quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Clientes podem demitir todos de uma empresa.

Lendo o texto que transcrevo abaixo, lembrei-me de posts da Ana Cláudia Será que adianta 1 e Alguém tinha dúvidas?.

Concordo plenamente com a idéia que devemos reclamar pelos nossos direitos, já que gastamos nosso precioso tempo procurando por serviços ou produtos, mas com o pensamento de Sam Walton, fundador da maior rede de supermercados do mundo o WAL-MART, fazendo a abertura de uma programa de treinamento para seus funcionários, ocorre-me a idéia de que em certos momentos a melhor opção é fazer o que ele sugere.

Claro que em alguns momentos não teremos opção a não ser reclamar, mas em vários outros poderemos optar por trocar estes serviços/produtos, pode até não ser por um atendimento de baixa qualidade, mas sim pelo que se está oferecendo.

Bem, vamos ao texto e depois me diga:

Eu sou o homem que vai a um restaurante, senta-se à mesa e pacientemente espera, enquanto o garçom faz tudo, menos o meu pedido.

Eu sou o homem que entra num posto de gasolina e nunca toca a buzina,mas espera pacientemente que o empregado termine a leitura do seu jornal.

Eu sou o homem qu explica a sua desesperada e imediata necessidade de uma peça, mas não reclama quando a recebe após três semanas somente.

Sou o homeme que, quando entra num estabelecimento comercial, parece pedir um favor, ansiando por um sorriso ou esperando apenas ser notado.

Sou o homem que entra num banco e aguarda tranquilamente que as recepcionistas e os caixas terminem de conversar com seus amigos, e espera pacientemete enquanto os funcionários trocam idéias entre si ou, simplesmente abaixam a cabeça e fingem não me ver.

Você deve estar pensando que sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo que nunca cria problemas. Engana-se. Sabe quem eu sou?

Eu sou o cliente que nunca mais volta!.

Divirto-me vendo milhões sendo gastos todos os anos em anúncios de toda a ordem, para levar-me de novo à sua firma. Quando fui lá, pela primeira vez, tudo o que deviam ter feito era apenas a pequena gentileza, tão barata, um pouco mais de “cortesia”.

“Clientes podem demitir todos de uma empresa, simplesmente gastando seu dinheiro em algum outro lugar”.


Você gostou da idéia do Sam Walton?


Ver ainda nossos posts
A China e o Futuro - Parte 1
A China e o Futuro - Parte 2

O indefeso consumidor e a desculpa hilária
Consumidor que não questiona, paga.

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Texto de Cristiane A. Fetter

8 comentários:

Rita de Cassia disse...

Eu estou com o Sam, sou mansa por natureza e por ser assim já passei por situações parecidas com estas. O que faço é a mesma coisa, se não sou bem tratada não volto, não compro. É menos um, pode até parecer pouco, mas eu não passo mais pela situação, pelo manos alí.

Ana Cláudia disse...

Eu sou fã do Wal-mart e depois eu conto uma passagem que tive por lá, um dia desses.

Contudo, o brasileiro além de ser manso, tem memória curta. Isso vai demorar a demitir gente aqui no Brasil...rs...

Não sou desesperançoso no consumidor brasileiro, mas acho que a luz tá beeeeeem lá no finzinho de um túnel beeeeem loooooongo...

Mas tive uma surpresa essa semana no jornal quando falaram que o carioca reclama mais que o paulista e que este só reclama em último caso e se for coisa grave. Surpresa geral.

Anônimo disse...

Comigo aconteceu uma passagem bem interessante a este respeito.
Entrei em uma loja de bijuterias e vi uma pulseira bem bonita que se encontrava dentro de uma embalagem plastica( bem basica fechada apenas com cola), pedi a funcionaria para que me deixasse ve-la e abri a embalagem na frente dela. Experimentei a pulseira(na frente da mesma funcionaria) mas para minha infelicidade a mesma ficou bem larga no meu pulso. Assim agradeci a tal funcionaria e desisti da compra,porem, ela me disse que como eu havia aberto a embalagem teria que adquirir o produto. Claro que discordei e insisti que gostaria de falar com a proprietaria ou com a gerente. Segundos apos veio a proprietaria me dizendo a mesma ladainha, o que claro me fez sentir como uma idiota porque tudo aconteceu na frente da tal funcionaria a qual deveria ter me alertado no mesmo momento das regras da loja. Argumentei sem sucesso,entao paguei pelo produto (claro que completamente insatisfeita) deixando o mesmo para a proprietaria.Porem, deixei minha mensagem a ela dizendo que jamais voltaria a sua loja pela falta de profissionalismo e respeito ao principal produto daquela loja " o cliente" , e disse tambem que o negocio dela estava fadado a fechar as portas o que realmente aconteceu em um periodo bem menor do que um ano.

Anônimo disse...

Acredito que aqui no Brasil, vale mais como cliente aquele que não paga em dia, ou seja faz mais pose na boutique, para o "carrão" na porta, mas ele é o fulano de tal que compra "naquela loja". Sei disso, pois meu esposo como advogado, e, fazendo cobranças judiciais aqui em minha cidade e outras vizinhas, os que devem são mais valorizados no comércio. Inúmeras vezes presenciei "falta de cortesia" para comigo e conhecidos, mas sou da seguinte opinião:não volto mais e faço propaganda para que pelo menos mais 5 não voltem. Até mais ...

::Carina:: disse...

Acredito que muitas vezes, simplesmente não voltar não é uma solução.
Claro q não dá pra ficar brigando toda vez que acontece alguma coisa, mas acho q devemos, além de não voltar, protestar, falar, reclamar...
Mas admito q nem sempre faço isso, muitas vezes sou como o Sam Walton!

Bjos!

Carol Arêas disse...

Acho que o brasileiro é muito passivo quanto a seus direitos de consumidor. Ao menos no Rio, nem nota fiscal as pessoas costumam pedir. Cansei de receber cara feia quando pedia as minhas (a maioria das lojas não dão) mas acreditava que assim estava exercendo minha cidadania tb!

Mas, sim, como consumidores temos o direito de sermos bem tratados!

Cristiane A. Fetter disse...

O Sam Walton está certo em dizer que nós podemos demitir nossos fornecedores, mas em alguns casos não podemos simplesmente fazer isso, pois não temos opções.
Como eu disse no texto, em alguns casos não podemos prescindir do produtos/serviço, nos restando somente a reclamação de nossos direitos.
Acredito que o que ele quis passar foi: não deixem de demonstrar que somos nós que mandamos neste negócio. Nós decicimos. Temos o direito de exigir, de sermos bem tratados e o direito de reclamar quando algo não vai bem.
Acredito muito mesmo que exercendo este direito é que vamos "doutrinar" nosso fornecedores a procurar sempre fazer o melhor.
Também acredito que devamos elogiar quando uma empresa faz tudo certinho. Claro que esta é sua obrigação, mas elogiar nunca faz mal e eleva a percepção por parte do fornecedor que ele está e deve continuar no caminho certo.
Já comentei sobre o valor do elogio em outros dois posts (http://ofuturodopresente.blogspot.com/2007/05/o-valor-do-elogio-parte-1.html) e (http://ofuturodopresente.blogspot.com/2007/05/o-valor-do-elogio-parte-2.html)e acredito que sempre reclamando/elogiando vamos conseguir mudar alguma coisa.

Ana Cláudia disse...

Acho que um dos problemas é que o brasileiro morre de medo de ser chato...

Tudo em que eu não fui chata, não saiu do jeito que eu queria.

A vantagem de ser chato, é que ele sempre é atendido primeiro, enquanto os bonzinhos esperam...pacientemente...