não o que vemos.
Numa das reuniões que tive nas escola que visitei, uma das diretoras disse exatamente da importância da criança conviver com os diferentes, só assim ela poderá entender e respeitar. E isso precisa estar no mesmo ambiente que ela. Afinal a gente só diferencia uma maçã de uma laranja quando vemos , provamos, tocamos e interagimos com uma e com outra. Falar apenas que são diferentes, não basta.
Eu também acho, principalmente depois que conheci um pouco da História da Antonia Yamashita (que terá seu texto no meu próximo post).
Estamos distantes mesmos. Não porque não queiramos, mas porque não imaginamos isso para a gente.
E como a Ana disse no seu comentário, falar apenas não basta.
Oi, voltei com mais tempo pra ler os comentários.
Essa questão da criança aprender desde cedo a conviver com as diferenças é muito importante.
Tenho entre meus projetos o trabalho de inclusão nas escolas, a começar pelos pequeninos, afinal eles serão O FUTURO DO PRESENTE não é mesmo??
Infelizmente estou muito limitada, o Lucas exige cuidado diário e constante e só eu posso fazer isso, pois o conheço melhor que ninguem. Mas cada pai, cada mãe, educador, enfim, quem convive e ou trabalha com crianças pode fazer a sua parte conversando com as mesmas, lendo uma estória que fale no assunto...
Aliás estou criando meu site infantil onde terá estórias e contos criadas por mim, sempre voltadas ao assunto deficiências, diferenças, limitações, enfim, para a criançada se acostumar a conviver e lidar com as diferenças.
Meninas, e achei muito legal quando, na reunião de final de ano, uma das mães falou (na turma da Carina, de 4 anos, tem um colega com síndrome de down) que tem uma sobrinha com deficiência, e disse que, antes de ter esse colega na turma, o filho dela não conseguia aceitar a prima. Depois da convivência e do trabalho da escola, ele passou a ter mais carinho pela prima, já aceitando, beijando, abraçando. Uma evolução para quem não conseguia chegar perto.
Que fantástica notícias Silvia.
Continuamos com aquela frase: Tude depende da informação.
Legal saber disso.
Abraços
Muito bom o assunto. Sou a favor da inclusão escolar e principalmente da inclusão social dessas pessoas. Antes de pensar na inclusão propriamente dita, é importante sabermos se as escolas estão sendo preparadas e seus profissinais treinados para receberem essas crianças. O que vejo na realidade é um despreparo geral para lidar com essas "deficiências", seja ela física e/ou mental. A criança acaba ficando marginalizada pela própria escola. Outro ponto a ser levantado é o fim das escolas especiais. O que seria dessas pessoas com o fim das escolas especiais???
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